Quando eu alguém te conta algo nao compare sua vida

É bem provável que algum dia da sua vida você tenha constatado que a grama do vizinho é realmente mais verde.

Mas você já se perguntou porque diabos insiste em comparar o seu gramado com o dele?

O youtuber Rafael Jordão publicou um vídeo em seu canal com uma dica valiosa para esses casos e, consecutivamente, para sua vida.

Na verdade, o conselho veio do polêmico psicólogo canadense, Jordan Peterson, em seu mais recente livro “12 Rules for Life: An Antidote to Chaos“, ainda sem tradução, algo como “12 regras para vida: Um antídoto para o caos“.

Nesse novo estilo de vida que adotamos, onde brindamos nossas conquistas e nossas qualidades nas redes sociais, escondendo toda e qualquer tipo de falha humana que permeiam nossa existência, não é difícil nos depararmos com uma publicação que faça nos sentir para baixo.

É um primo que passou em primeiro lugar no vestibular, um colega de firma que conseguiu o emprego dos sonhos ou até alguém esbanjando saúde quando não estamos muito bem. Todas essas informações que chegam até nosso conhecimento podem nos abalar de alguma forma.

Seria inveja? Não necessariamente.

Usamos essa comparação da vida alheia como forma de medirmos nossa própria evolução, de analisarmos como estando levando nossas vidas e realizando nossas conquistas. E aí o grande erro que cometemos.

Cada ser vive uma jornada diferente

Segundo o autor, essa comparação com o outro não nos acrescenta, além de ser prejudicial, pois pode nos passar uma visão errada da nossa própria realidade. Como podemos comparar duas vidas distintas, duas pessoas que percorreram caminhos diferentes e esperar resultados semelhantes?

Ok, seu primo passou em primeiro lugar no curso de medicina ao mesmo tempo que você não decidiu qual profissão seguir. Qual a semelhança entre vocês para que haja tal comparação?

Nenhuma.

Por mais que tenham sido criados juntos, tenham o mesmo sangue, etc., cada pessoa é singular, desenvolve sentimentos e pensamentos diferentes sobre a vida, experienciam e enfrentam batalhas diferentes. Podem até percorrer o mesmo caminho, mas os pés que marcam a estrada não são os mesmos.

Como julgar a vida alheia como boa (ou ruim), sendo que não somos aquela pessoa? E é nesse ponto que uma das 12 regras citadas no livro de Peterson pode nos ajudar.

A regrinha não poderia ser mais esclarecedora:

Com essa frase o autor sugere que usemos como comparativo a nossa própria jornada, afinal, apenas nós mesmo podemos compreender com totalidade a nossa própria existência, limitações, experiências, o que gostamos ou não, o que fazemos ou o que deixamos de fazer.

Tomarmos como medida nós mesmos funciona como uma espécie de analise do nosso próprio registro de progresso e assim, a constatação de como estamos traçando nosso caminho, nossa evolução (ou não) fica clara e sem margens para deturpações.

Por exemplo, ao invés de se comparar com aquela celebridade que com 18 anos já tem mais dinheiro que você terá a vida toda, reflita sobre tudo o que já passou para chegar onde está.

Embora sua evolução possa não ser nas proporções do que era desejado por você, essa “olhadinha para trás” te trará à sua realidade, será como um indicativo se teu percurso está de acordo com suas ambições, ideologias, etc. E qual foi todo o aprendizado até então.

Se mesmo comparando-se com seu “eu passado” sentir que de lá para cá nada mudou verdadeiramente, fica então uma outra descoberta, talvez você tenha que mudar de rumo e procurar outros ares para seu desenvolvimento (pessoal, financeiro, profissional, etc.).

E é apenas comparando-se consigo mesmo que teremos a real dimensão do nosso progresso.

Ou seja, se por ventura estiver infeliz com alguma área de sua vida, tente voltar uns anos no passado e analise a situação que se encontrava naquela época.

Hoje está infeliz com o emprego que tem, que tal lembrar-se de quando nem emprego tinha? Chateado pois não consegue grana para comprar um carro? Compare-se com seu “eu” do passado, aquele que nem pensava em ter carro.

Comparar-se com você mesmo é a única comparação realmente válida para sua vida, podendo te ajudar a direcionar melhor suas escolhas e seus objetivos sem causar frustrações infundadas.

A grama do vizinho pode até ser mais verde, mas lembre-se que ela nunca será sua. Antes de dar aquela olhadinha por cima do muro, preocupe-se em adubar o próprio jardim.

Veja abaixo o vídeo completo do Rafael Jordão:

Ter mais qualidade de vida é uma busca constante. Nas relações pessoais, no campo financeiro ou nos costumes diários, estamos sempre procurando algo que dê mais sentido à nossa rotina. Nessas horas, é comum observar o estilo de vida de outras pessoas, até mesmo para usá-lo como referência. Porém, a mania de comparação costuma trazer frustração.

O fato é que isso nos expõe só ao que o outro tem de melhor, enquanto conhecemos o lado difícil da nossa vida. Você se identifica com esse problema? Pois continue aqui comigo para entender o quanto o hábito de se comparar pode ser prejudicial e como se livrar dele!

O que é mania de comparação?

É a prática de evidenciar as semelhanças e diferenças entre determinados aspectos próprios e de outra pessoa, para estabelecer uma relação de igualdade ou superioridade de uma das partes. Isso acontece de diversas formas: vai desde a aparência física até as relações interpessoais.

