Trabalhe enquanto eles dormem quem disse

Trabalhe enquanto eles dormem quem disse

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“Trabalhe enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem, persista enquanto eles descansam. Depois viva o que eles sempre sonharam.” Ou, quem sabe, tenha uma boa crise de ansiedade.

Essa frase é muito usada no meio corporativo para incentivar a produtividade dos colaboradores. É possível encontrá-la em diversas páginas de empreendedorismo, coaching e afins. Mas você sabe qual é o problema que ela carrega? Chama-se produtividade tóxica. Esse termo denomina um excesso de preocupação e dedicação com o trabalho, uma forma de otimizar o tempo laboral que chega a prejudicar as horas de descanso do colaborador e, consequentemente, a sua saúde mental.

A produtividade tóxica sempre existiu no sistema capitalista, dentro do qual vendemos o nosso tempo, esforço e inteligência em prol do capital (dinheiro) para prover as nossas necessidades. Mas a expressão voltou à tona recentemente em razão da pandemia, que forçou muitas pessoas a adotarem o home office (“escritório em casa”, em tradução literal). 

Já que no home office os gestores e líderes não conseguem “controlar” os colaboradores como fazem presencialmente, com horário de entrada, almoço e saída, a avaliação de trabalho passou a se basear na produtividade e na entrega de resultados. Sim, ainda existem empresas com uma cultura organizacional baseada no “controle” dos colaboradores. E, com isso, vieram as reuniões por videochamadas. Cada vez mais e mais reuniões por videochamadas. Aquelas reuniões, inclusive, que poderiam ser resolvidas por e-mail. Tudo para acompanhar a produtividade, os indicadores… 

Além disso, quem passou a trabalhar em home office acabou mesclando a rotina de casa com a do trabalho, o sofá com o escritório, o quarto com a área de descanso, o pijama com a roupa de trabalho. Por esse motivo, surgiu a sensação de estar trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana, junto à dificuldade de se permitir descansar ao menos um momento.

Se tem uma rede social que eu uso e cujo discurso não me agrada muito, é o LinkedIn. Na pandemia, o que apareceu de discurso incentivando essa produtividade tóxica… “Estude enquanto eles descansam, trabalhe enquanto eles dormem…” Todas essas coisas de coaches charlatães.

Esse tipo de discurso traz a ideia de que se eu fizer mais, serei valorizado, se eu trabalhar mais, conquistarei mais, mas a que custo? As pessoas deixam de ter descanso, passam a trabalhar oito horas ou mais ininterruptas, sem final de semana nem feriado. E eu não estou apontando dedos, não. Eu também me incluo nesse balaio. Na época que eu trabalhava mais de 12 horas por dia (média de 60 horas por semana em dois empregos), passei mal nas primeiras férias que tive. Em vez de descansar e curtir, estava preocupada com os clientes, os pacientes, os meus posts, os relatórios e o quanto de trabalho ia atrasar e que eu teria de recuperar depois. Quando alguém sabe que está morrendo, essa pessoa por acaso diz “Eu queria ter trabalhado mais”?  Se temos horário para estudar e trabalhar, por que não podemos ter horário para comer, dormir, brincar, jogar, descansar e relaxar? Inclusive, horário para não fazer nada, já que “não fazer nada” também é fazer alguma coisa. Por mais que tudo isso pareça simples, é difícil de ser aplicado. Quando estamos fora do horário de trabalho, queremos assistir a alguma coisa, ler, estudar, se exercitar etc. Estamos sempre pensando em fazer algo. E, quando não conseguimos fazer esse algo, nos sentimos mal, como se tivéssemos perdido tempo. E tudo isso devido à nossa cultura estar baseada no sistema capitalista de estar sempre produzindo, sempre fazendo algo. Ser produtivo de verdade é fazer aquilo que precisa ser feito. Se não dá para fazer hoje, termina amanhã. Mas, quem não consegue agir desse modo e insiste em finalizar tudo no mesmo dia, ultrapassando os seus próprios limites físicos e mentais, passa a vivenciar essa produtividade tóxica. Quanto mais conseguirmos organizar a nossa rotina, com tempo para trabalho, estudo, descanso, lazer e família, sem esquecer do tempo para nós mesmos e até daquele momento de não fazer nada, mais perto de uma verdadeira produtividade estaremos. E, aí, bora dormir enquanto eles dormem e se divertir junto com eles também?

