A candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que se aloja comumente na área genital, provocando coceira, secreção e inflamação na região. O micro-organismo vive normalmente no organismo sem causar danos, mas, em situações de desequilíbrio, aumenta a população e passa a ser danoso para o corpo. Isso acontece especialmente entre as mulheres, já que o fungo habita a flora vaginal. Show Em períodos de baixa imunidade, o ambiente quente e úmido da região genital propicia a proliferação descontrolada, que muitas vezes exige tratamento. Pessoas com o sistema imune debilitado ainda podem sofrer com a candidíase na boca (é o sapinho), na garganta, na pele e nas unhas, entre outros locais. Sinais e sintomas– Ardor, coceira e inchaço na região genital – Fissuras na mucosa genital que lembram assadura – Corrimento esbranquiçado – No homem, aparece vermelhidão e uma espécie de nata na ponta do pênis – Aftas– Dor ao engolir alimentos Fatores de risco– Relação sexual sem preservativo – Roupa íntima apertada e de material sintético – Ficar muito tempo com maiô e biquíni molhado – Diabetes – Obesidade – Gravidez – Deficiência imunológica causada por doenças como aids e câncer– Tratamento corrente com antibióticos Continua após a publicidade A prevençãoPara afastar a ameaça da candidíase vaginal, a higiene da região deve ser feita com sabonete de pH neutro. Dar preferência, é melhor optar pela calcinha de algodão, não usar absorvente íntimo todo os dias e evitar roupas muito justas ou molhadas por tempo prolongado. Não abrir mão da camisinha nas relações sexuais previne o contágio entre os parceiros. Pessoas com a imunidade comprometida, como portadores de HIV ou em tratamento contra o câncer, precisam de cuidados extras para prevenir a infecção pelo fungo. Lembre-se: a candidíase é uma doença oportunista. O diagnósticoNa consulta, o médico analisa a mucosa da vagina ou do pênis. Se necessário, uma raspagem da área afetada fornece uma amostra a ser analisada em laboratório para identificar o tipo de fungo causador do problema. O tratamentoNa maioria dos casos, o profissional prescreve cremes de uso no local, em geral duas vezes ao dia. Também existe a opção de antifúngicos em comprimido. Quando a irritação é muito acentuada, o especialista pode associar o tratamento contra a Candida albicans a um medicamento via oral à base de corticoide.
A Dra Iara Linhares (CRM 29034) responde tudo sobre infecções vaginais e porquê são importantes. LER MAIS
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Candidíase vaginalFrequentemente, a Candida pode existir na vagina sem causar qualquer infeção nem desconforto na mulher. Nestes casos, a multiplicidade de micro-organismos da flora vaginal, entre os quais os lactobacilos, vai limitar a capacidade de infeção da levedura. No entanto, a mudança desta conjuntura microbiana pode favorecer a aderência da levedura ao epitélio da vagina e a proliferação deste fungo, desencadeando sintomas. A partir de estudos científicos, sabe-se que a Candida está presente na flora vaginal de uma forma não sintomática entre 10 e 20% das mulheres saudáveis, em idade reprodutiva, que não estão grávidas. Nestes casos, não há qualquer razão para se fazer um tratamento contra a levedura. No entanto, até 75% das mulheres sofrem de, pelo menos, um episódio de candidíase vaginal em algum momento da vida. Destas, apenas 5 a 10% das mulheres vão ter episódios recorrentes de candidíase. Ou seja, vão apresentar a infeção pelo menos quatro vezes num só ano. Quando a infeção é grave ou quando se torna recorrente, pode ter um grande impacto psicológico: pode baixar a autoestima da mulher, promover a depressão e piorar as relações sexuais e afetivas. Grupos vulneráveisSabe-se que nas mulheres grávidas a taxa de prevalência da Candida é maior, especialmente no terceiro trimestre da gravidez, devido ao aumento dos estrogénios. Uma das possíveis consequências desta situação é a passagem da levedura para o bebé durante o parto, aumentando o risco de candidíase oral ou da fralda. Outros grupos mais vulneráveis à doença são as mulheres diabéticas, as mulheres que estão a tomar antibióticos e as mulheres imunodeprimidas (devido à infeção pelo VIH, à toma de corticóides ou à quimioterapia, terapias que debilitam o sistema imunitário). Sintomas, diagnóstico e tratamentoOs sintomas associados à candidíase apresentam-se normalmente na vulva e incluem prurido e desconforto, corrimento vaginal, dor durante o ato sexual e quando se urina. Nos casos mais severos, pode surgir vermelhidão na região da vulva, inchaço e fissuras. Na presença de sintomas, a mulher deve ir a uma consulta de ginecologia para ser observada e não tentar fazer o diagnóstico sozinha ou por telefone. É importante que o médico identifique a causa dos sintomas a partir de uma análise microscópica — só assim pode confirmar a presença da levedura, excluindo outras causas de vulvovaginites. Para isso, o médico deve colher uma amostra da parede da vagina que é analisada ao microscópio. A candidíase deve ser combatida com um antifúngico, que pode ser oral ou tópico. Se o tratamento for tópico, tem que ser aplicado não só na região da vulva, como também no interior da vagina. Quando a infeção é mais severa, o tratamento poderá ter de ser prolongado.
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