Show
Olá, pessoal… Tudo bem? Sou a profª. Celina Gil, do Estratégia Vestibulares, e com a ajuda dos professores Fernando Andrade e Luana Signorelli, escrevo este artigo para comentar as questões da prova da UNESP e indicar o Gabarito da disciplina de Português. Nesta página, você vai conferir todas as questões resolvidas e comentadas. Você pode, inclusive, baixar os nossos comentários sobre a prova em um PDF gratuito. ">Prova UNESP 2020 – Português" class="wp-block-file__button" download>Baixar Prova UNESP 2020Questão 01Examine o cartum de Steinberg, publicado em seu Instagram em 06.04.2019. Para o cartunista, a diferença entre estar ou não estar de dieta limita-se a um sentimento de (A) culpa. (B) euforia. (C) tristeza. (D) vazio. (E) satisfação. Resolução Comentada
Gabarito: A Para responder às questões de 02 a 06, leia o trecho de uma carta enviada por Antônio Vieira ao rei D. João IV em 4 de abril de 1654. No fim da carta de que V. M.1 me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador. Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece. Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a 1, se a 2. Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias. Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.” São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir. Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem. (Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017. Adaptado.) 1V. M.: Vossa Majestade. Questão 02À questão colocada por D. João IV, Antônio Vieira (A) responde de maneira categórica. (B) opta por não emitir uma opinião. (C) finge não tê-la compreendido. (D) admite a incapacidade de respondê-la. (E) responde de forma enigmática. Resolução Comentada
Gabarito: A Questão 03Considerando o contexto, as lacunas numeradas no terceiro parágrafo do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por (A) humildade e vaidade. (B) necessidade e cobiça. (C) miséria e inveja. (D) preguiça e ganância. (E) avareza e luxúria Resolução Comentada
Gabarito: B Questão 04Em sua carta, Antônio Vieira relata os padecimentos (A) dos nativos e dos capitães-mores. (B) dos negros e dos colonos pobres. (C) dos nativos e dos colonos pobres. (D) dos negros e dos capitães-mores. (E) dos nativos e dos negros. Resolução Comentada
Gabarito: C Questão 05Em um estudo publicado em 2005, o historiador Gustavo Acioli Lopes vale-se, no quadro da economia colonial, da expressão “primo pobre” para se referir ao produto derivado das lavouras mencionadas por Antônio Vieira em sua carta. No contexto histórico em que foi escrita a carta, o “primo rico” seria (A) o açúcar. (B) o pau-brasil. (extrativismo) (C) o café. (XIX) (D) o ouro. (XVIII) (E) o algodão. (XIX) Resolução ComentadaAtenção: questão interdisciplinar com a História.
Gabarito: A Questão 06Sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de ênfase, pode o objeto direto vir repetido. Essa reiteração recebe o nome de objeto direto pleonástico. (Adriano da Gama Kury. Novas lições de análise sintática, 1997. Adaptado.) Antônio Vieira recorre a esse recurso expressivo em: (A) “Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam” (3o parágrafo) (B) “e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me” (4o parágrafo) (C) “e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias” (3o parágrafo) (D) “São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas” (5o parágrafo) (E) “Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos” (2o parágrafo) Resolução ComentadaAtenção: Os Sermões de Padre Antônio Vieira são uma obra que compõe o repertório obrigatório de leituras da UNICAMP 2020. DICA DA PROF O objeto direto pleonástico geralmente vem em forma de pronome oblíquo; logo, a #dicadaprofa de antemão era justamente começar procurando por essa classificação de pronome.
“razões políticas nunca as soube” *Sujeito: “eu” (1ª pessoa do singular, o que sabemos por meio da desinência – terminação – do verbo); *Verbo: soube; *Objeto direto [explícito]: razões políticas; *As: pronome oblíquo que se refere ao termo “razões políticas”, porém, desnecessário (pleonástico, redundante), uma vez que o objeto direto já aparece explícito na oração. Gabarito: E Questão 07Na tira, a morte é caracterizada como (A) frívola. (B) compassiva. (C) solitária. (D) incorruptível. (E) materialista Resolução Comentada
Gabarito: D Questão 08Constituem exemplos de linguagem formal e de linguagem coloquial, respectivamente, as seguintes falas: (A) “Ah, estou morrendo de pena…” e “Ainda vou trabalhar a noite inteira no Iraque, meu rapaz.” (B) “Me adianta essa, vai…” e “É cedo para mim.” (C) “O importante é trabalhar com o que a gente gosta.” E “Posso lhe dar um emprego bem melhor…” (D) “É cedo para mim.” e “Posso lhe dar um emprego bem melhor…” (E) “Posso lhe dar um emprego bem melhor…” e “Me adianta essa, vai…” Resolução ComentadaÉ preciso tomar cuidado com a palavra “respectivamente”, significa que a primeira frase deve ser formal e a segunda deve ser coloquial.
