O combate a agentes infecciosos no corpo humano eleva a temperatura corporal

A febre é resultado de uma resposta dos circuitos de termorregulação do nosso corpo. E ao contrário de um aumento de temperatura corporal causado, por exemplo, pela prática de atividades físicas, na febre há uma alteração do ponto de equilíbrio térmico, ou seja, em vez dos sistemas de termorregulação atuarem para manter o corpo a cerca de 36,5ºC, eles atuam para mantê-lo mais quente do que isso1.

Para manter a temperatura, o corpo, entre outros processos, contrai os vasos sanguíneos da pele, reduzindo a perda de calor para o ambiente o que pode gerar tremores na musculatura. Esse processo causa até mesmo mudanças comportamentais, como a vontade de ficar em posição fetal e se agasalhar, todas ações que contribuem para o aumento da temperatura1. Em contrapartida, para evitar que o calor se acumule de forma descontrolada, há uma resposta contrária do organismo visando a redução da temperatura, como, por exemplo, o aumento da sudorese1.

Sintomas paralelos, como mal estar, perda de apetite e dor de cabeça, também associados à febre, geralmente são relacionados ou a subprodutos do metabolismo de microrganismos invasores ou à própria ação dos pirógenos, as substâncias responsáveis por mudar o ponto de equilíbrio térmico em uma região do cérebro chamada de hipotálamo, que causam uma série de respostas sistêmicas no organismo1.

A febre é um processo benéfico

Apesar de ser considerada uma situação preocupante, a febre é um processo em geral benéfico para o organismo. A maioria das bactérias e vírus sobrevivem bem até 37º, com grande capacidade de se multiplicarem. Quando a temperatura do corpo sobe para além disso, os microrganismos invasores encontram maior dificuldade de sobreviver e se reproduzir1. Ou seja: o próprio organismo, pela ação do hipotálamo1 2, aumenta a temperatura para se defender de possíveis infecções, sempre em conjunto com outras medidas do sistema imune.

A importância de só tomar antitérmicos quando necessário

Como a febre é um mecanismo de defesa do corpo e o aumento da temperatura ajuda no combate a vírus e bactérias, o ideal é deixá-la fazer o seu trabalho. Isso mesmo! A febre é apenas um sintoma, não é uma doença e só precisa de controle nos casos em que compromete o estado geral do paciente. Quando isso acontece, os antitérmicos podem ajudar3. Também é aconselhável nesses casos procurar a avaliação de um médico.

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A febre caracteriza-se por um aumento da temperatura corporal, podendo ser uma sinalização da presença de agentes infecciosos no organismo. Para o ser humano, uma temperatura acima de 37,8 °C pode ser considerada um quadro febril. Devido à indisponibilidade de um termômetro graduado na escala Celsius, aferiu-se a temperatura de uma pessoa, verificando-se o valor de 102,2 °F.

A partir dessas informações, é correto afirmar que a temperatura corporal dessa pessoa, em °C, é

O combate a agentes infecciosos no corpo humano eleva a temperatura corporal

Agentes infecciosos ou doenças podem elevar a temperatura do organismo para além de 37,8º C, o que caracteriza a febre. Em muitos casos, a febre ajuda o corpo a combater a agressão, mas há casos em que é necessário procurar ajuda médica.

Saiba quando. A temperatura do corpo humano é controlada por uma área do cérebro chamada hipotálamo, que age como um termostato ajustado para manter os órgãos internos a 37º C. Esse objetivo é alcançado por meio do equilíbrio entre a perda de calor pelos órgãos periféricos (pele, vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas etc.) em contato com o ambiente e a produção de calor pelo processo metabólico dos tecidos internos. Quando o organismo é agredido por um agente externo ou por uma doença dos órgãos internos, o termostato pode elevar a temperatura dois ou três graus acima dos valores habituais, o que caracteriza a febre.

Na verdade, a febre não é uma doença; é uma reação do organismo contra alguma anomalia. Também não é necessariamente um mal. Nas infecções, por exemplo, ajuda o sistema de defesa a livrar-se do agente agressor. Quantos graus são necessários para ser considerado febre? A temperatura corpórea considerada ideal varia entre 36º C e 36,7º C. Geralmente, ela é mais baixa pela manhã e mais alta no fim da tarde ou à noite. Alterações de até um grau podem ser absolutamente aceitáveis em condições normais. Nas mulheres, por exemplo, após a ovulação, durante o ciclo menstrual e no primeiro trimestre da gravidez, ocorre uma elevação natural da temperatura. Como sei quando a febre é alta? Os infectologistas estabelecem os seguintes limites para caracterizar a febre:

● Febrícula: De 37,3℃a 37,8℃;

● Febre: Acima de 37,8℃

● Febre alta: Considera-se, em geral, a partir de 39℃.

