A Renault Duster Oroch 2017 foi lançada em junho trazendo como uma das principais novidades a opção de transmissão automática de quatro marchas na versão Dynamique com tração 4x2, o que permite à picape de origem francesa competir em melhores condições com a Fiat Toro Freedom Flex, que só é vendida com câmbio automático.
Características técnicas O quadro abaixo traz os dados técnicos, de desempenho e dimensionais dos dois modelos (grifo azul no melhor, vermelho no pior).
As duas vêm de série com ar-condicionado, direção com assistência elétrica, sistema de áudio, vidros e travas elétricas e rodas de 16 polegadas. A Renault Duster Oroch Dynamique traz a mais bancos em couro, rodas de alumínio, sistema multimídia com navegação por satélite (GPS) integrado, capota marítima, volante revestido em couro, entre outros itens. Para equipar a Fiat Toro com tais itens é necessário adicionar pacotes de opcionais que levam seu preço a cerca de R$ 88 mil reais, o que significa dizer que a Duster Oroch é R$ 10 mil reais mais barata.
A Fiat Toro adota uma transmissão automática de seis marchas, enquanto a Oroch usa uma caixa de quatro velocidades. Essa diferença mecânica à favor da Toro não se reflete em consumo, pois, segundo o INMETRO, a Oroch é mais econômica, como pode ser visto no quadro abaixo (grifo azul no melhor resultado, vermelho no pior).
Garantia Tanto Renault Duster Oroch quanto Fiat Toro são vendias com garantia de 3 anos, sem limite de quilometragem. Conclusão A Renault Duster Oroch chegou ao mercado em 2015 inaugurando o segmento de picapes médias-compactas, mas trazendo apenas transmissão manual.Agora, com a linha 2017, chegou a opção de transmissão automática, e melhorias adicionais para lhe conferir maior eficiência (veja detalhes aqui). Na comparação com a Fiat Toro, a Oroch 2.0 Automática tem melhor desempenho, menor consumo e melhor relação custo x benefício, mas a picape da Fiat tem um acabamento de padrão superior e mais espaço de carga.
A Fiat Toro testada é a versão de entrada Freedom flex 1.8 automática 1/25
A Renault Duster Oroch é a topo de linha 2.0 flex, única versão com câmbio automático 2/25
Visual da Toro é mais moderno e chama mais atenção nas ruas 3/25
Oroch é mais sóbria, com destaque para a iluminação diurna com lâmpadas halógenas 4/25
Mais pesada, a Toro tem 1.619 kg 5/25
Já a Duster Oroch pesa 1.375 kg 6/25
Destaque da Toro é a tampa traseira bipartida 7/25
Com duas travas, uma para cada porta, ela se abre horizontalmente 8/25
Oroch tem o sistema convencional com uma porta que abre verticalmente 9/25
Feita em Goiana (PE), a Toro mede 4,91 m de comprimento 10/25
Já a Duster Oroch, produzida em São José dos Pinhais (PR), tem 4,69 m de comprimento 11/25
Motor 1.8 flex da Fiat rende 139 cv com etanol 12/25
No 2.0 flex da Renault são 148 cv com etanol 13/25
Caçamba da Toro tem capacidade para 1.000 kg de carga ou 820 litros 14/25
Na Oroch são 650 kg ou 683 litros 15/25
Acabamento da Toro adota materiais mais agradáveis 16/25
Detalhe do banco que esconde um porta-objeto 17/25
Oroch tem o mesmo interior do SUV Duster, com materiais mais rústicos 18/25
Espaço no banco traseiro é um pouco maior na picape da Fiat em função do entre-eixos 17 cm maior 19/25
Mas não significa que na Oroch os passageiros atrás viagem apertados 20/25
Ambas as picapes vêm de fábrica com ar-condicionado e rádio 21/25
Na Oroch, a central multimídia traz mais GPS e tela sensível ao toque 22/25
Comandos são melhores posicionados na Toro 23/25
Comandos do rádio ficam em uma alavanca na coluna de direção da Renault 24/25
Detalhe da alavanca de câmbio da Oroch. As duas picapes permitem trocas manuais movendo a alavanca para a esquerda 25/25 O iCarros já colocou as duas picapes intermediárias Fiat Toro e Renault Duster Oroch frente a frente quando a Oroch era oferecida apenas com câmbio manual. Desde junho deste ano, no entanto, ela passou a ser vendida também com transmissão automática. Disponíveis somente com cabine dupla, o iCarros avaliou ambas em versões flex. A Fiat Toro Freedom sai por R$ 81.700, enquanto a Duster Oroch Dynamique automática cobra R$ 77.900, uma diferença de R$ 3.800. Qual vale mais o custo/benefício? Leia mais: Motorização e desempenho Lembrando que as duas picapes são flex, o modelo da Fiat traz motor 1.8 que rende 139 cv e 19,3 kgfm com etanol, com câmbio automático de seis marchas e tração 4x2. Já a Renault tem um 2.0 de 148 cv e 20,9 kgfm, respectivamente. Nesse caso, a transmissão é automática de quatro velocidades, também com tração 4x2 – não há opção 4x4, ao menos por enquanto, no portfólio da Oroch. Andando, seu motor maior dá mais ânimo à picape, além de oferecer um pouco mais de torque. É preciso considerar ainda que ela é mais leve, pesando 1.375 kg contra os 1.619 kg da Toro - são 244 kg de diferença. A superioridade da Renault fica clara nos dados de 0 a 100 km/h, em que a Oroch cumpre em 10,4 segundos e a Toro em 12,2 segundos, ambas com etanol. O problema da Oroch é exatamente o novo câmbio automático de apenas quatro velocidades, que acaba deixando a picape em uma situação