Isto é o meu corpo que será entregue por vós

O Senhor na noite que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças e disse:

“Isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim.”

Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo:

“Este é o cálice da Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice, fazei-o em memória de mim” (1Cor 11,23-25)

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo 6,56) “Eu sou o Pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. (Jo 6,51)

Eu sou o pão da vida : aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.

“Pois, a minha carne é verdadeira comida... Milagre Eucarístico – (Lanciano)

“...e o meu sangue, verdadeira bebida.” (Jo 6,55)

“Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em Espírito e em verdade, e são estes adoradores que o Pai deseja.” (Jo 4,23)

Adoro-te Eu Te adoro, ó Cristo, Deus no Santo Altar, Em Teu Sacramento, vivo a palpitar! Dou-te sem partilha, vida e coração, Pois de amor me inflamo na contemplação! (São Tomas de Aquino)

Nós adoramos Jesus no Santíssimo Sacramento... “...Escândalo para uns e, loucura para outros... Foto: Portal Canção Nova

...mas para os eleitos, força de Deus e sabedoria de Deus Pois a loucura de Deus é a mais sábia do que os homens ...” (I cor 1,23-25)

Corpus Christi: como surgiu? Na próxima quinta feira a Igreja estará celebrando a festa de Corpus Christi. Corpus Christi: como surgiu? A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Foi também uma época em que se acentuava o fervor eucarístico do povo fiel, como reação às heresias de que se fazia Arauto Berengário, arque diácono da Catedral de Tours na França, Berengário negava a Transubstanciação do Pão e do vinho no Corpo e Sangue de Jesus Cristo, que se opera na Santa Missa. Como conseqüência, levantava dúvidas sobre a presença Real do Senhor no Sacramento da Eucaristia.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. Tapete: Catedral de Petrópolis A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

Eu creio, adoro, espero e amo-Vos; perdão para os que não crêem, Todos juntos digamos: “Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos; perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam”

Demos graças a Deus! Bendigamos ao Senhor! Deus te abençoe Nos encontramos no silêncio do Sacrário com Jesus só e escondido. Marquinho,

Isto é o meu corpo entregue por vós; este é o cálice da nova aliança no meu sangue, diz o Senhor.

Fazei isto em memória de mim

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1. Saciastes o vosso povo com o alimento dos Anjos,
destes-lhe a comer o pão do Céu,
que tinha em si todas as delícias
e satisfazia todos os gostos.

2. Este alimento revelava a doçura
que tendes para os vossos filhos;
adaptava-se ao gosto de quem o comia
acomodava-se ao desejo de cada um.

3. Quem obedece à palavra do Senhor
encontra a luz para fazer o bem;
quem n’ Ele põe toda a confiança
revigora a sua força para vencer o mal.

4. Todos têm os olhos postos em Vós
e a seu tempo lhes dais o alimento.
Abris a vossa mão
todos saciais generosamente.

5. O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

6. Atende os desejos daqueles que O temem,
ouve os seus clamores e os salva.
O Senhor vela por aqueles que O amam.
Cante a minha alma os louvores do Senhor

15.4 A Eucaristia

O sacramento da Eucaristia é o centro e o coração de toda a liturgia da Igreja de Jesus Cristo. Pois é nela que se cumpre - dia após dia, em toda a terra - a missão confiada aos apóstolos por Jesus, na vigília da sua Paixão. Ele disse-lhes: "Fazei isto em memória de Mim". Por isso a nossa celebração está fundada no memorial da última Ceia de Jesus, tal como São Paulo relata no seu testemunho desta sagrada tradição.

  • Com efeito, eu mesmo recebi do Senhor o que vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de Mim". Do mesmo modo, depois da Ceia, tomou também o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de Mim".

    PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS 11,23-25

A Igreja - cada paróquia - celebra a Eucaristia como comunidade de louvor e de acção de graças, como comunidade que participa na Santa Ceia e também como comunidade chamada a comprometer-se como sacrifício de Jesus Cristo. Deste modo, faz mais do que conservar unicamente a memória do que Deus fez por nós por meio de Jesus Cristo. Nesta celebração o próprio Cristo está verdadeiramente presente. E nós participando na Eucaristia assumimos a nossa condição cristã.