JUSSARA DORETTO BENETTI DO PRADO é psicóloga com foco em autoestima e relacionamentos. Instagram @psicologa.jussaraprado

A expressão “estude enquanto eles dormem” é uma adaptação de um provérbio japonês conhecido no mundo todo. A frase original é algo como “treine enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem, persista enquanto eles desistem e, então, viva o que eles sonham”.
Por trás desse provérbio está a lição de que quem se dedica — e não abdica diante das dificuldades — vai mais longe. Porém, ela não deve ser levada tão a sério, ou melhor, tão ao pé da letra.

Estudo sem descanso durante a fase do vestibular

Esse provérbio japonês costuma vir à tona nos períodos de provas e concursos, principalmente para quem visa cursos ou universidades mais concorridos. É praticamente um sinônimo para estudar muito para o vestibular — sem descanso. Um exemplo disso pode ser visto naquelas reportagens de aprovações. Em muitas delas, há estudantes orgulhosos de terem estudado cerca de 15 horas por dia. Porém, essa rotina não é saudável para o corpo e muito menos para a mente. Na verdade, o estudo para vestibular são mais efetivos e fáceis de gravar quando a rotina alia momentos de descanso.

Quando você estuda por dias e noites a fio sem nenhum tipo de lazer, a mente fica saturada e pode prejudicar toda sua capacidade de absorver informações. Pode até ser que algumas pessoas passem no vestibular utilizando esse método, mas elas são minoria.

Por que não vale a pena estudar sem parar

Uma pesquisa realizada pela psicóloga Kathlen Vohs, da Universidade de Minnesota, comprovou que o cansaço mental existe de verdade. Por isso, é recomendável fazer pequenas pausas para prosseguir com a mesma efetividade. Kathlen provou que, ao longo do dia, o cérebro se desgasta até chegar a um ponto em que precisa realmente parar — ou seja, necessita de um tempo de descanso. Focados em vencer a concorrência e estudar o máximo possível, muitos estudantes negligenciam o descanso e o sono. Porém, essa conta uma hora chega e pode incluir problemas físicos e psicológicos. Além de prevenir a depressão, fortalecer a memória e melhorar o desempenho no dia a dia, uma boa noite de sono ajuda a prevenir diabetes, obesidade e hipertensão, por exemplo.

Isso não significa que você precisa repousar completamente durante o dia, pois a solução é muito mais simples. A melhor estratégia é aliar o aprendizado contínuo com curtas pausas durante o dia.


Basta parar por dez ou quinze minutos a cada hora de estudo. Converse com alguém, coma um lanchinho, deite por alguns momentos ou até mesmo dê aquela checada nas redes sociais. Tenha em mente que esse tempo não está sendo desperdiçado, mas sim aproveitado da melhor maneira possível.

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Também é importante ter momentos de lazer

Além dos pequenos intervalos entre horas de estudo, você também precisa equilibrar alguns verdadeiros momentos de descontração. Não é preciso recusar todos os convites de seus amigos no ano de vestibular, sabia? Reserve algumas horas de sua semana e se divirta sem pensar em estudar. O segredo é o equilíbrio. Você já sabe que seu maior objetivo é ingressar naquela universidade tão desejada. Mas de nada adianta estudar se o corpo e a mente não estiverem saudáveis e em sintonia.

Se estiver difícil conciliar tudo isso, procure suporte de uma orientação pedagógica. Esse tipo de profissional pode te ajudar bastante nesse momento.

Não estude mais, estude melhor

Mais importante do que estudar sem parar, é ter um rendimento efetivo. Há situações em que o candidato estuda mais de 10 horas por dia, mas na semana seguinte já esqueceu metade do que viu.
Por outro lado, existem estudantes que sabem dosar o estudo para vestibular com o descanso e obtém excelentes pontuações nos maiores vestibulares. Portanto, o que importa não é a quantidade e, sim, a qualidade do tempo dedicado aos estudos. É necessário entender as matérias, saber contextualizá-las e praticar o que aprendeu. Gostou desse artigo? Se você é vestibulando, continue acompanhando o Blog do Kuadro! Temos conteúdos novos toda semana para ajudar você na sua jornada.

