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Informações sobre cédulas e moedas de padrões monetários anteriores ao Real podem ser obtidas no Museu de Valores do Banco Central.O Real (ISO 4217: BRL, abreviado como R$[4]) é a moeda corrente oficial da República Federativa do Brasil.[5] Após sucessivas trocas monetárias, o Brasil adotou o real em 1 de julho de 1994, que, aliado à drástica queda das taxas de inflação, constituiu uma moeda estável para o país. Foi implantado no mandato do presidente Itamar Franco, sob o comando do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, depois eleito presidente da República. Quando o Real foi lançado, em 1 de julho, o ministro da Fazenda já era Rubens Ricupero, uma vez que FHC já tinha saído para desincompatibilizar-se e ter o direito de se candidatar a Presidente da República. Real Dados Código ISO 4217 BRL Usado Brasil Inflação 12,13% (março de 2022)[1]Sub-Unidade 1⁄100: centavos Símbolo R$ Plural Reais Moedas R$ 0,01 (inativa),[2] R$ 0,05, R$ 0,10, R$ 0,25, R$ 0,50, R$ 1,00 Notas R$ 1 (inativa),[3] R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50, R$ 100, R$ 200 Banco central Banco Central do Brasil www.bcb.gov.br Fabricante Casa da Moeda do Brasil www.casadamoeda.gov.br O real é a 16.ª moeda mais negociada no mundo, é a segunda mais negociada na América Latina e quarta mais negociada nas Américas.[6] Estima-se que hoje existam mais de oito milhões de moedas perdidas do real.[7] O real é a moeda oficial brasileira, porém, o Banco Central do Brasil permite circulação de moedas privadas e moedas sociais no país, emitidas por bancos comunitários, desde que estas circulem apenas localmente e, sejam lastreadas pela moeda oficial.[8] Portanto, para cada moeda privada/social emitida, o banco comunitário emissor deve possuir R$ 1,00 em caixa.[8] No dia 2 de setembro de 2020, entrou em circulação a nova cédula, no valor de R$ 200,00, a qual será a de maior valor em circulação. A justificativa para tal valor foi o chamado "entesouramento" de dinheiro em espécie feito pelas pessoas durante a pandemia de COVID-19, ou seja, menor circulação de cédulas.[9][10] Ver também: História econômica do Brasil Surgido de uma conjuntura de descontrole da inflação que gerava instabilidade econômica, pretendia-se uma moeda mais forte e merecedora de mais confiança do que suas predecessoras, filhas de outros planos econômicos que não vingaram. O nome escolhido, "real", coincide com o nome da primeira moeda do Brasil (plural: réis), moeda essa utilizada pelo império de Portugal em todas as suas colônias. Diferentemente das moedas que haviam circulado anteriormente, o real não traz na sua nota personalidades da história nacional, mas sim animais da fauna brasileira. A explicação é a que famílias das pessoas homenageadas nas notas, como a de Mário de Andrade, já haviam reclamado das homenagens.[11] Além disso, como a moeda precisava ser cunhada rapidamente, e não havia tempo hábil para negociar com as famílias, optou-se pela solução mais rápida: os animais.[11] Diversas opções foram pensadas, tais como a piranha, o tucunaré, o lambari e o lobo-guará.[11] Por fim, foram escolhidos o beija-flor, garça, arara, onça-pintada e a garoupa. O Real fora concebido em três fases, a partir de meados de 1993: primeiro, um plano de ajuste fiscal, com o Plano de Ação Imediata (PAI) e, posteriormente, o Fundo Social de Emergência (FSE), que, além de desvincular obrigações da União para com os demais entes da Federação, previstas na Constituição de 1988, desejava, segundo as palavras do governo, criar um dispositivo que financiasse programas sociais (daí origina-se o nome do fundo); segundo, a criação da Unidade Real de Valor (URV), que tinha como papel servir apenas como unidade de conta, enquanto o Cruzeiro Real permanecia em circulação, como unidade de valor e meio de pagamento; e, por último, a partir de 1º de julho de 1994, entra em operação a moeda Real, que, finalmente, substituiria o Cruzeiro Real nas suas duas funções remanescentes.