Popularmente conhecida como olho-de-peixe a verruga plantar é causada pelo vírus do papiloma humano

Você já ouviu falar em olho de peixe? Popularmente conhecido por esse termo, o quadro se trata de uma verruga causada pelo vírus papilomavírus humano (HPV) que pode surgir em diferentes partes do corpo. No entanto, seu aparecimento é mais comum na sola dos pés, já que a região costuma apresentar fissuras e traumas que facilitam a instalação do vírus. Para entender os sintomas e os tratamentos mais indicados para olho de peixe no pé, o DermaClub conversou com a dermatologista Betina Stefanello, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que explicou as principais dúvidas sobre o assunto.

Olho de peixe no pé: o que é?

De maneira geral, a expressão olho de peixe é usada para representar a verruga plantar. “O quadro recebe esse nome porque quando há uma pressão sobre a lesão, como o ato de pisar, é possível notar um formato semelhante ao de um olho de peixe”, explica a dermatologista.

A lesão benigna é decorrente da contaminação de um vírus do grupo HPV que pode entrar no organismo através de pequenos cortes ou rachaduras, que são comuns nas solas dos pés. “Existem mais de 125 tipos de HPV. Diferente do modelo conhecido por causar a HPV genital, o vírus responsável pelo olho de peixe não é cancerígeno”, afirma Betina.

As características e sintomas do olho de peixe no pé

O olho de peixe é caracterizado pelo surgimento de verrugas na cor da pele ou amareladas, com diferentes tipos de tamanhos - do pequeno ao médio - em várias partes do corpo. Quando o quadro se apresenta nas solas dos pés, a Dra. Betina revela: o principal sintoma é a dor, principalmente ao pisar ou caminhar. Nos casos em que o paciente manuseia ou catuca as lesões, é possível que ocorra sangramento e inflamação.

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Segundo a dermatologista, os tratamentos mais indicados para olho de peixe são a retirada da lesão com bisturi e o uso de medicações prescritas sob orientação médica. “Nesse caso, pode-se utilizar alguns ácidos em consultório na região afetada. O paciente também pode continuar o tratamento em casa através de substâncias menos potentes até que o olho de peixe desapareça”, conta.

Além disso, o uso de crioterapia também pode ser recomendado pelo profissional, já que a técnica terapêutica é capaz de tratar inflamações através de aplicações frias no local. De qualquer maneira, assim que perceber um olho de peixe no pé, o ideal é procurar um dermatologista para receber o tratamento mais adequado para o seu quadro.

É possível prevenir o olho de peixe?

As vacinas utilizadas contra o HPV, que costumam ser recomendadas para prevenção da infecção genital, também combatem os subtipos dos vírus, inclusive os que causam as verrugas na pele apelidadas de olho de peixe. Além disso, existem outros cuidados essenciais que podem ajudar a prevenir o quadro. Veja só:

- Não manipule ou arranque as verrugas. Dessa forma, é possível diminuir os riscos de infecções e, ao mesmo tempo, evitar o surgimento de novas lesões;- Ao notar o surgimento de lesões parecidas com olho de peixe, busque um dermatologista de confiança imediatamente. Nesse caso, o tratamento precoce é o seu maior aliado;

- Mantenha a região dos pés hidratada para evitar o surgimento de cortes ou rachaduras. Para isso, vale apostar em produtos com ativos hidratantes como o ácido hialurônico e renovadores, como o ácido salicílico.

*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Publicada em: 27 de Julho de 2021
Modificada em: 29 de Julho de 2021

Popularmente conhecida como olho-de-peixe a verruga plantar é causada pelo vírus do papiloma humano

CRM: 52-913715

Médica graduada pela Universidade Federal De Santa Catarina, pós-graduação em dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay Da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Título de especialista de dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD. Internship in Skin Cancer in Santa Maria Nuova Reggio Emilia e dermatology in Hôpital L’arche in Nice. Chefe do setor de Cosmiatria do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay. Sócia da Clínica de Dermatologia Les Peaux no Rio de Janeiro. Autora de diversos artigos e capítulos de livro na área de Cosmiatria.

