Quantos municípios tem o Brasil

Segundo o IBGE, o município é uma unidade político-administrativa, cuja sede é chamada de cidade. No Brasil, existem exatamente 5.565 municípios. O número de municípios no Brasil mais que dobrou desde a década de 1960. Naquela época existiam pouco mais de 2000, conforme a tabela abaixo.

Quantos municípios tem o Brasil
Fonte: IBGE, Censo 2010

 A distribuição espacial desses municípios é totalmente desigual pelo território brasileiro.

A região Norte, a maior em extensão territorial, possui o menor número de munícipios. Já a região Sudeste, a segunda menor em extensão territorial, é o segundo lugar do país que concentra mais municípios. Essa disparidade se deve à própria dinâmica econômica-espacial que se deu no país, ocorrendo de forma desigual no território. Observe na tabela abaixo:

Quantos municípios tem o Brasil
Fonte: IBGE, Censo 2010

O estado que possui o maior número de municípios é o de Minas Gerais, com 853 municípios; seguido de São Paulo, com 645; e do Rio Grande do Sul, com 496. Em contrapartida, Roraima é o estado com o menor número de municípios, um total de 15; seguido do Amapá, com 16; e do Acre, com 22. Repare que os estados com maior quantidade de municípios concentram-se na Região Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), em oposição ao fato de que na Região Norte encontram-se os estados com menor número.

Uma característica importante dos municípios brasileiros é que mais da metade são chamados de “cidades pequenas”, pois sua população é inferior a 50 mil. Repare no gráfico abaixo essa proporção e relação.

Quantos municípios tem o Brasil
Fonte: IBGE, Censo 2010

É interessante notar que, apesar do predomínio de municípios pequenos, aproximadamente 21% da população vive em cidades, com mais de um milhão de habitantes, que são capitais estaduais, exceto Campinas e Guarulhos. Considerando suas respectivas regiões metropolitanas, os municípios com mais de um milhão de habitantes abrigam 40% da população brasileira.

Nota-se, então, uma distribuição desigual da população pelos municípios.

Outro dado interessante é que o município mais populoso do país, segundo o Censo de 2010, é São Paulo, com 11.244.369 de habitantes; e o menos populoso é Borá, no estado de São Paulo, com 805 moradores.

Com 776 habitantes, o município de Serra da Saudade, em Minas Gerais, é a cidade brasileira que registra a menor população. Em seguida, vem Borá, em São Paulo, com 838 habitantes; Araguainha, em Mato Grosso, onde há 946 habitantes; e Engenho Velho, no Rio Grande do Sul, com 982 habitantes.

Os dados fazem parte da pesquisa Estimativas da População dos Municípios 2019, divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A última década registrou um aumento na quantidade de grandes municípios no país. No Censo de 2010, apenas 38 municípios registravam população superior a 500 mil habitantes. Dentre eles, apenas 15 tinham mais de 1 milhão de moradores. Já em 2020, o país tem 49 municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes. Em 17 deles, a população é superior a 1 milhão de moradores.

Para o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi, esse resultado indica uma tendência verificada em períodos recentes. “Os números acompanham uma tendência já percebida nos últimos anos, evidenciando a emergência de polos regionais, que apresentam crescimento populacional acima de 1% ao ano”, disse.

Dos 49 municípios com mais de 500 mil pessoas, 23 são capitais. O restante, 26 municípios, está distribuído nos estados de São Paulo (oito), do Rio de Janeiro (seis), de Minas Gerais (três), do Espírito Santo (dois), Pernambuco, Bahia, Santa Catarina, Goiás, Paraná, Pará e Rio Grande do Sul (com um município, cada). Quatro capitais: Vitória, Palmas, Rio Branco e Boa Vista têm menos de 500 mil habitantes.

Na outra ponta, há 30 municípios com população inferior a 1,5 mil habitantes, sendo que, em quatro deles, há menos de 1 mil moradores.