Para quem está pensando em chegar ao vestibular mais preparado, o cursinho on-line do Kuadro pode te ajudar! Assim, você não precisa seguir à risca o lema “estude enquanto eles dormem”, pois estudará com muito mais estratégia.

Existe um ditado muito conhecido que divide opiniões:

“Trabalhe enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem, persista enquanto eles descansam, e então, viva o que eles sonham.”

Em um primeiro momento, parece que o autor está nos dizendo para vivermos um estilo de vida mais intenso, concorda?

Algumas pessoas defendem viver dessa forma mais agitada. Para elas, devemos trabalhar e nos esforçar incansavelmente se quisermos atingir nossos objetivos e realizar os nossos sonhos.

LEIA TAMBÉM: 5 sinais para descobrir se você é viciado em trabalho

Por outro lado, existe outro grupo de pessoas que repudiam essa forma de viver. Elas defendem que a vida precisa de equilíbrio, tendo momento certo para cada coisa.

Independente de qual seja o seu estilo, estive refletindo sobre esse ditado por uma perspectiva um pouco diferente.

E se o autor da frase não estivesse querendo passar, necessariamente, o sentido de intensidade, mas sim de oportunidade?

Estabilidade não existe

Poucos sabem, mas sou servidor público. Passei em um concurso há pouco mais de 6 anos e, desde então, exerço a função.

Me tornar concursado nunca foi um sonho de infância, eu queria mesmo era ser arqueólogo, mas foi uma oportunidade que apareceu e que eu abracei.

Acontece que o cenário no Brasil, e no mundo, anda mudando em diversos sentidos.

Isso é bom? Isso é ruim? Depende, mas esse não é foco desse texto.

Flávio Augusto da Silva, CEO e fundador da WiseUp e do Geração de Valor, já vem dizendo há alguns anos que estabilidade não existe.

Em seu texto “Estabilidade não existe” ele escreve:

“A principal razão apontada pelos que sonham com trabalhar para o governo é quase que unânime: estabilidade. Ou seja, o suposto direito a jamais ser mandado embora, jamais ser demitido, ter a segurança de receber um salário no final do mês sem o risco de ter contratempos ao longo da vida.”

Porém, nem mesmo essa segurança de não perder o emprego e de receber o salário em dia existe mais. Mas, será que realmente existiu algum dia?

Após esta contextualização, voltamos para o provérbio japonês:

“Trabalhe enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem, persista enquanto eles descansam, e então, viva o que eles sonham.”

Tenho visto muitas pessoas reclamando e discutindo por causa de lei A ou B. Reclamando de governante C ou D. Porém, tenho visto pouca ação por parte dessas pessoas.

Não digo “ação” no sentido de sair na rua protestando e quebrando tudo, mas sim de analisar a situação e fazer algo. Responder essas duas perguntas simples pode ajudar:

O que posso fazer em relação a isso? E o que estou fazendo?

Trabalhe enquanto eles dormem, enquanto você ainda tem escolha

Eu acredito que os cargos públicos irão diminuir muito, se não terminar. É apenas questão de tempo.

O que eu posso fazer em relação a isso? Sinceramente, estudar e me especializar em outras coisas. Essa é uma realidade global, não apenas no Brasil. O que não dá para fazer é ficar sentado esperando decidirem o meu futuro.

E o que estou fazendo? Quando percebi os primeiros sinais dessa nova realidade, comecei a estudar sobre escrita, marketing e produção de conteúdo e demais temas relacionados. E hoje sou certificado nessas áreas, prestando serviços como Freelancer.

Se realmente a estabilidade não existe, o que está se mostrando mais verdade do que nunca, é momento de “dormir” menos e “trabalhar” mais, enquanto ainda temos essa opção.

Esse texto vale não apenas para pessoas que trabalham no serviço público, mas para todos que identificaram que alguma coisa precisa mudar e que somos nós que temos de fazer acontecer.

O autor desse famoso provérbio japonês possivelmente estava falando em aproveitarmos as oportunidades que identificamos, enquanto a maioria das pessoas permanecem na inércia.

Se as coisas não estão boas no seu serviço, isso pode ser um sinal. Não espere chamarem você no RH para então voltar a estudar e a buscar mais conhecimento e, quem sabe, novas oportunidades. Mexa-se e mantenha o controle da sua própria vida.

Qual a sua percepção e opinião sobre esse provérbio japonês? Comente!

Publicado originalmente em samuelrota.com.

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