O que e influenza a

A gripe é uma doença viral aguda bastante comum que afeta milhares de pessoas anualmente. Somente nos Estados Unidos, cerca de 20 a 40 mil pessoas morrem anualmente em decorrência dessa doença. De uma maneira geral, ela é autolimitada, entretanto, podem ser observados casos graves dessa doença, como a gripe causada pelo influenza A (H3N2).

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Influenza

Como sabemos, a gripe é causada por um vírus chamado de influenza, que apresenta mais de um tipo. O influenza é um vírus de RNA que se caracteriza por sofrer variações constantemente e ter uma grande capacidade de adaptação. Podemos classificá-lo em três tipos básicos: A, B e C.

Influenza A e B são os tipos responsáveis por epidemias, e o tipo A é o causador das grandes pandemias e infecções graves com necessidade de interação ou complicação fatal. O tipo C, por sua vez, não está relacionado com epidemias e geralmente leva a infecções brandas.

→ Influenza A

O influenza A é o tipo que apresenta maior variabilidade, podendo ser dividido em subtipos. Os subtipos diferenciam-se por suas glicoproteínas encontradas na superfície, que são denominadas de hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). No total, existem 15 tipos de hemaglutinina e nove de neuraminidase, entretanto, as mais conhecidas são as hemaglutininas H1, H2 e H3 e duas neuraminidases as N1 e N2.

Influenza A (H3N2)

O H3N2 é um tipo de influenza do tipo A, de origem humana, que apresenta antígenos de superfície H3 e N2. Esse é um tipo de vírus que sofre constantes mutações em sua glicoproteína da hemaglutinina, o que afeta a ação dos anticorpos humanos contra a doença.

Esse vírus ganhou destaque após causar várias mortes nos Estados Unidos no início do inverno de 2018. Nesse país, houve o predomínio da circulação do vírus influenza A (H3N2), que foi associado a um maior número de internações e mortes em decorrência da infecção. A ocorrência de óbito deu-se especialmente entre idosos, crianças e doentes crônicos.

No Informe Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que compreende as semanas epidemiológicas (SE) de 1 a 13 de 2018, há o relato de 28 mortes decorrentes do vírus influenza, sendo dez delas causadas pelo influenza A (H3N2). Esses dados acendem o alerta em relação a esse subtipo, que ocasionou várias mortes nos Estados Unidos.

Vacina contra gripe

A vacina contra a gripe disponível no Brasil é produzida a partir do vírus morto, sendo chamada, portanto, de inativada. As vacinas disponíveis atualmente em nosso país protegem contra a cepa A (H1N1), cepa A (H3N2) e cepa B (linhagem Yamagata ou Victoria). Existem ainda vacinas quadrivalentes, que, além dos tipos de influenza A, protegem contra os dois tipos de influenza B.

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Formas de evitar o contágio

A gripe geralmente causa febre, dores de cabeça, tosse seca, fadiga, dores musculares, dor de garganta e calafrios. Em casos graves, pode levar a complicações que podem ser fatais e, por isso, deve ser prevenida. Entre as formas de prevenção, podemos destacar:

  • lavar sempre as mãos com água e sabão, principalmente antes das refeições;

  • sempre cobrir boca e nariz ao tossir e espirrar;

  • não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e garrafas;

  • evitar ambientes com grandes aglomerações;

  • manter ambientes ventilados;

  • evitar contato com doente;

  • adotar hábitos de alimentação saudáveis.


Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos

Quando a vacina contém as mesmas hemaglutinina e neuraminidase que as cepas da comunidade, a vacinação diminui em 70 a 90% as infecções em adultos saudáveis. Nos pacientes idosos institucionalizados, as vacinas são menos eficazes para prevenção, mas diminuem a incidência de pneumonia e morte em 60% a 80%. A recomendação para adultos ≥ 65 anos de idade é a vacina com dose mais alta.

A imunidade induzida por vacina é diminuída pela variação antigênica e torna-se ausente caso haja desvio antigênico.

  • Vacina inativada contra influenza (IIV)

  • Vacina de vírus vivo atenuado contra influenza (LAIV, live-attenuated influenza vaccine)

VII é administrado por injeção IM. Nos EUA, as vacinas trivalentes foram gradualmente substituídas pelas vacinas tetravalentes que contêm mais uma cepa de vírus B. Uma dose alta de vacina trivalente está disponível para pacientes ≥ 65 anos, e uma dose alta de vacina quadrivalente foi recentemente aprovada pela FDA e espera-se que esteja disponível para a temporada de influenza de 2020-2021.

