Before you proceed ... Show You’re about to visit a version of the Allergy Insider website that’s not intended for your geographic location. If you proceed, the content will be AWESOME, but it might not correspond to your location and/or language preferences. Num instante, as crianças estão a brincar tranquilamente no jardim e, no minuto seguinte, um grito ou um choro repentino alerta os pais. Alguma coisa aconteceu. Um dos meninos foi picado por uma abelha. «E agora? O que fazemos?», pensam os pais. A Associação Académica Americana de Dermatologia revela o que fazer e não fazer nestas circunstâncias. Muitos são os pais que ficam em pânico quando uma criança é picada por uma abelha, ou quando eles próprios são atacados pelo animal. Foi essa a razão que levou a Associação Académica Americana de Dermatologia (AAD) a emitir um comunicado na sua página oficial para orientar a população, explicando-lhes o que fazer quando estes pequenos incidentes acontecem. «A primeira coisa a fazer é tirar o ferrão da abelha rapidamente», diz Carris Kovarik, professora de dermatologia da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, nos EUA. Quanto mais tempo o ferrão permanecer na pele, mais veneno liberta, o que resulta no aumento do inchaço e da dor. Veja abaixo um vídeo demonstrativo da AAD sobre como reagir e não reagir perante uma picada de abelha (legendas em inglês). A especialista recomenda que, em caso de picada, siga estas dicas– Fique calmo. A maioria das abelhas apenas picam uma vez, mas as vespas e os vespões podem picar mais do que uma vez. Se alguém já tiver sido picado, afaste-se ou peça à pessoa atacada que se afaste lentamente da zona onde isso aconteceu, com vista a evitar novos ataques. – Retire o ferrão. Se ficar na pele, remova com a unha ou com um pedaço de gaze. Nunca use uma pinça para remover um ferrão, uma vez que apertá-lo pode causar a libertação de mais veneno. – Lave a zona picada com sabão e água. VEJA TAMBÉM: TEMPO QUENTE: DERMATOLOGISTA EXPLICA COMO EVITAR AS PICADAS DE INSETOS – Aplique gelo para reduzir o inchaço. Contudo, o inchaço pode alastrar-se para outras zonas do corpo. Se o inchaço afetar a face ou o pescoço, desloque-se de imediato às emergências do centro hospitalar mais próximo, porque esses sintomas podem indicar uma reação alérgica que necessita de intervenção médica imediata. Também a dificuldade em respirar, náuseas e tonturas podem ser outros dos sintomas que devem ser tidos em conta numa deslocação urgente ao hospital. Aqueles que saibam já que são alérgicos às picadas de abelha devem discutir com o médico o tratamento através de uma injeção de epinefrina, uma hormona que aumenta a pressão arterial e os níveis de glucose no sangue, sendo naturalmente libertada como resposta para preparar o corpo para uma reação rápida. – Considere tomar medicamentos para controlar as dores. As picadas são dolorosas e o paracetamol ou ibuprofeno são fármacos que podem ajudar a aliviar a dor. Se sentir comichão, talvez tenha que tomar ainda um anti-histamínico. Siga o conselho do seu médico e tome as doses recomendadas no folheto informativo do medicamento. VEJA TAMBÉM: MUITO DO QUE IRRITA A NOSSA PELE ENCONTRA-SE NO NOSSO QUINTAL «Apesar de a maior parte das pessoas não sofrer de reações extremas à picada de abelhas, é aconselhável que verifique se a pessoa picada desenvolve sintomas mais sérios [como alguns dos acima descritos]», alerta a especialista. Caso note algum sinal que possa indicar uma reação alérgica ou se souber que a pessoa em causa foi picada várias vezes, procure ajuda medica de imediato, particularmente se se tratar de crianças. Picadas de abelhas podem levar a feridas dolorosas e com coceira. Felizmente, existem vários remédios caseiros que podem aliviar o inchaço e a coceira. Para algumas pessoas, as picadas podem virar grandes reações alérgicas. No caso de uma reação séria, é importante procurar atendimento médico imediatamente. Existem algumas opções de remédios para picadas de abelhas disponíveis, muitas das quais derivam de produtos naturais encontrados em casa. MelO mel pode ajudar a neutralizar o veneno tóxico injetado na picada. Além disso, o alto teor de aminoácidos encontrado no mel ajuda a acelerar o processo de cura e regeneração. Portanto, aplicar uma pequena quantidade de mel ao local da ferida e deixar por cerca de uma hora pode ser ótimo. Óleo essencial de lavandaO óleo essencial de lavanda pode ajudar com a inflamação. Em indivíduos que sofrem de inchaço adicional e desenvolvem brotoejas, o uso do óleo de lavanda é vital. Óleo de cocoO óleo de coco ajuda a aliviar a inflamação e o inchaço causados pela picada de abelha. É melhor aplicar um pouco de óleo de coco em um curativo e fixá-lo no local da picada. Caso o curativo não seja apropriadamente fixo, o óleo fará uma sujeira. Pasta de bicarbonato de sódioO bicarbonato de sódio, quando misturado com água, vira uma pasta grossa. A aplicação dessa pasta à área da picada pode neutralizar o veneno, além de reduzir o inchaço e a coceira. A pasta deve ser aplicada à picada assim que possível. Cada um desses tratamentos para picadas de abelha ajuda a tratar inchaços e a reduzir a dor. Para qualquer remédio escolhido, é importante também remover o ferrão, pois isso ajudará a evitar que toxinas entrem no corpo.
