Desmaio por hipoglicemia o que fazer

A Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não emprega corretamente a que produz. Se você não sabe para que serve esse hormônio, ele é responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Dessa forma, o nosso corpo precisa dele para utilizar a glicose que obtemos no consumo de alimentos como fonte de energia. Quando uma pessoa apresenta quadro de diabetes, o organismo não fabrica a insulina e o uso da glicose é desregulado. Nesse caso, há duas principais consequências: hiperglicemia, quando o nível de glicose no sangue fica alto; e a hipoglicemia, quando o nível fica abaixo (saiba mais: diferença das diabetes 1 e 2). Por isso, o primeiro passo do atendimento pré-hospitalar é justamente identificar o tipo de crise diabética. Pensando na gravidade desta situação, preparamos um artigo com primeiros socorros para diabéticos. Confira!

Primeiros socorros para diabéticos – Hiperglicemia

Como destacamos, você deve checar qual o tipo de crise diabética a pessoa apresenta. Quando alguém sofre com hiperglicemia, é preciso usar o aparelho de medição e checar se o valor está acima de 180 mg/dL em jejum ou acima de 250 mg/dL, ou se a vítima demonstre confusão, sede ou hálito de maçã. Se ela apresente esses sintomas, siga este passo a passo para primeiros socorros para diabéticos:

  1. A primeira orientação é buscar por uma seringa de insulina que a vítima possa ter para emergências;
  2. Na sequência, injete a seringa na região ao redor do umbigo ou na parte superior do braço, apertando a região com os dedos e mantendo-a pressionada até o final da injeção;
  3. Caso passe uma hora e o valor do açúcar continuar o mesmo, chame ajuda médica imediatamente;
  4. Se a vítima estiver inconsciente, coloque-a na posição lateral de segurança e espere o atendimento médico.

E quando for um caso de hipoglicemia?

Por outro lado, quando o nível de glicose está baixo no sangue (hipoglicemia), o aparelho terá um valor inferior a 70 mg/dL ou a vítima apresentará os seguintes sintomas: tremores, pele fria ou desmaio. Para isso, siga os seguintes primeiros socorros para diabéticos:

  1. Dê algo doce para pessoa comer, como 1 colher de sopa cheia ou 2 sachês de açúcar com um pão;
  2. Se o açúcar não aumentar no sangue ou os sintomas não apresentem melhorias em 30 minutos, ofereça açúcar novamente à vítima (caso ela esteja acordada);
  3. No entanto, se passar mais 30 minutos e o nível ser mantido, chame ajuda médica ou leve a pessoa para o hospital;
  4. Em último caso, se a pessoa estiver inconsciente, coloque-a na posição lateral de segurança, enquanto espera pela ajuda médica.

É válido destacar: quando o açúcar no sangue não sobe, é fundamental ajuda médica de emergência para que a vítima receba remédios pela veia.

O que achou do nosso artigo sobre primeiros socorros para diabéticos? Se gostou, não esqueça de curtir e compartilhar com seus amigos, mostrando a importância desse atendimento pré-hospitalar. Mensalmente, trazemos novidades da área de saúde para você.

E você pode contar com uma série de serviços da Dez! Confira agora mesmo!

Veja também nosso artigo sobre convulsão.

Suor em excesso, vertigens, sonolência, tremores e fraqueza. Sintomas como esses podem ser causados por uma crise de hipoglicemia, que é quando o nível de glicose no sangue fica abaixo do normal (menos que 70 mg/dl). Este é um problema conhecido por quem tem diabetes, devido aos níveis de glicemia mais instáveis, mas pessoas sem a doença também podem sofrer com essa queda, caso não se alimentem corretamente ou pratiquem exercícios em jejum, por exemplo.

Maristela Bassi Strufaldi, nutricionista da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e Erika Campana, diretora do Departamento de Hipertensão da Socerj (Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro), listam quais alimentos ajudam durante uma crise e quais você deve colocar no cardápio para evitar que o problema ocorra com frequência. Vale ressaltar que é bom consultar seu médico, caso o mal-estar não passe e seja recorrente.

