O que tem transformado o mundo num play center

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Playcenter foi um parque de diversão brasileiro, localizado na cidade de São Paulo. Inaugurado em 27 de julho de 1973, foi o primeiro grande parque de São Paulo fundado com base nos parques das grandes cidades dos Estados Unidos e da Europa. Localizava-se em uma área de 85 mil m²; o parque recebia em torno de 1,6 milhão de pessoas anualmente. O Playcenter encerrou suas atividades no dia 29 de julho de 2012 para uma reforma no parque.[1][2][3][4]

O que tem transformado o mundo num play center
Playcenter Localização São Paulo, SP
 Brasil Slogan Sempre Jovem, Sempre Playcenter Proprietário Marcelo Gutglas Aberto em 27 de julho de 1973 Fechado em 29 de julho de 2012 Funcionamento Desativado Área 85.000 m² (120.000 m² originalmente) Atrações 44 Website www.playcenter.com.br

O parque funcionava durante os meses de baixa temporada (janeiro a junho) de quinta a domingo, sendo quintas e sextas aberto exclusivamente para escolas e excursões. Durante a alta temporada (julho a dezembro) o parque funcionava de terça a domingo.

Com a construção do Hopi Hari (encomendada pelos próprios donos do Playcenter),[5] o parque teve alguns de seus recordes batidos das atrações: Turbo Drop, Boomerang, Evolution, Waimea, Looping Star entre outros.

 

Waymea, uma das atrações do parque

Playcenter era o nome de um tobogã pertencente ao empresário Ricardo Amaral que estava instalado em frente ao Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, no início da década de 1970. Posteriormente, o empresário boliviano Marcelo Gutglas, que dividia o local com uma montanha russa metálica (a primeira no Brasil) importada da Itália chamada Ciclone,[6] comprou o tobogã e a marca Playcenter de Amaral e alugou um terreno na região da Barra Funda, onde seria fundado o parque.[7]

As portas do Playcenter, um dos primeiros parques de diversões do Brasil, foram abertas em São Paulo, em 27 de julho de 1973. O parque, inicialmente com 50 mil m² de área, tinha 20 atrações, entre brinquedos giratórios, teleférico, splash e a Super Jet, a primeira montanha-russa de aço do país. O empreendimento pioneiro logo se tornou cartão postal da cidade. Além dos brinquedos, fizeram sucesso também apresentações como o Orca Show, uma apresentação de acrobacias de golfinhos e baleias em um tanque (1985 a 1986). As Nandu (macho) e Samoa (fêmea) ficaram conhecidas por serem as primeiras orcas utilizadas em shows no Brasil. Elas foram capturadas na Islândia e possivelmente eram irmãs. No parque também havia o Show dos Ursos, em que "ursos" animatrônicos cantavam e dançavam. Em 1988, foi realizada a primeira edição das Noites do Terror, que se transformaria no evento mais rentável do parque a partir da década de 1990.[8]

O parque foi criado por Marcelo Gutglas, inspirado nos grandes parques de diversões da Europa e dos Estados Unidos da década de 70. Com o passar dos anos, foram incorporadas à lista de atrações montanhas russas mais modernas.[9]

Em 1997, a GP Participações, que detinha 50% das ações do empreendimento, assumiu o controle da empresa. Apesar da aposta, o setor de parques de diversões como um todo decepcionou investidores nos anos seguintes, principalmente por conta da forte desvalorização do Real em 1999, e o Playcenter estava no meio da crise. Em dezembro de 2001, o parque tinha uma dívida de 145,3 milhões de reais.[10]

A controladora decidiu, em 2002, vender o empreendimento, e Gutglas, que estava afastado desde 1997, retomou a direção com o objetivo de revitalizar o parque, que não recebia investimentos desde 1998. Sua estratégia envolveu contenção de gastos, ampliação de eventos e mudança de foco do público dos adolescentes para a família, além da compra de novos brinquedos.[11] Entre os cortes de custos, estava uma parte do terreno que em 2004 foi devolvido ao antigo dono para saldar dívidas com aluguéis. Com isso, o Playcenter, que em seu auge chegou a ter uma área de 120.000 m², passou a ter 85.000 m².[12][13]

