De acordo com o Ministério da educação o plano de carreira docente tem como objetivo principal

ESTRATÉGIAS:

18.1) estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do terceiro ano de vigência deste PNE, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados;

18.2) implantar, nas redes públicas de educação básica e superior, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina;

18.3) realizar, por iniciativa do Ministério da Educação, a cada 2 (dois) anos a partir do segundo ano de vigência deste PNE, prova nacional para subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante adesão, na realização de concursos públicos de admissão de profissionais do magistério da educação básica pública;

18.4) prever, nos planos de Carreira dos profissionais da educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu;

18.5) realizar anualmente, a partir do segundo ano de vigência deste PNE, por iniciativa do Ministério da Educação, em regime de colaboração, o censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério;

18.6) considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas no provimento de cargos efetivos para essas escolas;

18.7) priorizar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo planos de Carreira para os (as) profissionais da educação;

18.8) estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação de todos os sistemas de ensino, em todas as instâncias da Federação, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação dos planos de Carreira.

18.2 - Estágio probatório

Implantar, nas redes públicas de Educação Básica e superior, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante este período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do professor, com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina.

Não há um indicador que permita acompanhar o cumprimento desta estratégia


Confira estratégias para montar um plano de carreira que promova a motivação dos professores da sua instituição. Confira o artigo!

Falta de reconhecimento e de boas condições profissionais são algumas razões para a redução do interesse dos jovens em se tornarem educadores e para a falta de motivação dos professores para permanecer nas instituições.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 51% dos estudantes que ingressam em faculdades de pedagogia e licenciatura concluem o curso. Desses, apenas 27% têm interesse em atuar na sala de aula.

Para incentivar a formação de novos profissionais, o Ministério da Educação lança projetos e realiza investimentos. Entretanto, as instituições de ensino precisam aliar essas políticas a um ótimo plano de carreira como forma de reter os melhores profissionais e garantir a motivação dos professores.

Neste artigo, abordamos estratégias para montar um plano de carreira que contemple qualidade de vida, educação continuada e reconhecimento salarial. Além disso, mostramos algumas ações complementares para o engajamento docente. Boa leitura!

Qual é a importância do plano de carreira em instituições de ensino?

Em um mercado competitivo como o da educação, se você deseja manter um quadro de professores estável e altamente motivado, estruturar um plano de carreira é primordial. Para tanto, esse investimento deve ser uma combinação entre incentivo à formação continuada do professor e equiparação salarial à sua qualificação.

As organizações com os corpos de colaboradores mais estáveis são aquelas que, além de oferecer benefícios pessoais e financeiros, garantem que esses profissionais tenham condições de desenvolver uma trajetória rumo à autorrealização.

Um dos principais problemas de uma empresa é o chamado turnover (ou rotatividade de pessoal). Se em sua escola a quantidade de desligamentos ― especialmente de professores ― for alta, isso pode ser muito prejudicial à imagem institucional.

Como a família se sente ao ver que há trocas constantes de professores em determinadas disciplinas? E mais, como fica o desempenho escolar, já que cada profissional tem sua própria didática de ensino?

Uma peculiaridade das escolas é o vínculo que os professores criam com os alunos. Esse é um fator importante para que haja um clima harmonioso que favoreça, inclusive, o desempenho dos estudantes e evite problemas que acarretem até mesmo transferências ― o que pode afetar a parte financeira.

Por isso, uma forma de valorizar seus talentos e manter a motivação dos professores é criar um plano de carreira atraente e que, de fato, possibilite o crescimento profissional.

Veja a seguir algumas estratégias para implantar um plano de carreira docente em sua escola.

Estabeleça a divisão da jornada

Além das horas com alunos, professores têm outras atividades que estão contidas no trabalho docente, como planejamento de aulas, correção de provas, leitura de materiais, entre outras. Essas atividades muitas vezes não são previstas nas horas remuneradas do profissional.

Ao especificar a divisão de turnos no plano de carreira, é importante determinar um período para que o educador se dedique a essas atividades, a fim de evitar que o profissional as faça em seus horários sem remuneração.

Crie programas de educação continuada

Para ser um bom mestre, é fundamental ser um constante aprendiz. Buscar conhecimento é a principal maneira de se manter atualizado e apto a ensinar. Por isso, é imprescindível incentivar a formação continuada.