[12][13] A moeda foi criada pela Medida Provisória que instituiu o Plano Real, inicialmente em regime cambial fixo em relação a um conjunto de moedas liderado pelo dólar dos Estados Unidos. Isto significava que o real tinha um teto e um piso previamente definido para que o valor da moeda flutuasse. Caso a cotação chegasse ao teto, o Governo se comprometia a vender dólares e forçar queda de cotação. O inverso acontecia quando a cotação atingia o piso. Contudo, surpreendendo muitos, o real valorizou-se logo após ser lançado. Depois de um curto período de valorização no final de 1994 e início de 1995, quando real chegou a valer 1,20 USD (câmbio comercial, 31 de março de 1995), o controle do Banco Central resultou numa desvalorização gradual da moeda, de 1 R$ : 1 USD em 1995 para cerca de 1,2 : 1 no final de 1998.[14] Em janeiro de 1999, entretanto, a crise financeira decorrida da crise financeira asiática em 1997, da quebra da Rússia em 1998, e da crise financeira argentina, levou o Banco Central do Brasil a abandonar o modelo de câmbio semifixo e a deixar o câmbio flutuar livremente. A súbita desvalorização do real no início de 1999, de 1,2 : 1 para quase 2,0 : 1 marcou o fim da absoluta previsibilidade do câmbio.[15] Entre 1999 e 2003 o câmbio evoluiu de maneira irregular mas geralmente no sentido de desvalorização, atingindo a cotação mínima de 3,9 R$ : 1 USD no final de 2002. Em seguida a tendência geral se inverteu, e em 2006 o câmbio havia retornado ao patamar de 2,2 : 1. Desde essa época o câmbio tem flutuado ao redor de 2 reais para 1 dólar.[14] A cédula de um real deixou de ser produzida no final de 2005, entretanto continua em circulação. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas normalmente pela Casa da Moeda.[16] As cédulas de 2 e 20 reais foram lançadas em 2001 e 2002 respectivamente, para segundo o Banco Central gastar menos da produção de notas, ampliar as variedades de cédulas e facilitar o troco. Antes disso apenas circulavam no Brasil apenas as cédulas nos valores de R$ 1,00, R$ 5,00, R$ 10,00, R$ 50,00 e R$ 100,00. Vale ressaltar que todas as cédulas da 1ª Família do Real continuam valendo, sendo substituídas gradualmente pelas suas versões mais recentes.
Segunda famíliaNo dia 3 de fevereiro de 2010, o Banco Central anunciou que lançaria a segunda família das notas do real. As cédulas passaram a ter tamanhos diferentes, aumentando de acordo com o seu valor, além de novos elementos de segurança e marcas táteis em relevo. As mudanças, segundo o Banco Central, ocorreram para deixar o real uma moeda mais forte e segura, preparando-a para demanda de uso internacional, devido ao fortalecimento da economia brasileira.[19][20] A moeda começou a ser fabricada pela Casa da Moeda em agosto de 2010. As notas de R$ 50,00 e de R$ 100,00 começaram a circular no dia 13 de dezembro de 2010. As notas de R$ 20,00 e R$ 10,00, entraram em circulação a partir de 23 de julho de 2012, e as de R$ 5,00 e R$ 2,00 em 29 de julho de 2013.[21][22][23] Em 29 de julho de 2020, o Banco Central anunciou o lançamento da nota de duzentos reais, com a escolha do lobo-guará para estampa do verso; a nova nota foi apresentada pelo BC no dia 2 de setembro do mesmo ano.[24]
Cédula comemorativaEm 24 de abril de 2000 foi lançada uma cédula comemorativa de 10 reais, contendo a efígie de Pedro Álvares Cabral, o mapa "Terra Brasilis", um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha e uma rosa dos ventos, além de cinco naus da expedição de Cabral, elementos decorativos de azulejos portugueses, linhas sinuosas e representações da Cruz da Ordem de Cristo, todos temas alusivos ao Descobrimento do Brasil.[27]
