O que é imagem hipodensa na tomografia

Context 1

... brasiliensis No sexto dia de internação, a paciente queixou-se de cefaléia e sensação vertiginosa. Devido à persistência da imagem radiológica, foi procedida broncoscopia. Esta evidenciou brônquios pérvios com saída de secreção francamente purulenta dos brônquios lobares superior e médio esquerdos, sendo coletado broncoaspirado e o material enviado para citologia, baciloscopia e cultura para BK: todos negativos. A paciente evoluiu com piora da cefaléia, persistência da vertigem, náuseas, vômitos e instabilidade de marcha, sendo solicitada avaliação neurológica. O exame neurológico demonstrou prova de Romberg positiva, marcha instável, dismetria no membro superior direito, discreta rigidez de nuca, demais dados sem anormalidades. A tomografia computadorizada (TC) de crânio revelou a presença de lesão única, hipodensa de aproximadamente 4 cm de diâmetro, com halo hipercaptante em padrão anelar, após injeção de contraste iodado, em hemisfério cerebelar direito, e hidrocefalia não comunicante (Fig 2A). Optou-se por craniectomia occipital, realizada em 20 de novembro, para excisão cirúrgica da lesão devida aos sinais de compressão do tronco encefálico e obstrução ao fluxo liquórico. Durante o ato cirúrgico, constatou- se lesão com cápsula bem delimitada, supurativa, a qual pôde ser completamente ressecada. Os espécimes (pús e cápsula) foram enviados para cultura e teste de sensibilidade a antimicrobianos (TSA) para bactérias, além de estudo anátomo-patológico. Os resultados da cultura e TSA mostraram-se negativos; a anátomo-patologia identificou extensa área de necrose envolta por reação granulomatosa, observando-se grande número de células gigantes multinucleadas de Langerhans fagocitando fungos esféricos, refringentes e em gemulação múltipla, compatíveis com Paracoccidioides sp (Fig 2B). Foram solicitadas sorologias para blastomicose, histoplasmose e paracoccidioidomicose, além da pesquisa de anticorpos anti-HIV pelo método ELISA, sendo apenas positiva para paracoccidioidomicose (1:22). Iniciou-se tratamento com sulfametoxazol-trimetoprim na proporção de 2,4 g de sulfametoxazol e 480 mg de trimetoprim duas vezes ao dia. A paciente recebeu alta hospitalar em 21 de dezembro de 1998 (51 dias após a internação), apresentando melhora clínica significativa tanto do quadro respiratório quanto do ponto de vista neurológico. No sexto mês após a alta hospitalar procedeu-se controle ambulatorial. A única queixa pertinente era monoparesia do membro superior direito, referindo dificuldades para realizar tarefas domésticas rotineiras como torcer a roupa lavada. Ao exame neurológico: paciente acordada, ativa, orientada, eufásica, sem sinais de meningismo; nervos cranianos: nenhum déficit foi observado; monoparesia do membro superior direito com hiperreflexia, associadas a discreta hipoestesia no mesmo segmento corporal; prova de Romberg negativa, marcha atípica, ausência de dismetria. Exames laboratoriais foram solicitados a fim de melhor avaliar a evolução do quadro infeccioso: hematimetria 4,24 milhões/mm 3 ; hemoglobina 12,5 mg/dl; hematócrito 38%; leucometria 7500/mm 3 ; TGO 8 mg/dl; TGP 3 UI; LDH 160 UI; glicose 109 mg/dl; sódio 141 mEq/l; potássio 4,4 mEq/l; magnésio 2 mEq/l; cálcio 8,5 mEq/l; fosfatase alcalina 22 mg/dl; proteínas totais 6,0 g/dl; albumina 3,8 g/dl; globulinas 2,2 g/dl, dupla imunodifusão radial para paracoccidioides 1:16. A radiografia de tórax em PA e perfil demonstrou redução das lesões macro e micronodulares, além da remissão do padrão infiltrativo; a TC de crânio revelou ...