Uma forma eficiente de manter seus professores atualizados é incorporar programas de cursos ao calendário escolar. Eles podem acontecer dentro da própria instituição e ser ministrados por professores convidados ou por meio de intercâmbios com outras entidades.

Além disso, você pode incentivar que seus professores se inscrevam em programas de pós-graduação. Uma das formas mais eficazes é criar políticas de custeio parcial ou integral das mensalidades, preferencialmente em instituições parceiras ou da mesma rede (se houver).

Estabeleça políticas de progressão salarial

Se sua escola não tiver condições de custear o pagamento de cursos de pós-graduação, uma saída para incentivar a educação continuada é o estabelecimento de políticas de progressão salarial de acordo com a quantidade e o grau de títulos que um professor obtiver.

Isso significa que um profissional apenas com licenciatura, por exemplo, não pode ganhar mais do que um educador com mestrado ou doutorado na sua área, salvo se sua carga horária for muito extensa.

Além disso, considere bônus salariais de acordo com o tempo de serviços prestados à instituição. Essa é outra forma de valorizar a experiência profissional de professores que estão trilhando uma carreira dentro de sua escola.

Dê possibilidades de ascensão para outros cargos

À parte os benefícios salariais, oferecer alternativas para que os professores possam assumir outras atividades além da sala de aula também é um grande incentivo.

Logicamente, não há espaço para que todos ocupem cargos de coordenação. No entanto, incentivá-los a dirigir projetos específicos ou a fazer parte de comissões de planejamento pedagógico é uma forma de estimular seu engajamento, além de ser mais uma alternativa para bonificação salarial.

Que outras ações auxiliam na motivação dos professores?

Como você pôde perceber, a construção do plano de carreira em uma escola basicamente está atrelada a bonificações salariais, estímulo à educação continuada e possibilidade de o profissional assumir cargos de maior responsabilidade.

Porém, outras iniciativas de custo baixo integradas ao planejamento anual podem ser bastante eficazes quando o assunto é motivação dos professores. Veja algumas.

Incentive redes de diálogo com os professores

Um dos maiores problemas de recursos humanos em uma escola é a comunicação. Portanto, ao investir em canais que favoreçam o diálogo estreito com os professores, a gestão escolar torna-se democrática e transmite a sensação de que está interessada nas contribuições dos educadores na busca por soluções coletivas para melhorias do trabalho cotidiano e da qualidade do ensino.

Um exemplo disso é organizar reuniões e audiências e promover trocas de impressões com os profissionais. Graças ao contato direto que eles têm com os estudantes na vivência da sala de aula, surgem informações valiosas.

Além disso, incorporar aos encontros de capacitação profissional treinamentos sobre inteligência emocional, por exemplo, pode contribuir para que essa experiência se torne mais arrojada e gere melhores resultados para todos os lados.

Abra espaço para os professores nas decisões da instituição

Adotar um processo decisório que conte com a participação dos professores pode gerar medidas muito mais eficazes. Um exemplo disso são as tomadas de decisão coletivas para ajustes no projeto político-pedagógico, ou mesmo quando a escola deseja abraçar um projeto específico ou modificar a metodologia de ensino.

A avaliação dos professores é importante para que a gestão escolar observe se, do ponto de vista prático, tais ideias são realmente válidas e se devem ser implantadas naquele momento.

Destaque a produção individual dos professores

É comum que muitos professores desenvolvam outros trabalhos além da sala de aula, por exemplo no campo da pesquisa. Nesse contexto, a criação de canais com conteúdo baseado nos conhecimentos individuais dos professores é uma excelente forma de valorização do corpo docente, bem como uma ferramenta útil de marketing institucional.

Blog posts, artigos em jornais internos, entrevistas, lives nas redes sociais e até mesmo reportagens tendo os professores como foco são meios eficientes de possibilitar maior visibilidade ao corpo docente e, portanto, valorizá-lo.

O capital humano é o bem mais importante para qualquer organização, já que representa a força de crescimento do negócio. Nas instituições de ensino, em especial, isso pode ser observado por meio de um corpo docente motivado e engajado com a instituição.

Dessa forma, estabelecer um conjunto de estratégias de interação com os profissionais atreladas a um plano de carreira consistente não apenas fomenta a permanência dos professores na instituição, como favorece uma parceria saudável e efetiva.

O investimento na motivação dos professores se traduz em resultados para toda a comunidade escolar: profissionais satisfeitos com seu trabalho ajudam a criar um ambiente de estímulo saudável para os alunos e aproxima a família da escola!

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