Explique porque os estados unidos são o país que melhor representa a agricultura mecanizada

Existem substanciais diferenças nas formas pelas quais a agricultura é desenvolvida no mundo, especialmente em relação aos incentivos governamentais ofertados pelos países mais desenvolvidos, e que acabam impactando a inclusão dos demais países nas negociações internacionais. Esses incentivos são motivos para muitas discussões entre aqueles que os defendem sob o argumento do desenvolvimento, e aqueles que consideram injustas essas políticas, pois limitam a ascensão dos países menos desenvolvidos economicamente.

Como é a agricultura dos países subdesenvolvidos?

São algumas das principais características da agricultura nos países com menor desenvolvimento econômico: subsistência (plantio para sobrevivência), uso de técnicas rudimentares (enxadas, arados), agricultura itinerante (queimadas, abusivo uso do solo, esgotamento), pecuária transumante (países montanhosos, rebanho criado nas planícies no inverno. No verão, os rebanhos sobem às montanhas), sistema de plantations (monocultura de exportação), monoculturas (apenas um plantio na propriedade), latifúndios (grandes extensões de terras usadas para monoculturas), exploração da mão-de-obra, vínculo com agroindústrias e ainda investimentos estrangeiros.

Como é a agricultura dos Estados Unidos?

A agricultura nos Estados Unidos é uma das prioridades do governo, recebendo vários incentivos que ajudam na manutenção de seu desenvolvimento. São alguns dos principais aspectos desta o fato de que os Estados Unidos são o maior produtor de alimentos do mundo (excedentes), existe um sistema de prioridade para o abastecimento interno e não para as exportações, a produção é feita em zoneamento, aproveitando as particularidades climáticas (cinturões produtivos), é empregada uma elevada mecanização na produção, são destaques também os sistemas de transportes intermodais (ligação entre rodovias, ferrovias, hidrovias, etc.), ainda, há a regulação do mercado agrícola pela demanda, bem como uma alta competitividade devido aos investimentos em transportes, armazenamento e subsídios. O protecionismo agrícola dos Estados é feito através do programa “Farm Bill”.

Como é a agricultura da Europa?

A Europa tem como base de sua economia agrícola a contínua inovação dos processos, com um elevado desenvolvimento técnico e uma intensa mecanização de seus processos. Com isso, a Europa tem uma agricultura produtiva, sendo que a maior parte de sua produção é consumida internamente. Existe uma grande variedade produtiva, de acordo com os climas do continente. A especialização regional é valorizada pelo sistema de redes comerciais que há entre elas. A agricultura europeia recebe incentivos – subsídios – da União Europeia por meio da Política Agrícola Comum (PAC).

Políticas agrícolas: Protecionismo na agricultura.

São medidas que visam proteger os setores mais vulneráveis da economia de um país. Estas medidas aumentam a competividade, criam dificuldades aos países em desenvolvimento em competirem. São também chamados de “subvenção”. Como subsídios entendem-se as ajudas monetárias que os produtores agrícolas recebem do Estado com o objetivo de reduzir o preço final dos produtos, permitindo maior competitividade no mercado internacional. São geralmente juros mais baixos do que o do mercado, barreiras fiscais e sanitárias para os produtos similares importados, redução de impostos, financiamentos para compra de adubos, de defensivos agrícolas, maquinários etc.

As principais medidas protecionistas são:

  • Subsídios: crédito, seguros, benefícios.
  • Barreiras alfandegárias: tornar o produto externo mais caro do que o interno, inviabilizando as importações.
  • Barreiras Sanitárias e Fitossanitárias: visam proteger a saúde humana, animal e a sanidade vegetal por meio de normas, procedimentos e controles aplicáveis ao comércio internacional de produtos agrícolas, de forma a assegurar a inocuidade e a qualidade dos alimentos.

Organização Mundial do Comércio – OMC.

A OMC foi criada em 1995 e tem como metas: fixar as regras do comércio mundial para ampliá-lo e atender aos governos que se sentem prejudicados nas transações internacionais. Desde pelo menos o ano de 2001, quando ocorreu a Rodada de Doha no Catar, dois assuntos principais estão sendo discutidos, ainda sem uma solução prática: subsídios agrícolas e barreiras alfandegárias, as quais estão no âmbito das chamadas políticas protecionistas.

