Onde leonardo da vinci estudou

Leonardo di ser Piero da Vinci nasceu no dia 15 de abril de 1452, na pequena aldeia de Vinci, perto de Florença, Itália. Filho ilegítimo do tabelião Piero da Vinci e da camponesa Caterina Lippi, já desenhava e pintava desde criança.

Retrato Leonardo da Vinci (Foto: Flickr)

Ainda adolescente estudou artes no estúdio do mestre Andrea del Verrocchio, onde trabalhava Boticelli, Filippino Lippi, entre outros pintores, queridos do governador Lourenço de Medici.

Durante sua passagem pela oficina de Verrocchio, Leonardo da Vinci aprendeu muito do que aplicou em seus trabalhos no decorrer de sua vida, como as técnicas da fundição, a preparação de quadros e esculturas a partir de modelos nus e vestes drapeadas.

Também praticou desenhos de animais e plantas, além de uma base efetiva no uso das cores. Aos 20 anos, já era considerado um artista mestre pela Associação de Saint Luke e passou a integrar a Corporação dos Pintores de Florença.

Leonardo da Vinci era uma criatura curiosa, foi uns dos primeiros artistas a explorar as formas do corpo humano e o desenvolvimento dos seres no útero.

Igualmente tinha interesse pela natureza, observou, admirou e estudou os pássaros e insetos, as plantas, a natureza e suas as formas, cores e sons para ganhar conhecimento e também gerar suporte para suas criações.

Canhoto, Leonardo da Vinci habilitou-se a escrever da direita para a esquerda de modo que suas anotações só poderiam ser lidas se refletidas no espelho.

Inventou a técnica que os italianos chamaram de “sfumato”, que baseia-se na mistura de formas por meio de contornos embaraçados e cores suaves.

Multifacetado

Leonardo da Vinci era um homem que pensava e elaborava a frente do seu tempo. Além de pintor, também era cientista e inventor. Para ele, um bom artista deveria ser também um bom cientista para entender melhor as condições da natureza.

Como inventor, elaborou projetos de mecânica, música, cosmologia, geologia e hidráulica. Produziu diversos estudos nas áreas de anatomia humana, matemática, engenharia, arquitetura, dentre outras.

Tinha certo fascínio pela anatomia e passava horas em hospitais para entender o corpo humano. Realizou inúmeros desenhos para ilustrar suas concepções de fetos no útero, do coração e sistema vascular, órgãos sexuais e outras estruturas ósseas e musculares.

Renascença

Por volta de 1960, incontáveis páginas foram encontradas contendo rascunhos, planos, desenhos, pensamentos, desenhos e reflexões. Leonardo da Vinci anotava tudo em seus cadernos, algumas delas até em forma de códigos.

A maior parte de seus projetos eram explicações teóricas, e apesar de não dispor de experimentos, se tornaram significativas para as ciências. Ele registrou em uma de suas anotações os espelhos côncavos que refletiam raios de luz a partir de diversos ângulos. Isso contribuiu para a realização de estudos físicos.

Leonardo da Vinci foi considerado um dos principais nomes da Renascença. Assim como outros mestres do movimento humanismo renascentista, Da Vinci não acreditava haver uma divisão entre arte e ciência, desta forma, aplicava suas habilidades mesclando as duas especialidades.

Um dos famosos desenhos encontrados nos cadernos de Leonardo da Vinci e que faz parte do período do Renascimento é “O homem Vitruviano”, datado de 1490. Descrita pelo próprio arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio, a obra representa um modelo perfeito para o ser humano, cujas proporções seguem o ideal de beleza clássica.

“O homem de Vitruviano” (1490), de Leonardo da Vinci (Foto: Pixabay)

Leonardo da Vinci também tentou desenvolver a primeira máquina voadora para os homens a partir de suas análises do funcionamento dos moinhos e dos voos das aves. Umas das suas últimas invenções em vida foi um leão mecânico que podia andar e ao abrir seu peito, trazia um ramalhete de lírios. 

Principais obras de Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci possui diversas obras, na pintura destacou-se pelo uso da técnica do sfumato (sombreamento). Por não ter assinado todas as suas obras, alguns de seus trabalhos não foram encontrados até hoje.

Da Vinci ganhou fama por deixar muitas obras inacabadas. Entre suas pinturas mais famosa estão “Mona Lisa” e “A Última Ceia”.

“Mona Lisa” (1503), de Leonardo da Vinci (Foto: Wikipedia)

Originalmente “La Gioconda" (em italiano), popularmente conhecida por “Mona Lisa”, foi criada entre 1503 a 1505 e é um dos quadros mais famosos e consagrados do mundo. É uma pintura a óleo sobre madeira que retrata uma mulher posando formalmente com expressão serena. Atualmente encontra-se exposto no Museu do Louvre, em Paris, e está avaliada em muitos milhões, sendo a obra de arte mais cara do mundo.

Obra” A Última Ceia” (1495), de Leonardo da Vinci (Foto: Pixabay)

“A Última Ceia” foi uma das suas primeiras obras famosas, também é chamada de “Santa Ceia”. O afresco feito na parede da Igreja e Convento Santa Maria Delle Grazie, em Milão, data de 1495 e representa Jesus Cristo e seus apóstolos compartilhando a última refeição antes de ser crucificado. Medindo 4,6 metros x 8,8 metros, a obra foi pintada sobre parede seca, não umedecida como tradicionalmente é feita, o que causou uma deterioração mais rápida e a necessidade de restauração por diversas vezes.

