Os estados unidos destacaram-se como grande potência econômica após o fim da primeira guerra mundial

As grandes nações da Europa ocidental encontravam-se enfraquecidas economicamente, industrialmente e politicamente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pois o conflito devastou diversos países. Nesse contexto se despontaram duas potências mundiais com ideais divergentes, Estados Unidos e União Soviética, ambas queriam expandir as influências de seus sistemas político-econômicos (capitalismo e socialismo) pelo mundo. Essa rivalidade, conhecida como Guerra Fria, perdurou até a queda do socialismo, em 1991. Um dos principais motivos que conduziram os Estados Unidos a se despontarem como potência mundial foi o financiamento ou o empréstimo que a nação forneceu aos países europeus para a reconstrução das nações destruídas pela guerra, esse processo foi denominado de plano Marshall. Além da ajuda financeira, os Estados Unidos abasteceram de produtos industrializados a Europa e outros países que anteriormente mantinham relações comerciais com as potências europeias.

Apesar da extrema importância que esse fato teve para a consolidação dos Estados Unidos como potência, existem outros fatores, como o enorme mercado consumidor interno, o sistema de colonização (povoamento), abundante mão de obra, potencial energético, jazidas minerais diversificadas, além de suportes estruturais nas áreas de logística, aperfeiçoamento de técnicas e tecnologias e uma malha urbana que favoreceu o funcionamento industrial.

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Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia

Equipe Brasil Escola

Estados Unidos - Geografia - Brasil Escola

Em 1914, o estouro da Primeira Guerra Mundial determinou o consumo de uma tensão que se desenvolvia entre as nações da Europa desde o século XIX. Antes da guerra, os Estados Unidos defendiam a política de “portas abertas” como a melhor solução para a forte concorrência imperialista. Nesse âmbito, as autoridades do governo dos EUA acreditavam que todos os imperialistas tinham direitos iguais na exploração dos territórios afro-asiáticos.

Apesar dessa premissa conciliadora, os países europeus preferiam a guerra como solução. Nesse novo contexto, os Estados Unidos passaram a lucrar à custa da Primeira Guerra Mundial. Em um curto espaço do tempo, as nações europeias necessitavam de enormes quantidades de alimentos e armas para o conflito. Mesmo que permanecendo neutro, por uma questão de interesse e afinidade, o governo norte-americano exportava seus produtos apenas às nações integrantes da Tríplice Entente.

O comportamento solidário dos EUA logo se aprofundou, principalmente quando observamos o empréstimo de recursos financeiros para a guerra na Europa. Até esse momento, o conflito se transformava em um evento bastante lucrativo e benéfico para a economia norte-americana. No âmbito político, os Estados Unidos esperavam que a nação pudesse se fortalecer ainda mais ao possivelmente assumir a condição de intermediadora dos tratados de paz.

Tais projeções mudariam de rumo no ano de 1917. Naquele ano, os russos abandonaram a Tríplice Entente com o desenvolvimento da Revolução Russa. Para as potências centrais, essa seria a oportunidade ideal para vencer o conflito. Não por acaso, os alemães puseram em ação um ousado plano de atacar as embarcações que fornecessem mantimentos e armas para a Inglaterra. Nesse contexto, navios norte-americanos foram alvejados pelos submarinos da Alemanha.

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Nesse momento a neutralidade norte-americana se tornava insustentável por duas razões fundamentais. Primeiramente, porque a perda das embarcações representava uma clara provocação que exigia uma resposta mais incisiva do governo americano. Além disso, a saída dos russos aumentava o risco da Tríplice Entente ser derrotada e, consequentemente, dos banqueiros estadunidenses não receberem as enormes quantidades de dinheiro emprestado aos países em guerra.

No dia 6 de abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra contra os alemães e seus aliados. Um grande volume de soldados, tanques, navios e aviões de guerra foram utilizados para que a vitória da Entente fosse assegurada. Em pouco tempo, as tropas alemãs e austríacas foram derrotadas. Em novembro de 1918, o armistício de Compiègne acertou a retirada dos alemães e a rápida vitória da Tríplice Entente.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

4 minutes

Ninguém duvida que os Estados Unidos é a maior potência mundial na atualidade. Inclusive, esse cenário no qual o país é o líder na economia mundial não é de ontem, pois faz muitos anos que já é dessa maneira.

Mesmo esse cenário não ter mudado em anos, nem sempre os Estados Unidos foi uma superpotência. A história mostrou que o país soube se aproveitar de boas oportunidades para crescer e chegar no patamar de hoje.

Quer saber mais dessa história? Então leia o artigo e confira porque os Estados Unidos se tornou a maior potência mundial!

Os Estados Unidos antes do século XX

Se você lembra de suas aulas de história, sabe muito bem que o país foi colônia da Inglaterra por muito tempo. A colonização dos países anglo-saxões da América do Norte foi bem diferente da ocorrida na América Latina, pelos espanhóis e portugueses.

Nos países latinos predominou a exploração, ou seja, as colônias serviam para serem exploradas e os colonizadores se preocupavam em encontrar matéria prima e metais preciosos. Nos Estados Unidos, apesar de ter havido exploração, principalmente no sul do país, o local servia mais como uma colônia de povoamento.

