O que o narrador diz a seus amigos acerca do produto que gostaria de inventar e distribuir

O que o narrador diz a seus amigos acerca do produto que gostaria de inventar e distribuir
ORIENTAÇÕES:1- Realizar a leitura da página 86, capítulo II- O EMPLASTO. Nela, odefunto-autor conta ao leitor como lhe surgiu a “ideia fixa” do emplasto equais eram suas intenções com o “medicamento sublime” e responder aatividade ​PENSANDO SOBRE O TEXTO​, página 87.2- Leitura sobre o tópico ​A NARRATIVA ENGENHOSA DE DOMCASMURRO, página 87, 88 e 89. Responder as questões 01, 02, 03, 04, 05,06, 07 da página 90 e 91.Atividade de PortuguêsPágina 871- No segundo parágrafo do capítulo II de Memórias Póstumas, o narradorfornece algumas justificativas para a criação do medicamento de Brás Cubas.a) Segundo Brás Cubas, que benefícios traria a invenção do emplastopara a humanidade?R- O emplasto seria a invenção que impactaria diretamente a vida dahumanidade, pois poderia curar todas doenças, inclusive algumas na épocaque eram consideradas incuráveis.b) Que apelo o defunto-autor faz para justificar ao governo a importânciado empalsto?R- Apela ao governo, para justificar a adoção de seu Emplastro, em nome dealiviar a melancólica condição humana.Com seu emplastro anti-hipocondríaco Brás Cubas pretendia facilitar acondição humana.c) O que o narrador diz a seus amigos acerca do produto que gostaria deinventar e distribuir?R- Ele fala aos amigos acerca da distribuição e anuncio do emplasto. Aoanalisar ao ocorrido ele confessa que gostaria mesmo era de ter sue nomeem algo, queria provar um pouco de gloria. Brás cubas dizia que a intençãoera: “De um lado, filantropia e lucro; de outro lado, sede de nomeada.Digamos: — amor da glória”.d) O que, finalmente, Brás Cubas confessa sobre os propósitos da criaçãodo emplasto?R- Para os amigos, contudo, Brás Cubas admite que o seu verdadeirointeresse no emplastro era financeiro - para os leitores, admite que ointeresse era pelas glórias, queria ver seu nome exposto nos jornais,desejava ser famoso.e) Entre a primeira e a última justificativa para a criação do emplasto, háuma gradação. Brás Cubas inicia seu discurso com argumentosaparentemente humanitários e termina-o com uma confissão sobreseus reais propósitos. Relacione essa confissão ao fato de o narradorser um defunto-autor.R-2- Brás Cubas expõe as opiniões de seus dois tios sobre o “amor da glória”,ou seja, o desejo humano de fama e poder.a) Que opiniões são essas?R- Primeiro tio) - dizia que o amor da glória era a perdição das almas que sódevem cobiçár a glória eterna.(Segundo tio) - infantaria, que o amor da glória era causa maisverdadeiramente humana que há no homem e conseguintemente, a sua maisgenuína feição.b) Que relação podemos estabelecer entre as profissões dos tios donarrador e as ideias que eles defendem?R- Primeiro tio: era cônego de prebenda, dizia que era um sentimento quepoderia levar à perdição.Segundo tio: era oficial de um dos antigos terços, ele afirmava que era umacausa humana, e por isso, significava os sentimento genuínos dos indivíduos.Atividade de PortuguêsPáginas 90 e 91Questões 01 à 071- Com um propósito bastante objetivo, o narrador estabelece uma relaçãoentre a metonímia (“espelhinho de pataca”, “comprado de um mascateitaliano”, de “moldura tosca”, “argolinha de latão”, etc.) e a condição social deCapitu e de sua família. Qual é o interesse do narrador em revelar a condiçãoeconômica de Capitu?R- Aparentemente, o narrador quer mostrar que a mulher por ter conseguidoascender-se socialmente, por meio do casamento com bentinho, deveriaestar grata a essa oportunidade e não ter feito o que supostamente fez-cometer adultério.2- A agressividade explícita contida na fala de Capitu, reproduzida a seguir,permite-nos inferir duas leituras sobre suas motivações para desejar tanto asaída de Bentinho do seminário.a) Qual seria a primeira leitura (a favor de Capitu)?R- A primeira leitura sugere que Capitu está, de fato, insistindo que Bentinhonão vá para o seminário, que não se torne padre, para que, assim, os doispossam ficar juntos.b) Qual seria a segunda leitura (contra ela)?R- A segunda leitura sugere que Capitu, apesar da irritação, já não acreditaque José Dias possa intervir a favor de Bentinho. A falta de esperança e odesânimo insinuados nas frases "mas poderá alcançar?... Ele é atendido; se,porém... É um inferno isto!" apontam para a aceitação de Capitu em relação àida de Bentinho para o seminário.c) Explique de que maneira essas duas possibilidades de leitura reforçama ambiguidade de Capitu.R- Capitu, na mesma frase, aponta dois pensamentos opostos: insistência edesistência, assim, dá margem para que sua figura seja vista como ambiguae paradoxal.3- Porque Bentinho se lembra de observar os olhos de Capitu depois de elapedir a ele que jure que José Dias vai tentar convencer D. Glória?R- Bentinho buscava casar-se com Capitu, e seus planos para não entrarpara o seminário de padres eram sempre armados por Capitu. E é emdecorrência deste fato que Bentinho lembra-se de olhar para seus olhos.4- Uma das metáforas mais conhecidas da literatura brasileira, ligadas àcaracterização dos olhos de uma mulher, está no capítulo que você acaboude ler.a) Que comparação o narrador faz para construir sua metáfora?R- Ele faz uma comparação indireta entre os olhos da amada e a ressaca domar. Os olhos da amada, assim como o mar de ressaca, aparentam quereratrair o observador para dentro.b) Explique a metáfora utilizada por Bentinho ao falar dos olhos de Capitu.R- É porque Capitu tinha olhos grandes como de umas ciganas. Logo olhosde ressaca, se refere a ressaca do mar, pois quando o mar enchia de mais.transbordava e sai estragando tudo que estivesse pela frente.5- A canção “Capitu” dialoga com o personagem homônimo de Machado deAssis, ora aproximando-se, ora distanciando-se dele. Explique de quemaneira o eu lírico caracteriza Capitu.R- O eu-lirico usa o contraste para caracterizar Capitu.Ela é ambígua.É habilidosa ("tem um jeitinho hábil") e poderosa, petulante;É esperta (raposa) e sedutora (sereia);É real e virtualNa verdade, ela é tudo isso ("a mulher em milhares").6- Na letra da cançãoTatit, que elementos textuais retomam a Capitu deMachado?R- Na canção Capitu, de Luiz Tatit, o autor destaca algumas característicasda personagem, como no trecho a seguir, onde os modos emblemáticos deCapitu e seu jeitinho são postos em evidência, incluindo transformando onome da personagem em um verbo "Capitular".7- Que elementos “atualizam” essa personagem para o nosso tempo?R- Luiz de Tatit compõe com elementos virtuais e do mundo digital,responsáveis por atualizar a personagem Capitu para o nosso tempo,misturando realidade, o mundo virtual e várias de suas metáforas já descritaspor Machado de Assis, como os "olhos de ressaca", que transformam-se em"ressaca dos mares".

