Por que ocorre o terremoto

Frequentemente vemos notícias de terremotos que acabam por destruir cidades e até mesmo países. Este ano, por exemplo, o terremoto no Nepal causou milhares de mortes e chocou o mundo. Mas como esses desastres naturais acontecem? A física explica.

Como ele acontece?

Basicamente, o que acontece é que a crosta terrestre é formada por várias placas tectônicas, e a área onde elas se encontram são chamadas de zonas de convergência. Quando as placas colidem entre si, produzem um acúmulo de pressão e descarga de energia, que são propagados em forma de ondas sísmicas até atingir a superfície terrestre em forma de tremores.

Por que acontecem os terremotos?

A principal causa por acontecerem os terremotos é justamente a movimentação das placas tectônicas, no entanto, eles também podem acontecer por outros motivos. Um deles é a atividade vulcânica. Com a acumulação de magma na câmara magmática do vulcão, as rochas são comprimidas, e quando a força dessa compressão é liberada podem ocorrer tremores, que inclusive sinalizam a possível erupção do vulcão.

Além das causas naturais de terremotos, ainda podem acontecer abalos sísmicos causados pela atividade humana, seja ela de forma direta ou indireta. Os principais exemplos disso são os tremores causados pela extração de minerais, combustíveis fósseis e construção de canais aquíferos.

E então, gostou de entender mais sobre os terremotos? Acompanhe nosso blog e confira outras curiosidades de física.

Os terremotos – também conhecidos como abalos sísmicos – são tremores que se manifestam na crosta terrestre, a mais externa das camadas da Terra. Sob o ponto de vista técnico, os terremotos são uma liberação de energia acumulada abaixo dos solos, liberação essa que provoca uma acomodação dos blocos rochosos, dando origem aos tremores.

Em termos de intensidade, os terremotos são medidos em um índice chamado de Escala Richter, que vai de 1, para os mais fracos, a 10, para os mais fortes. No entanto, nunca houve registros de um terremoto que conseguisse alcançar o índice máximo. O abalo sísmico mais forte já catalogado ocorreu no Chile, em maio de 1960, e atingiu 9,5 graus na Escala Richter.

O que causa os terremotos?

Existem três principais causas para os tremores na crosta terrestre: o desabamento, o vulcanismo e o tectonismo.

Os tremores provocados pelo desabamento são de menor importância e são causados por alguma acomodação interna, provocada pela ruptura ou deslizamento de blocos rochosos internos, geralmente sedimentares, que são tipos de rochas, em geral, menos resistentes. A intensidade desses abalos costuma ser pequena.

Já os tremores provocados pelo vulcanismo podem ser um pouco mais fortes, mas são localizados em áreas próximas a vulcões. Eles ocorrem por alguma ruptura ou erupção interna do magma ou de gases retidos sob grande pressão. Os seus efeitos não costumam ser sentidos a longas distâncias.

O tectonismo, por sua vez, pode ser considerado o principal “vilão” responsável pelos terremotos. Como sabemos, a crosta terrestre não é uma camada única, mas constituída por inúmeros blocos, chamados de placas tectônicas. Muitas dessas placas estão em constante colisão, assumindo direções opostas. É nessa zona de contato que ocorre a maior parte dos terremotos do mundo.

Além disso, quando a força do contato entre essas placas é mais forte do que a resistência das rochas, elas rompem-se, formando as chamadas falhas geológicas, que também são mais comuns nas zonas de contato entre duas placas, mas também podem se manifestar, com menor frequência, em áreas mais estáveis. Quando essas falhas provocam a reacomodação dos blocos rochosos, ocorrem os terremotos. A maior falha do mundo encontra-se nos Estados Unidos: a falha de San Andreas.

Por que ocorre o terremoto

Esquema ilustrativo de uma falha geológica

O ponto abaixo da Terra onde ocorre o terremoto é chamado de hipocentro, e a zona central na superfície onde ele se manifesta é chamada de epicentro.