Áreas hipodensas na tomografia são regiões de tecido cerebral que apresentam uma representação gráfica diferente do restante do resto na avaliação da imagem, são mais escuras que o tecido sadio ao redor. Existe uma série de causas que podem gerar imagens hipodensas na tomografia. A presença de imagem hipodensa parauterina direita significa que você tem uma cisto no ovário direito ou na trompa direita. Para esclarecer melhor a origem do cisto, você deve marcar uma consulta com um ginecologista para fazer exame ginecológico e ultra-sonografia ou ressonância magnética. Lesões hipervasculares em pacientes sem hepatopatias apresentam como diagnósticos diferenciais mais frequentes hemangioma, HNF e adenoma. Os hemangiomas geralmente têm apresentação típica por imagem e são facilmente diagnosticados por tomografia computadorizada ou RM com gadolínio extracelular. Designação dada em tomodensitometria a uma zona de densidade inferior ao normal para cada estrutura ou tecido, e que pode ser fisiológica ou patológica. [ Medicina ] Termo usado para designar em imagiologia uma zona com densidade inferior à densidade média normal de uma estrutura anatómica . Uma estrutura hiperdensa é aquela que apresenta uma baixa densidade radiográfica (pretas), como os pulmões. ... Uma estrutura hipodensa é aquela que exibe uma alta densidade na tomografia (brancas), como por exemplo, os ossos. Designação utilizada em Imagiologia para uma zona de densidade superior à densidade média normal de uma determinada estrutura anatómica, observada em estudos tomodensitométricos. [Med.] Designação dada em tomodensitometria à uma zona de densidade inferior ao normal para cada estrutura ou tecido, e que pode ser fisiológica ou patológica. Exemplo de uso da palavra Hipodensidade: É usada na avaliação de imagens em radiografias e tomografias. Designação utilizada em Imagiologia para uma zona de densidade superior à densidade média normal de uma determinada estrutura anatómica, observada em estudos tomodensitométricos.

Olá. Áreas hipodensas na tomografia são regiões de tecido cerebral que apresentam uma representação gráfica diferente do restante do resto na avaliação da imagem, são mais escuras que o tecido sadio ao redor. Existe uma série de causas que podem gerar imagens hipodensas na tomografia.

O que significa a palavra Hipodensa?

Que tem densidade inferior à considerada normal.

O que é imagem Hipodensa no dente?

Em um trauma, os tecidos lesionados podem ficar descontínuos. Quando observamos radiograficamente que os fragmentos estão separados, vemos uma linha radiolúcida (nas radiografias) ou hipodensa (nas tomografias) entre os mesmos. Esta linha, na interpretação radiográfica, recebe o nome de “solução de continuidade”.

Qual o melhor exame para detectar AVC?

Tomografia Computadorizada É o exame de imagem mais indicado para identificar um AVC, pois oferece imagens detalhadas – o que ajuda a evitar complicações potencialmente fatais, como a formação de coágulos.

Quais os exames para diagnosticar AVC?

A seguir, os exames principais a serem feitos em todos os casos de AVC:

  • Exame físico. ...
  • Exames de sangue. ...
  • Tomografia do crânio. ...
  • Ressonância Nuclear Magnética do crânio. ...
  • Ultrassonografia das carótidas. ...
  • Doppler transcraniano. ...
  • Angiografia dos vasos cerebrais e do pescoço. ...
  • Ecocardiograma.

Quais são os exames para detectar um derrame?

A tomografia computadorizada é o primeiro exame solicitado para a identificação do AVC. O exame é realizado na região do crânio e, utilizando a emissão de raios-x, o aparelho transmite imagens internas da cabeça, ajudando o médico a identificar a lesão causadora do AVC.

Como o médico pode diagnosticar o derrame?

O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.

Como saber se a pessoa teve um derrame?

Como identificar um AVC

  1. Boca Torta. SORRIA – Peça para dar um sorriso.
  2. Perda de Força. ABRACE – Peça para elevar os braços.
  3. Dificuldade na Fala. MÚSICA – Repita a frase como uma música.