Como usar o termômetro? A única maneira de ter certeza de que uma pessoa está com febre é medir sua temperatura com um termômetro, de preferência eletrônico. A maneira mais usual de aferi-la é colocar o bulbo do termômetro nas dobras das axilas, aguardar com o braço imóvel (sem “esfregar”) e só retirar depois de cinco minutos para fazer a leitura. A temperatura pode ser medida também no interior da boca ou do reto, parte do intestino grosso que termina no ânus, mas esse método geralmente só é usado em clínicas e hospitais. Nessas áreas, ela costuma ser um grau mais alto do que a medida nas axilas. A maioria dos quadros febris é provocada por doenças infecciosas comuns e de curta duração. No entanto, como a febre pode também ser um dos sintomas de várias enfermidades diferentes, é indispensável estabelecer o diagnóstico diferencial para orientar a conduta terapêutica. Em todos os quadros febris, é muito importante medir a temperatura três ou quatro vezes por dia e anotar os valores e horários correspondentes. Saber se os picos febris são altos ou baixos e em que horário se manifestam ajuda a identificar as enfermidades que possam estar envolvidas e a ajudar a estabelecer o diagnóstico.

Causas mais comuns de febre: Entre as causas da febre, é importante destacar as infecções por vírus, bactérias, fungos e parasitas e as não infecciosas, como as doenças do sistema nervoso central (hemorragias, traumatismos, tumores cerebrais), as neoplásicas (câncer de fígado, rins, intestinos, linfomas, leucemia), as cardiovasculares (infarto, tromboflebite, embolia pulmonar), hipertireoidismo, alguns tipos de hepatite e de doenças reumáticas etc.

Sintomas que normalmente surgem junto com a febre: A febre se instala quando o termostato (hipotálamo) se ajusta para fazer o corpo atingir uma temperatura mais alta. Nesse momento, começam os arrepios de frio que podem transformar-se em tremedeira seguida de sensação de calor intenso e sudorese. Outros sintomas são dores musculares, nas juntas, dor de cabeça, fraqueza, apatia, irritabilidade, indisposição, perda de apetite, boca seca, desidratação. Especialmente nas crianças, febres que se aproximam dos 40℃ou ultrapassam tal limite podem provocar confusão mental, delírios e convulsões.

Tratamento da Febre: Como a febre é apenas um sintoma, a escolha do tratamento está diretamente associada à doença de base. Infecções por bactérias, por exemplo, podem exigir a prescrição de antibióticos, um tipo de medicamento absolutamente ineficaz quando o agente da infecção é um vírus. Em grande parte dos casos, a febre é provocada por germes causadores de infecções de curta duração (gripes, resfriados, algumas infecções intestinais, amidalites, pneumonias etc.), que o próprio sistema de defesa do organismo consegue eliminar. Portanto, em grande parte dos casos não há necessidade de medicamentos especiais para tratamento da febre. Hidratação, repouso e remédios simples como analgésicos para aliviar os sintomas são medidas suficientes para o conforto do paciente. Medicamentos antitérmicos ou antipiréticos devem ser utilizados com cuidado e quando absolutamente necessários. Sempre é bom ressaltar que doses muito altas de paracetamol podem agredir os rins e o fígado e que o ácido acetilsalicílico é contraindicado nos casos de dengue e de certas infecções virais das crianças.

Fonte: https://bit.ly/2Xj79AL

O corpo humano tem uma temperatura constante entre 36 e 37°C. Algumas pessoas podem apresentar temperatura corporal um pouco mais elevada ou baixa que essa média, sem que isso seja um problema. E, por isso, entende-se como febre, a elevação da temperatura do paciente além de sua média.

A febre é um dos sintomas clínicos mais comuns. Mas o que acontece no nosso corpo para elevar a temperatura?

A temperatura corporal é controlada pelo hipotálamo, uma região do cérebro. Quando nosso organismo é invadido por agentes infecciosos, os glóbulos brancos são ativados e começam a combater esses invasores. Esse processo aumenta a produção de agentes inflamatórios “do bem”, chamados prostaglandinas, que ajudam no processo de eliminação da infecção.

Quando esses agentes chegam ao cérebro, estimulam o hipotálamo, que aumenta a temperatura do corpo. É um ciclo interessante. Os glóbulos brancos produzem prostaglandinas, que ao chegar ao cérebro, aumentam a temperatura do corpo, porque assim vai dar mais fortalecer o sistema imunológico no combate à infecção.

Nesse momento, o corpo reage com calafrios, contrações musculares e alteração dos batimentos cardíacos, porque está lutando para se manter aquecido. Esse é o motivo do mal estar causado pela febre.

Mas mesmo entendendo que é uma reação do organismo para melhorar sua “performance” no combate aos agentes infecciosos, não é preciso ficar desconfortável. As temperaturas acima dos 39°C deixam de ser benéficas para o combate à infecção.

O uso de medicamentos para baixar a febre pode ser indicado pelo médico, já que existem reações adversas associadas a alguns tipos de antipiréticos. Banhos mornos e o uso de esponjas úmidas são eficazes para aumentar o conforto do paciente.

Os textos publicados no site do Hospital viValle têm caráter informativo e não substituem a consulta médica. Para um diagnóstico correto procure um médico e esclareça suas dúvidas.