Quem estuda em escola particular pode fazer fies

O ProUni é o programa de bolsas de estudo do Governo Federal. Com ele, pessoas de baixa renda podem fazer cursos superiores nas mais diversas áreas do conhecimento, em instituições particulares bem avaliadas pelo Ministério da Educação.

E quem não quer estudar de graça ou pagando muito pouco?

Não é à toa que o ProUni está tão visado. O número de inscritos tem ultrapassado 1 milhão nas edições mais recentes.

Por ser destinado a quem mais precisa de ajuda para conquistar um diploma de graduação, uma das exigências do Governo Federal é que o candidato atenda a determinados requisitos de escolaridade. Mas se você acha que o ProUni é só para quem estudou em escola pública, temos uma novidade ? para saber qual é, fique ligado no texto a seguir.

Quem pode participar do ProUni?

No edital do ProUni as regras são claras. O Governo Federal restringe a participação aos candidatos que:

  • Cursaram todo o ensino médio em escola pública.
  • Estudaram em escola particular com bolsa integral durante todo o ensino médio.
  • Estudaram parte do ensino médio em escola pública e parte em escola particular como bolsista integral da própria escola.
  • Têm renda familiar bruta mensal de no máximo 3 salários mínimos por pessoa.
  • Não têm diploma de nível superior.
  • Fizeram a edição mais recente do Enem e obtiveram pelo menos 450 pontos na média das provas e nota acima de zero na redação.

Só aqui você já encontra diversas respostas à pergunta principal desse artigo. Mas vamos explicar cada detalhe a seguir, para não deixar dúvidas. Confira.

Fiz todo o ensino médio em escola particular. Posso tentar o ProUni?

Depende. Como podemos ver nos tópicos acima, os alunos que estudaram ou estudam em escolas particulares também podem participar, mas com um detalhe importante: eles precisam ter cursado todo o ensino médio com bolsa de estudos integral.

Por que essa exigência? Porque o ProUni é direcionado a estudantes de baixa renda, que normalmente não poderiam bancar o valor de uma mensalidade de faculdade particular. Essa é uma forma que o Governo encontrou de restringir o benefício a quem realmente precisa.

Estudei parte em escola pública e parte na particular. Posso tentar o ProUni?

Pode, desde que atenda à mesma exigência acima: ter feito o período em escola particular com bolsa de estudos integral.

Essa condição de bolsa é inegociável para o Governo. E veja bem: precisa ser bolsa integral. O ProUni não aceita quem estudou com bolsa parcial ou descontos, por exemplo.

Fiz só um ano do ensino médio em escola particular sem bolsa de estudos. Posso participar do ProUni?

Não. O edital é bem claro: quem estudou em escola particular, por qualquer período que seja, precisa comprovar que recebeu bolsa integral.

Existem alguns casos de pessoas que conseguiram o ProUni na justiça porque fizeram um ano em escola particular com as mensalidades bancadas, por exemplo, por um parente ou um padrinho.

Essas situações são exceções ? e só são resolvidas depois de uma desgastante e custosa batalha judicial.

Fiz o ensino fundamental em escola particular e o médio em escola pública. Posso tentar o ProUni?

Sim. O MEC não tem nenhuma exigência quanto ao ensino fundamental. Você pode ter estudado esse período em escola particular ou pública, é indiferente. O que importa mesmo é onde e em qual circunstância foi cursado o ensino médio.

Fiz o ensino fundamental em escola pública e o médio em escola particular. Posso tentar o ProUni?

Só se você tiver feito todo o ensino médio com bolsa de estudos integral. Caso contrário, nada feito.

Novamente: o MEC não leva em consideração onde o candidato fez o ensino fundamental. Isso não conta para o Programa.

O ProUni, como o Sisu, tem vagas reservadas a estudantes de escola pública?

Não. O Sisu é um processo seletivo aberto a todos aqueles que fizeram o Enem mais recente e não zeraram na redação. Por lei, as universidades participantes precisam determinar uma certa porcentagem de suas vagas a estudantes de escola pública. Algumas podem oferecer mais que o mínimo obrigatório.

Durante o período de inscrição os candidatos podem visualizar quais vagas são destinadas a estudantes de escola pública.