Desde muitos anos, cerca de 3 ou 4 séculos atrás, o país começou a se comportar de uma maneira que poderia colocá-lo entre países fortes. Basicamente, a história dos Estados Unidos é uma história de guerras, e foi isso que conseguiu posicionar o país no patamar que é encontrado nos dias atuais.

Ao longo de pelo menos 300 anos, o país teve que se tornar uma potência econômica e militar. Primeiro, o país começou resolvendo seus conflitos internos, tanto políticos quanto econômicos. Depois, unificou o povo, expandiu o território, deixou o território favorável ao capitalismo e por último, abandonou sua neutralidade e começou a entrar em conflitos armados internacionais.

Desde muito cedo, o país incentiva a iniciativa privada, ajudando empreendedores a abrirem seu próprio negócio e garantia que o Estado não se metesse muito na economia.

Acontecimentos marcantes

A guerra e o crescimento econômico sempre andaram lado a lado nesse país. Confira agora alguns acontecimentos antes do século XX que contribuíram para deixar os Estados Unidos mais forte:

  • 1776: ano da independência do país, o que resultou em grandes conflitos armados;
  • 1865: o norte do país, que era desenvolvido, derrota o Sul, que era escravocrata, na Guerra de Secessão. Depois disso, o norte trabalha junto com o sul para recuperar a economia;
  • 1876: o exército ganha dos indígenas, o que estimulou a expansão populacional e conquista de novos territórios;
  • 1898: primeiro grande conflito armado internacional dos Estados Unidos. O país apoiou a independência de Cuba e entraram em guerra com os espanhóis. A vitória dos EUA deu a eles antigas colônias espanholas, como Porto Rico. Nessa época, o país começa a se posicionar como um imperialista.

Ainda, importante citar que no final do século XIX, a expansão que desejavam exigia a procura por novos mercados. O país possuía recursos naturais importantes para as indústrias, o que fez a economia acelerar.

O mercado interno estadunidense cresceu, houve investimentos em mineração, empresários como Henry Ford apareceram com inovações e assim, começou a extração do petróleo e a criação de transportes. Os índios foram removidos para reservas e assim, houve aumento nas áreas para plantio.

Os Estados Unidos a partir do século XX

O século XX foi decisivo para a ascensão dos Estados Unidos. Logo no início do século, houve a Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918. Os Estados Unidos estavam neutros e acabaram entrando no conflito ao lado dos que venceram. Sua participação foi crucial para o resultado que teve.

Mas foi na Segunda Guerra Mundial que os Estados Unidos se tornou o líder da economia global.

O país entrou na segunda guerra ao lado dos Aliados, formado por Estados Unidos, França, Reino Unido e, posteriormente, o antigo Império Russo (agora União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Os Aliados guerreavam contra o Eixo, formada por Alemanha, Itália e Japão.

Os Estados Unidos começou a vender materiais bélicos e sua economia começou a crescer rapidamente com as políticas que o país implantava internamente. Tornou-se forte economicamente e ajudou seus aliados a vencerem a guerra.

A Segunda Grande Guerra foi decisiva porque diversos fatores fizeram com que os Estados Unidos se tornasse uma potência mundial após 1945, ano em que terminou a segunda guerra.

A primeira delas é que a Europa ficou devastada e sem dinheiro por causa dos conflitos. Os Estados Unidos ajudou o continente se reerguer, financiando empréstimos. Isso ficou conhecido como Plano Marshall. Antes, o polo econômico mundial era a Inglaterra, que também saiu enfraquecida da II Guerra.

Guerra Fria: conflito entre Estados Unidos e URSS

A Segunda Guerra fez os Estados Unidos se tornarem uma grande potência. O país soube se organizar e ver oportunidades para crescer ainda mais sua economia.

Contudo, após o conflito armado e a derrota da Alemanha com seus aliados, uma outra potência começou a mostrar forças: a URSS. Ou seja, o poderio mundial após a Segunda Guerra Mundial ficou dividido em dois polos: o lado capitalista, comandado pelos Estados Unidos, e o lado socialista, comandado pela URSS.

Os Estados Unidos agora começaria a “guerrear” com a URSS. Depois de diversas disputas territoriais, corrida espacial e outras “competições”, não é preciso dizer que o capitalismo venceu.

No final, a URSS “perdeu”. Muitos países que faziam parte do bloco começaram a se tornar capitalistas e isso ajudou na hegemonia dos EUA. Apesar de já ser considerado a grande potência logo após a II Guerra e durante a Guerra Fria, a vitória do capitalismo ajudou muito na imagem de país forte que os Estados Unidos construiu.

Assim, os EUA até hoje pode ser considerado a maior potencial mundial. Ou seja, uma nação com força política, militar e econômica no cenário internacional.

Um país que se enquadra como potência é aquele que consegue exercer poder na ordem mundial e na diplomacia e que principalmente, consegue fazer prevalecer suas opiniões, ideais entre outras nações antes de entrar em conflito. E isso, os Estados Unidos conseguem fazer muito bem.

Conclusão

Os Estados Unidos se tornou a maior potência mundial porque teve um cenário favorável para tal e também porque conseguiu ver oportunidades para se destacar e aprimorar sua economia. Desde muitos anos, o país tomou medidas para crescer e se posicionar como um país de peso no cenário internacional.

No entanto, foi apenas após a Segunda Guerra Mundial que o país finalmente se tornou o maior líder econômico no cenário internacional, permanecendo assim até os dias atuais.

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