Guerra Fria foi um período histórico de disputas entre os Estados Unidos e a União Soviética que decorreu entre o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e a extinção da União Soviética, em 1991. Show A rivalidade entre as duas nações teve origem na incompatibilidade entre as ideologias defendidas por cada uma, já que possuíam sistemas políticos distintos e organizavam suas economias de modos diferentes uma da outra. Os Estados Unidos defendiam o capitalismo, princípios como a defesa da propriedade privada e a livre iniciativa. Enquanto a União Soviética defendia o socialismo e princípios como o fim da propriedade privada, a igualdade econômica e um Estado forte, capaz de garantir as necessidades básicas de todos os cidadãos. Dada a impossibilidade da resolução do confronto pela via tradicional da guerra aberta e direta, as duas nações disputaram poder por meio da influência política, econômica e ideológica em todo o mundo. A guerra é chamada fria porque não houve uma guerra ou conflitos bélicos diretos entre as duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. Características da Guerra Fria
Principais fatos históricos durante a Guerra FriaA Revolução Chinesa, em 1949A Guerra Civil Chinesa, que se arrastava desde a década de 20, finalmente chega ao fim em 1949, culminando com a ascensão do Partido Comunista Chinês ao poder. A Revolução Chinesa causou apreensão aos Estados Unidos e seus aliados, que temiam o avanço do comunismo na Ásia. Guerra da Coreia (1950 – 1953)Conflito iniciado em 1950, quando a República Democrática da Coreia do Norte, apoiada pela China e pela União Soviética, invadiu a República da Coreia do Sul, na tentativa de reunificar as Coreias sob a égide do comunismo. Os EUA, para evitarem a expansão comunista, enviaram tropas em auxílio à Coreia do Sul. Sem que nenhuma das partes atingissem seus objetivos, a guerra teve fim em 1953, após assinado um armistício. A Coreia continuou divida entre o norte comunista e o sul capitalista, até agora. A crise dos mísseis em Cuba (1962)Em 1962, o serviço de espionagem norte-americano descobriu que a URSS estava prestes a instalar uma base militar para lançamento de mísseis em Cuba. O presidente dos EUA, John F. Kennedy, então, ameaçou os soviéticos: se não desistissem de montar a base de mísseis, declararia guerra. Depois de algumas semanas de negociações, as superpotências chegaram a um acordo, evitando a iminente guerra nuclear. Guerra do Vietnã (1959 – 1976)O que começou como uma guerrilha de independência, com milícias nativas combatendo o domínio neocolonial europeu, acabou se tornando, graças à Guerra Fria, em uma guerra de proporções globais. Assim foi a Guerra do Vietnã, conflito entre o Vietnã do Norte, comunista, e o Vietnã do Sul, capitalista, pela unificação do território do país. A Guerra Fria interveio diretamente neste conflito, com os EUA e a URSS apoiando militarmente os grupos antagônicos. Em 1964, os norte-americanos começaram a enviar tropas para combater ao lado do Vietnã do Sul, o que contrariou a opinião pública, gerando protestos pelo país e pelo mundo. O poderoso exército norte-americano, porém, não teve sucesso contra as táticas de guerrilha do Vietnã do Norte. Em 1973, derrotados, os EUA retiraram suas tropas do país. Três anos depois, o Vietnã do Norte venceu a guerra, unificando o território sob o seu domínio. Guerra do Afeganistão (1979 – 1989)Em 1979, a União Soviética invadiu o Afeganistão. Seu intuito era destituir do poder Hafizullah Amin, líder do grupo de rebeldes islâmicos conhecidos como mujahidin, e empossar em seu lugar Babrak Karmal, do Partido Democrático do Povo Afegão (PDPA), seus aliados. Em poucos dias de invasão os soviéticos atingiram seus objetivos: Hafizullah foi executado e Babrak empossado presidente. No entanto, o conflito não acabou tão facilmente. Graças à ajuda dos EUA, os mujahidin continuaram em guerra por dez anos. Depois de uma longa e desastrosa campanha militar, a URSS retirou suas tropas em 1989. O fim da Guerra FriaA