O defunto autor e o realismo. Dedicatória: ... A principal inovação de Machado de Assis neste romance foi a criação de um defunto autor. O livro é narrado em primeira pessoa, com o importante detalhe do narrador estar morto.

Qual a ironia usada pelo autor no livro Memórias Póstumas de Brás Cubas por que ele usou este forma de linguagem?

O autor usa propositadamente uma linguagem repleta de duplos sentidos, de metáforas, mais erudita, pois deseja justamente criticar com fina ironia os romances publicados nos folhetins da época, os quais agradavam os leitores mais habituados a uma leitura superficial.

Qual o foco narrativo de memórias Postumas?

O foco narrativo de Memórias Póstumas A narrativa é realizada em primeira pessoa, ou seja, há um narrador personagem que é também o protagonista da história. ... Todos os fatos e demais personagens nos são apresentados a partir de sua ótica pessoal e subjetiva.

Qual era o objetivo do emplasto que o narrador pretendia inventar?

Com seu emplastro anti-hipocondríaco Brás Cubas pretendia facilitar a condição humana, ou seja, tornar a vida e a experiência humana mais fáceis pois, livres da melancolia, os homens viveriam a vida com mais felicidade e entristecer-se-iam mais raramente.

O que o narrador diz a seus amigos acerca do produto que gostaria de inventar e distribuir?

Ele fala aos amigos acerca da distribuição e anuncio do emplasto. Ao analisar ao ocorrido ele confessa que gostaria mesmo era de ter sue nome em algo, queria provar um pouco de gloria. Brás cubas dizia que a intenção era: “De um lado, filantropia e lucro; de outro lado, sede de nomeada. Digamos: — amor da glória”.

O que o narrador diz a seus amigos acerca do produto que gostaria de inventar e distribuir

