Por que a economia é considerada a ciência da escassez

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Economia é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção, distribuição e o consumo  de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida.

Economia Capitalista é a organização das atividades econômicas por meio do mercado, baseada na propriedade privada e na qual a grande maioria das transações é mediada pelo dinheiro.

O que é Economia?

Economia é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção, distribuição e o consumo  de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida.

Economia Capitalista é a organização das atividades econômicas por meio do mercado, baseada na propriedade privada e na qual a grande maioria das transações é mediada pelo dinheiro.

A Ciência Econômica é uma ciência social, que estuda o funcionamento da Economia Capitalista, sob o pressuposto do comportamento racional do homem econômico, ou seja, da busca da alocação eficiente dos recursos escassos entre inúmeros fins alternativos. Nesse sentido, a Ciência Econômica visa compreender como a Economia resolve os três problemas econômicos básicos: 1) O quê e quanto produzir? 2) Como produzir? e 3) Para quem produzir? Ou seja, o estudo da eficiência e da equidade. Contudo, no mundo contemporâneo, a sustentabilidade da produção para as gerações futuras se impõem como um quarto problema econômico básico, exigindo que se repense o crescimento econômico e o próprio sentido coletivo do consumo em permanente expansão sem propiciar um verdadeiro bem-estar às sociedade humanas.

Adicionalmente, não se pode desprezar o fato de que a Ciência Econômica é Multidisciplinar, na medida em que estuda a produção e consumo da imensa variedade de bens e serviços existentes, os quais envolvem concepções e determinantes inerentes a outras ciências, como as da Agronomia, da Engenharia, do Trabalho, da Educação, da Saúde, da Nutrição, da Política, entre tantas outras.

A Ciência Econômica possui diversas correntes e divisões. Do ponto de vista da corrente neoclássica, a Economia é estudada em dois níveis: a Microeconomia e a Macroeconomia.

A Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que estuda a formação de preços, a principal variável que orienta a alocação de recursos no contexto das Economias Capitalistas. Discute a funcionalidade do mercado para garantir a  organização e distribuição eficientes dos recursos escassos. Sua unidade de análise são os mercados específicos, examinando o comportamento e a interação dos agentes (consumidores e produtores).

A Macroeconomia é o ramo da Ciência Econômica que estuda o comportamento da Economia como um todo, tendo como focos o Produto, o Emprego, a Inflação, e o Comércio Internacional. É o campo que embasa a atuação do  Estado em suas três funções fundamentais: Alocativa, Distributiva e Estabilizadora.

ECONOMIA: UMA CIÊNCIA DA ESCASSEZ

“Economia é o estudo das escolhas feitas pelas pessoas diante de situação de escassez.” (MENDES, 2004).

“A economia é o estudo do homem nos negócios diários de sua vida.” (MARSHALL, apud MENDES, 2004).

Para melhor definir o que é a economia, será definido primeiro o que é escassez e recursos e no que eles influenciam nas escolhas que os indivíduos fazem.

Escassez, nada mais é que ter recursos insuficientes para atender a uma necessidade. E não são somente as grandes organizações que lidam com o problema da escassez, mas também as pessoas no seu dia a dia. Recursos são os meios que se utilizam para produzir algo. Mas quando se fala em recursos logo vem à mente a ideia de dinheiro. Sim, dinheiro é um recurso muito importante, mas recursos também é tempo, matéria-prima, tecnologia, mão de obra, entre outros.

Quando se lê um livro se está dedicando tempo para certa atividade, ou seja, estamos direcionando o recurso de tempo para gerar conhecimento. E ao dedicar tempo ao livro, se está abrindo mão de alguma outra atividade que poderia estar sendo realizada neste mesmo espaço de tempo. Isso acontece porque tempo também é escasso. Temos 24h por dia, mas mesmo assim parece que não dá de fazer tudo o que desejamos fazer. Ao mesmo passo que uma grande organização ao fabricar um produto utilizando certa matéria prima abre mão de produzir algum outro produto porque não se tem tal matéria prima em abundância.