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Popularmente conhecida como olho de peixe, a verruga viral pode estar presente em qualquer parte do corpo. No entanto, seu aparecimento é mais comum na sola dos pés, já que esta área pode apresentar fissuras e traumas - facilitando a instalação do vírus -, além de ter mais contato com ambientes externos. Em conversa com a dermatologista Lilia Guadanhim, de São Paulo, o Dermaclub esclareceu as dúvidas de como a verruga surge e os cuidados necessários para preveni-la. Confira!

Entenda o que é o olho de peixe

Segundo a médica, o olho de peixe é o nome popular dado à verruga viral, que é a manifestação de uma infecção pelo vírus do grupo HPV, o papilomavírus humano, que pode entrar no corpo através de pequenos cortes ou rachaduras. “A verruga aparece em qualquer lugar do corpo, porém, é mais comum na sola do pé”, explicou.

Por que o olho de peixe costuma surgir na parte inferior dos pés?

Para a Dra. Lilia, a transmissão do HPV ocorre por contato direto com pessoas ou objetos que estejam infectados. Assim, uma pequena ferida é suficiente para o contágio, motivo pelo qual as verrugas são mais comuns em áreas de traumas e impacto. O vírus também pode ser contraído ao andar descalço em torno de ambientes como piscinas e vestiários. “Pessoas com baixa imunidade são as mais vulneráveis ao aparecimento do olho de peixe e a incidência ocorre, geralmente, entre 12 e 16 anos”, contou.

Saiba quais são os tratamentos para eliminar o olho de peixe

De acordo com a dermatologista, as verrugas somem espontaneamente em alguns meses ou podem persistir por anos. Porém, existem diversos tratamentos que buscam estimular a melhora na imunidade para combater o vírus. “São indicados ácidos tópicos, nitrogênio líquido, eletrocoagulação e até cirurgia”, disse.

Descubra como prevenir o aparecimento do olho de peixe e os cuidados necessários

A Dra. Lilia afirma que as vacinas contra o HPV, que são indicadas para prevenção da infecção genital, também são recomendadas no combate aos subtipos do vírus que causam as verrugas na pele. Inclusive, ajudam no tratamento do olho de peixe, podendo ser indicadas para casos mais difíceis. Além disso, outros cuidados essenciais, de acordo com a médica, são:

- Não manipule ou arranque as verrugas. Além do risco de infecções, o trauma local pode levar ao surgimento de novas lesões;

- Não tente usar métodos domiciliares de congelamento de verrugas. Esses produtos, além de serem ineficazes, podem causar úlceras, bolhas e feridas na pele;

- Se notar alguma lesão nova na pele, consulte seu dermatologista e mantenha a verruga com curativo até a consulta.

*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Publicada em: 20 de Junho de 2017
Modificada em: 26 de Julho de 2021

Por se tratar de uma verruga, o olho de peixe, portanto, é causado pelo HPV (papilomavírus humano). A infecção ocorre nas camadas mais superficiais da pele ou mucosa, ativando o crescimento anormal das células da epiderme, dando origem às verrugas, que são proliferações benignas da pele.

Verruga é um pequeno tumor que surge quando há infecção dos queratinócitos da pele por um vírus chamado papilomavírus humano, também conhecido como HPV.

Os queratinócitos são o tipo de célula predominante da epiderme, que é a camada mais externa da pele. São eles que produzem queratina, uma proteína presente no cabelo, nas unhas e em toda a pele, em quantidades diferentes dependendo da localização.

Quanto maior for a quantidade de queratina, mais espessa e mais resistente a traumatismos e ao estresse mecânico fica a pele. É por isso que a pele da palma da mão é mais rígida que a pele do pescoço e mais suave que a pele da planta do pé.

Os queratinócitos infectados pelo HPV tendem se proliferar, aumentando a produção de queratina e provocando um espessamento localizado da epiderme, que se torna visível na forma de uma verruga, semanas ou meses após a infecção.

As verrugas associadas ao HPV estão subdivididas de acordo com a região anatômica em que estão situadas ou pela sua morfologia:

  • Verruga comum (Verruca vulgaris).
  • Verruga plantar (Verruca plantaris).
  • Verruga plana (Verruca plana).
  • Verruga filiforme (Verruca filiformis).
  • Verruga genital (Condyloma accuminatum).