No caso de uma crise, coma:

Imagem: iStock

Mel
Quando o açúcar no sangue fica muito baixo, um carboidrato de rápida absorção é necessário para trazer esses níveis para valores considerados normais. Aposte em uma colher de sopa de mel. Funciona, pois é composto por 30% de glicose, menos de 40% de frutose e cerca de 20% de outros tipos de açúcares.

Imagem: Getty Images

Suco de laranja
Essa é outra fonte de carboidrato de ação rápida, que é absorvido com facilidade por nosso organismo. Tomar um copo de 150 ml da bebida ou mesmo de um suco de uva integral, que é concentrado, ajuda a aumentar os níveis de açúcar no sangue logo. Comer a fruta inteira não teria o mesmo efeito veloz --por conta das fibras e do índice glicêmico menor.

Imagem: Getty Images

Refrigerante
Beba 200 ml e esqueça a versão diet do produto, pois o açúcar é necessário neste momento. Aguarde 15 minutos após tomar a bebida e, constatado que o quadro de hipoglicemia foi revertido, vale ingerir um carboidrato complexo, como um pedaço de pão integral, para sustentar a glicose em alta por mais tempo.

Para evitar novas crises:

O segredo é manter os níveis de glicose dentro da meta estabelecida, que varia de acordo com a idade, condições gerais de saúde e outros fatores de risco, além de situações como a gravidez, por exemplo. De qualquer forma, para deixar essa glicemia estável, vale apostar em alguns alimentos:

Imagem: Getty Images

Aveia
Suas fibras solúveis têm o papel de retardar a absorção dos carboidratos da refeição. Além disso, fornecem energia ao corpo de maneira mais estável em comparação aos açúcares e carboidratos simples --o que ajuda a regular e sustentar a glicose por mais tempo.

Imagem: iStock

Oleaginosas
As gorduras saudáveis funcionam como uma grande fonte de energia, pois mantêm os níveis adequados de açúcar no sangue e fornecem um maior período de saciedade. Uma outra vantagem é que são facilmente transportáveis, tornando um lanche rápido ideal na rotina corrida.

Imagem: Getty Images

Iogurte mais frutas
Iogurte feito sem adição de açúcar fornece proteínas e gorduras. Misture com frutas frescas de baixo índice glicêmico, como o mirtilo, e você terá um lanche com a energia do carboidrato juntamente com as proteínas, gorduras e fibras que retardam o metabolismo da glicose.

Veja também:

Melhor maneirar no...

Imagem: Getty Images

Álcool
Inibe a gliconeugênese no fígado, ou seja, a síntese de glicose. E é o órgão que produz glicose passivamente, para manter nossos órgãos vitais funcionando. Se uma pessoa bebe em jejum vai ocorrer um pico, pois o etanol é um carboidrato, e depois uma queda, que inibe essa produção espontânea do fígado. Assim, sempre coma algo antes, em especial fontes de carboidratos, de gorduras e proteínas. Também beba com moderação.

Imagem: Getty Images

Doces
Ao comer doce em jejum ou no intervalo das refeições, ocorre uma subida muito rápida da glicemia. Isso desperta a insulina que, rapidamente, chega em grande quantidade para cuidar desse açúcar ingerido. O ideal é manter refeições balanceadas, ajudando a promover uma absorção gradativa da glicose e posterior estabilidade dessa glicemia.

VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook | Instagram | YouTube

Maria Helena Varella Bruna é redatora e revisora, trabalha desde o início do Site Drauzio Varella, ainda nos anos 1990. Escreve sobre doenças e sintomas, além de atualizar os conteúdos do Portal conforme as constantes novidades do universo de ciência e saúde.

Hipoglicemia é um distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue e que pode afetar pessoas portadoras ou não de diabetes.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que promove a entrada da glicose nas células. Quando há muita insulina no sangue, muita glicose entra nas células e pouca permanece na corrente sanguínea, o que caracteriza a hipoglicemia. O problema também pode ocorrer também quando diminui a quantidade dos hormônios de contrarregulação (glucagon, hormônio do crescimento, adrenalina e cortisol). Esses hormônios ajudam a liberar o glicogênio armazenado no fígado, necessário quando se esgota o estoque disponível de glicose no sangue.