preocupação com a preservação da integridade moral e dos ideais amorosos, atendendo ao gosto do público leitor romântico. Com Memórias póstumas de Brás Cubas, o autor carioca inaugura seu segundo momento como escritor. Nessa fase, predomina o tema da sedução que a glória (o poder) exerce sobre o homem, e o amor é deslocado para um segundo plano nas relações entre as pessoas. Machado investiga de que forma as máscaras (aparências) são construídas em nome da riqueza, do poder, da ascensão social, dos prazeres e dos luxos e mostra a prevalência dos interesses pessoais sobre os coletivos. Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908) são os outros romances que compõem o segundo momento machadiano. • Em Prosa de ficção: 1870-1920 (Rio de Janeiro: José Olympio, 1957), Lúcia Miguel Pereira defende que, nos romances dos anos 1870, Machado já apresentava ruptura em relação ao padrão romântico. • Alfredo Bosi faz uma interessante análise do que ele mesmo chama de “romances juvenis” de Machado de Assis em História concisa da literatura brasileira (46. ed. São Paulo: Cultrix, 1994. p. 177-178). • José Aderaldo Castello, em A literatura brasileira: origens e unidade (São Paulo: Edusp, 2004. v. I, p. 381), prefere chamar os romances da primeira fase de Machado de Assis de “romances de formação”. Memórias póstumas de Brás Cubas: ruptura e inovação Em Memórias póstumas, o aristocrata Brás Cubas morre solteiro aos 64 anos, “às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869”. Depois de morto, o narrador resolve contar suas aventuras a nós, leitores. Fala de seu primeiro amor pela interesseira Marcela, com quem gastara sua mocidade e parte de seu dinheiro; de sua namorada do início da juventude, Eugênia, moça bonita e “coxa”; e de seu caso extraconjugal com Virgília, filha do conselheiro Dutra e esposa do ambicioso político Lobo Neves. Narra sua insignificante carreira de deputado que não chega a ministro e seu encontro com um antigo companheiro de colégio, Quincas Borba, filósofo lunático que defende a teoria do humanitismo, uma espécie de sátira de Machado de Assis às rígidas teorias positivistas de sua época. Brás Cubas também conta ao leitor sobre sua ambição de lançar um emplasto (medicamento) de propriedades supostamente milagrosas. • Um romance nada linear Para narrar a vida sem grandes aventuras de Brás Cubas, Machado recorreu a técnicas bastante modernas: os capítulos curtos não têm uma sequência temporal cronológica rígida (assemelhando-se à memória não linear que temos dos fatos da vida); os fatos são intercalados por comentários ora cínicos, ora pessimistas, ora irônicos do defunto-autor. Por exemplo, para sugerir que Marcela era uma mulher interessada somente em seu dinheiro, Brás Cubas afirma, a certa altura: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis, nada menos”; para provar ao leitor que o caráter de um homem se constrói desde criança e poder justificar suas próprias atitudes mesquinhas e egoístas atribuindo-as à criação que teve de seus pais (e não a si mesmo), intitula o capítulo XI como “O menino é pai do homem” e relata fatos de sua infância que revelam os mimos do pai, que não lhe impunha limites, e a fraqueza da mãe. Memórias póstumas de Brás Cubas inova também quando obriga o leitor a buscar um sentido para além da superfície dos fatos expostos. É preciso ficar atento para descobrir o que está “por baixo”, subentendido no material narrado; por isso esse tipo de literatura — tão atual — é um (saboroso) desafio para quem lê. Aos poucos, vamos descobrindo que Brás Cubas é um egoísta e manipulador do próprio leitor e que representa uma burguesia fútil, de aparências, e cheia de ambições mesquinhas e individualistas, seduzida unicamente pela glória. O texto a seguir é o capítulo II dessa obra. Nele, o defunto-autor conta ao leitor como lhe surgiu a “ideia fixa” do emplasto e quais eram suas intenções com o “medicamento sublime”. Biblioteca cultural Não