Que critérios são considerados para classificar as cidades quanto a sua função

Quanto à situação. Situação urbana é a posição que a cidade ocupa em relação aos fatores naturais ou geográficos da sua região. A posição da cidade normalmente exerce grande influência no seu desenvolvimento. Considerando, então, esse aspecto, temos, por exemplo, cidades fluviais (Paris e Manaus), de entroncamento ferroviário (Chicago e Bauru), marítimas (Amsterdã e Rio de Janeiro) e entre o litoral e o interior de uma região (Campina Grande e Caruaru). O sítio e em especial a situação urbana (posição geográfica) têm grande importância no desenvolvimento das cidades. Por exemplo, uma cidade de sítio plano e bem posicionada em relação a fatores como estradas, portos, matérias-primas e meditados consurnidoms tem muito mais condições de se desenvolver que outra cidade carente dessas condições. Se estudarmos as razões do grande desenvolvimento da cidade de São Paulo, por exemplo, veremos que sua posição geográfica foi um fator decisivo desse desenvolvimento.

Quanto à função. A função de uma cidade é definida por sua atividade básica ou principal. Por exemplo, a cidade de Paranaguá (PR) vive da atividade portuária e Ouro Preto, do turismo. Sob esse aspecto, as cidades são classificadas em comerciais (Londres, São Paulo e Campina Grande), industriais (Detroit, Volta Redonda, São Bernardo do Campo), administrativas (Washington e Brasília), religiosas (Vaticano), militares (Pearl Harbor e Resende), turísticas (Las Vegas e Olinda) etc.

Quanto à origem. Sob esse aspecto, as cidades são classificadas em deis tipos: espontâneas e planejadas. Espontâneas são aquelas que surgiram naturalmente a partir de pequenos micélios ou povoados (uma fortificação, uma capela, uma aldeia indígena, uma área de mineração etc.). Desse tipo é a quase totalidade das cidades. As planejadas são aquelas surgidas a partir de um plano previamente elaborado. Exemplos: Madri, Washington e Brasília.

Vários fatores são determinantes para a diferenciação dos centros urbanos: extensão territorial, quantidade de habitantes, concentração de serviços e capitais, universidades, bancos, entre outros aspectos. Esses fatores contribuem para formação de uma hierarquia urbana, onde uma cidade passa a exercer grande influência sobre as outras, seja em âmbito regional, estadual ou, até mesmo, mundial.

Essas cidades de grande importância são denominadas metrópoles, sendo caracterizadas por possuírem enorme contingente populacional, infraestrutura urbana, universidades, serviços de saúde e educação, centros de pesquisas, instituições financeiras, etc.

De acordo com a área de influência, essas metrópoles podem ser classificadas em Metrópoles regionais, Metrópoles nacionais ou Metrópoles globais.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui, atualmente, doze metrópoles, dividas em três grupos, de acordo com a extensão de sua área de influência.

Metrópoles regionais: Belém (PA), Manaus (AM) e Goiânia (GO). Essas três cidades possuem uma área de influência que abrange as regiões onde estão localizadas. Outros municípios dessa região dependem de alguma forma, dos serviços centralizados nessas metrópoles regionais.

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Metrópoles nacionais: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE) e B

rasília (DF). Apresentam importância nacional, visto que possuem uma complexa estrutura de serviços, equipamentos urbanos, universidades, bancos, etc.

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Metrópoles globais: São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Essas duas metrópoles globais estão entre as cidades mais importantes do planeta, pois abrigam sedes de grandes empresas nacionais, filiais de empresas transnacionais, sedes de grandes bancos e as principais universidades e centros de pesquisas do país. São Paulo e Rio de Janeiro exercem influência no cenário nacional e internacional, com destaque para São Paulo, que é responsável pelo atendimento de 18% dos serviços de educação e 21% dos serviços de saúde que habitantes de outros municípios procuram nas metrópoles brasileiras.

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Centros regionais

São cidades de porte médio que estão sob a influência de capitais regionais, mas que exercem influência sobre várias cidades menores em seu entorno.

Correspondem aos centros urbanos espalhados por todo o país, que exercem influência apenas sobre a área de seu município.