Para ver imagens e a descrição das lesões dos tipos de verruga citados acima, acesse: Fotos de verrugas comuns de pele.

Existem mais de 150 subtipos do HPV. Cada subtipo tem atração por uma área do corpo. Por exemplo, o HPV-2 e HPV-4 estão associados às verrugas comuns de pele, o HPV-1 às verrugas que acometem a planta dos pés e os HPV-6 e HPV-11 costumam infectar a região do ânus e das genitálias.

Neste artigo vamos falar especificamente da verruga plantar, a verruga que surge na sola do pé. Para mais informações sobre outros tipos de verruga, leia: Verrugas Comuns – causas e tratamento.

Verruga plantar

A verruga plantar ou mirmécia, conhecida popularmente como olho de peixe, é provocada mais frequentemente pelo HPV-1, seguido pelos subtipos HPV-2, HPV-4, HPV-27 e HPV-57.

Apesar de haver possibilidade de contaminação direta de pessoa para pessoa, esta não é forma principal de transmissão do vírus das verrugas plantares. A infecção ocorre muito frequentemente ao andar descalço em ambientes quentes e úmidos, como piscinas, banheiros e vestiários.

Sintomas

As lesões podem ser únicas ou múltiplas. Crianças e adolescentes são mais acometidos que os adultos.

O diagnóstico costuma ser clínico, uma vez que a lesão é bastante típica: uma ou mais áreas elevadas e ásperas na pele, com superfície de aspecto esponjoso e eventualmente alguns pontos escuros, circundada por um anel de pele espessa. Se a lesão estiver ferida, ela pode ter um aspecto mais avermelhado (ver imagens mais abaixo).

Como ficam na planta dos pés, o peso do corpo faz com que as verrugas plantares cresçam para dentro da pele, sendo assim mais profundas do que realmente aparentam ser. Por esse motivo, o principal sintoma associado à verruga plantar é dor ao caminhar. Dependendo do tamanho da verruga e do comprometimento da sola do pé, pode haver até limitação da capacidade de se locomover.

É muito comum e característico que o paciente se queixe de dor quando se aperta a verruga pelos lados com os dedos, como se estivesse espremendo uma espinha.

O principal diagnóstico diferencial da verruga plantar é com calo ou calosidade plantar.

Imagens

Tratamento

Na maioria dos casos, há resolução espontânea da verruga plantar dentro de alguns meses, principalmente em crianças e adolescentes. Nos adultos a cura espontânea é menos comum.

Não existe nenhum anti-viral específico para o HPV, mas existem medicamentos que interferem com o ciclo de vida do vírus. A abordagem mais comum quando se trata das verrugas plantares é danificar ou destruir o tecido infectado.

Quando ocorre morte celular, o sistema imunológico é ativado, o que pode contribuir para a resolução da infecção. Não se sabe exatamente quanto o sistema imunológico contribui para a resolução da infecção após os tratamentos destrutivos, mas a resposta fraca ou ausente que se verifica nos pacientes com algum grau de deficiência do sistema imunológico sugere que ela seja essencial. 

O percentual de cura das verrugas plantares é menor em relação aos outros tipos de verrugas devido às características deste tipo de lesão, que é mais profunda e com uma área espessa muito queratinizada, dificultando a penetração dos medicamentos. 

Em relação ao tratamento ideal e às taxas de eficácia para verrugas plantares, temos resultados conflitantes nos estudos realizados até o momento. Isso porque muitos deles não foram realizados de forma adequada para termos resultados confiáveis, tendo utilizado parâmetros que desvalorizam os achados, como por exemplo: não diferenciar as verrugas comuns de verrugas planas, incluir crianças e adultos no mesmo estudo, incluir verrugas de várias partes do corpo sem distinção, comparar resultados em verrugas entre participantes diferentes ou então entre verrugas de um mesmo indivíduo. 

Primeira linha de tratamento – remédios mais indicados

As duas opções de tratamento mais estudadas são o ácido salicílico tópico e a crioterapia. O efeito no caso das verrugas plantares parece mais limitado do que nas verrugas em outras partes do corpo. 