As 27 capitais concentram 50 milhões de habitantes, o equivalente a 23,86% da população total do país em 2020.

Crescimento anual

De acordo com o IBGE, Boa Vista, em Roraima, registrou a maior taxa de crescimento (5,12%) no período 2019-2020. A menor foi Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (0,30%). A taxa de crescimento anual (0,84%) do conjunto dos municípios das capitais ficou acima da taxa do país (0,77%).

A região metropolitana mais populosa do Brasil ainda é a de São Paulo, com 21,9 milhões de habitantes, seguida pelo Rio de Janeiro (13,1 milhões), Belo Horizonte (6,0 milhões) e também a Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) do Distrito Federal e Entorno (4,7 milhões).

Segundo o IBGE, as taxas de crescimento das maiores regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salvador) ficaram ligeiramente abaixo da média do país. “Nessas metrópoles, o crescimento do município-sede é, na maioria dos casos, mais baixo do que o verificado nos municípios restantes”, informou.

Redução populacional

A pesquisa indica redução populacional em 28,1% dos municípios do país, ou seja, 1.565 cidades onde as taxas de crescimento foram negativas. Em pouco mais da metade dos municípios brasileiros (52,1%), a alta no número de habitantes foi entre zero e 1%. Em 3,7% deles, 205 municípios, tiveram crescimento igual ou superior a 2%.

O grupo que, proporcionalmente, apresentou maior número de municípios com redução populacional é o de até 20 mil habitantes. Já o grupo dos municípios entre 100 mil e 1 milhão de habitantes é o que, na proporção, tem mais municípios com crescimento superior a 1%. As cidades com mais de 1 milhão de habitantes registraram crescimento entre zero e 1% ao ano.

As regiões Norte e Centro-Oeste têm o maior número de municípios com crescimento acima de 1%. Na Região Sul, 45,6% dos municípios tiveram redução de população.

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Estados

Com 46,3 milhões de habitantes, o estado de São Paulo permanece como o mais populoso do país e concentra 21,9% da população total do Brasil. Em seguida vem Minas Gerais, com 21,3 milhões de habitantes, e o Rio de Janeiro, com 17,4 milhões de habitantes. Os cinco estados menos populosos somam cerca de 5,7 milhões de pessoas: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia, todos na Região Norte.

Entre os municípios, o de São Paulo também se mantém como o de maior população, com 12,3 milhões de habitantes. Depois estão Rio de Janeiro (6,75 milhões), Brasília (3,05 milhões) e Salvador (2,88 milhões). Os 17 municípios do país com população superior a 1 milhão de habitantes concentram 21,9% da população nacional e 14 deles são capitais estaduais.

TCU

Segundo o IBGE, as estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para calcular o Fundo de Participação de Estados e Municípios. Elas servem também de referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. A divulgação é anual e atende ao Artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013. A tabela com a população estimada para cada estado foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

A última década registrou um aumento do número de grandes municípios no Brasil. No Censo de 2010, somente 38 municípios tinham população superior a 500 mil habitantes, e apenas 17 deles tinham mais de 1 milhão de moradores. Em 2021, o número de cidades com mais de 500 mil habitantes subiu para 49. Juntas, essas cidades representam 31,9% da população brasileira, com 68 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados hoje (27) nas Estimativas da População – 2021, elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo, que tem informações de todos os 5.570 municípios brasileiros, mostrou ainda que 67,7% dos municípios (3.770) têm menos de 20 mil habitantes e concentram 14,8% da população, com 31,6 milhões de habitantes. De acordo com o IBGE, os dados de 2021 indicam que mais da metade da população brasileira (57,7%), ou seja, 123 milhões de habitantes, se concentra em apenas 326 municípios (5,8% dos municípios), que têm mais de 100 mil habitantes.

Segundo o estudo, em 2021, a população brasileira chegou a 213,3 milhões de pessoas em 1º de julho. Além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos, o levantamento é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios.