Rede Urbana

São as ligações que as cidades estabelecem entre si, formando naturalmente uma hierarquia, cuja importância é medida de acordo com a área de abrangência de cada uma, estabelecida pela prestação de serviços e pela concentração de atividades que a mesma possui.

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Os agrupamentos Urbanos

É quando um município ultrapassa seus limites por causa do crescimento e com isso encontra-se com os municípios vizinhos.

s. Ex: ABCD Paulista.

Que critérios são considerados para classificar as cidades quanto a sua função


Conjunto de municípios integrados entre si fisicamente e socioeconomicamente.

É a união de duas ou mais regiões metropolitanas.

Tecnopólos ou cidades ciência

São cidades onde estão presentes centros de pesquisas, universidades, centros de difusão de informações. Geralmente os tecnopólos estão alienados a universidades e indústrias.

Cidades de origem espontânea:

As cidades espontâneas são aquelas, que foram se formando ao decorrer do tempo, sem nenhum preparo para atender a população e suas necessidades. Um exemplo, são as favelas, que frequentemente: falta o saneamento básico, há pouca higiene, ocorrem desabamentos de barracos, a violência e enchentes.

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Cidade Planejada:

Cidade planejada: Washington D.C.

País: Estados Unidos das Américas

Cidade planejada é construída segundo um plano previamente elaborado,com certa ordenação interna e distribuição racional das atividades no espaço por setores (Setor Militar, Setor de Indústria, Setor Hoteleiro etc.).

Washington é uma cidade planejada em 1790 por George Washington para ser sede do governo dos Estados Unidos. Foi desenhada pelo engenheiro francês Pierre Charles L’Enfant, que centralizou a cidade no Capitólio dos Estados Unidos. As avenidas funcionam em diagonais, onde seus cruzamentos com as ruas que, ao contrário das avenidas, foram desenhadas perpendicularmente entre si, são realizados através de rotatórias. Outro ponto urbanístico foi a construção de um extenso parque na margem norte do Rio Potomac, que constitui o atual National Mall.

Que critérios são considerados para classificar as cidades quanto a sua função
Que critérios são considerados para classificar as cidades quanto a sua função


Agradecimentos: SESI AFONSO PENA 

aluno: MARCELO DE FRANÇA.

