O que o anticoncepcional pode causar a longo prazo

O que o anticoncepcional pode causar a longo prazo

Todas as mulheres sabem que usar método anticoncepcional para evitar uma gravidez é essencial, afinal, não se pode contar apenas com a sorte.

Mas, dentre os vários métodos anticoncepcionais disponíveis atualmente, é necessário pesar todas as vantagens e efeitos colaterais que cada um deles traz. Para isso, uma consulta com seu ginecologista é a melhor forma de definir qual é a melhor opção para você.

No post de hoje, trazemos um apanhado dos benefícios e dos possíveis efeitos colaterais que as opções mais comuns de métodos anticoncepcionais apresentam.

O que o anticoncepcional pode causar a longo prazo
O método mais conhecido de todos certamente é a pílula anticoncepcional, muito por conta de seu valor reduzido e da facilidade de acesso em drogarias.

Comumente, muitas mulheres sentem efeitos colaterais intensos nos primeiros meses de ingestão dos comprimidos anticoncepcionais ou na ocasião de uma troca de medicamento. Com a adaptação do corpo, os efeitos tendem a ser diminuídos, mas isso não é uma regra e pode não ocorrer em vários casos.

Os sintomas mais comuns relatados pelas mulheres são:

  • Inchaço ou ganho de peso: esse é um dos sintomas que mais assusta as mulheres, pois a alteração hormonal pode facilitar o ganho de peso. Hoje, entretanto, já existem pílulas que fazem exatamente o efeito contrário, possibilitando o emagrecimento.
  • Dores de cabeça: principalmente nas mulheres que já têm predisposição a enxaquecas.
  • Acne: a acne também é causada devido a alterações hormonais e o anticoncepcional pode ser um facilitador para o surgimento das tão temidas espinhas. A acne gerada por contraceptivos independe de idade e tipo de pele, mas mulheres mais jovens e de pele mista ou oleosa têm maior propensão à alteração.
  • Dores nos seios e coxas: esses sintomas são mais intensamente relatados durante a ingestão dos primeiros ciclos de comprimidos.
  • Alteração do fluxo menstrual: espera-se que o uso do anticoncepcional faça com que o fluxo fique menos intenso, diminuindo também as cólicas, mas nem sempre isso é verdadeiro, já que a ingestão de hormônios pode ser entendida pelo organismo como um sinal para o aumento do fluxo.
  • Alterações de humor: se o período menstrual já representa um fator de alteração de humor, com o uso de pílulas, isso tende a se agravar, causando mais irritação, sensibilidade e mau humor.
  • Diminuição da libido: o desejo sexual também pode ser afetado e o motivo continua sendo o mesmo: a ingestão de hormônios sintéticos.

Adicionalmente, a pílula anticoncepcional pode aumentar o risco de trombose, ainda que as pílulas mais modernas possuam formulações diferenciadas.

Ideais para mulheres que não desejam tomar um comprimido diariamente, os anticoncepcionais injetáveis funcionam de modo semelhante aos em

O que o anticoncepcional pode causar a longo prazo
comprimido, inclusive em relação aos efeitos colaterais.

Para mulheres que não querem ou não podem utilizar o estrogênio, essa é uma excelente saída, pois a versão trimestral não contém estrogênio na fórmula e ainda reduz potencialmente os efeitos colaterais por conta da não inclusão desse componente.

É importante lembrar que o anticoncepcional injetável precisa, necessariamente, de um profissional da saúde para ser aplicado.
Efeitos colaterais como ganho de peso e inchaço são comuns às mulheres que optam por esse método, é frequente a região onde a aplicação ocorreu ficar dolorida. Além disso, esse método costuma reduzir cólicas e o fluxo menstrual.

Com eficácia igual ou superior a 99%, o Dispositivo Intrauterino traz a versão de cobre, Mirena e Kyleena, reduzindo significativamente os efeitos colaterais. 

O que o anticoncepcional pode causar a longo prazo
Pode ser utilizado, inclusive, durante a amamentação. O Kyleena, é uma novidade e uma ótima opção para jovens e mulheres sem filhos, pois tem menos hormônio que o Mirena e causa menos efeitos colaterais.

O DIU, com ou sem hormônios em sua formulação, é uma ótima opção, uma vez que diminui o risco de câncer no endométrio, redução do fluxo menstrual e dores relacionadas ao período menstrual, como cólicas.

Enquanto desvantagem, o DIU apresenta valor superior aos demais métodos anticoncepcionais e só pode ser aplicado por um ginecologista. E sua aplicação pode causar cólicas muito intensas por alguns dias.

O implante hormonal (Implanon) é uma das maiores novidades entre os métodos anticoncepcionais. Ele consiste em um implante de um pequeno bastonete embaixo da pele do braço.

O Implanon tem benefícios semelhantes ao do DIU, podendo evitar a gravidez por até 3 anos. Em contrapartida, alguns dos efeitos colaterais identificados são dores de cabeça, aumento de peso, alteração no fluxo menstrual.

Todas as mulheres são absolutamente livres para decidirem qual método anticoncepcional melhor lhes convêm, entretanto, antes de qualquer decisão, um ginecologista deve ser consultado.

Apenas por meio da consulta ginecológica é possível avaliar os prós e contras de cada método e qual alternativa está mais adaptada à situação de cada mulher, sem que haja nenhum risco advindo da automedicação ou da falta de acompanhamento médico.

Além dos efeitos colaterais comuns, há possibilidade de desenvolvimento de consequências mais sérias com o trombose e câncer. Por isso, a avaliação ginecológica com médico especialista, torna-se ainda mais essencial.

Lembramos que os métodos anticoncepcionais aqui citados não têm eficácia contra doenças sexualmente transmissíveis. Para isso, indicamos o uso de contraceptivos de barreira, como, por exemplo, a camisinha.

Quer saber mais sobre anticoncepcionais e qual o mais indicado para você? Agende uma consulta com um de nossos ginecologistas.

A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos mais utilizados no mundo. Muitas mulheres utilizam a pílula durante muitos anos consecutivos, e ficam preocupadas se isso pode causar algum problema de fertilidade no futuro.

Está comprovado que em mulheres saudáveis que tomaram pílula por muito tempo, bastam alguns meses sem o uso do anticoncepcional para que o corpo volte a ovular normalmente, possibilitando a gravidez.

Entretanto, algumas mulheres podem ter doenças que causam infertilidade (como endometriose, menopausa precoce, entre outras) e os hormônios da pílula agirem amenizando os sintomas. Assim, ao parar de tomar a pílula e tentar engravidar, os sintomas são percebidos e a infertilidade é descoberta. Nesses casos, a pílula pode ser erroneamente associada à infertilidade. Vale lembrar, portanto, a necessidade de se realizar acompanhamento ginecológico durante toda a vida da mulher.

Dessa forma, a afirmação de que usar anticoncepcional por muito tempo pode causar infertilidade é um MITO.

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