Os terremotos ou abalos sísmicos são classificados como eventos geológicos. Eles são definidos como fenômenos de vibração brusca da superfície da Terra que podem durar segundos ou minutos. Os terremotos ou abalos sísmicos são provocados por movimentos na crosta terrestre, composta por enormes placas de rocha, chamadas de placas tectônicas. Além disso os tremores também podem ser resultantes de atividade vulcânica ou de deslocamentos de gases (principalmente metano) no interior da Terra. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia na forma de ondas sísmicas. As placas tectônicas se movimentam lenta e sucessivamente sobre uma camada de rocha parcialmente derretida, ocasionando um contínuo processo de pressão e deformação nas grandes massas de rocha. Quando duas placas se chocam ou se raspam, elas geram um acúmulo de pressão que provoca um movimento brusco. Há três tipos de movimentos: convergente (quando duas se chocam), divergente (quando se movimentam em direções contrárias) e transformante (separa placas que estão se deslocando lateralmente). Os movimentos convergente e divergente das placas provocam alterações no relevo. A cada choque, a placa que apresenta menor viscosidade (mais aquecida) afunda sob a mais viscosa (menos aquecida). A parte que penetra tem o nome de zona de subducção. No oeste da América do Sul, por exemplo, o afundamento da placa de Nazca sob a placa continental originou a cordilheira dos Andes. A maior parte dos terremotos ocorre nas bordas das placas tectônicas (“tectônica” tem origem na palavra “construção” em grego) ou em falhas entre dois blocos rochosos. As regiões mais sujeitas a terremotos são aquelas próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se formam novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a milhões de quilômetros, como por exemplo, a falha de San Andreas na Califórnia, Estados Unidos. Nos Estados Unidos, localizado no limite das placas Norte-americana e do Pacífico , ocorrem de 12 mil a 14 mil eventos sísmicos anualmente (ou seja, aproximadamente 35 por dia). Baseado em registros históricos de longo prazo, aproximadamente 18 grandes terremotos (de 7,0 a 7,9 na Escala Richter) e um terremoto gigante (8 ou acima) podem ser esperados num ano. Entre os efeitos dos terremotos estão: vibração do solo, abertura de falhas, deslizamento de terra, tsunamis e mudanças na rotação da Terra. Além disso temos consequências prejudiciais ao homem como ferimentos, morte, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções etc. A região onde ocorre a liberação de energia sísmica (ondas sísmicas), ou a falha na rocha, é chamada de região focal ou foco sísmico - hipocentro. O ponto diretamente acima do foco, na superfície da Terra, é chamado de epicentro. A zona ao redor do epicentro é normalmente a mais afetada por um abalo sísmico. Em alguns terremotos, os tremores só podem ser registrados por aparelhos denominados sismógrafos. Outros são abalos tão violentos que devastam extensas regiões. O maior terremoto já registrado foi o Grande Terremoto do Chile, em 1960, atingindo 9.5 na escala de Richter, em seguida o da Indonésia, em 2004, registrando 9.3 na mesma escala. O que um terremoto provoca na superfície da Terra, tal como, tremor sentido pelas pessoas, rachaduras nas paredes ou no solo, desabamentos de edificações, etc., pode ser medido como sua intensidade, na escala denominada Escala Mercalli. A escala mais usada para medir a grandeza dos terremotos é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores. Um estudo de geólogos americanos divulgado em Maio de 2008 sugere que terremotos de grandes proporções — como o que devastou a província chinesa de Sichuan, no dia 12 de maio de 2008 — podem provocar tremores secundários até do outro lado do planeta. O indício do fenômeno foi publicado no jornal científico britânico Nature Geoscience, por uma equipe de pesquisadores da Agência de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (US Geological Survey). Segundo eles, 12 dos últimos 15 grandes terremotos — de magnitude superior a 7 pontos na escala Richter — ocorridos desde 1990 deram origem a ondas sísmicas que provocaram, dias depois, pequenos abalos até em continentes muito distantes do epicentro do tremor original.

O grande terremoto que sacudiu a costa da Sumatra (Indonésia), em 2004, por exemplo, provocou abalos secundários em lugares como o Alasca, a Califórnia e o Equador, segundo os cientistas. Foram tremores menores, entre 3 e 5 graus, mas suficientes para assustar as populações destes locais. Os geólogos não deram uma explicação conclusiva para o fenômeno, apenas apontaram a relação entre tremores descoberta depois de analisarem registros de mais de 500 sismógrafos espelhados pelo mundo. E, coincidência ou não, a região central da Colômbia foi abalada por um tremor de magnitude 5,5, duas semanas após o grande terremoto chinês, o que pode ajudar a comprovar a teoria.

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Os terremotos são tremores produzidos ao longo da crosta terrestre que geram a vibração da superfície. Eles são resultantes da liberação de energia causada pelas tensões internas da Terra, também chamadas de forças endógenas de transformação do relevo. Dependendo da intensidade, os terremotos podem causar graves desastres sociais, causando mortes e destruição.

Quais são as causas dos terremotos?

As causas dos terremotos podem estar associadas a eventos externos, chamados de atectônicos, e a processos internos, chamados de tectônicos.

Os processos atectônicos são mais raros e provocam pequenos tremores com a queda ou desabamento de grandes blocos de rochas, o que gera certo impacto sobre a superfície. A sua área de abrangência não costuma ser longa.

Já os processos tectônicos são os predominantes para a geração de terremotos e podem ser divididos em dois tipos, conforme suas origens: o vulcanismo e o tectonismo. Os terremotos causados por vulcões ocorrem em função dos efeitos gerados pela pressão exercida pelo magma internamente antes da erupção vulcânica. Eles também possuem uma pequena duração de tempo e uma área de abrangência relativamente curta.

O tectonismo, por sua vez, é o movimento realizado pelas placas tectônicas e os seus efeitos. Por isso, quando duas placas movimentam-se em sentidos contrários, indo uma em direção à outra, há o choque e o acúmulo de energia ao longo do tempo. Com o passar dos anos, essa energia acumulada torna-se tão grande que rompe a resistência das rochas e faz com que haja uma acomodação interna com a consequente liberação de energia, o que ocasiona os terremotos mais fortes.

Quando os terremotos ocorrem em áreas oceânicas, há grandes chances de ocorrência dos tsunamis, uma vez que os abalos sísmicos internos formam grandes ondas. Caso essas ondas estejam próximas a uma zona litorânea, os estragos podem ser incalculáveis. Confira o esquema a seguir:

Por que ocorre o terremoto
Esquema explicando a formação dos terremotos e dos tsunamis

Portanto, é comum que, em áreas próximas às placas tectônicas, exista, além das montanhas e dos vulcões, uma maior incidência de terremotos. Isso também ocorre porque, nessas áreas, formam-se com mais frequência as falhas geológicas, outras grandes responsáveis pelos terremotos.

A intensidade dos terremotos pode ser medida através da Escala Richter, a mais conhecida das formas de determinação da força dos abalos sísmicos. Eles oscilam, em teoria, de 0 graus ao infinito, no entanto, nunca foram registrados terremotos que apresentaram mais do que 10 graus. O terremoto mais forte já medido ocorreu na cidade chilena de Valdívia, em 1950, a 740 quilômetros de Santiago, e apresentou 9,5 graus na Escala Richter. Esse terremoto foi responsável pela morte de quase duas mil pessoas.

¹Créditos da Imagem: Prometheus72 / Shutterstock