Para todas as VIIs, os pacientes com 3 anos de idade recebem 0,5 mL. Crianças de 6 a 35 meses de idade podem receber doses de 0,25 mL ou 0,5 mL, dependendo da vacina específica; os médicos devem seguir as instruções do fabricante. Crianças de 6 meses a 8 anos de idade que receberam menos de 2doses da vacina contra influenza ou cuja história de vacinação contra influenza é desconhecida devem receber 2 doses, intercaladas por um intervalo de pelo menos 4 semanas ( 1 Referência sobre prevenção Influenza é uma infecção respiratória viral que causa febre, coriza, tosse, cefaleia e mal-estar. Mortalidade é possível durante epidemias, em particular entre pacientes de alto... leia mais ).

Administrar LAIV por via intranasal, na dose de 0,1 mL em cada narina (a dose total é 0,2 mL). Pode ser usada por pessoas saudáveis dos 2 aos 49 anos de idade. Não se recomenda essa vacina para:

  • Contatos domiciliares dos pacientes com imunodeficiência grave (p. ex., com transplantes de células-tronco hematopoiéticas)

  • Crianças que estão recebendo tratamento prolongado com ácido acetilsalicílico

Além disso, só deve ser administrada 48 horas após a suspensão do tratamento farmacológico contra a influenza.

Eventos adversos associados à vacina são leves, na maioria das vezes rinorreia, e pode haver um discreto sibilo. A LAIV não deve ser administrada em crianças < 5 anos de idade com doença reativa das vias respiratórias (p. ex., asma, episódios recorrentes ou recentes de sibilos).

Para os dois tipos de vacina, crianças com < 8 anos de idade que não foram vacinadas devem receber uma dose primária e uma dose de reforço 1 mês depois.

O Influenza é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global. Uma pessoa pode contraí-la várias vezes ao longo da vida e, em geral, tem evolução autolimitada. Porém, em alguns casos, pode evoluir para uma forma grave.

O que e influenza a

Os vírus influenza são transmitidos facilmente por pessoas infectadas ao tossir ou espirar. Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionada com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo com as proteínas de superfíce, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos.

Sinais e Sintomas

O vírus causa infecção aguda das vias aéreas, junto com quadro febril* (temperatura superior a 37,8°C). O quadro começa a ser revertido após dois ou três dias e volta ao normal por volta do sexto dia. A febre geralmente é mais acentuada em crianças. Os demais sinais são habitualmente de aparecimento súbito, como:

Podem ainda estar presentes:

Cubra o nariz e a boca enquanto espirra ou tosse;

Evite tocar a boca e o nariz;

Lave as mãos com água e sabão e use álcool gel 70%;

Melhore a circulação de ar abrindo as janelas;

Evite muito tempo em locais com grande aglomeração de pessoas;

Mantenha hábitos saudáveis: coma bem, durma bem e faça exercícios;

Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A vacinação é considerada a intervenção mais importante na redução do impacto da influenza. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.

*É importante notar que nem todas as pessoas com gripe observarão a febre.

O uso do antiviral está indicado para todos os casos de síndrome respiratória aguda grave e casos de síndrome gripal com condições e fatores de risco para complicações, de acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza, do Ministério da Saúde de 2015. No caso de pacientes com síndrome gripal, sem condições e fatores de risco para complicações, a prescrição do fosfato de oseltamivir deve ser considerada baseada em julgamento clínico. Em todos os casos, o início do tratamento deve ser preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. O antiviral apresenta benefícios mesmo se administrado após 48 horas do início dos sintomas. A terapêutica precoce reduz tanto os sintomas quanto a ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza, em pacientes com condições e fatores de risco para complicações bem como naqueles com síndrome respiratória aguda grave. Desde o início do ano, o Ministério da Saúde enviou 6,8 milhões de unidades do medicamento Oseltamivir aos estados, que estão devidamente abastecidos. Foram 840 mil unidades do Oseltamivir 30 mg; 476 mil unidades do Oseltamivir 45 mg e 5,5 milhões do Oseltamivir 75 mg.