Ácido salicílico

O ácido salicílico tópico provoca exfoliação da epiderme afetada pelo vírus e também pode estimular a imunidade local. Geralmente é preciso utilizar uma concentração maior, entre 15 a 40% para tratamento das verrugas plantares, uma vez que são áreas mais queratinizadas, portanto com maior espessura da pele. O ácido salicílico está disponível em forma líquida, pomada, almofada (pad) e adesivo (patch).

Deve ser aplicado diretamente na verruga, com a pele seca e limpa. Normalmente é necessário repetir a aplicação diariamente. Pode ser colocada uma fita adesiva por cima das almofadas para fixá-las ou para reter a pomada na pele. Se for utilizada a fita adesiva, pode-se trocar a cada 48h.

Também pode ser realizada raspagem da verruga periodicamente para reduzir o acúmulo de resíduos da hiperceratose provocada pelo HPV.

O ácido salicílico tópico é um tratamento capaz de ser feito pelo próprio paciente, é indolor e com riscos mínimos de reações adversas sérias. Esse tratamento não deve ser feito por mais de 12 semanas sem a supervisão de um médico.

O tratamento com ácido salicílico pode ser combinado com outros tratamentos para verruga na tentativa de aumentar a resposta à terapêutica. Uma das opções é fazer tratamento com ácido salicílico entre as sessões de crioterapia, apesar de existirem poucos estudos que mostrem benefício nessa associação em relação às verrugas plantares.

Irritação da pele no local da aplicação é o efeito colateral mais comum e esperado. Se a irritação for significativa, deve-se reduzir a frequência de aplicação do ácido salicílico. Pacientes com doença neurológica que comprometa os nervos dos membros inferiores de modo que a sensibilidade da pele esteja danificada não devem utilizar o ácido salicílico devido ao risco de lesão da pele e dificuldade de cicatrização.

Crioterapia

A crioterapia é um tratamento realizado com nitrogênio líquido. A principal desvantagem desta opção é a dor associada ao tratamento. Por esta razão, esta modalidade fica geralmente reservada às crianças mais velhas e aos adultos, que são capazes de compreender o tratamento e o motivo da dor. A eficácia da crioterapia chega aos 90%, mas não parece ser superior ao ácido salicílico quando se trata de verrugas plantares.

Antes do tratamento, as verrugas muito espessas devem ser raspadas. A aplicação do nitrogênio líquido pode ser através de spray ou com chumaço de algodão embebido no produto. O objetivo é criar uma área congelada por cima da verruga e em aproximadamente 2 mm de pele saudável circundante, que desaparece após 30 a 60 segundos.

A aplicação deve ser repetida para melhores resultados.  As sessões são realizadas a cada duas ou três semanas, ate resolução da verruga. Se não houver melhora após seis sessões, deve-se tentar um tratamento alternativo.

Efeitos colaterais comuns: pode haver inflamação com formação de uma área avermelhada além de formação de bolhas hemorrágicas, dor e sensibilidade no local da aplicação. Normalmente, essas reações desaparecem em quatro a sete dias. Outra complicação que pode ocorrer é o clareamento da pele, por isso o tratamento deve ser realizado com cautela em pessoas com pele escura.

Opções para verrugas refratárias

São consideradas refratárias ao tratamento aquelas verrugas que não desaparecem após realização correta do tratamento pelo tempo indicado. Nestes casos, não se sabe exatamente qual é a melhor conduta. Pode-se tentar outros tratamentos como a aplicação tópica de imunoterapia com alergênios de contato, bleomicina ou fluorouracil.  

A imunoterapia com alergênios de contato é normalmente aplicada pelo dermatologista e existem muitos relatos de tratamentos bem sucedidos publicados, parecendo uma boa opção para os casos refratários aos tratamentos descritos acima.

Bleomicina intralesional

A bleomicina é um quimioterápico normalmente utilizado para tratamento de alguns tipos de câncer.

A eficácia da Bleomicina no tratamento da verruga plantar está ligada aos seus efeitos tóxicos para as células e à sua atividade anti-viral direta. A maior desvantagem do seu uso é a dor no local no momento da injeção e depois do tratamento.