O ProUni, por sua vez, só tem cotas para candidatos pretos, partos, indígenas e a pessoas com deficiência. Como o programa já é voltado para quem fez escola pública (ou particular como bolsista integral), não faria sentido reservar vagas para essa população.

Preciso comprovar que fiz escola pública para conseguir bolsa do ProUni?

Sim, toda informação apresentada no ProUni vai precisar ser comprovada caso o candidato consiga a bolsa.

Em meio a toda a documentação que o Governo exige (identificação, renda, etc.) é preciso levar os comprovantes de que recebeu bolsa de estudos durante o período em que estudou na escola particular.

Quem fez todo o ensino médio em escola pública não precisa se preocupar com isso. Basta levar o certificado de conclusão do ensino médio.

Quando acontece o ProUni?

O ProUni normalmente acontece duas vezes por ano, no início dos semestres letivos ? janeiro e junho, mais ou menos.

A primeira edição, de janeiro, é a maior. São mais de 200 mil bolsas em todo o País. O processo seletivo abre assim que se encerra o Sisu. A duração média entre a inscrição e os resultados é de uma semana.

A segunda edição, em junho, costuma ser mais enxuta. As exigências de participação são as mesmas.

Onde estudar com o ProUni?

O ProUni só distribui bolsas em faculdades particulares bem avaliadas pelo MEC. É a garantia de que o contemplado vai estudar em uma instituição de qualidade. Tem curso em toda área do conhecimento, inclusive Medicina, Engenharia, Odontologia e Direito ? que normalmente custam bem caro.

Outro detalhe que pouca gente sabe: o ProUni é o único programa do Governo Federal que distribui bolsas também em cursos a distância ? uma opção interessante para quem quer fazer uma graduação com mais flexibilidade.

A seguir, separamos algumas instituições que costumam participar do ProUni:

Veja também:

Quantos pontos preciso tirar no Enem para conseguir o ProUni?

Vai tentar o ProUni? Onde você fez o ensino médio? Conte para a gente nos comentários!

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é uma oportunidade e tanto de obter ajuda para pagar a faculdade particular. A dívida só começa a ser quitada depois da formatura.

O programa, que foi criado para aumentar a inclusão no ensino superior, vem sofrendo tantas modificações nos últimos anos que acabou se tornando mais restrito do que o previsto inicialmente.

Por isso muita gente tem dúvidas quanto ao FIES: afinal, quem tem direito a um financiamento estudantil subsidiado pelo governo federal?

Para responder a essa pergunta tão importante, fomos atrás das informações essenciais sobre o FIES e trouxemos as respostas para esta e outras questões referentes ao programa. Confira a seguir!

Quem tem direito ao FIES

O FIES foi criado inicialmente para favorecer todos os brasileiros pertencentes a determinada faixa de renda interessados em fazer um curso superior em faculdade particular. Anos mais tarde, conforme o ritmo da economia foi desacelerando, o programa foi sofrendo mudanças. Até que em determinado momento o benefício mudou radicalmente.

A partir de 2015, para conseguir o FIES é preciso passar por um processo seletivo nos mesmos moldes do Sisu, que distribui vagas em universidades públicas, e do ProUni, que distribui bolsas de estudos parciais e integrais.

Hoje, para participar do processo seletivo do FIES é preciso atender às seguintes exigências:

  • Ter feito qualquer edição do Enem a partir de 2010, com desempenho de pelo menos 450 pontos na média das provas e nota acima de zero na redação.
  • Comprovar renda familiar bruta mensal de até cinco salários mínimos por pessoa.

Como funciona o financiamento do FIES

As grandes vantagens do FIES são os juros abaixo do valor de mercado e o prazo longo para pagamento da dívida.

Durante o período do curso, o estudante paga apenas uma pequena taxa trimestral. A dívida só começa a ser cobrada depois da formatura, a partir do momento em que o beneficiário arranjar emprego.

O programa está disponível em uma quantidade imensa de faculdades que, por sua vez, dispõem de cursos em diversas as áreas do conhecimento.

Por enquanto o FIES só contempla graduações na modalidade presencial.

