Após a Guerra Fria ter acabado, consequentemente o Mundo Bipolar acabou, assim surgindo a nova maneira de regionalizar sendo chamada de Mundo Multipolar em que foi priorizado o desenvolvimento, embasado no nível tecnológico. Este modo de regionalizar foi nomeado como Nova Ordem Mundial, porque a área de influência dos países desenvolvidos caracterizaram a multipolaridade. Então, o mundo foi organizado em centro e polos, baseados no poder econômico, militar, geopolítico mas ainda reforçando a dependência tecnológica. Mesmo com esse novo jeito de regionalização, a desigualdade entre os países continuam existindo, pois tem países que não tem tanto desenvolvimento quanto, por exemplo, os Estados Unidos. A dependência econômica é atrelada à dependência tecnológica. Havendo uma superioridade militar dos Estados Unidos, especialistas acabam defendendo a idéia de que a Nova Ordem Mundial é unipolar, e multipolar dependendo dos outros diversos centros econômicos. Graças a isso os países periféricos são pressionados pelos centrais para continuarem dependentes. Apesar disso, alguns países demonstram grande potencial no nível de crescimento, como os BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. The Multipolar World After the Cold War ended, consequently the Bipolar World ended, thus emerging a new way of regionalizing being called the Multipolar World in which development was prioritized, based on the technological level. This way of regionalizing was named as New World Order, because the area of influence of developed countries characterized multipolarity. So, the world was organized into centers and poles, based on economic, military, geopolitical powers but still reinforcing technological dependence. Even with this new way of regionalization, inequality between countries continues to exist, as there are countries that do not have as much development as, for example, the United States. Economic dependence is linked to technological dependence.
As configurações geopolíticas globais variam conforme a evolução das sociedades e a transformação das configurações de poder entre os países afora. Critérios econômicos, militares e políticos são colocados como as principais condições para que um país ou bloco de países seja considerado influente, exercendo seu domínio e poder sobre os demais. Ao longo da História, diferentes fases marcaram essas correlações de força. Em termos atuais, pode-se evidenciar o panorama dessas transformações a partir das duas últimas ordens mundiais analisando-se as mudanças que vão desde o mundo bipolar à multipolaridade, termos utilizados para designar as potências econômicas e militares em evidência no planeta. No primeiro caso, temos o período que se convencionou chamar por Guerra Fria, que culminou, ao seu final, na Nova Ordem Mundial da geopolítica atual. O MUNDO BIPOLAR Ao final da Segunda Grande Guerra (1939-1945), duas grandes potências mundiais emergiram como as nações política e militarmente predominantes: Estados Unidos e União Soviética. Em relação aos EUA, isso aconteceu porque esse país não sofreu grandes danos em seus territórios e manteve intacto o seu padrão estrutural, além de garantir a sua posição como principal país capitalista. No caso da URSS, porque ela foi decisiva durante o conflito internacional e desenvolveu um grande potencial militar e estrutural então emergente, embora tenha perdido 20 milhões de pessoas nas batalhas e ter visto destruídas muitas de suas cidades. O período posterior ficou então conhecido como Guerra Fria, pois, de um lado, havia uma frente de orientação capitalista, com um sistema de economia de mercado que buscava ampliar e consolidar sua influência pelo mundo; do outro lado, por sua vez, havia uma potência socialista – ou capitalista de Estado –, com sistema de economia planificada e que também almejava expandir o seu poderio ideológico pelo mundo. O fator decisivo foi a posse de armas nucleares por ambas as partes, de modo que o choque entre essas duas forças traria graves impactos para a humanidade e, certamente, nenhum vencedor. Por essa razão, a Guerra Fria foi um conflito em que não houve batalhas diretas entre os dois lados, havendo apenas disputas indiretas e participação em guerras “menores”, como a do Vietnã e a invasão soviética do Afeganistão. Outros episódios relevantes foram as ajudas e cooperações desses países a outras nações a fim de expandirem os seus domínios, com destaque para o Plano Marshal criado pelos EUA, além da fundação das grandes organizações militares: a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), de um lado, e o Pacto de Varsóvia, de outro. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) O termo “mundo bipolar” é usado para designar esse contexto, pois a ordem geopolítica global apontava para a disputa entre dois principais países, que almejavam colocar em evidência o seu domínio e sua hegemonia. Assim, com a crise do mundo autodeclarado “socialista” e o colapso dos soviéticos, o período conheceu o seu fim com a vitória da frente capitalista. O episódio considerado como um marco desse processo foi a queda do Muro de Berlim, em 1989, que dividia a Alemanha derrotada na Segunda Guerra entre os países capitalistas (EUA, França e Reino Unido) e a URSS. O MUNDO MULTIPOLAR Com o fim da União Soviética e a fragmentação do mundo socialista, o mundo considerado bipolar deixou de existir, fazendo com que os Estados Unidos passassem a exercer uma hegemonia política sem precedentes desde a emergência do sistema capitalista no mundo. Ao mesmo tempo, outros países capitalistas também se consolidaram como os protagonistas do sistema-mundo, que abandonou o foco no poderio militar (embora tenha continuado importante) e ampliou o status do poderio econômico dos países. Assim, os países da União Europeia (principalmente Alemanha, França e Inglaterra), o Japão e, mais tarde, a China passaram a dividir com os norte-americanos o protagonismo geopolítico. Surgiu, assim, o mundo multipolar. Todavia, essa perspectiva é um pouco questionável. Em primeiro lugar, observa-se que uma comparação entre esses países não os coloca lado a lado, mas, sim, com os Estados Unidos muito à frente dos demais em termos econômicos e também bélicos, embora os chineses venham apresentando acelerados níveis de crescimento. Em segundo lugar, nota-se também que esses países – exceto os chineses – apresentam certo alinhamento político, ao contrário do que ocorrera na ordem mundial anterior, marcada pela rivalidade e tensão permanente. Por isso, outros termos são utilizados para designar a ordem mundial atual, como a unipolaridade ou, mais comumente, a unimultipolaridade, embora isso não seja alvo de consenso. Recentemente, a postura mais agressiva do governo da Rússia – principal herdeira do império soviético – diante dos EUA em algumas questões, como o conflito na Síria, a tensão entre as Coreias e a Crise na Ucrânia, vem criando expectativas sobre o retorno de uma nova Guerra Fria, haja vista que ambos os países são grandes detentores de armamentos nucleares ainda nos dias atuais.
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