Segunda família de moedas do real Estão em circulação duas famílias de moedas do real, a primeira emitida de 1994 a 1997 é toda em aço inoxidável e a segunda é composta de tipos diferenciados de metal e acabamento para facilitar a identificação. Após a adoção do real, na tentativa de se facilitar o troco, foi colocada em circulação no dia 30 de setembro de 1994 a moeda de 25 centavos, então inédita no Brasil, uma vez que nos padrões anteriores a moeda intermediária entre os valores de 10 e 50 centavos tinha o valor de 20 centavos. Uma das curiosidades desta moeda e que a destaca das demais é o fato dela ter um campo heptagonal inscrito na circunferência da moeda, além do anverso o valor sobre uma alegoria em ondas e reverso com a efígie representativa da República, ladeada pela inscrição "BRASIL". Na parte inferior, há o ano de cunhagem. Primeira famíliaA primeira família é composta de um anverso-padrão, contendo o valor entre ramos de louro estilizados e o ano da cunhagem. O reverso possui a Efígie da República ao lado de ramo de louros. Abaixo da alegoria há o dístico "BRASIL", presente em todas as moedas desde o século XVII. Todas as moedas continuam em circulação, exceto as de um real de aço inoxidável, que foram retiradas em 23 de dezembro de 2003 devido a alto índice de falsificações.
Segunda famíliaA segunda família teve o desenho escolhido pela população em concurso realizado pelo Banco Central e foi concebida pela Casa da Moeda do Brasil. Todas as moedas estão em circulação. O anverso segue um padrão comum a todas as moedas, composto do valor e alegoria estilizada em alusão à Bandeira Nacional. Abaixo, em baixo relevo, é indicado o ano da cunhagem.
Moedas comemorativasO real possui várias emissões de moedas comemorativas. Elas se dividem em dois tipos, de circulação comum e especiais em estojo, voltada para colecionadores.
Além de moedas comemorativas, a casa da moeda imprimiu até agora uma série comemorativa de cédulas apenas. Para ilustrar a desvalorização da unidade monetária brasileira da época do império até a instituição do real, a lista a seguir apresenta o montante necessário para se obter R$ 1,00 (um real) em cada uma das unidades monetárias instituídas no Brasil se a conversão entre elas ainda fosse possível:[carece de fontes]
O sistema monetário do Real prevê, para depois da vírgula, apenas duas casas de unidade monetária. É por isso que a menor moeda em circulação é a de 1 centavo. Porém, é comum ver alguns produtos aparecem precificados com até três casas de unidade monetária. Ou seja, o milésimo de um real.[36] Por conta disso, se um produto aparecer precificado como R$ 0,045; ele deverá ser lido como quarenta e cinco milésimos de real.[36] Os únicos produtos que se tem notícia que foram vendidos no país em que o preço era cobrado com três dígitos após a vírgula eram a Gasolina, o Etanol, o Diesel e o GNV.[37] Esta prática era legal, pois estava regulamentada pela Portaria n.° 30, de 6 de julho de 1994, do extinto Departamento Nacional de Combustíveis (DNC).[38] A justificativa estava no fato de as unidades de medida, quando da compra e venda pelo revendedor, serem diferentes (a negociação para a compra é feita em metros cúbicos (m³), enquanto a venda ao consumidor é feita em litros (l)).[37] Manter as três casas decimais neste caso evitava que os postos de gasolina arredondassem o preço para cima, e assim obtivessem lucro em cima essa conversão.[37] Em 07 de maio de 2022, porém, essa portaria foi extinta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com a justificativa de "deixar o preço do combustível mais preciso e claro para o consumidor, além de estar alinhado com a expressão numérica da moeda brasileira".[39]
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