Guerra Fria terminou com a extinção da União Soviética, em 1991. A dissolução do país se deveu, em grande parte, à crise econômica e política, que já se arrastava desde a década de 1970. Com a economia em ruínas, o autoritarismo e a negação das liberdades individuais, a insatisfação com o modelo comunista se espalhou por todos os países do bloco comunista. Começaram a surgir grupos de oposição, que ganharam força gradualmente. Em 1989, com a derrubada do muro de Berlim, houve a reunificação da Alemanha. Em seguida, Hungria e Polônia se aliam ao capitalismo, abandonando o Pacto de Varsóvia. Pressionado, o presidente soviético Mikhail Gorbachev anuncia um plano de abertura política e econômica, a Perestroika e a Glasnost. Sem sucesso. Gorbachev renuncia e, logo em seguida, a União Soviética é dissolvida. Os demais países do bloco comunista, então, trataram de estabelecer suas independências, reconfigurando a geografia do Leste europeu. Alguns deles, inclusive, para se resguardarem de possíveis ameaças a sua autonomia, tentaram se aliar ao antigo inimigo ocidental, a OTAN. Bibliografia:
Descubra mais sobre o significado de OTAN.
Se você presta atenção nas aulas de história, provavelmente já deve ter estudado as várias guerras que aconteceram entre os países. O que muita gente não sabe é porque determinada guerra recebe esse ou aquele nome. Por exemplo, você sabe porque a Guerra Fria recebeu esse nome? Se sua resposta é não, você está lendo o artigo certo. O Colégio Amplo vai te explicar tudo sobre esse importante episódio que foi um marco na história mundial e as consequências dessa guerra para a população mundial até nos dias de hoje.
A Guerra Fria foi um período histórico de disputas entre os Estados Unidos e União Soviética, que começou no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e foi até a extinção da União Soviética em 1991. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e União Soviética foram aliados na luta contra a Alemanha. Logo após o inimigo ser derrotado, os antigos aliados se transformaram em adversários, dando início a Guerra Fria. Foi um intenso conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas poderosas nações.
A guerra é chamada de fria porque não houve verdadeiramente uma guerra ou conflitos de fogo direto entre os EUA e a URSS, dada a inviabilidade de uma vitória em uma batalha nuclear. A corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi um dos maiores objetivos durante a primeira metade da Guerra Fria. O combate armado era improvável porque tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética possuíam arsenal suficiente para dizimar toda a população do planeta. O medo da destruição em massa fez com que a Guerra Fria jamais tivesse algum combate armado.
A rivalidade entre essas duas superpotências tinha origem na incompatibilidade entre as ideologias defendidas por cada uma, já que possuíam sistemas políticos distintos e organizavam suas economias de modos diferentes. Os Estados Unidos defendiam o capitalismo, a democracia, princípios como a defesa da propriedade privada e a livre iniciativa; enquanto a URSS defendia o socialismo e princípios como o fim da propriedade privada, a igualdade econômica e um Estado forte capaz de garantir as necessidades básicas de todos os cidadãos. A explosão da bomba atômica sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão em 1945 foi um dos marcos simbólicos do início da Guerra Fria. Outro marco foi a construção do muro de Berlim que acabou por dividir, em outubro de 1949, a Alemanha em dois países: um influenciado pelos países capitalistas e o outro pelo socialismo.
O mundo presenciou importantes episódios que mudaram o estilo de vida de todas as pessoas, como:
A Guerra Fria esfriou por completo com a ruína do mundo socialista, uma vez que a URSS estava destruída economicamente devido aos gastos com armamentos e com a queda do Muro de Berlim, em 1989. Mas ela termina definitivamente somente em 1991, quando a União Soviética é extinta, definitivamente. |