Com 12,4 milhões de habitantes, o município de São Paulo ainda é o mais populoso do país, seguido por Rio de Janeiro que tem 6,8 milhões, Brasília onde há 3,1 milhões, Salvador com 2,9 milhões e Fortaleza com 2,7 milhões. Entre os 17 municípios do país com população superior a 1 milhão de habitantes, 14 são capitais. Esse grupo concentra 21,9% da população, com 46,7 milhões de pessoas.

Capitais

As 26 capitais mais o Distrito Federal somam mais de 50 milhões de habitantes em 2021, o que significa 23,87% da população do país. Sem contar com essas cidades, os municípios mais populosos são Guarulhos (SP), Campinas (SP), São Gonçalo (RJ), Duque de Caxias (RJ), São Bernardo do Campo (SP), Nova Iguaçu (RJ), São José do Campos (SP), Santo André (SP), Ribeirão Preto (SP) e Jaboatão dos Guararapes (PE).

Serra da Saudade, em Minas Gerais, é a cidade brasileira que tem a menor população. O município tem apenas 771 habitantes. Borá em São Paulo, com 839 habitantes, Araguainha, no Mato Grosso, com 909, e Engenho Velho, no Rio Grande do Sul, com 932 moradores também têm menos de mil habitantes.

Regiões metropolitanas

A região metropolitana mais populosa do país permanece sendo a de São Paulo, que tem 22,04 milhões de habitantes. Na sequência estão as do Rio de Janeiro, com 13,19 milhões e de Belo Horizonte somando 6,04 milhões, além da Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) do Distrito Federal e Entorno que atingiu 4,75 milhões.

O estudo apontou ainda que, somadas, as 28 regiões metropolitanas, Rides e Aglomerações Urbanas com mais de 1 milhão de habitantes contabilizam mais de 100 milhões de pessoas. O número é equivalente a 47,7% da população do Brasil. “Entre as principais regiões metropolitanas e Rides, 20 têm como sede um município da capital, enquanto oito têm como sedes municípios do interior dos estados”, informou o IBGE.

Estados

Com 46,6 milhões de habitantes, São Paulo segue como o estado mais populoso do país, concentrando 21,9% da população brasileira. Minas Gerais, com 21,4 milhões de habitantes; e o Rio de Janeiro, com 17,5 milhões de habitantes, estão em segundo e terceiro lugares. As unidades da federação menos populosas estão na Região Norte: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia. Esses estados somados têm cerca de 5,8 milhões de pessoas.

Pandemia

As estimativas populacionais realizadas pelo IBGE, não incorporaram os efeitos da pandemia, mas o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi, informou que dados preliminares do Registro Civil e do Ministério da Saúde apontam para um excesso de mortes, principalmente entre idosos, e uma diminuição dos nascimentos. Para ele, além disso, podem ter ocorrido alterações nos fluxos migratórios. “As implicações disso no tamanho da população, contudo, serão verificadas a partir do próximo Censo Demográfico”, completou.

Segundo o gerente, a pandemia ainda não acabou e, por isso, faltam informações que impedem a incorporação dos efeitos desse momento na projeção da população. “Como a pandemia ainda está em curso e devido à ausência de novos dados a respeito da migração, que juntamente com a mortalidade e fecundidade constituem as chamadas componentes da dinâmica demográfica, ainda não foi elaborada uma projeção da população para os estados e o Distrito Federal que incorpore os efeitos do contexto sanitário atual na população”, observou.

De acordo com Minamiguchi, o Censo de 2022 vai mostrar esse impacto. “O próximo Censo Demográfico, que será realizado em 2022, trará não somente uma atualização dos contingentes populacionais, como também subsidiará as futuras projeções, fundamentais para compreender as implicações da pandemia sobre a população, não somente no curto, mas também no médio e longo prazo”, concluiu.