Como o megalodonte atacva comparado ao tubarao branco

Só de se ouvir a palavra "tubarão" vem à mente aquela imagem terrível de uma bocarra cheia de dentes afiados, pronta para dilacerar e matar os banhistas que se aventuram nas praias. Os tubarões levam a fama de monstros assassinos facilmente, por diversos motivos.O tubarão é um animal imprevisível, indomável e selvagem, dotado de uma série de características que o fazem uma das mais bem sucedidas "máquinas" mortíferas da natureza. Entretanto, o tubarão é também um dos animais mais incompreendidos pelo ser humano.

Após muitos anos de estudos e pesquisas sobre os tubarões, cientistas especializados em tubarões, como biólogos, ecólogos e estudiosos do comportamento animal, nos mostram uma criatura mais digna de admiração e respeito do que propriamente de medo.

Superpeixe

Todos os tubarões são peixes e sua existência na Terra data de aproximadamente 450 milhões de anos - um tempo quase inimaginável. O Homo sapiens (ser humano moderno) surgiu na Terra há cerca de 400 mil anos, aproximadamente. Isso quer dizer que o tubarão já nadava pelos oceanos há 449 milhões e 600 mil anos antes de nossa existência.Os estudos dos fósseis dos tubarões mostram que esses peixes tiveram pouquíssimas mudanças nas suas características - ou, em outras palavras, eles são fósseis vivos! Os tubarões são uma das obras primas da natureza, tão eficientes que não precisaram mudar em quase nada para sobreviver.

Para se ter uma ideia, eles são equipados com um superolfato, capaz de sentir o cheiro de uma gota de sangue em 2 milhões de litros de água (mais ou menos a quantidade de água que há em uma piscina olímpica) - ou seja, uma gota de sangue a 300 metros de distância dele.

Outros órgãos dos sentidos do tubarão

Além disso, podem sentir os campos elétricos de outros seres vivos, como as batidas do coração de um peixe enterrado na areia, através de "captadores" localizados na cabeça (são como buraquinhos, ou poros), chamado de ampolas de Lorenzini. Esses órgãos são também responsáveis pela capacidade de o tubarão se guiar através do campo eletromagnético da Terra, nas suas migrações pelos oceanos.

Entre as minúsculas escamas pontiagudas de sua pele (o que dá a textura de "lixa" na pele dos tubarões), há células receptoras químicas que percebem mudanças de temperatura e de salinidade na água. Mas os tubarões também podem ver e "ouvir", ao contrário do que se pensa. A visão dos tubarões tem um alcance de dois a três metros de distância e seu ouvido, além de ser responsável pelo equilíbrio, é capaz de sentir as vibrações de um peixe a se debater até a 600 metros de distância. O tubarão-branco, por exemplo, pode até mesmo enxergar fora da água.

Com todo esse aparato, os tubarões são muito eficientes para localizar suas presas e, consequentemente, colocar em ação suas armas mortais - os dentes. Esses são afiadíssimos nas espécies carnívoras e têm formato triangular (por vezes, até são serrilhados nas bordas, para rasgar a carne com maior eficiência).

Os dentes dos tubarões não possuem raízes e sempre que um dente cai ou se quebra, é substituído por outro - se nossos dentes fossem assim, jamais precisaríamos usar dentadura! Assim como todos os peixes, os tubarões respiram por brânquias e não são capazes de obter oxigênio fora da água.

Os ataques de tuabrão

Existem cerca de 400 espécies de tubarão e, dessas, apenas 33 têm registro de ataques a seres humanos. Após muitos anos de estudo, hoje se sabe que os tubarões não apreciam a carne humana. O que geralmente ocorre é que o tubarão se engana - isso mesmo, eles pensam que um surfista é uma suculenta foca, ou tartaruga.Quando nadamos, produzimos sons e vibrações na água muito parecidas com a das presas do tubarão. Então, ele vai até o infeliz banhista, morde e vai embora (ele pensa, "não é isso que eu queria"). O problema, é que a vítima muitas vezes não resiste aos ferimentos provocados pela mordida e morre.

Outras vezes, os ataques podem ter motivos territoriais, como é o caso do tubarão touro ou cabeça chata (Carcharhinus leucas). Esse animal é territorialista e isso quer dizer que ele não gosta que invadam a sua casa. Se alguém estiver nadando no lugar que "pertence" a esse tubarão, ele considera como uma invasão de propriedade e ataca - da mesma forma como não gostamos de estranhos em nossa residência, ele também não gosta.

Já o tubarão tigre ataca surfistas e banhistas por confundi-los com sua presa favorita, a tartaruga marinha. Apesar da maior parte dos ataques ocorrer sem nenhuma provocação, há aqueles que acontecem por causa de pessoas que importunam os tubarões, como por exemplo, segurar a cauda do bicho.