Ser picado por uma abelha, vespa ou marimbondo é um evento muito doloroso e assustador, mas na maioria dos casos não provoca complicações mais graves. A picada da abelha é incômoda e dolorosa, mas não evolui além disso. A exceção ocorre nos pacientes que são alérgicos ao veneno das Hymenoptera, ordem que engloba as famílias das abelhas e vespas. Biologia das abelhas e vespasAntes de falarmos das picadas das abelhas, vale a pena uma rápida revisão da biologia das abelhas e vespas. Esta parte está bem resumida e simplificada, não se assuste. A ordem Hymenoptera é um dos maiores grupos dentre os insetos, englobando as diversas famílias de abelhas, vespas e formigas. Só para se ter uma ideia, existem mais de 10 mil espécies de abelhas e mais de 25 mil espécies de vespas. Por exemplo, a mamangava é uma espécie de abelha grande, que possui corpo escurecido e parecido com um besouro. Já marimbondo é o nome dado às espécies maiores de vespas, geralmente com o corpo de cor mais escurecida. Obviamente, não vamos perder tempo discutindo as diferenças biológicas e geográficas de cada uma das espécies da ordem Hymenoptera, pois isso é irrelevante para o objetivo deste artigo. A maioria das espécies de abelhas e vespas são animais dóceis que não costumam ferroar o ser humano, a não ser que se sintam atacadas. Ter uma abelha ao seu redor não representa perigo, a não ser que você tente acertá-la ou a esmague acidentalmente contra a sua pele. As abelhas não costumam atacar sem motivo. Em geral, abelhas e vespas longes de suas colmeias não apresentam comportamento agressivo e oferecem pouco perigo aos seres humanos. E mesmo próximo a suas colmeias, a maioria das abelhas não é agressiva. Há, entretanto, exceções. Algumas poucas espécies, como as abelhas africanas, são muito sensíveis e podem atacar o ser humano, caso elas sintam que a sua presença põe em risco a sua colmeia. Barulhos e movimentos bruscos podem irritá-las e causar ataques de várias abelhas ao mesmo tempo. Na prática, a maioria das picadas de abelhas ou vespas ocorre de forma isolada por um único inseto, geralmente uma abelha trabalhadora que se encontra afastada de sua colônia. A picada ocorre quando o inseto insere na pele o seu ferrão como forma de defesa ao se sentir atacado. As vespas e abelhas que picam são sempre as fêmeas, pois os machos não possuem ferrão. Existem dois padrões de utilização do ferrão: algumas espécies, como as abelhas comuns, sofrem auto-amputação, ou seja, quando atacam, perdem o ferrão e parte das estruturas abdominais, o que as leva à morte. Há espécies, porém, que não sofrem auto-amputação e podem ferroar uma mesma vítima mais de uma vez. A quantidade de veneno injetada costuma ser maior nas espécies que perdem o ferrão. Sintomas da picadaApós a ferroada, o paciente sente uma intensa dor e uma pequena inflamação da região afetada. O local ferroado fica avermelhando e inchado. A lesão costuma ter entre 1,0 e 5,0 cm de diâmetro e desaparece após algumas horas. Na maioria dos casos, a dor e o inchaço desaparecem em no máximo um ou dois dias. Em 10% dos casos o paciente desenvolve uma reação maior às picadas, com intensa dor e inchaços que podem chegar a 10 cm de diâmetro e demoram até 10 dias para desaparecer. Este tipo de reação não significa que o paciente tenha alergia ao veneno das abelhas. As picadas isoladas não costumam causar maiores problemas na maioria dos casos. Porém, nos casos de múltiplas picadas por várias abelhas ao mesmo tempo, a quantidade de veneno injetada pode ser grande, levando a sintomas como diarreia, vômitos, dor de cabeça, febre, prostração e confusão mental. Para haver risco de morte, são, habitualmente, necessárias centenas de ferroadas para que haja inoculação de quantidades