  1. 1. ORIGEM E CRESCIMENTO
  2. 2. Critérios de definição de cidade Há vários critérios de definição de cidade 1. Critério numérico – uma cidade é um aglomerado populacional fortemente concentrado 1. ABSOLUTO - Valor variável de país para país: 1. Dinamarca: 250 habitantes; França: 2 000 habitantes; Espanha: 10 000 habitantes 2. RELATIVO – aglomerado populacional de elevada densidade populacional 1. Cidade do Porto: 5 702,9 hab/km²; cidade de Paris: 20 980 hab/km²
  3. 3. Normalmente, as cidades são aglomerados populacionais com elevadas densidades populacionais. Contudo, há exceções. Existem algumas aldeias, por exemplo, na Ásia do Sul e do Sudeste que apresentam densidades populacionais mais elevadas do que muitas cidades. Logo, o critério numérico não é suficiente.
  4. 4. Critérios de definição de cidade 2. Critério funcional – uma cidade desempenha um conjunto de funções – funções urbanas - que procuram satisfazer as necessidades de quem nela vive e de quem a ela recorre. 1. Funções urbanas: f. administrativa, f. residencial, f. comercial, f. industrial, f. religiosa, f. cultural, f. turística, etc. Contudo, nem todas as cidades oferecem todas estas funções. E há vilas que são funcionalmente mais completas do que algumas pequenas cidades.
  5. 5. Função comercial Função religiosa Função turística Função administrativa Função cultural Função industrial
  6. 6. Critérios de definição de cidade 3. Critério legal – critério estabelecido através de legislação aprovada por um órgão oficial. Em Portugal, é a Assembleia da República. Lei nº 11/82 - «Uma vila só pode ser elevada à categoria de cidade quando conte com um número de eleitores superior a 8 000, em aglomerado populacional contínuo, e possua, pelo menos, metade dos seguintes equipamentos coletivos: instalações hospitalares com serviço de permanência; farmácias; corporação de bombeiros; casa de espetáculos e centro cultural; museu e biblioteca; instalações de hotelaria; estabelecimento de ensino preparatório e secundário; estabelecimento de ensino pré- primário e infantários»
  7. 7. Critério mais recente em Portugal – Tipologia de Áreas urbanas para fins estatísticos Nesta tipologia são considerados três níveis de áreas designadas por: Áreas predominantemente urbanas (APU) Áreas medianamente urbanas (AMU) Áreas predominantemente rurais (APR). Tal como o critério legal – Lei nº11/82 – esta tipologia assenta num critério misto que liga valores numéricos a funções urbanas.
  8. 8. Fatores que conduziram ao surgimento de cidades Primeiras cidades nasceram entre 3 500 e 3000 a. C., nos vales dos rios Nilo, no Egito e Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia. O que eram? Centros administrativos que se concentravam à volta de um templo ou de um palácio Principais funções: administração, comércio e artesanato. Reconstituição de um templo sumério
  9. 9. Cidades da Grécia Antiga Grécia, berço da democracia, é o exemplo de um império cujas cidades apresentavam formas arquitetónicas que traduziam uma sociedade estruturada. Com o aumento demográfico e a expansão geográfica desenvolveram-se sistemas de governo responsáveis pelo desempenho de funções, tais como, construção de estruturas – muralhas, templos religiosos ou centros de lazer - organização do comércio, criação de leis e da defesa das cidades contra ataques inimigos, por exemplo.
  10. 10. Cidades medievais Com o fim do Imperio Romano do Ocidente e as invasões bárbaras, os europeus passaram a refugiar-se sob a proteção dos feudos. Com a fim do Feudalismo, com o aumento demográfico, as populações extravasaram as muralhas e localizaram-se nas terras em redor das muralhas. As cidades eram locais com pouca população que se dedicava a atividades como o comércio, o artesanato. Continuavam a exercer a defesa e a administração. Eram frequentes as realizações de feiras onde se operavam as trocas comerciais. À medida que as monarquias readquiriam o seu poder central e se intensificavam as viagens entre o ocidente e o oriente, as trocas diversificavam-se e maior era a variedade dos produtos comerciados. Tornava-se evidente a diferenciação de classes e, portanto, o tipo de artigos vendidos e adquiridos.
  11. 11. Cidades industriais (séculos XVIII/XIX) Com descoberta de uma nova fonte de energia, com a acumulação de capital e a criação de novas técnicas, a partir de meados do século XVIII, na Inglaterra surge uma nova revolução – a Revolução Industrial. Primeiro de um modo lento, mais tarde de um modo acelerado, o mundo nunca mais voltou a ser o mesmo. As cidades industriais tornam-se lugares insalubres que cativam um número cada vez maior de rurais que alimentam o êxodo rural. Desenvolvendo novas formas de produção, a indústria produz cada vez mais, em série e em cadeia. Com a poluição galopante e o incremento dos transportes, as cidades vão iniciar um processo de crescimento em direção às áreas envolventes.
  12. 12. As cidades de hoje nos países desenvolvidos Nos países desenvolvidos podemos encontrar modelos de cidades diferentes. No caso destas imagens da cidade de Bruxelas vemos que existem edifícios antigos, habitações com poucos andares mas, nos arredores mais recentes, surgem construções modernas idênticas às que existem em qualquer cidade europeia. Os transportes diversificam-se e nas áreas mais modernas as vias são mais largas e extensas. A mobilidade é fundamental.