Obra “São João Batista” (1513), de Leonardo da Vinci (Foto: Wikipedia)

A tela São João Batista é citada como possível última obra realizada pelo artista por volta de 1513, últimos anos da renascença e no início do maneirismo. Nessa pintura de óleo sobre madeira, Da Vinci muda a figura de homem magro e bravo dada a São João Batista. A representação do dedo apontado para o céu, refere-se na obra sobre a importância do batismo para salvação da alma.

Outras obras do artista

  • “A Anunciação” (1472);
  • “Retrato de Ginevra de’ Benci” (1474);
  • “A Virgem das Rochas” (1485);
  • “Dama com Arminho” (1490);
  • “Lá Belle Ferronière” (1490);
  • “Salvator Mundi” (1500);
  • “A Virgem e o Menino com Santa Ana” (1510).

Morte

Leonardo da Vinci realizou seus últimos trabalhos e passou os últimos anos de sua vida na França, consequência de um convite recebido do rei francês Francisco I, logo após o artista construir uma residência para o govenador Carlos d’Ambroise durante a ocupação da Itália pelos franceses.

Aos 67 anos, Da Vinci morreu dia 2 de maio de 1519 em Aboise, França. Todos seus manuscritos foram reunidos no que se tornou o Tratado sobre a pintura. Como não possuía herdeiro, seu assistente Francesco Melzi ficou com grande parte de sua herança. É reconhecido como um dos maiores artistas do Renascimento.

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Leonardo Da Vinci fez por merecer o título de mais versátil artista de que se tem notícia. Pintor, desenhista, escultor, arquiteto, astrônomo, além de engenheiro de guerra e engenheiro hidráulico entre outros ofícios, cuja mente será sempre objeto de admiração. Juntamente com Rafael e Michelangelo deram base ao Renascimento. Nascido no vilarejo de Vinci, na região de Florença, Itália, em 15 de abril de 1452, era filho ilegítimo de Ser Piero um proprietário rural e Catarine uma camponesa. Numa referência a cidade natal, adotou o sobrenome Da Vinci.

Onde leonardo da vinci estudou

Autorretrato de Leonardo Da Vinci (aproximadamente em 1512).

Desde criança suas habilidades artísticas já eram notadas pelo pai que reuniu alguns de seus trabalhos e encaminhou a oficina de Andrea del Verrocchio (1435-1488), figura de grande importância no âmbito das artes e oficio da região. Leonardo com 14 anos de idade foi aceito na oficina de Verrocchio, passando a ser seu aprendiz. Logo, aos 20 anos, passou a compor a Corporação dos Pintores de Florença, nessa época já era admirado e aceito por outros artistas e intelectuais. Morou em Milão, Veneza e Roma até ser convidado em 1516 pelo soberano francês Francisco I, para morar no Castelo de Clous na França. Aos 67 anos, já abatido e com a mão direita paralisada, morreu em 02 de maio de 1519. Antes de morrer Da Vinci que era canhoto, deixou vários manuscritos que mais tarde seriam reunidos no Tratado sobre a pintura.

Na oficina de Verrocchio, Leonardo teve o aprendizado que levaria para todo vida. Aprendeu as técnicas da fundição e seus segredos; a partir de modelos nus e vestes drapeadas, aprendeu a preparar quadros e esculturas; aprendeu a desenhar animais e plantas, bem como, teve uma base sólida no aprendizado na perspectiva e no uso das cores.

Da Vinci foi um artista cuja genialidade despertou a curiosidade por quase tudo na natureza. Foi um dos primeiros a sondar os segredos do corpo humano e o desenvolvimento dos fetos no útero, dissecando cadáveres. Observou o voo dos pássaros e insetos, o crescimento das plantas, as formas, sons e cores da natureza, que por sua vez, dariam base a sua arte. Além disso, dedicou-se a escrever da direita para esquerda de maneira que suas anotações só poderiam ser lidas refletidas no espelho e foi o inventor de uma técnica que os italianos chamaram de “sfumato”, que consistia em fazer com que uma forma se misturasse a outra por meio de contornos embaçados e cores suaves. Leonardo Da Vinci recusava-se a entregar uma encomenda de um quadro enquanto não tivesse satisfeito com ela.

Como inventor criou centenas de projetos de hidráulica, cosmologia, geologia, mecânica, música e audaciosos projetos de engenharia. Na década de 1960 em Madri, descobriu-se mais de 700 páginas de desenhos sobre aviação, arquitetura e engenharia mecânica, datadas entre 1491 e 1495. Muito embora a maioria de seus projetos nunca tenha saído do papel é inegável sua contribuição para as ciências.

Entre suas obras mais famosas estão Mona Lisa ou Gioconda (1503-1505) na qual fez uso da técnica do esfumado que havia criado, encontra-se atualmente no Museu do Louvre em Paris; e A última ceia (1495-1497), um mural representando Cristo e seus apóstolos encomendado pela Igreja de Santa Maria dele Grazie, em Milão. O fato de não ter assinado suas obras, faz com que muitos de seus trabalhos ainda estejam perdidos, além disso, ganhou fama por deixar grande parte de suas obras inacabadas. O Papa Leão X ao se referir a essa característica proferiu: “Da Vinci gosta mais do caminho que da chegada, mais do processo que do resultado.”

Referências: Pinacoteca Caras. São Paulo: Editora Abril, 1998, nº 01.

GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.