A eficácia da Bleomicina no tratamento da verruga plantar ainda é questionada, uma vez que os resultados dos diversos estudos são contraditórios, havendo alguns que não mostram nenhum benefício enquanto outros relatam mais de 90% de eficácia.

A aplicação da Bleomicina é feita  através de uma injeção diretamente dentro da verruga ou então de forma tópica, na sua superfície, seguida de múltiplas picadas para permitir a penetração da substância. Recomenda-se a aplicação de anestésico local simultaneamente para diminuir o desconforto causado pela dor.

Efeitos colaterais: como já foi mencionado, a dor associada ao tratamento dura um a dois dias e é seguida de necrose do tecido. O uso da bleomicina não é recomendado para pessoas com redução da imunidade, crianças, grávidas ou com doença vascular, pelo risco de absorção do fármaco pela corrente sanguínea. Da mesma forma que a crioterapia, pode ocorrer despigmentação no local da aplicação.

Fluorouracil tópico ou intralesional

O Fluorouracil também é um quimioterápico utilizado para tratar vários tipos de câncer. Ele inibe a síntese de DNA e RNA e, consequentemente, a proliferação das células da verruga. Pode ser utilizado de forma tópica ou intra-lesional, ou seja, injetado dentro da verruga. A eficácia do Fluorouracil foi comprovada em vários estudos, com taxas de cura em torno dos 50%.  

A administração tópica é feita diariamente por 4 a 12 semanas, enquanto a intra-lesional é uma vez por semana durante quatro semanas.

Os principais efeitos colaterais são dor e sensação de queimação durante a aplicação da injeção, além de inchaço, vermelhidão, descoloração da pele e formação de cicatriz.

Cirurgia

A remoção cirúrgica da verruga tende a ser a modalidade preferida de tratamento se o paciente quiser um resultado rápido. No entanto, pode haver recidiva da lesão e formação de uma cicatriz dolorosa permanente.  

Outros tratamentos

Os tratamentos citados a seguir não são considerados primeira linha, mas apresentam resultados promissores em alguns estudos:

  • Imunoterapia intra lesional: técnica invasiva com injeção de vacina MMR ou outras substâncias, como o interferon ou o antígeno da candida. Efeitos adversos incluem febre e dores no corpo. 
  • Hipertermia: terapêutica não invasiva, realizada pelo próprio indivíduo em casa. Trata-se de deixar a verruga mergulhada em água quente por 30 a 45 minutos 2 a 3 vezes por semana. 
  • Laser de corante pulsado: requer uma série de sessões, raspagem da lesão e uso de ácido salicílico tópico para melhores resultados. O tratamento pode ser doloroso e pode ocorrer despigmentação da pele, formação de cicatriz e bolhas.  

Tratamentos sem evidência clínica suficiente

Os tratamentos listados abaixo foram testados, e alguns até podem ser utilizados sem risco nenhum, como a fita adesiva e certos fitoterápicos, mas na prática, não existem resultados conclusivos que garantam a eficácia de nenhuma destas opções para verruga plantar. São eles:

  • Cimetidina.
  • Produtos fitoterápicos.
  • Homeopatia.
  • Fita adesiva.
  • Hipnoterapia.
  • Nitrato de Prata.
  • Óxido de Zinco.
  • Sulfato de Zinco.
  • Ácido cítrico.
  • Ácido Fórmico.
  • Retinoides tópicos.
  • Ditranol.

É importante lembrar que as verrugas apresentam um elevado índice de resolução espontânea nos primeiros dois anos, sendo necessários estudos clínicos bem feitos e cuidadosos para conseguir diferenciar adequadamente os casos de recuperação devido ao medicamento em questão e recuperação espontânea. Além disso, estas opções muitas vezes são utilizadas em associação ao ácido salicílico ou à raspagem da verruga, o que pode falsear os resultados. 

Vacina

Há relatos de resolução de verrugas cutâneas em adultos jovens e crianças que receberam a vacina quadrivalente do HPV, no entanto ainda não dispomos de dados suficientes para comprovar a eficácia desta linha de tratamento.

Explicamos a vacina contra o HPV em detalhes no artigo: Vacina contra HPV – eficácia, segurança e indicações.

Referências

Popularmente conhecida como olho-de-peixe a verruga plantar é causada pelo vírus do papiloma humano