letais de veneno. Nestes casos, complicações pela ação do veneno podem surgir, como hemólise (destruição das células do sangue), arritmias cardíacas, insuficiência renal e rabdomiólise (destruição das células dos músculos). Alergia à picadaO grande perigo das picadas de abelhas e vespas é a reação alérgica, chamada anafilaxia ou choque anafilático. A anafilaxia pode ocorrer após uma única picada de abelha. Cerca de 3% da população é alérgica ao veneno da abelhas e podem desenvolver reações anafiláticas após ferroadas. Os sinais de reação alérgica grave à picada de abelhas ou vespas surgem rapidamente após a ferroada, geralmente em apenas 5 minutos. Os sintomas de reação alérgica são: urticária, angioedema (inchaço dos lábios e olhos), hipotensão, vômitos, rouquidão, dificuldade respiratória, desorientação e perda da consciência. A anafilaxia geralmente surge após uma segunda picada de abelha em pessoas que desenvolveram reações alérgicas quando picados pela primeira vez. Porém, o choque anafilático pode surgir mesmo em quem nunca havia sido picado por abelhas antes. Se você foi picado por abelha ou vespa e desenvolveu sintomas que foram além de um simples inchaço local, principalmente se tiver tido urticária angioedema ou crises de asma, procure um médico imunoalergista para investigar a possibilidade de você ser alérgico à picada de abelha. O risco de reação anafilática em uma segunda picada é muito alto. O que fazer quando se é picado por uma abelha?No casos das abelhas e vespas que sofrem auto-amputação, a primeiro ato do paciente deve ser a retirada imediata do ferrão da pele, pois ele permanece injetando veneno ainda por 1 ou 2 minutos. Alguns autores atestam que deve-se ter cuidado para não espremer a pequena bolsa que vem junto ao ferrão, pois é ela que contém o veneno. O ferrão pode ser retirado raspando as unhas na pele ou qualquer objeto rígido, como uma faca ou cartão de crédito. Há estudos, porém, que dizem que a forma de retirada do ferrão pouco influencia na instilação do veneno, pois a contração da bolsa não aumenta o volume a ser injetado, já que este é feito por mecanismo de válvula. Portanto, se você não conseguir retirá-lo imediatamente raspando-o, o ferrão deve ser removido de qualquer maneira, pois o tempo em que ele fica encravado na pele é muito mais danoso em termos de volume de veneno injetado do que a forma como ele é retirado. Mesmo que você não consiga remover o ferrão imediatamente, a tempo de impedir a entrada de todo o veneno, o mesmo deve ser retirado assim que possível, pois a sua simples presença pode causar reação inflamatória da pele. Uma vez removido o ferrão, o tratamento da picada de abelha é simples. Lave a pele com água e sabão e aplique compressas frias ou gelo local. Se a dor estiver incomodando, um analgésico simples pode ser utilizado. Se houver intensa coceira, um anti-histamínico ajuda a aliviá-la. Não é preciso passar pomadas nem outras substâncias, como pasta de dente, borra de café, manteiga, etc. Nada disso melhora e ainda pode causar infecção da ferida. A dor e o inchaço da picada somem espontaneamente após algumas horas. Nos casos de reação local mais intensa, pomadas à base de corticoides e/ou corticoides por via oral, como prednisona, podem ser prescritos para aliviar o inchaço. Anti-inflamatórios e anti-histamínicos também são úteis. Se a lesão da picada estiver piorando ao longo dos primeiros um ou dois dias, procure ajuda médica. Nos casos de reação alérgica, caracterizadas principalmente pelo aparecimento de urticária ou angioedema, o paciente deve ser levado o mais rapidamente possível a um serviço de emergência. Nos caso de anafilaxia, o tratamento é feito com injeção intramuscular de adrenalina. Referências
|