 

Partirmos o pão uns para os outros, partilharmos uns com os outros, ouvirmo-nos uns aos outros, aproximarmo-nos uns dos outros, darmos as mãos, abraçarmo-nos mutuamente: fazermos o que Ele nos fez.

A Santa Missa consta de quatro partes:

1) Início da celebração, com a saudação mútua, a preparação penitencial, a litania do Kyrie, o Glória e a oração de abertura.

2) Durante a liturgia da palavra são lidos três extractos da Bíblia: o primeiro, do Antigo Testamento ou dos Actos dos Apóstolos; o segundo, de uma das epístolas (cartas) apostólicas; o terceiro, dos Evangelhos. O celebrante, mandatado pela Igreja, explica a palavra de Deus a fim de que cada um compreenda como se pode ser cristão, hoje. Ao Domingo e nas celebrações solenes, reza-se o Credo (profissão de fé). Na oração universal, a assembleia apresenta a Deus as necessidades da Igreja e do mundo.

3) Na liturgia eucarística, a assembleia celebra a Ceia do Senhor. Reúne-se à volta do altar. O sacerdote, actuando em nome de Cristo, diz então a oração eucarística. Esta começa pelo prefácio (grande oração de acção de graças) e acaba pelo "Amen" dos fiéis. Em nome de Jesus Cristo e investido de pleno poder no seu ministério, o sacerdote diz e faz o que Jesus disse e fez. Assim, consagra os dons que levamos ao altar, pão e vinho, no Corpo e no Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo: este é o mistério da nossa fé.

  • O sacerdote, tomando o pão, diz: "Tomai, todos, e comei: isto é o meu Corpo que será entregue por vós".
  • O sacerdote, tomando o cálice, diz: "Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para remissão dos pecados.

    Fazei isto em memória de Mim".

Os fiéis recitam a Oração do Senhor (Pai Nosso) e recebem o pão consagrado: o Corpo de Cristo. A comunhão aumenta a nossa união com o Senhor exaltado. Desde agora, participamos no seu sacrifício: na cruz, Jesus realizou para nós a reconciliação e o perdão dos pecados. Ele mesmo Se oferece e estabelece assim, no seu Sangue, a Nova Aliança. Quem vive nesta Aliança é chamado a viver para Deus e para o seu próximo como o Senhor, a dar-se como Ele.

4) A celebração eucarística termina com a benção final e a despedida da assembleia.

 

Senhor Jesus Cristo, Tu és o Pão que vivifica, Tu és o Pão que nos faz irmãos,

Tu és o Pão que nos dá o Pai.

Tu és o Caminho que nós escolhemos, Tu és o Caminho que conduz através do sofrimento,

Tu és o Caminho que conduz à alegria.

É digno e justo dar-Te graças, louvar-Te, bendizer-Te e adorar-Te

em toda a terra.

São João Crisóstomo († 407)
 

Eucaristia: significa "Acção de Graças". Designa-se assim o conjunto da celebração. Mas aplica-se, também, por oposição à liturgia da palavra - à segunda parte da Missa com a oração eucarística. Chamamos igualmente Eucaristia, ao pão consagrado que recebemos na Missa e que adoramos a todo o momento. Quando queremos dizer que o sacrifício de Jesus se torna presente na celebração eucarística, falamos de "Santo Sacrifício". O nome de "Santa Missa" está ligado ao fim da celebração, o envio (missio) dos fiéis, a fim de que todos testemunhem Jesus Cristo, na vida quotidiana, onde quer que vivam.

Liturgia da palavra: Nome da primeira parte da celebração eucarística, mas também doutros actos do culto divino, ao longo dos quais é lido e comentado um texto da Sagrada Escritura.

Consagração: As palavras de Jesus "Isto é o meu Corpo, isto é o meu Sangue", não são simples metáfora ou comparação. Acreditamos que ao longo da celebração eucarística, o pão e o vinho - as nossas ofertas - são transformadas em Corpo e Sangue de nosso Senhor, sem contudo perder o seu aspecto visível. Acreditamos que no sacramento da Eucaristia estão "verdadeiramente contidos, real e substancialmente, o Corpo e o Sangue, juntamente com a alma e a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo" (Concílio de Trento, 1545-1563). É a este mistério da fé que nós fazemos referência quando falamos de "consagração".

Sacrifício: "O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício Eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, o Sacrifício da Cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição" (Concílio Vaticano li, Sacrosanctum Concilium 47).

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