Para que é usado para perguntar o objetivo, a finalidade. Exemplos:
Por que é usado para perguntar a causa, a razão:
Neste último exemplo, se perguntasses para que é que o menino está chorando? estarias a insinuar que o menino estava a chorar de propósito, forçadamente, com o algum objetivo em mente, para conseguir alguma coisa de alguém. Agora há situações em que não faz grande diferença perguntar o objetivo ou a razaão. Por exemplo, imagina que vamos fazer um viajem de carro, e eu proponho começarmos logo às seis da manhã:
Repara que no primeiro caso se pergunta o objetivo; no segundo, a razão; mas a informação que passa é a mesma. Porque o objetivo fornece a razão: se eu tenho o objetivo de chegar lá antes do almoço, querer atingir esse objetivo é uma boa razão para sair cedo. De tal maneira que é frequente uma pessoa perguntar a razão (por que) e a outra responder com o objetivo (para que):
Nos teu exemplos, podes fazer qualquer das duas perguntas, e o efeito prático é o mesmo, apesar de num caso perguntares o objetivo, no outro, a razão:
O efeito prático é o mesmo porque se tiveres um objetivo, quereres atingir esse objetivo é uma boa razão. Além do mais, a pergunta é retórica, isto é, se a pessoa fala em “perder tempo”, é porque não acredita que exista uma razão ou objetivo válidos. Também podes perguntar por que perco tempo planejando o futuro? A diferença é que neste estás falando de ti mesmo. Nos outros exemplos, por/para que perder... podes estar a falar de ti mesmo ou de outras pessoas quaisquer. Notas:
A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto. Entretanto, compreender o uso de cada um desses “porquês” pode ser libertador, assim não será necessário recorrer à internet na hora da escrita, sobretudo quando você não pode fazer uma consulta rápida, aquela só para tirar a dúvida mesmo, como na hora de escrever a redação para o Enem, já pensou? Ou ainda, ser pego de surpresa na hora de compreender uma questão na prova de Linguagens desse exame. Leia a seguir como cada um desses porquês se comporta no texto e onde eles devem ser usados adequadamente. A melhor forma de aprender esse conceito é compreender o comportamento das classes de palavras em Língua portuguesa e a função das palavras em uma oração, isso já estrutura muito bem o uso dos porquês e suas derivações, e apesar de parecer o caminho mais longo é certamente o mais efetivo. Segue Exemplos de Porquês:1- Por quê: separado com acentoTrata-se da junção entre uma preposição (classe de palavras que tem a função de ligar um termo ao outro) com um pronome interrogativo (quê). É usado apenas em final de oração, pois o “quê” vira tônico antes de ponto de interrogação (lembre-se que na fala é necessário uma entoação na voz para fazer perguntas). Pode ser trocado, sem nenhum prejuízo por “por qual motivo” e “por qual razão”. Exemplo: Se os preparativos estão prontos, a Ana está nervosa por quê? 2- Porquê: junto e com acentoÉ um substantivo e deve vir acompanhado por um artigo “o/os”. O “porquê” junto e acentuado é sinônimo da palavra motivo e razão (nesse caso sem a preposição “por”). Exemplo: Nunca me disse o porquê de ter abandonado o emprego. 3- Por que: separado e sem acentoNesse caso, é semelhante ao “por quê” separado com acento. Forma-se a partir de uma preposição (por) mais um pronome interrogativo ou relativo (que) e pode ser usado tanto em frases interrogativas quanto nas orações afirmativas. Desse modo, aqui também pode ser trocado pela palavra “motivo” ou razão” e serve para perguntas diretas e frases terminadas com ponto final. Exemplos: Por que você chegou atrasado? (Por qual razão você chegou atrasado?). Ana sabe por que eu cheguei atrasado. (Ana sabe por qual motivo eu cheguei atrasado.). 4- Porque: junto e sem acentoÉ uma conjunção explicativa, assim, para não ter erro, você pode substituir por outra conjunção explicativa como “pois”, “já que”, “porquanto”, se não houver prejuízo no sentido, o uso está correto. Ele serve para indicar causa, explicação ou justificativa. Exemplos: Não consegui jogar bola porque estava doente. (Não consegui jogar, pois estava doente.). Cheguei muito cedo porque o relógio estava adiantado. (Cheguei muito cedo, pois o relógio estava adiantado.). Agora que você já sabe as diferenças, fica fácil entender o humor na tirinha criada pelo ilustrador catarinense Alexandre Beck: Acesse o portal InfoEnem e tenha acesso aos melhores conteúdos e informações sobre o Enem 2020!
Há uma série de palavras na Língua Portuguesa que causam confusão na hora da escrita. Uma delas é o porquê e suas derivações. Para não se confundir ao escrever a Redação ou ao responder as questões de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias do Enem, entenda agora as diferentes funções dessas palavras.
Para ilustrar melhor, fizemos até um vídeo explicando cada caso: Agora, para fixar melhor o uso correto dessas palavras, veja a charge abaixo criada pelo ilustrador catarinense Alexandre Beck. Analise e relacione cada frase com sua respectiva explicação dada acima. Imagem: Reprodução / Mundo TextoFicou mais claro? Veja que as primeiras frases são, respectivamente, uma pergunta (por que) e uma resposta (porque). Em seguida, a personagem realiza outra pergunta, só que dessa vez, com o por quê no final da frase, o que faz com a palavra receba acento circunflexo. Por último, porquê é utilizado como substantivo; observe que poderia ser substituído, sem perda de sentido, por: “O motivo eu não sei!”. Agora você que você já conhece as diferenças de uso dos “porquês” basta ficar atento a questões que abordam o assunto para não perder pontos preciosos. |