A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é uma aliança política e militar formada por países-membros, que tem como objetivo proteger uns aos outros em ataques militares. Show Atualmente, os países que fazem parte da OTAN são 30:
A OTAN foi criada em 4 de abril de 1949, durante a Guerra Fria, que teve início em 1947 e terminou em 1989. Na altura, o objetivo era conter a influência do socialismo da URSS no mundo, por isso era formada pelas principais potências capitalistas e ocidentais. URSS é a sigla da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que existiu entre 1922 e 1991 e era formada por 15 nações, dentre as quais a Rússia. A OTAN também é conhecida pela sua sigla em inglês NATO (North Atlantic Treaty Organization). Bandeira da OTANHistória da OTANApós a derrota do nazimo na Europa, Estados Unidos e União Soviética seguiram por caminhos diferentes. Os países que foram libertos do nazismo pelos soviéticos, adotaram o regime socialista e passaram à órbita de influência da URSS. Como bem lembrou o ex-ministro britânico Winston Churchill, uma cortina de ferro caía sobre a Europa. Dessa forma, as relações entre os Estados Unidos e a União Soviética começaram a se deteriorar. Criação e objetivos da OTANPor iniciativa dos americanos, a OTAN foi criada após o fim da Segunda Guerra Mundial. O objetivo era proteger as nações signatárias, na Europa e América do Norte, de ataques exteriores. O artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte afirma que:
Igualmente, esta união tinha como objetivo conter a expansão do socialismo, representada pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Os principais pontos do acordo eram:
Além de manter os interesses políticos e militares das potências ocidentais pelo mundo, o tratado garante que nenhum dos signatários assine outro compromisso internacional conflitante com os termos da OTAN. Quanto à sua composição, destacam-se delegações nacionais dos países membros, compostas por escritórios civis e militares, orientados pelo Presidente do Comitê Militar. A sede da OTAN fica em Bruxelas, na Bélgica. Os presidentes dos países membros, bem como os seus ministros militares, se reúnem regularmente para tratar de assuntos pertinentes ao bloco. OTAN e Pacto de VarsóviaAlguns anos mais tarde, em resposta à OTAN, o bloco soviético cria o Pacto de Varsóvia. O tratado foi assinado na capital polonesa em 14 de maio de 1955. As tensões entre os blocos capitalistas e socialistas, a ameaça de uma choque bélico entre essas duas alianças foi uma constante no período da Guerra Fria. OTAN hojeCom o fim da URSS no ano de 1991 e com a consequente dissolução do Pacto de Varsóvia, a OTAN precisou adequar-se ao novo paradigma mundial. Afinal, não existia mais o “inimigo vermelho” para combater. Assim, com base no Novo Conceito Estratégico (New Strategic Concept, 1991), garantiu a perpetuação e expansão das alianças militares. Atualmente, os objetivos da OTAN são:
Com a incorporação dos países do Pacto de Varsóvia, dentre eles a Rússia, a OTAN se torna a principal aliança militar no planeta. Países integrantes da OTANAtualmente, 30 países fazem parte da OTAN. Abaixo, a lista dos países-membros da OTAN, de acordo com os anos de adesão.
*Em 1966, a França abandona o Tratado do Atlântico Norte, retornando três décadas depois, em 1995. Principais conflitos armados envolvendo a OTANBósnia (1993), Iugoslávia (1999), Afeganistão (2001), Guerra do Iraque (2003), Líbia (2011). CuriosidadesApós a OTAN, outras instituições militares foram criadas na Europa sem a presença dos EUA, a saber:
Cerca de 70% de todos os gastos militares do planeta são realizados pelos países membros da OTAN. Leia mais
Em meio às tensões sobre a expansão da Aliança Atlântica para o leste e a crise entre Rússia e Ucrânia, DW explica as origens e os objetivos da organização.Também conhecida como Aliança Atlântica, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi fundada em 1949 com o objetivo, em primeiro lugar, de atuar como um obstáculo à ameaça de expansão soviética na Europa após a Segunda Guerra Mundial. Além disso, os Estados Unidos a viram como uma ferramenta para impedir o ressurgimento de tendências nacionalistas na Europa e promover a integração política no continente. Suas origens, no entanto, remontam a 1947, quando o Reino Unido e a França assinaram o Tratado de Dunquerque, formando uma aliança para combater a eventualidade de um ataque da Alemanha após a guerra. Os 12 membros fundadores originais da aliança política e militar são: Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal. Coletivo de segurança Em essência, a organização atua como uma aliança de segurança coletiva com o objetivo de proporcionar defesa mútua por meios militares e políticos, se um de seus membros for ameaçado por um Estado externo.
+ Depressão: pesquisa descobre método simples para combater condição Esse marco está estabelecido no Artigo 5º da carta, a cláusula de defesa coletiva: “As partes concordam que um ataque armado contra uma ou mais delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque contra todas elas e, consequentemente, concordam que, se ocorrer tal ataque armado, cada uma delas, no exercício do direito de legítima defesa individual ou coletiva reconhecida pelo Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, ajudará a parte ou as partes atacadas, tomando imediatamente, individualmente e em conjunto com as outras partes, as medidas que julgar necessárias, inclusive o uso de força armada, para restaurar e manter a segurança da região do Atlântico Norte.” O Artigo 5º foi evocado uma vez, pelos Estados Unidos, após os ataques de 11 de setembro de 2001. Baluarte contra a União Soviética A União Soviética respondeu à Otan criando sua própria aliança militar com sete outros Estados comunistas do Leste Europeu em 1955, através do Pacto de Varsóvia. Mas a queda do Muro de Berlim e o subsequente colapso da União Soviética, em 1991, abriram caminho para uma nova ordem de segurança pós-Guerra Fria na Europa. Libertados de seus grilhões soviéticos, vários países do antigo Pacto de Varsóvia se tornaram membros da Otan. Os membros do Grupo de Visegrado Hungria, Polônia e República Checa aderiram em 1999. Cinco anos mais tarde, em 2004, a Otan aceitou a adesão do chamado Grupo de Vilnius formado por Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia. A Albânia e a Croácia aderiram em 2009. As adesões mais recentes foram Montenegro, em 2017, e Macedônia do Norte, em 2020, elevando o número total de países-membros para 30. Atualmente, três países são classificados como “membros aspirantes”: Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia. Política de portas abertas Tendo como pano de fundo o impasse entre Rússia e Ucrânia em sua fronteira comum, a ambição de Kiev de se juntar à aliança voltou a ganhar força. Na cúpula da Otan em Bucareste, em 2008, a Otan acolheu formalmente as aspirações de adesão da Ucrânia e da Geórgia, mas não chegou a conceder planos de ação de adesão. Para a Rússia, a perspectiva de sua antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável. A chamada política de portas abertas da Otan, conforme delineada no Artigo 10º do tratado, permite a adesão de qualquer país europeu que possa melhorar e contribuir “para a segurança da região do Atlântico Norte”. “Espera-se que os países que aspiram à adesão à Otan cumpram certos objetivos políticos, econômicos e militares para garantir que se tornem contribuintes para a segurança da aliança, bem como seus beneficiários”, anuncia o site da Otan. |