  13. 13. As cidades nos países desenvolvidos da América anglo-saxónica O chamado Novo Continente, isto é, o continente descoberto pelos europeus e, por isso, de colonização mais recente, apresenta cidades extensas, com vastos periferias e um centro de negócios marcado pela construção em altura, o chamado CBD (Central Business District). Em Portugal, fala-se em Baixa, a área da cidade onde se concentram as principais funções urbanas.
  14. 14. As cidades em países em vias de desenvolvimento Nesta imagem da cidade de Caracas, capital da Venezuela, verifica-se um contraste entre a cidade moderna e os enormes arrabaldes de favelas onde habita uma vasta população de fracas condições económicas. Enquanto os países mais desenvolvidos apresentam taxas de urbanização superiores a 70%, nos países em desenvolvimento as cidades ainda são fortes polos atrativos de uma população maioritariamente rural.
  15. 15. O fenómeno da expansão urbana é antigo e assumiu sempre o mesmo significado: a propagação dos limites físicos da cidade à custa da ocupação de novos solos. O que tem variado são as causas que motivam o aumento da superfície ocupada pelo espaço urbano. Hoje, é possível distinguir diferentes formas de expansão.
  16. 16. Fases de crescimento de uma cidade Já sabemos que, uma cidade é uma concentração física de pessoas e de edifícios que desempenha funções económicas, sociais e politicas que refletem o contexto sociocultural em que se situam. Com o desenvolvimento dos transportes e, atualmente, das telecomunicações, as cidades proliferam e influenciam o modo de vida das populações que se encontram para além dos limites físicos das cidades. De uma forma esquemática, como cresce uma cidade?
  17. 17. Fase centrípeta – fase de concentração de população e funções urbanas • Fase inicial da cidade. Com o aumento das funções que desempenha exerce forte atração sobre a população rural. • A criação de indústrias provocou um forte êxodo rural. • A invenção do comboio facilitou a deslocação do campo para a cidade. • Para além dos rurais, a cidade atrai também imigrantes à procura de melhor nível de vida. • As fábricas tornam a cidade insalubre. Cidade, polo de atração
  18. 18. Fase centrífuga – fase de expansão em direção aos subúrbios. • Migração das áreas residenciais da classe alta para as áreas exteriores ao perímetro urbano – fenómeno da suburbanização • Movimento de expansão facilitado pela proliferação dos meios de transporte (ferroviário e rodoviário) • Migração das indústrias mais poluentes para a periferia • Permanência da habitação mais degradada no centro histórico da cidade onde residem os menos abastados e os imigrantes. • Cidade tende a concentrar cada vez mais o comércio e os serviços – fenómeno da terciarização da cidade Cidade, polo de repulsão para algumas funções
  19. 19. Fatores favoráveis à expansão urbana • Custo elevado do preço do solo urbano quanto mais próximo do centro da cidade. • Concentração de funções urbanas raras no centro. • Dificuldades de estacionamento no centro: ruas estreitas e congestionadas principalmente nas horas de ponta. • Habitação degradada ou, se nova ou reabilitada, d custo elevado. • Facilidade de deslocação para a periferia graças aos transportes. • Habitação mais barata na periferia.
  20. 20. Cidades satélite Localizadas nas áreas suburbanas reforças as migrações pendulares entre o centro (onde se concentram os postos de trabalho) e os subúrbios (onde se concentram as áreas residenciais de custo mais moderado) Cidade da Amadora – salienta-se na imagem um denso conjunto habitacional
  21. 21. Cidade dormitório Cidade que surge na periferia urbana. O seu principal desempenho é a função residencial. Frequentemente registam-se problemas sociais. Muitas vezes, também, há falta de infraestruturas coletivas. Vila d´Este – Vila Nova de Gaia
  22. 22. Conurbação É a junção de duas ou mais cidades próximas cujos subúrbios formam um contínuo urbano. Uma das cidades é mais importante do que as outras pelas funções que desempenha, mas os dois ou mais núcleos urbanos são complementares. . Vista aérea do Porto, identificam-se mais duas cidades “conurbadas” com a cidade principal: Gaia e Matosinhos.
  23. 23. Área Metropolitana Uma área metropolitana é uma conurbação que reúne várias cidades vizinhas. Tal como na conurbação, existe uma cidade que se destaca das restantes, neste caso, a cidade do Porto, designada por Metrópole. O mapa mostra o chamado Grande Porto, uma área fortemente urbanizada constituída por 9 municípios servidos por uma rede de transportes densa.
  24. 24. Megalópoles Vastas manchas urbanas que se estendem por longos quilómetros e concentram cidades de categorias elevadas pelas funções que desempenham. No mapa destacam-se três megalópoles em território dos EUA. 1 – Megalópoles Boswash (de Boston a Washington) 2 – Megalópoles Chipitts (de Chicago a Pittsburgh) 3 – Megalópoles San-San (de San Francisco a San Diego)
  25. 25. Outros exemplos de megalópoles, duas asiáticas, na China e no Japão. Megalópoles da região de São Paulo