Em 19 de março de 2012 foi noticiado[14] que o parque teria suas atividades encerradas a partir do dia 29 de julho[15] do mesmo ano. Em julho de 2013, após uma reforma e adoção de modelo inédito no Brasil, baseado em parques como a Legolândia, o Grupo Playcenter inauguraria um novo empreendimento, afirmando que o novo parque seria voltado ao público infantil, com atrações temáticas, educacionais e interatividade. A quantidade de pessoas por dia seria limitada de 12 para 4,5 mil pessoas por dia. Segundo o grupo, uma pesquisa[16] feita em São Paulo apontou uma carência de espaços onde os pais possam brincar com seus filhos, que originou o novo conceito para o parque.[17][18] Porém, a reforma prometida não aconteceu. Hoje a maior parte do terreno que abrigou o Playcenter está ocupado por empresas, estacionamentos, prédios comerciais e um prédio residencial.[19][20][21]

O novo conceito do parque voltado para crianças e familiares foi criado em um espaço bem menor que o terreno do antigo Playcenter, transformando a unidade do Playland do Shopping Aricanduva em São Paulo no parque Playcenter Family, inaugurado em janeiro de 2018.[22][23]

  1. «Nostalgia e adrenalina marcam ultimo dia do playcenter». UOL. 29 de julho de 2012 
  2. «Ultimo dia do Playcenter tem filas e movimento acima da media». G1. 29 de julho de 2012 
  3. «Playcenter fecha neste domingo após 39 anos e 60 milhões de visitas». Estadão. 28 de julho de 2012 
  4. «Choro e filas marcam ultimo dia de funcionamento do Playcenter». Folha de S. Paulo 
  5. Maradei, Anelisa (2013). O Caso Playcenter (PDF). São Bernardo do Campo, SP: Universidade Metodista de São Paulo. p. 25, 34 
  6. «Playcenter marcou gerações por 39 anos, deu lugar a conjunto de prédios e pode reabrir no interior» 
  7. Maradei, Anelisa (2013). O Caso Playcenter (PDF). São Bernardo do Campo, SP: Universidade Metodista de São Paulo. p. 23 
  8. «História do Playcenter» 
  9. Maradei, Anelisa (2013). O Caso Playcenter (PDF). São Bernardo do Campo, SP: Universidade Metodista de São Paulo. p. 26, 27 
  10. Maradei, Anelisa (2013). O Caso Playcenter (PDF). São Bernardo do Campo, SP: Universidade Metodista de São Paulo 
  11. Maradei, Anelisa (2013). O Caso Playcenter (PDF). São Bernardo do Campo, SP: Universidade Metodista de São Paulo. p. 28 
  12. «História do Playcenter» 
  13. «Crise faz Playcenter atrasar aluguel e devolver terreno para evitar despejo». Folha de S. Paulo. 3 de março de 2004 
  14. «Playcenter anuncia fim, e mercado já disputa terreno». O Estado de S. Paulo. Consultado em 23 de agosto de 2019 
  15. «Último domingo no Parque». Folha de S. Paulo. 30 de julho de 2012. Consultado em 23 de agosto de 2019 
  16. Maradei, Anelisa (2013). O Caso Playcenter (PDF). São Bernardo do Campo, SP: Universidade Metodista de São Paulo. p. 205 
  17. «Playcenter irá encerrar atividades em julho em SP». G1. 19 de março de 2012 
  18. «SP: parque Playcenter fechará as portas em julho». Terra Networks. 19 de março de 2012  [ligação inativa]
  19. «Playcenter marcou gerações por 39 anos, deu lugar a conjunto de prédios e pode reabrir no interior». G1. Consultado em 30 de agosto de 2019 
  20. «Playcenter irá reabrir em terreno do Shopping Aricanduva». Diário do Comércio 
  21. «Parte do terreno do antigo Playcenter abrigará o "Brasília Square Offices"». InfraFM 
  22. «Playcenter: Só sobrou o nome». Diário do Grande ABC. 8 de fevereiro de 2018 
  23. «Playcenter inaugura seu parque de diversões indoor em São Paulo». Diário do Turismo. 20 de janeiro de 2018 

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  • Entrevista com Marcelo Gutglas (fundador do Playcenter) realizada em 01 de fevereiro de 2021
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