deixe de se divertir lendo Memórias póstumas de Brás Cubas: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>. Página 86 Leitura Capítulo II - O emplasto Com efeito, um dia de manhã, estando a passear na chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio que eu tinha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de volatim, que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te. Essa ideia era nada menos que a invenção de um medicamento sublime, um emplasto anti-hipocondríaco, destinado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Na petição de privilégio que então redigi, chamei a atenção do governo para esse resultado, verdadeiramente cristão. Todavia, não neguei aos amigos as vantagens pecuniárias que deviam resultar da distribuição de um produto de tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém, que estou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o que me influiu principalmente foi o gosto de ver impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas, e enfim nas caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás Cubas. Para que negá-lo? Eu tinha a paixão do arruído, do cartaz, do foguete de lágrimas. Talvez os modestos me arguam esse defeito; fio, porém, que esse talento me hão de reconhecer os hábeis. Assim, a minha ideia trazia duas faces, como as medalhas, uma virada para o público, outra para mim. De um lado, filantropia e lucro; de outro lado, sede de nomeada. Digamos: - amor da glória. Um tio meu, cônego de prebenda inteira, costumava dizer que o amor da glória temporal era a perdição das almas, que só devem cobiçar a glória eterna. Ao que retorquia outro tio, oficial de um dos antigos terços de infantaria, que o amor da glória era a cousa mais verdadeiramente humana que há no homem, e, conseguintemente, a sua mais genuína feição. Decida o leitor entre o militar e o cônego; eu volto ao emplasto. ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: COUTINHO, Afrânio (Org.). Machado de Assis: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. v. 1, p. 514-515. (Fragmento). Cabriolas de volatim: saltos como os de um equilibrista. Emplasto: medicamento. Anti-hipocondríaco: contra aquele que se preocupa excessivamente com a saúde. Petição: requerimento. Pecuniárias: financeiras. Arruído: sucesso. Cartaz: fama, popularidade. Arguam: repreendam, censurem. Fio: acredito. Filantropia: caridade. Nomeada: prestígio, fama. Cônego de prebenda: padre que administra uma igreja e vive da renda dessa instituição. Retorquia: argumentava. Terços: corpos de tropa; regimentos. WILLIAM KENTRIDGE Na publicação De como não fui ministro d’Estado (2012), o artista sul-africano William Kentridge imprimiu a própria imagem sobre páginas de uma edição de 1946 do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e transformou-as em animação. Página 87 Pensando sobre o texto 1 No segundo parágrafo do capítulo II de Memórias póstumas, o narrador fornece algumas justificativas para a criação do medicamento de Brás Cubas. a) Segundo Brás Cubas, que benefícios traria a invenção do emplasto para a humanidade? b) Que apelo o defunto-autor faz para justificar ao governo a importância do emplasto? c) O que o narrador diz a seus amigos acerca do produto que gostaria de inventar e distribuir? d) O que, finalmente, Brás Cubas confessa sobre os propósitos da criação do emplasto? e) Entre a primeira e a última justificativa para a criação do emplasto, há uma gradação. Brás Cubas inicia seu discurso com argumentos aparentemente humanitários e termina-o com uma confissão sobre seus reais propósitos. Relacione essa confissão ao fato de o narrador ser um defunto-autor. Lembra? Gradação: figura de linguagem que consiste na enumeração crescente ou decrescente de palavras ou expressões ligadas por uma lógica de sentido. 2 Brás Cubas expõe as opiniões de seus dois tios sobre o “amor da glória”, ou seja, o desejo

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