Por fim, a escassez é gerada então pela alta demanda.

Numa reportagem do Jornal Nacional – G1 (2014) foi mencionado que maior parte da água consumida vai para a agricultura e a indústria.

E a quantidade de água escondida nos produtos é espantosa, segundo a organização internacional Water Footprint, que promove o consumo consciente. Os cálculos levam em conta todo o processo produtivo. Desde a chuva e a irrigação, no campo, passando pelas indústrias, até chegar à mesa.

Juntos, cafezinho e pão francês já significam 90 litros de água. Um copo de cerveja, 74. O quilo de tomate, 215 litros. O de açúcar, quase 1.800. Arroz, 2.500. Carne de frango: 4.300 litros. E carne bovina, 15 mil litros de água em um quilo de bife. Imagine só: é o equivalente a 340 banhos de cinco minutos. Mais um motivo para evitar o desperdício. (G1, 2014)

Como sabemos a água é um recurso não renovável muito importante, mas está em escassez. Ás vezes parece que a água que desperdiçamos é somente esta que vem para nossas casas, por exemplo, se utiliza 2.500 litros de água.

Se todos nós temos necessidade de comprar roupas, significa que o mercado tem que dar conta de produzir roupas o suficiente para atender as nossas necessidades. Então, os recursos para se produzir tais roupas, principalmente a água, se tornam escassos porque são recursos não renováveis e há uma grande demanda. Nesse caso, abre-se mão então de ter maior volume de água para beber, para se ter maior disponibilidade de roupas. Foi falado até agora sobre recursos escassos, mas não são somente tangíveis, o capital intelectual, por exemplo, quando pessoas se dedicam a certa atividade numa produção de produtos, estão muitas vezes deixando de usar esse intelectual em pesquisas de cura para algumas doenças.

Economia é então essa escolha que se faz quando se tem recursos escassos. E é divida na micro e na macroeconomia.

A microeconomia estuda as organizações e aquilo que está a sua volta, como funcionários, fornecedores e consumidores, e estuda também a forma como suas decisões se relacionam. Ou seja, e microeconomia analisa as ações dos componentes econômicos privados, desde a produção ao consumo e como encontram certo equilíbrio, chamada também como teoria dos preços. Em resumo a microeconomia se concentra nas empresas e nos consumidores, no comportamento destes e na formação de preço com base na oferta e demanda.

A macroeconomia analisa a economia como um todo. Melhor dizendo, cuida do que está no externo das empresas, mas que não deixam de influenciar. Por exemplo, o desempenho econômico do país, como PIB, inflação, empregabilidade, renda nacional, etc. influenciam também taxas de juros, impostos, e desenvolvimento social do país.

Em resumo, a microeconomia enxerga uma arvore e a macroeconomia enxerga toda a floresta.

A economia se ocupa do estudo da ação econômica do homem, envolvendo o processo de produção, a geração e apropriação da renda, o dispêndio e a acumulação. Como exemplo, temos a escassez, o mercado, a moeda, preços, remunerações, emprego, crescimento, entre outros. A economia não pode ainda ser considerada fechada, uma vez que envolve a ação econômica do homem, é impossível não relacionar com outras áreas da ciência humana, como filosofia, ética, história, sociologia, direito, meio ambiente, e outros. Mas a economia também se firma nos seus conceitos e princípios. Tendo então duas direções, que a faz assumir um caráter biunívoco. Que quer dizer que a economia se associa com elementos de outros conjuntos, que no caso, são outros conjuntos da ciência humana.

REFERÊNCIA

JORNAL NACIONAL. Veja o volume de água usado para fabricar produtos do dia a dia. [S. l.]: G1, 2014. Disponível em: < http://glo.bo/1GzW2AK >. Acesso em: 18 set. 15.

MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia: Fundamentos e Aplicações. São Paulo: Pentrice Hall, 2004.

ROSSETTI, J. P. Introdução à economia, 18. ed., reest., atual. e ampl. - São Paulo: Atlas, 2000.