inferior à rival. Ele limita as respostas aos comandos de aceleração e acaba elevando o nível de ruído dentro da cabine em velocidades maiores, como na estrada, o que não ocorre na Toro. Com seis marchas, o modelo da Fiat é mais versátil e gera maior conforto tanto acústico quanto de "trancos", mesmo em reduções. Eu já disse no passado que acho que o motor 1.8 e a calibração da transmissão não casaram tão bem na Toro, mas não há dúvidas de que ficou melhor que o conjunto da Duster Oroch. Nas duas picapes é possível fazer trocas manuais na alavanca de câmbio movendo-a para a esquerda, aumentando as marchas para baixo e reduzindo para cima. Leia a opinião de donos de Toro Um item cada vez mais relevante para os consumidores, o consumo não foi digno de elogios em nenhum dos modelos. A Oroch fez média de consumo de 4,7 km/l na cidade com etanol rodando sempre em congestionamentos, enquanto a Toro registrou 4,6 km/l de média nas mesmas condições. Segundo o Inmetro, a Fiat roda 5,8 km/l na cidade e 7,4 km/l na estrada contra os 5,9 km/l e 7,6 km/l, respectivamente, da Renault, ambas com etanol no tanque. Quanto à dirigibilidade, a Fiat sai na frente com um acerto mais equilibrado. Ela oferece suspensão mais confortável capaz de filtrar melhor o piso, além de sua direção elétrica ser mais direta. Na Oroch, a carroceria inclina mais em curvas e sua direção - do tipo eletro-hidráulica - é um pouco dura demais em baixas velocidades e leve demais acima dos 50 km/h. É bom ressaltar que ambas têm suspensão independente atrás, como num veículo de passeio, e não eixo de torção como nas picapes médias. Dimensões e espaço interno Feita em Goiana (PE), a Toro mede 4,91 m de comprimento, 1,84 m de largura, 1,68 m de altura e 2,99 m de entre-eixos. Na caçamba, há capacidade para 1.000 kg de carga ou 820 litros de bagagem. Já a Duster Oroch, produzida em São José dos Pinhais (PR), tem 4,69 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,69 m de altura e 2,82 m de entre-eixos. Ou seja, ela é menor, o que aparece na caçamba: são 650 kg ou 683 litros. A picape da Fiat ainda tem a vantagem da tampa da caçamba bipartida, abrindo horizontalmente uma porta para a direita e outra para a esquerda, facilitando o acesso. O “porém” desse sistema é que existem assim duas travas que devem ser soltas para abri-la. Veja a ficha técnica e mais detalhes da Toro Por dentro, a Renault exibe acabamento com qualidade inferior e comandos em posições pouco ergonômicas. A famosa alavanca na coluna de direção com os botões do rádio seguem ali, com o volante com comandos apenas do controlador de velocidade que, por sinal, é ligado ou desligado por um botão no console central. No console (um pouco escondido na parte de baixo) também fica o botão para acionar o modo Eco que privilegia o consumo de combustível – há ainda indicador de trocas de marcha no painel e gráficos na central multimídia para auxiliar o motorista a ser mais econômico na direção. Mais elegante e moderna por dentro e por fora, a Toro mostra melhor escolha de materiais. A posição do banco traseiro é incômoda nas duas picapes, já que ele fica quase em um ângulo de 90 graus. Um pouco mais de inclinação tornaria a viagem mais agradável para quem vai atrás. No mais, há bom espaço para as pernas nos dois modelos, um pouco melhor na Toro em função do entre-eixos 17 cm maior. Além disso, o puxador da porta traseira da Oroch é muito pronunciado e pode encostar no ocupante se ele não ficar atento. Falando no banco de trás, é bom apontar que a Toro das fotos traz itens que fazem parte de um pacote opcional de R$ 1.793, incluindo tomada 12V, entrada USB, apoio de braço e porta-copo traseiros. Equipamentos de série As duas versões avaliadas – lembrando que na Toro é a de entrada e na Oroch é a topo de linha - vêm de fábrica com ar-condicionado, computador de bordo, controlador de velocidade, sensor de estacionamento traseiro, vidros (dianteiros e traseiros) e travas elétricas e volante com regulagem de altura. Pelos R$ 3.800 que cobra a mais, a Toro acrescenta controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, volante com regulagem de profundidade e direção elétrica. Na Oroch, ela é eletro-hidráulica. Mas a rival da Renault traz a mais retrovisores elétricos, rodas de liga leve (ambos os modelos são de 16 polegadas, mas na Toro são de aço), protetor de caçamba, barras no teto, santantônio, alarme, faróis de neblina e luz diurna (halógena). Outra diferença é que enquanto a Toro traz um sistema de som mais simples com Bluetooth, entrada USB e função streaming de áudio, a Oroch ataca com uma central multimídia com tela sensível ao toque e GPS integrado. Escolha de Anamaria Rinaldi – No geral, a Toro é mais agradável: em visual, em desempenho, em conforto, em dirigibilidade. Mas a Duster Oroch não fica para trás, com preço mais em conta e mais equipamentos de série. É uma briga difícil, mas dou a vitória para a Toro em função dos itens de segurança, que compensam a diferença de preço. Acompanhe as novidades do mundo automotivo pelo iCarros no: Facebook (facebook.com/iCarros) |