Gabarito: E Leia o soneto “VII”, de Cláudio Manuel da Costa, para responder às questões de 09 a 13. Onde estou? Este sítio desconheço:Quem fez tão diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado, E em contemplá-lo, tímido, esmoreço. Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado; Ali em vale um monte está mudado: Quanto pode dos anos o progresso! Árvores aqui vi tão florescentes, Que faziam perpétua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a região esta não era; Mas que venho a estranhar, se estão presentes Meus males, com que tudo degenera! (Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.) Questão 09O tom predominante no soneto é de (A) ingenuidade. (B) apatia. (C) ira. (D) ironia. (E) perplexidade. Resolução Comentada
Gabarito: E Questão 10No soneto, o eu lírico expressa um sentimento de inadequação que, a seu turno, se faz presente na seguinte citação: (A) “A independência, não obstante a forma em que se desenrolou, constituiu a primeira grande revolução social que se operou no Brasil.” (Florestan Fernandes. A revolução burguesa no Brasil.) (B) “Todo povo tem na sua evolução, vista à distância, um certo ‘sentido’. Este se percebe não nos pormenores de sua história, mas no conjunto dos fatos e acontecimentos essenciais que a constituem num largo período de tempo.” (Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo.) (C) “A ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa. A descoberta das terras americanas é, basicamente, um episódio dessa obra ingente. De início pareceu ser episódio secundário. E na verdade o foi para os portugueses durante todo um meio século.” (Celso Furtado. Formação econômica do Brasil.) (D) “Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra.” (Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil.) (E) “A formação patriarcal do Brasil explica-se, tanto nas suas virtudes como nos seus defeitos, menos em termos de ‘raça’ e de ‘religião’ do que em termos econômicos, de experiência de cultura e de organização da família, que foi aqui a unidade colonizadora.” (Gilberto Freyre. Casa- -grande e senzala.) Resolução Comentada
Gabarito: D Questão 11Considerando o contexto histórico-geográfico de produção do soneto, as transformações na paisagem assinaladas pelo eu lírico relacionam-se à seguinte atividade econômica: (A) indústria. (B) extrativismo vegetal. (C) agricultura. (D) extrativismo mineral. (E) pecuária Resolução ComentadaAtenção: questão interdisciplinar com a História, cuja resposta levou em consideração a ajuda/consultoria do professor Alê Lopes.
Gabarito: D Questão 12O eu lírico recorre ao recurso expressivo conhecido como hipérbole no verso: (A) “Quem fez tão diferente aquele prado?” (1a estrofe) (B) “E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.” (1a estrofe) (C) “Quanto pode dos anos o progresso!” (2a estrofe) (D) “Que faziam perpétua a primavera:” (3a estrofe) (E) “Árvores aqui vi tão florescentes,” (3a estrofe) Resolução ComentadaQuestão típica sobre figuras de linguagem. A hipérbole é uma figura de linguagem que ocorre quando há o uso de uma expressão exagerada, claramente simbólica.
Gabarito: D Questão 13Está reescrito em ordem direta, sem prejuízo de seu sentido original, o seguinte verso: (A) “Quem fez tão diferente aquele prado?” (1a estrofe) → Quem aquele prado fez tão diferente? (B) “Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço” (2a estrofe) → Uma fonte houve aqui; eu não me esqueço. (C) “Ali em vale um monte está mudado:” (2a estrofe) → Ali está mudado um monte em vale. (D) “Tudo outra natureza tem tomado,” (1a estrofe) → Tudo tem tomado outra natureza. (E) “Nem troncos vejo agora decadentes.” (3a estrofe) → Nem troncos decadentes vejo agora. Resolução ComentadaEssa questão foi respondida com a ajuda/consultoria do professor Wagner Santos.
Gabarito: D Questão 14Examine os gráficos. As dinâmicas climáticas representadas nos gráficos 1 e 2 correspondem, respectivamente, aos espaços retratados em (A) Capitães da Areia, de Jorge Amado, e O cortiço, de Aluísio Azevedo. (B) Vidas secas, de Graciliano Ramos, e Capitães da Areia, de Jorge Amado. (C) Vidas secas, de Graciliano Ramos, e Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. (D) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e O cortiço, de Aluísio Azevedo. (E) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e Vidas secas, de Graciliano Ramos. Resolução ComentadaAtenção: questão interdisciplinar com a Geografia, cuja resposta levou em consideração a ajuda/consultoria do professor Saulo.
Gabarito: E Para responder às questões de 15 a 17, leia o trecho de uma fala do personagem Quincas Borba, extraída do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, publicado originalmente em 1891. — […] O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. […] Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho. (Quincas Borba, 2016.) Questão 15Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em: (A) “nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói”. (B) “a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra”. (C) “Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos”. (D) “Daí o caráter conservador e benéfico da guerra”. (E) “não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição”. Resolução ComentadaQuestão sobre sentido figurado, sinônimo de sentido conotativo (do coração) ou também metafórico, oposto ao sentido denotativo (do dicionário), literal.