Referências

MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2011.

VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição: ensino médio. São Paulo: Ática, 2011.

Luana Caroline Kunast Polon (Mestre em Geografia).

Publicado por: Luana Caroline Kunast Polon

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A agricultura dos Estados Unidos é inovadora. O país é o maior produtor e exportador de alimentos processados e in natura do mundo, e o seu setor agropecuário se destaca pela ampla mecanização e industrialização, com grandes áreas de solos férteis e clima subtropical e temperado.

O relevo predominantemente plano também facilita a rede de transporte, principalmente por ferrovias, o que garante uma distribuição rápida de tudo o que é produzido. E até áreas de clima seco ou baixo índice pluviométrico são utilizadas com sistemas eficientes de irrigação.

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Muitos centros de pesquisa trabalham para desenvolver novas técnicas de produção, estocagem e melhorias de mudas e sementes, o que faz dos Estados Unidos um líder em tecnologia agroindustrial. A produção agropecuária norte-americana é organizada nos chamados cinturões (belts), que são grandes áreas em que fatores geográficos e sociais, como a colonização, fazem com que determinados produtos sejam preferidos.

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Os belts não são espaços exclusivos de monocultura, mas favorecem determinados produtos e se distribuem em três regiões: nordeste, central e oeste.

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Fazenda na Pensilvânia, nos Estados Unidos. (Fonte: Pixabay)

Nordeste

Os Green Belts se referem às propriedades de hortifrutigranjeiras (hortas, granjas e pomares) localizadas no nordeste estadunidense, que abriga mais de 100 milhões de pessoas. No geral, são pequenas propriedades rurais no entorno de áreas urbanas, região na qual está também a maior concentração de gado leiteiro e indústria de laticínios do mundo, no Dairy Belt (cinturão dos laticínios).

Região central

Na região central, entre os Apalaches e as Montanhas Rochosas, estão grandes propriedades monocultoras, entre as quais se destacam três principais cinturões: Wheat Belt (cinturão do trigo), Corn Belt (cinturão do milho) e Cotton Belt (cinturão do algodão).

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Nesses belts centrais, a produção é intensiva e comandada pela agroindústria, com o uso de insumos agrícolas industrializados, como rações e sementes geneticamente modificadas, adubos e fertilizantes.

Região oeste

Já no oeste, existem dois cinturões principais: Ranching Belt (cinturão de fazendas) e Dry-farming. O primeiro tem a maior concentração de propriedades rurais no país, dedicadas principalmente à pecuária bovina e ovina (ovelhas, carneiros, cordeiros). Os Estados Unidos têm o quarto maior rebanho bovino do mundo, atrás de Índia, China e Brasil.

Já o Dry-farming se refere a fazendas típicas do sul da Califórnia, onde o clima e as técnicas de cultivo favorecem uma fruticultura de ótima qualidade. Na região, predomina a plantação de laranjas, uvas vinícolas (especialmente no Vale da Califórnia) e morangos. São produzidos, ainda, legumes, verduras e gado leiteiro.

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Além do forte investimento em pesquisa e industrialização, a agropecuária dos Estados Unidos se beneficia desde o início do século XX do forte subsídio estatal. Fonte de críticas externas e internas de defensores do liberalismo, os investimentos têm garantido a forte expansão da indústria agrícola do país e os preços altamente competitivos no mercado externo.

O emprego de subsídios para os agricultores garante proteção à flutuabilidade da economia, por exemplo; portanto, não foram apenas os aspectos naturais e geográficos que transformaram os Estados Unidos na grande potência que são, mas principalmente a industrialização e o investimento em tecnologia.

Fonte: UOL Educação, Mundo Educação e Geografia Opinativa.

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O que são os belts americanos?

A agricultura dos Estados Unidos, uma das mais modernas e produtivas do mundo tanto em área quanto em volume de produção, organiza-se em grandes faixas, zonas ou cinturões agrícolas denominados belts, formados conforme as particularidades históricas de povoamento, as condições climáticas e os tipos de solos.

Os belts são especializados no cultivo de determinados produtos, como trigo, milho, algodão, frutas, culturas tropicais. Merecem ainda destaque as produções de soja, tabaco, laranja e gado bovino.