ARTIGO ORIGINAL

Estudo de 50 casos por tomografia computadorizada de lesões hipodensas hepáticas fundamentais na infância

Inês Minniti Rodrigues PereiraI; Beatriz Regina ÁlvaresI; Jamal BaracatII; Daniel Lahan MartinsII; Ricardo Minniti Rodrigues PereiraIII

IProfessores Doutores do Departamento de Radiologia da Universidade Estadual de Campinas

IIMédicos Residentes do Departamento de Radiologia da Universidade Estadual de Campinas

IIIAluno da Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas

Endereço para correspondência

RESUMO

OBJETIVO: Relatar os diferentes aspectos tomográficos das lesões hepáticas hipodensas na infância, orientando às diferentes possibilidades diagnósticas.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizados estudos tomográficos de lesões hipodensas hepáticas previamente diagnosticadas à ultra-sonografia em 50 pacientes pediátricos (0–16 anos). As imagens foram obtidas antes e após a administração de contraste venoso. Os aspectos de imagem foram analisados e correlacionados posteriormente com o diagnóstico anatomopatológico.

RESULTADOS: Dos 50 casos estudados, 47 foram confirmados, 30 destes por estudo anatomopatológico. A maioria das lesões era benigna, sendo o hemangioma o mais freqüente (20% dos casos). Tais lesões apresentaram captação homogênea do meio de contraste, principalmente na fase tardia, diferenciando assim das malignas. As lesões malignas mais freqüentes foram as metástases (18%).

CONCLUSÃO: O presente estudo constatou que o exame tomográfico, antes e após a administração do contraste venoso, dinâmico e/ou helicoidal, foi de grande valia para a complementação da hipótese diagnóstica nas lesões hipodensas hepáticas na infância, devendo ser rotina após diagnóstico ultra-sonográfico.

Unitermos: Lesão hipodensa hepática; Tomografia computadorizada; Infância.

INTRODUÇÃO

Tumores hepáticos constituem apenas 5% a 6% de todos os tumores abdominais na criança. Neoplasias hepáticas primárias são a terceira causa de malignidade na infância, depois do tumor de Wilms e do neuroblastoma, e são a malignidade mais comum do trato gastrintestinal nas crianças(1).

Tais tumores são ainda um desafio para o radiologista e o clínico. Por vezes, tumores benignos simulam lesões expansivas malignas ou metástases, levando a decisões terapêuticas equivocadas. Assim, é importante que o radiologista se familiarize com as diferentes técnicas e características da variedade de tumores hepáticos(2).

A ultra-sonografia (US) é freqüentemente a modalidade de imagem inicial na avaliação da criança com suspeita de lesão expansiva abdominal. Quando a US confirma a origem hepática do tumor, imagens adicionais são obtidas por tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). Quanto à escolha da TC ou RM como próxima modalidade, há controvérsia e depende da experiência e disponibilidade das técnicas na instituição.

A TC é técnica adequada para imagem hepática. Em virtude da rápida aquisição de imagens, é possível avaliar o parênquima hepático em duas fases (imediata e tardia), tendo em vista que o fígado tem suprimento sanguíneo duplo, melhorando assim a detecção e caracterização do tumor(3).

O objetivo dos autores é relatar os diferentes aspectos tomográficos das lesões hepáticas hipodensas na infância, orientando às diferentes possibilidades diagnósticas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram realizados estudos tomográficos de lesões hipodensas hepáticas previamente diagnosticadas por US em 50 pacientes com idade até 16 anos, antes e após contraste venoso dinâmico e/ou helicoidal, nas dosagens de 1,5 ml/kg/peso.

Realizou-se estudo com cortes de 3 a 5 mm de espessura numa primeira fase, sem injeção de contraste venoso, e numa segunda fase realizaram-se os mesmos cortes, imediatamente após injeção do contraste (fase imediata). Após 15 a 20 minutos da injeção inicial (fase tardia), foram realizados os mesmos cortes, observando-se assim o comportamento das lesões na fase imediata e na tardia.

Foram analisados os aspectos das lesões e, posteriormente, algumas delas, correlacionadas com o diagnóstico anatomopatológico.

RESULTADOS

Dos 50 casos estudados, 30 foram confirmados por meio de estudo anatomopatológico hepático. Os casos não biopsiados foram lesões relacionadas a hemangiomas, hemangioendoteliomas e cistos hepáticos, em que o diagnóstico foi elaborado pela história clínica, exames de US e TC e por controles posteriores.

A maioria das lesões era benigna, e o hemangioma foi o mais freqüente (20% dos casos). Tais lesões apresentaram captação mais homogênea do contraste, principalmente na fase tardia (Quadro 1).

O que é imagem hipodensa na tomografia

As lesões malignas mais freqüentes foram as metástases (18%). A impregnação por contraste dessas lesões é irregular na fase imediata e não se altera na fase tardia (Quadro 1).