Gabarito: A Questão 16Considerando o contexto histórico de produção, verifica-se no trecho uma alusão irônica (A) à teoria darwiniana. (B) à filosofia idealista. (C) à ideologia capitalista. (D) à filosofia iluminista. (E) à ideologia socialista. Resolução ComentadaAtenção: Quincas Borba é um romance de Machado de Assis que compõe o repertório obrigatório de leituras da FUVEST 2020. Questão que poderia ser respondida de maneira interdisciplinar com filosofia e sociologia.
Gabarito: A Questão 17Em “mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra” e “As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos”, os termos sublinhados estabelecem relação, respectivamente, de (A) consequência e conformidade. (B) causa e conformidade. (C) conformidade e consequência. (D) causa e finalidade. (E) consequência e finalidade Resolução ComentadaQuestão sobre valor semântico do conectivo, portanto, de Gramática Aplicada. O uso da preposição “para” + verbo no infinitivo necessariamente conduz a uma ideia de finalidade, podendo 3 das alternativas ser eliminadas logo de antemão.
Gabarito: D Questão 18Examine o cartum de Pia Guerra, publicado no Instagram da revista The New Yorker em 13.11.2018. A mercadoria a que o cartum faz alusão está diretamente relacionada ao seguinte problema ambiental: (A) desertificação. (B) extinção de espécies. (C) desmatamento. (D) assoreamento. (E) aquecimento global. Resolução ComentadaEssa questão é interdisciplinar com química e geografia. Ao dizer que os dinossauros terão seus corpos vendidos em galões, a tirinha faz referência a combustíveis fósseis, tais como o petróleo. A alternativa A está incorreta, pois a desertificação é a perda do potencial produtivo do solo, não tendo a ver com petróleo ou combustíveis fósseis. A alternativa B está incorreta, pois apesar de os dinossauros terem sido extintos, não é a esse problema que o enunciado se refere. O problema está no presente, não no passado. A alternativa C está incorreta, pois o desmatamento é a derrubada em grande escala de florestas, não tendo a ver com petróleo ou combustíveis fósseis. A alternativa D está incorreta, pois o assoreamento ocorre quando o volume do rio fica mais raso devido à entrada de sedimentos, não tendo a ver com petróleo ou combustíveis fósseis. A alternativa E está correta, pois O acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera é atribuído à queima de combustíveis não renováveis, tais como o petróleo. Gabarito: E Questão 19Tal movimento distingue-se pela atenuação do sentimentalismo e da melancolia, a ausência quase completa de interesse político no contexto da obra (embora não na conduta) e (como os modelos franceses) pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico. O mito da pureza da língua, do casticismo vernacular abonado pela autoridade dos autores clássicos, empolgou toda essa fase da cultura brasileira e foi um critério de excelência. É possível mesmo perguntar se a visão luxuosa dos autores desse movimento não representava para as classes dominantes uma espécie de correlativo da prosperidade material e, para o comum dos leitores, uma miragem compensadora que dava conforto. (Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.) O texto refere-se ao movimento denominado (A) Romantismo. (B) Barroco. (C) Parnasianismo. (D) Arcadismo. (E) Realismo. Resolução Comentada
Gabarito: C Questão 20Perspectiva. Técnica de representação, numa superfície plana, do espaço tridimensional, baseado no uso de certos fenômenos ópticos, como a diminuição aparente no tamanho dos objetos e a convergência das linhas paralelas à medida que se distanciam do observador. (Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007.) Verificam-se distorções e ambiguidades em relação à técnica da perspectiva na seguinte obra: Resolução Comentada
Gabarito: B Questão 47A ideia de pátria se vinculava estreitamente à de natureza e em parte extraía dela a sua justificativa. Ambas conduziam a uma literatura que compensava o atraso material e a debilidade das instituições por meio da supervalorização dos aspectos regionais, fazendo do exotismo razão de otimismo social. A partir de 1930 houve uma mudança de orientação, sobretudo na ficção regionalista, percebendo-se o que havia de mascaramento no encanto pitoresco com que antes se abordava o homem rústico. Evidenciou-se a realidade dos solos pobres, das técnicas arcaicas, da miséria pasmosa das populações, da sua incultura paralisante. A visão que resulta dessa perspectiva é pessimista quanto ao presente e problemática quanto ao futuro. (Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios, 1989. Adaptado.) O excerto assinala uma reorientação nos rumos da literatura brasileira, na medida em que os escritores (A) deparam-se com a instituição de uma regionalização oficial pelo IBGE. (B) passam a mostrar os aspectos do Brasil como país subdesenvolvido. (C) reconhecem o estabelecimento de alianças democráticas no Brasil. (D) percebem a assimilação do american way of life pelo povo brasileiro. (E) optam pelo emprego de uma visão eurocêntrica em sua produção literária. Resolução ComentadaEsta questão é interdisciplinar com Geografia e História, respondida junto ao professor Saulo e professor Marco.
Gabarito: B Siga-me nas redes sociais: Instagram: @professoracelinagil Facebook: @professora.celina.gil CURSOS PARA VESTIBULAR |