É importante ressaltar que esses cinturões não constituem áreas monocultoras, pois, além do cultivo principal, existem também cultivos secundários.

De modo geral, podemos apontar três grandes zoneamentos agrícolas: os Green belts do Nordeste, o Central belt e o Oeste.

Os Green belts do Nordeste

A região abriga uma grande população, calculada em mais de 100 milhões de pessoas. Para atender a toda essa população, a agricultura é responsável por produzir hortifrutigranjeiros (hortas, granjas e pomares) nos Green belts ("cinturões verdes"), compostos de pequenas propriedades localizadas no entorno das áreas urbanas.

Saliente-se que os Green belts não se limitam à região Nordeste, mas também são encontrados no entorno de outras grandes cidades norte-americanas, principalmente as localizadas na costa oeste, como São Francisco e Los Angeles.

Na região Nordeste, também se destaca um espaço agrícola regional que recebe o nome de Dairy belt ("cinturão de leiterias"), onde ocorre a criação intensiva de gado leiteiro, sendo considerada a maior indústria de laticínios do mundo.

Central belt

Corresponde à Planície Central, localizada entre os Apalaches e as Montanhas Rochosas.

Essa região é ocupada por enormes propriedades monocultoras, que se agrupam em três principais cinturões:

1. Wheat belt, especializado no cultivo do trigo, que ocorre ao norte, plantando-se na primavera e colhendo-se antes das nevascas, e mais ao sul, onde é plantado no inverno;

2. Corn belt, especializado no cultivo do milho; e

3. Cotton belt, especializado no cultivo do algodão, ocorrendo tradicionalmente no sul, por ser uma região mais quente; mas, nos últimos anos, sua produção tem-se elevado muito na Califórnia.

Vale ressaltar que mais da metade da produção de cada um desses produtos (trigo, milho e algodão) se concentra em apenas cinco estados.

A produção desses belts é intensiva, comandada pela agroindústria. Assim, comumente são utilizados, em grandes proporções, insumos agrícolas industrializados, como rações, sementes geneticamente modificadas, fertilizantes, inseticidas, entre outros.

Uma grande parcela da produção é direcionada para as múltiplas e diferentes indústrias que beneficiam e transformam os produtos agropecuários em mercadorias a serem utilizadas pelos consumidores.

Esse comando do setor industrial sobre o setor agropecuário, característico da agroindústria, alcançou nessa ampla região um alto nível de desenvolvimento, o que assegura aos Estados Unidos alguns dos maiores índices de produtividade agrícola do mundo.

Nas últimas décadas, os belts têm apresentado uma diversificação de sua produção agrícola. No Cotton belt, atualmente há, ao lado da cultura do algodão, a pecuária, a avicultura e cereais diversos. No Corn belt, o milho está cada vez mais associado à beterraba e também à soja. Já no Wheat belt, região em que somente se plantava o trigo de inverno, foram introduzidas culturas de milho e sorgo.

Oeste

Nessa região há dois sistemas muito distintos:

1. Ranching belt - Nesse cinturão estão as maiores propriedades rurais do país, dedicadas principalmente à pecuária bovina de corte e ovina (ovelhas, carneiros, cordeiros). Localizam-se nos planaltos de Colúmbia e Colorado, áreas de clima predominantemente árido e semi-árido (com invernos frios e verões amenos).

A produção nas propriedades é, em geral, extensiva e de baixa produtividade. Porém, já são comuns propriedades com produções intensivas de gado de corte. Vale ressaltar que os Estados Unidos possuem o quarto maior rebanho bovino do mundo, com cerca de 100 milhões de animais, superado apenas por Índia, Brasil e China.

2. Dry-farming - São fazendas típicas do sul da Califórnia, área bastante árida, onde se desenvolve uma fruticultura de excepcional qualidade, devido a uma técnica de arar criada no século 19 e empregada até hoje: grandes e poderosos tratores, que revolvem a terra profundamente, trazem para a superfície os solos mais úmidos e férteis.

Esse sistema possibilita a produção de laranjas, uvas vinícolas (especialmente no Vale da Califórnia) e morangos. São produzidos ainda legumes e verduras; e cria-se gado leiteiro.