DISCUSSÃO

Assim como na literatura, as lesões hepáticas benignas foram as mais freqüentes neste estudo, sendo em sua maioria hemangiomas(4,5), que são tumores mesenquimais e lesões vasculares sintomáticas mais comuns na infância(6,7). Podem apresentar-se como lesões expansivas abdominais associadas a insuficiência cardíaca de alto débito. Na TC aparece como lesão hipodensa com ou sem calcificações e após contraste venoso há captação periférica na fase imediata e na fase tardia há homogeneização da lesão (Figura 1).

O que é imagem hipodensa na tomografia

O hemangioendotelioma do lactente é o tumor hepático benigno mais comum nos seis primeiros meses de vida(8,9). Na fase anterior ao contraste venoso observam-se lesões hepáticas de contornos bem definidos, com áreas centrais hipodensas e septações internas, constatando-se o mesmo comportamento dos hemangiomas na fase após contraste (Figura 2).

O que é imagem hipodensa na tomografia

Hamartoma mesenquimal é uma lesão rara e benigna, acometendo mais freqüentemente crianças abaixo dos dois anos de idade. É considerado mais como falha no desenvolvimento do que uma neoplasia verdadeira. Aparece como lesão hepática cística, multiloculada, com finas septações internas.

Cistos hepáticos simples são encontrados acidentalmente, mostrando-se na TC como imagens hipodensas, de contornos lisos e finos, geralmente solitários e periféricos. Não apresentam realce após injeção do contraste(10,11).

Fibrose hepática congênita geralmente complica com hipertensão portal, e na TC observam-se múltiplas lesões hipodensas com calcificações das paredes, podendo ocorrer hemorragia no seu interior(12).

As causas mais freqüentes de abscessos hepáticos na infância são decorrentes de apendicite perfurada ou doença granulomatosa. Apresentam-se como áreas hipodensas, com captação heterogênea após contraste venoso (Figura 3).

O que é imagem hipodensa na tomografia

Quanto às lesões malignas, as mais comuns são as metastáticas. Variam de tamanho e de forma e são hipodensas na fase anterior ao contraste, bem delimitadas e múltiplas. Por serem pouco vascularizadas tornam-se irregulares com graus variados de impregnação ou mantêm-se hipodensas (Figura 4). A metástase hepática mais comum na infância é por neuroblastoma(13,14).

O que é imagem hipodensa na tomografia

O hepatoblastoma é o tumor hepático mais comum na faixa etária dos lactentes jovens, antes de um ano de idade(6,15). Apresenta-se como grande lesão sólida hipodensa e central, podendo conter calcificações e áreas de hemorragia. Na fase após o contraste há realce intenso, acentuando a lobulação interna e a nodularidade (Figura 5).

O que é imagem hipodensa na tomografia

O carcinoma hepatocelular (hepatoma) tem incidência elevada no adulto jovem, porém, quando aparece na infância, é mais comum nos lactentes(16). Na TC aparece como lesão solitária, grande ou multinodular hipodensa, e freqüentemente apresenta-se com área de necrose central e hemorrágica. Na fase após contraste há realce nas áreas não necrosadas (Figura 6).

O que é imagem hipodensa na tomografia

O sarcoma indiferenciado hepático tem origem embrionária e representa a quarta neoplasia mais comum da infância(17,18). Apresenta-se como massa hipodensa com aspecto cístico ou heterogêneo, que depende do grau de necrose e das áreas de hemorragia, dando aspecto de áreas septadas e sólidas. Na fase pós-contraste a impregnação é irregular.

Observa-se que as lesões benignas apresentam captação mais homogênea do contraste, principalmente na fase tardia, diferenciando-se assim das lesões malignas. Associando achados clínicos às características tomográficas das lesões hepáticas, direciona-se a hipótese diagnóstica.

CONCLUSÃO

O presente estudo constatou que o exame tomográfico, antes e após a administração do contraste venoso, dinâmico e/ou helicoidal, foi de grande valia para a complementação da hipótese diagnóstica nas lesões hipodensas hepáticas na infância, devendo ser rotina após o diagnóstico ultra-sonográfico.

Recebido para publicação em 24/6/2004.

Aceito, após revisão, em 4/7/2005.