O derramamento de petróleo nos oceanos é um problema ambiental grave, pois causa prejuízos a todos os organismos que ali vivem. Essas situações ocorrem como resultado de uma série de fatores, tais como acidentes nas plataformas de petróleo ou mesmo com navios-petroleiros. Vamos, neste texto, mostrar os principais danos causados por vazamentos de petróleo nos oceanos e algumas medidas adotadas para tentar resolver esse problema. Show Veja também: Principais desastres ambientais causados pelo homem Como o petróleo pode poluir os oceanos?Vários tipos de acidentes podem ocasionar a liberação de petróleo nos oceanos, sendo fundamentais medidas preventivas. Geralmente, as principais causas da poluição por petróleo são defeitos nos navios-petroleiros, vazamentos nas plataformas de petróleo, rompimentos de dutos e lançamento, no mar, de água utilizada para lavar reservatórios que contenham petróleo. Acidentes em plataformas de petróleo podem liberar uma grande quantidade de óleo nos oceanos.A liberação de petróleo no oceano ocasiona uma série de consequências graves, a saber:
Veja também: Desastre ambiental em Brumadinho É possível retirar o petróleo dos oceanos?Após um acidente com petróleo, são iniciadas ações para tentar resolver o problema causado pelo vazamento. Essa tarefa não é fácil e envolve uma grande força-tarefa para evitar que o petróleo espalhe-se, retirar o petróleo da água e também salvar os animais que foram impactados pelo contato com o óleo. Atualmente, diversas técnicas existem para garantir a limpeza dessas áreas em caso de acidentes. Uma das técnicas mais utilizadas é, sem dúvidas, as barreiras de contenção, que evitam o espalhamento do petróleo para uma área ainda maior. Equipamentos que absorvem o petróleo também são usados, sendo esse o caso do skimmer, que garante a captação e o bombeamento do petróleo para um local de armazenamento. Outra técnica bastante interessante é o uso de micro-organismos capazes de metabolizar os componentes do petróleo. Essa técnica é denominada de biorremediação. Dispersantes químicos também podem ser utilizados, sendo esses produtos responsáveis por acelerar o processo de dispersão do óleo, removendo, desse modo, o óleo da superfície. A remoção mecânica e manual é feita quando o petróleo atinge as áreas de praias. Vale destacar que cada caso deve ser analisado atentamente para que a melhor técnica seja escolhida, uma vez que o óleo, nem sempre, apresenta a mesma composição, o que pode tornar uma técnica menos eficiente que outra. Leia também: Problemas ambientais brasileiros Afinal, o que é petróleo?O petróleo é um combustível fóssil amplamente utilizado em todo o mundo. Trata-se de uma complexa combinação de hidrocarbonetos (composto químico constituído por átomos de carbono e hidrogênio). Ele é formado a partir da decomposição da matéria orgânica em um processo que leva milhares de anos e inicia-se com o soterramento de material orgânico. Leia também: Geopolítica do petróleo Para que o petróleo seja formado, é necessário que a matéria orgânica fique isolada em camadas do subsolo de bacias sedimentares e encontre condições adequadas de temperatura e pressão. A extração desse composto é tão complexa quanto a sua formação. Como o petróleo fica aprisionado em rochas, são necessários equipamentos para penetrar essas rochas e garantir a retirada do óleo. Muitas vezes, mesmo sabendo da existência desse combustível em um determinado local, a retirada não é feita em virtude dos grandes custos do processo.
Cor turva: risco à saúdeReprodução/Redes Socias
Rio - Água fresca nos dias mais quentes do verão? Não para a maior parte dos cariocas. Desde o início da semana, moradores de diversos bairros das zonas Norte e Oeste vêm sofrendo com alteração no gosto, cheiro e aparência da água distribuída pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio (Cedae). De acordo com Júlio César da Silva, professor e chefe do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Uerj, "vazamentos de detergentes e produtos químicos (efluentes industriais) na água bruta" podem ter causado o excesso de algas e gerado a contaminação. Após diversas denúncias sobre cheiro e gosto ruins, e de pessoas que passaram mal com a ingestão, a Cedae informou que técnicos detectaram a presença da substância geosmina em amostras da água. De acordo com a companhia, trata-se de uma substância orgânica produzida por algas, e sua ingestão não apresenta risco à saúde dos consumidores. Para o especialista, é muito cedo para liberar o consumo para a população. "Ainda não temos um parecer exato. O excesso de algas pode ser gerado por dois motivos: eutrofização – excesso de fósforo e nitrogênio na água – ou pelas chuvas. Muitas vezes pode ser causado por chuvas mas, neste caso, provavelmente causado por algum vazamento de produto químico. As chuvas também podem carregar material de alguma indústria química, mas ainda não choveu tanto para causar isso", diz Júlio Cesar. Segundo ele, a companhia falhou em não verificar o excesso de algas, embora exista um padrão específico de potabilidade. "O padrão de potabilidade existe em cima dos produtos que não vão causar mal a saúde. A água não é pura, tem sais minerais e outros materiais.O processo de tratamento da Cedae falhou ao não verificar este excesso (das algas) e alterar a dosagem no tratamento para evitar este problema na água tratada. Faltou checar a qualidade da água tratada antes de distribuir. Qualquer espécie química em excesso, fora dos padrões de potabilidade, é um contaminante. Pode não ser um problema grave, mas é um contaminante", destaca. Questionado sobre os possíveis problemas de saúde após a ingestão da água, o professor foi enfático: "A recomendação é evitar consumo e tomar apenas água mineral até que seja declarado as condições da água". Para ele, os resultados dos testes realizados não deixaram claro a quantidade da substância encontrada e isso pode interferir na liberação do consumo. "O excesso dessa substância pode causar algum mal, sim. No entanto, muitas vezes não é tão grave porque depende da imunidade das pessoas. É provável de acontecer, qualquer substância em excesso faz mal. Até o momento, nem todos os locais estão contaminados, as zonas Norte e Oeste foram as mais castigadas. O recomendado é evitar as águas das torneiras e utilizar um filtro de carvão ativado. Quem observar qualquer diferença no gosto, sabor e odor deve suspender o consumo", finalizou. Em nota, a Cedae informou que "apesar de todos os testes realizados pela Cedae, nos últimos dias, terem apontado que a água fornecida está dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde, e própria para o consumo, a companhia adotará, em caráter permanente, a aplicação de carvão ativado pulverizado no início do tratamento. Isso será feito para reter a geosmina caso esse fenômeno volte a ocorrer".
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