A seleção para conseguir o benefício acontece duas vezes ao ano, uma no primeiro e outra no segundo semestre. A inscrição é gratuita e feita exclusivamente pelo site oficial do FIES Seleção.

A distribuição dos financiamentos acontece entre os candidatos que têm maior nota no Enem. Quanto mais alta, maiores as chances. Alguns cursos menos disputados podem ser obtidos com a pontuação mínima necessária (450 pontos + nota acima de zero na redação). Já os mais concorridos, como Medicina, Odontologia, Psicologia e Engenharia, vão exigir um desempenho muito maior!

Tem novidades no FIES ? descubra quais são!

Preocupado com os rumos que o programa estava tomando, o governo foi lá e mais uma vez alterou radicalmente o FIES.

Agora, se por um lado o programa está mais complexo, cheio de categorias e novas exigências, por outro passa a atender mais uma faixa da população.

Veja quais foram as principais mudanças:

  • O limite da renda familiar bruta mensal exigida dos participantes passou de três para cinco salários mínimos por pessoa.
  • O programa deixa de ter limite no valor das mensalidades que podem ser financiadas.
  • O Governo criou três novas categorias para o FIES, cada uma direcionada a um determinado público.
  • O FIES 1, por exemplo, terá como público-alvo os candidatos com renda familiar mensal bruta de até três salários mínimos por pessoa. A grande novidade aqui é que o financiamento será concedido a juro zero! Cerca de um terço de todos os benefícios serão destinados a essa categoria.
  • Já o 2 será direcionado aos candidatos que vivem em regiões que mais carecem de formação superior, como a Norte, a Centro-Oeste e a Nordeste. A renda familiar bruta mensal por pessoa é de até cinco salários mínimos para entrar na disputa. Aqui os juros serão mais baixos, por volta de 3%.
  • O FIES 3 deve seguir os moldes dos anteriores, com juros próximos a 6,5%. A diferença está na renda familiar mensal bruta per capita, que passa a ser de cinco salários mínimos (antes era de no máximo três).
  • Mudou também a carência para prazo de pagamento das parcelas do financiamento.

Quem está com o nome sujo também tem direito ao FIES?

Sim, o FIES também pode ser contratado por quem está com o nome sujo. Há algumas restrições, mas nada complicado demais.

Preparamos um guia rápido para facilitar:

O processo seletivo para quem está com o nome sujo é exatamente o mesmo que os demais candidatos.

Caso consiga passar na primeira seleção, o candidato deve prosseguir com todas as demais etapas de contratação normalmente.

O lance do nome sujo só vai surgir na última etapa antes de adquirir o financiamento, quando é preciso fazer a contratação do benefício em uma agência bancária conveniada.

O candidato usará um sistema de fiança chamado Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC), também conhecido como Fundo Garantidor.

O Fundo Garantidor para quem está com nome sujo só pode ser utilizado em três situações:

  • Caso o candidato tenha solicitado o FIES em algum curso de licenciatura (que forma professores para a rende de ensino básico).
  • A renda familiar bruta mensal per capita precisa ser de até um salário mínimo e meio.
  • Caso o candidato seja beneficiário de uma bolsa parcial do ProUni e esteja pedindo o FIES para financiar a outra metade do curso.

É importante saber: para obter o FIES com ajuda do Fundo Garantidor é preciso assegurar-se de que a faculdade escolhida tenha aderido a essa modalidade. Caso contrário, nada feito.

O FIES não vai ser concedido ao candidato que esteja inadimplente com o Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC) do Governo Federal.

Faculdades que aceitam o FIES

Grande parte das faculdades particulares existentes no Brasil participa do FIES. Às vezes chega a ser difícil fazer uma escolha diante de tantas opções.

O FIES tem a vantagem de só financiar cursos em instituições bem avaliadas pelo MEC. É a garantia que o governo dá de que o diploma obtido ao final da graduação será bem aceito no mercado de trabalho. Ou seja: quem opta pelo programa não está jogando dinheiro fora.

O segredo para uma boa escolha é conhecer as faculdades antecipadamente. Assim o candidato chega à seleção com um foco em mente. As que apresentaremos a seguir possuem cursos em diferentes áreas e estão presentes em diversas cidades pelo país.

Confira:

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