Veja também: Dr. Drauzio explica como funciona a insulina

Tipos e causas de hipoglicemia

Geralmente, define-se a hipoglicemia quando a quantidade de açúcar no sangue vai para baixo de 70mg/dL. Existem dois tipos principais de hipoglicemia: a hipoglicemia de jejum e a pós-prandial (ou reativa), que ocorre depois das refeições.

Entre as causas da hipoglicemia de jejum destacam-se:

  • Produção excessiva de insulina pelo pâncreas;
  • Uso incorreto de medicamentos utilizados no tratamento de diabetes (por exemplo, ao tomar doses maiores que as indicadas);
  • Insuficiência hepática, cardíaca ou renal;
  • Tumores pancreáticos;
  • Consumo de álcool;
  • Excesso de atividade física sem compensação na alimentação;
  • Deficiência dos hormônios que ajudam a liberar glicogênio.

A hipoglicemia pós-prandial ou reativa ocorre por volta de 3 a 5 horas depois das refeições, como resultado do desequilíbrio entre os níveis de glicose e de insulina no sangue. Em geral, ela se manifesta em pessoas predispostas depois da ingestão de alimentos ricos em açúcar, nos pacientes submetidos à cirurgia do estômago e naqueles em fase inicial da resistência à insulina.

Sintomas

Sinais da hipoglicemia por conta de hormônios de contrarregulação:

  • Tremores;
  • Tonturas;
  • Palidez;
  • Suor frio;
  • Nervosismo;
  • Palpitações;
  • Taquicardia;
  • Dor de cabeça;
  • Pesadelos (hipoglicemia pode ocorrer também durante o sono);
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Sonolência;
  • Fome.

Sinais de hipoglicemia devido à redução da quantidade de glicose no cérebro:

  • Confusão mental;
  • Alterações do nível de consciência;
  • Perturbações visuais e de comportamento que podem ser confundidas com embriaguez, cansaço, fraqueza, sensação de desmaio e convulsões.

Identificar os sintomas é muito importante, pois o próprio paciente, conhecendo a si mesmo, pode agir rapidamente para evitar a progressão do quadro. Veja abaixo como proceder.

Tratamento

Uma vez instalada a crise hipoglicêmica, o paciente deve consumir de 15 g a 20 g de carboidratos simples. Essa medida equivale, por exemplo, a:

  • Uma colher de sopa de mel (exceto em casos de crianças menores de 1 ano);
  • Um copo de 200 mL de suco de laranja ou de refrigerante não dietético;
  • Uma colher de sopa de açúcar dissolvido em meio copo de água.

O efeito será mais rápido se esses alimentos forem ingeridos junto com carboidratos de longa duração, como pães, pipocas, biscoitos etc.

No caso de quem tem diabetes, é recomendado medir a glicemia 15 minutos após a ingestão e, se ela continuar baixa, consumir mais uma porção de algum desses alimentos. Quando a glicemia se restabelecer, faça um lanche saudável (como uma porção de amêndoas e castanhas ou uma tapioca com queijo magro) se sua próxima refeição principal estiver muito distante (dali 1 ou 2 horas).

Se o nível de consciência estiver comprometido, o paciente deve ser encaminhado para atendimento médico a fim de receber a medicação adequada. Quando existe alto risco de crises de hipoglicemia, o médico pode prescrever kits de glucagon injetável, que pode ser aplicado por acompanhantes do paciente em caso de emergência. Não se esqueça de reportar a ocorrência na próxima consulta.

A partir do restabelecimento, a abstinência de álcool em jejum e um novo esquema medicamentoso são importantes para encaminhar um tratamento mais eficaz.

É importante lembrar que nem sempre a hipoglicemia tem relação com o manejo do diabetes, como é o caso de tumores, por exemplo.

Recomendações

  • Refeições menores e mais próximas umas das outras ajudam a prevenir a queda da glicose no sangue;
  • Antes de dormir, uma refeição leve à base de carboidratos e proteínas ajuda a prevenir crises noturnas de hipoglicemia;
  • A prática de exercícios físicos pode exigir o consumo de carboidratos extras para evitar a queda brusca dos níveis de glicose no sangue.