Resumo do livro por que almocei meu pai

Por que Almocei meu Pai é um romance do gênero de ficção científica de 1960 escrito pelo jornalista inglês Roy Lewis, que conta a história de um grupo de homens das cavernas da África central no final do Pleistoceno e suas lutas para sobreviver e evoluir. Mas tudo é exposto de uma maneira bem-humorada, muitas vezes fazendo-se uso de anacronismos para brincar sobre tópicos atuais que o leitor vê transportados para a África pré-histórica.[1]

Resumo do livro por que almocei meu pai
Por que Almocei meu Pai Autor(es) Roy Lewis Idioma Inglês britânico País  Inglaterra Gênero Romance Editora
Resumo do livro por que almocei meu pai
Cia das Letras Lançamento 1960 Páginas 155 ISBN 857164327

"Nunca acreditei na versão do Gênesis - Adão, Eva e a maçã -, e então decidi reescrever a evolução a meu modo. Acho que não fiquei muito longe da verdade. Tudo está escorado sobre sólidas bases científicas".

Roy Lewis, sobre o livro.

A 1a edição foi lançada em 1960. Em seu idioma original, o inglês, o livro foi publicado com vários títulos: The Evolution Man, Once Upon an Ice Age e What We Did to Father. Atualmente, ganhou status de cult após tornar-se um best-seller na Itália, onde vendeu mais de 150 000 exemplares.[2]

Em 2015, o livro foi ligeiramente adaptado ao cinema sob o título Animal Kingdom: Let's Go Ape.[3]

  1. resenhando.com/ Resenha de "Por que Almocei Meu Pai", Roy Lewis
  2. cremesp.org.br/ Dicas de leitura da Redação - "Por que Almocei meu Pai"
  3. «'Evolution Man' ('Comment j'ai pas mange mon pere'): Film Review». The Hollywood Reporter. 10 April 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)

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Lais Gomes Borges PORQUE ALMOÇEI MEU PAI Roy Lewis Mato Grosso do Sul 2014 Por que ­almocei meu pai é um romance do autor Roy Lewis, jornalista e sociólogo, publicado na década de 1960, no auge dos principais acontecimentos científicos e tecnológicos, como por exemplo, o primeiro computador lançado pela empresa IBM e o primeiro satélite meteorológico lançado no espaço pelos EUA. Estas são algumas características que aparecem com forte influência no personagem central da obra, que procura por todos os meios o desenvolvimento, o avanço tecnológico e social. Na história o autor sugere a ruptura da versão bíblica de gênesis, construindo o princípio de uma perspectiva evolucionista, embasada em sólidas referências científicas. Lewis propõe uma abordagem por meio de uma linguagem anacrônica e bem humorada acerca da transição do Pleistoceno médio para o Pleistoceno superior, a respeito de uma horda que transita pela África, nas mediações da atual Uganda, na idade da pedra lascada. Relata uma sequência de fatos que desvenda cada momento do processo evolutivo que os farão ser os primeiros a chegar ao Neolítico, sendo parte de uma nova espécie. O narrador-personagem é o filho Ernest, que descreve e participa da sequência de fatos que culmina no processo evolutivo. O personagem principal, pai e líder da horda, Edward, sequioso pelo avanço tecnológico, acreditava que; “A natureza não está ao lado dos grandes batalhões. A natureza prefere apoiar as espécies tecnologicamente superiores” (p.25.) Consciente do estado evolutivo, é o idealizador e provocador dos avanços, influenciando assim o pensamento de toda a horda que passa a viver incessantemente a busca por esse estado de superioridade.