Comparar pode até ser uma coisa boa, quando alguém admira o outro e deseja melhorar suas atitudes para parecer com ele. Mas, no geral, é uma prática arriscada, porque pode resultar em decepção, tristeza ou até arrogância, nos casos em que a pessoa se compara com o intuito de menosprezar a outra.

Por que as pessoas se comparam tanto?

É normal se identificar e se relacionar a partir da opinião do outro sobre a gente. Provavelmente, você já fez uma amizade só porque a outra pessoa tem um gosto musical semelhante ao seu — e isso é absolutamente normal. O problema é quando as comparações são negativas.

As redes sociais são um grande palco para as pessoas mostrarem seus gostos e suas rotinas, o que abre espaço para a comparação. A maioria das fotos que os seus amigos postam são de momentos incríveis: festas, viagens, passeios românticos e almoços com a família toda reunida e em harmonia. Parece que a vida deles é perfeita, não é?

É impossível olhar para aquilo durante muito tempo sem refletir o quanto a vida do outro parece melhor do que a sua: você está com insônia, com um monte de contas para pagar, sofrendo pressão no serviço, enquanto ele está aproveitando a vida.

Por que comparar é um hábito problemático?

Antes de qualquer coisa, a mania de comparação ignora a nossa individualidade: somos seres únicos, com experiências e contextos totalmente diferentes. Pode ser que um conhecido tenha um bom emprego porque tem contatos, oportunidade que faltou a você e que foge do seu controle. Ou talvez você se dê melhor com a família do que ele, e julgá-lo ignora as dificuldades que ele enfrenta.

Além disso, ao fazer comparações que nos nivelam por baixo, a gente se coloca em desvantagem de maneira injusta e exagerada. Aparecem sentimentos prejudiciais para a sua qualidade de vida, sobretudo a inferioridade porque o outro é mais feliz — em tese, já que a realidade é bem diferente do que aparece no Facebook.

Por fim, comparar faz você ignorar o valor das suas conquistas ou acentuar as virtudes da sua personalidade de modo desproporcional. Mesmo que o seu emprego não seja o melhor, ele é o que ajuda você a manter suas contas em dia. Ou, então, não é só porque conseguiu melhorar seus hábitos alimentares e perder peso que você pode ser indiferente à dificuldade dos outros em emagrecer.

Como evitar a mania de comparação?

No geral, a ideia é tentar valorizar mais o que você é, o que tem e com quem se relaciona. Claro que dizer é mais fácil do que fazer, mas eu separei algumas dicas para te ajudar. Veja quais são e comece hoje mesmo!

Saia das redes sociais

É muito importante que você tenha isto em mente: o Instagram é uma seleção de melhores momentos. Ninguém posta foto de quando está no ônibus, da família brigando por conta de política ou das parcelas atrasadas.

Portanto, se tiver dificuldades de encarar dessa forma e perceber que os aplicativos estão fazendo mal, o melhor é substituí-los por outra atividade no seu tempo livre, como ler ou meditar. Assim, você se concentra mais em si e reduz seu hábito de ficar se comparando.

Concentre-se na sua felicidade

Em vez de mostrar aos outros o quanto você está feliz, tente se concentrar em, de fato, encontrar a felicidade. Valorize um momento, um objeto ou uma conquista pelo seu significado em si, sem precisar “medir” o valor com base em outros.

O foco excessivo em terceiros impede você de reconhecer o que está próximo e acaba provocando inveja e frustração, porque você busca uma felicidade inatingível. Olhe mais para dentro de si e ao seu redor; admire e tente aprender com os acertos do outro, mas não copie. E lembre-se: riqueza não é sinônimo de felicidade.

Valorize mais as suas qualidades

É muito mais fácil falar sobre seus defeitos do que sobre suas qualidades. No entanto, esse é um costume muito prejudicial, então dê mais atenção às suas virtudes. É uma mudança profunda nos seus padrões de pensamento, e precisa de muito autoconhecimento e de exercícios constantes para acontecer.

Evite julgamentos

As diferenças precisam ser respeitadas, uma vez que é impossível saber a capacidade do outro de lidar com os problemas. Talvez tenha sido fácil para você superar o término de um relacionamento, por exemplo, mas isso não é motivo para diminuir aqueles que não conseguem. Fuja dessa armadilha.

Faça terapia

Você já entendeu que não é tão fácil mudar a mentalidade e os padrões de comportamentos resultantes. Se esse for o seu caso e você não conseguir se livrar da mania de comparação, procure ajuda de um psicólogo.

Muitas abordagens da psicologia, como a Terapia Cognitiva Comportamental, focam exatamente em como nós processamos a informação que recebemos. Nesse caso, a TCC vai ajudar você a mudar a sua cognição, para remodelar o seu comportamento de se comparar e, consequentemente, reduzir o seu sofrimento. A terapia é a saída perfeita!

Ninguém dá conta de viver no isolamento e de maneira independente. É por isso que os nossos desejos podem ter como referência a vida do outro. Ver uma pessoa feliz e realizada no Instagram nos contagia, mas também acaba sendo frustrante.

Comparar significa tirar conclusões sobre a vida do outro com base em uma representação idealizada, que não necessariamente condiz com a realidade. Logo, para fugir da mania de comparação, é imprescindível olhar mais para si e valorizar cada pequena conquista.

E aí, você é do tipo que sofre quando se compara com outras pessoas? Entre em contato conosco para que possamos te ajudar a ser uma pessoa mais positiva e capaz de reconhecer as suas qualidades!