O romance tem como ponto essencial a busca e domínio do fogo que se tornará primordial para a sobrevivência na selva, numa transição em que o homem-macaco almeja aprimorar suas ferramentas e fazer novas descobertas, alterando os modos de


Resumo do livro por que almocei meu pai

Porque almocei meu pai é um livro de caráter cômico e tem como alicerce a teoria do homem-macaco, contradizendo a antiga história bíblica. Baseia-se na busca incessante pela evolução da espécie, onde os personagens têm plena consciência do seu estágio evolutivo. O enredo tem como principal característica a evolução e a descoberta do fogo, e sua dominação, questão de extrema importância para o progresso da espécie, seja pela confecção de armas e seu aprimoramento, cozimento dos alimentos (facilitando a mastigação e a digestão), refúgio dos predadores, entre outros marcos que o fogo proporcionou. O narrador personagem é Ernest, filho de Edward o chefe da horda, o principal representante do desenvolvimento do homem-macaco, sendo capaz de qualquer coisa para concretizar suas ideologias evolucionistas. Tio Vanya, homem contraditório que defendia a tese da evolução natural, mantendo a idéia retrógrada da volta dos homens-macacos as árvores, contestando e ao mesmo tempo desfrutando das “tecnologias superiores” de seu irmão, Edward. As mulheres tinham um papel submisso dentro da horda, pois permaneciam na caverna cuidando das crianças menores (porém Edward achava que todas as mulheres tinham por obrigação aprender as tarefas praticadas pelos homens, como o manuseamento do sílex), enquanto Edward e seus filhos, Oswald, Ernest, Wilbur e Alexander saiam para caçar. Cada um deles tinha um talento característico, Alexander, por exemplo, revelou-se o primeiro artista da História quando aprisionou a sombra do Tio Vanya com um desenho, crédulos que ao cativar a alma de um animal estariam facilitando assim a sua caça, foi a partir deste momento que surgiram as representações rupestres. O único que não tinha talento nenhum era Ernest, porém no decorrer da história ele demonstra grande aptidão autoritária, contestando muitas vezes as Inovações Tecnológicas de seu pai Edward. O livro relata o princípio da exogamia quando Ernest e seus irmãos são obrigados pelo seu pai a se relacionar com outras mulheres de hordas diferentes, para disseminar a evolução entre as espécies (arrebatando suas futuras esposas de suas hordas, simulando um rapto com violência), surgindo a partir desse conceito, o tabu do incesto, relacionamentos entre pessoas da mesma origem consangüínea. É perceptível a influência de Roy Lewis em relação à obra Totem e Tabu de Sigmund Freud. Ernest passa a contestar Edward por seus exageros idealistas, principalmente quando o mesmo decide propalar suas idéias aos hominídeos, após ter incendiado boa parte da mata que estava ao redor da caverna da sua família, em uma amostra imprudente de como se fazia fogo, que até então era utilizado de conservas naturais (vulcões). Em conseqüência da tragédia em que quase toda horda foi consumida pela conflagração, foram em busca de uma nova cripta, onde foram hostilizados por espécies distintas de hominídeos, impondo lhes restrições, dando início a grandes acontecimentos. Edward em busca de uma aceleração na evolução das espécies propagou o segredo do fogo, gerando conflitos com toda horda, principalmente com Ernest que foi minuciosamente influenciado por Griselda sua esposa, a cometer o parricídio após ter lhe contado suas teorias filosóficas sobre a conexão dos sonhos com a idéia de morte. O livro se finda com a última e maior invenção feita por Edward, o arco e a flecha, que ironicamente foi o agente de sua morte, intencionalmente ocasionada por seus filhos, o qual acabou como alimento de sua própria horda e com a sutil impressão que tudo fora contado por Ernest a um/alguns filhos seu. Em comparação com o livro de Enriquez (Da Horda ao Estado), em que o autor exerce profunda análise com a obra de Freud (Totem e Tabu), nota-se a explicita relação social entre pai e filhos, onde, o parricídio é praticado em apatia à arbitrariedade do chefe, como por exemplo, a proibição do incesto, ocasionando a antropofagia que é a obtenção do poder e habilidades adquiridas pelo pai – tem início a fase superior do estado selvagem. ENRIQUEZ, E. Da Horda ao Estado: Psicanálise do Vínculo Social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990. LEWIS, Roy. Porque Almocei Meu Pai. Companhia das Letras, 1993.

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