Importância ecológica do tubarão

Tanto para o ecossistema como para o ser humano, os tubarões são de grande importância. Por serem grandes predadores, estão no topo da cadeia alimentar e contribuem para o controle e a saúde das populações das espécies que são suas presas. Além disso, muitas vezes se alimentam de bichos doentes e velhos.O ser humano se beneficia dos tubarões comendo sua carne ou extraindo vitamina A de seu fígado - mas atualmente, esta é produzida artificialmente em laboratório. As células do tubarão possuem um lipídio (célula de gordura) que parece ser um poderoso antibiótico e está sendo experimentalmente testado no tratamento de doenças humanas. Além disso, os tubarões também são dotados de uma proteína em seu fígado (a esqualamina), estômago e vesícula biliar, capaz de inibir tumores cerebrais.A famosa cartilagem de tubarão, que dizem curar doenças ósseas nos seres humanos, é uma falsa promessa. Ela nada tem de especial, mas essa promessa falsa é a responsável pela morte de milhões de tubarões. Podem-se obter os mesmos benefícios da cartilagem de tubarão ao se ingerir gelatina.Estudos dizem que 73 milhões de tubarões são mortos por ano por causa de suas barbatanas - que contêm cartilagem e ainda por cima são uma iguaria cara e muito apreciada pelos japoneses e chineses.

Nesse momento é importante lembrar que se todos os tubarões forem mortos não haverá como tirar qualquer benefício deles - e ainda por cima, isso causaria um desequilíbrio ecológico de enormes proporções.

O maior tubarão de todos

Imagine um tubarão de 15 metros de comprimento (o tamanho de um caminhão de transportar carros) escuro, com o corpo coberto por manchinhas brancas - esse é o tubarão-baleia. Mas ao contrário de seus irmãos, esse tubarão só come plâncton, algas, krill (espécie de camarão de pequeno tamanho).São inofensivos para os seres humanos e outros animais marinhos. Muitos mergulhadores sonham em nadar ao lado do maior e mais belo peixe do mundo, e os que já tiveram essa sorte, consideram-na uma experiência inesquecível. Esse animal incrível vive em águas tropicais (quentes) e têm hábitos solitários - eles raramente são vistos em cardumes. Pouco se sabe sobre o tubarão-baleia, e por isso, há muitos cientistas interessados em estudá-los.

Entretanto, o temperamento manso desse tubarão faz dele um alvo fácil para caçadores inescrupulosos. Essa espécie já é protegida em diversos países, pois já está ameaçada de extinção. Para se ter uma ideia, o NUPEC (Núcleo de Pesquisas e Estudos de Chondrichthyes) relata que no dia 7 de novembro de 2006 três homens foram presos por matarem uma fêmea de tubarão-baleia nas águas das Filipinas.

Conteúdo publicado há

11 meses

Imagem do tubarão que viralizou no Tiktok Imagem: Reprodução/TikTok/@.alex.albrecht

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/05/2021 13h27Atualizada em 27/05/2021 13h27

Um vídeo de um tubarão gigante assustou um grupo de turistas em um cruzeiro o e as imagens viralizaram no TikTok. Alex Albrecht, o autor das imagens, compartilhou a gravação para seus 74 mil seguidores na plataforma de vídeos mostrando o enorme animal marinho. Até agora, a publicação já alcançou mais de 35 milhões de visualizações.

Enquanto estava em um cruzeiro, no Oceano Atlântico, Albrecht avistou o tubarão e rapidamente pegou seu celular para registrar o momento. "Naveguei por seis semanas no Atlântico e vi este grande tubarão", disse o músico na legenda.

Outros turistas observavam o animal nadando bem perto da superfície e também ficaram impressionados. Entre alguns palpites sobre qual espécie seria o tubarão, usuários alegaram que poderia ser um Megalodon.

"Sim é definitivamente o Megalodon!", disse um dos seguidores. Outro ainda foi mais a fundo em sua teoria: "Só estou dizendo que ninguém pode dizer que o Megalodon não existe quando exploramos apenas 5% do oceano".

Ainda que o tubarão nas imagens seja grande, não é possível confundi-lo com a espécie pré-histórica, que foi extinta há pouco mais de 2 milhões de anos. Teorias conspiratórias afirmam que o animal está vivo nas profundezas do oceano mas, para os especialistas, não há duvidas de que ele esteja extinto.

A espécie filmada por Albrecht não foi identificada. No entanto, alguns acreditam que seja um tubarão-frade, espécie considerada inofensiva aos humanos.

Megalodon, o maior tubarão que já existiu, foi um predador feroz nos mares pré-históricos com uma força de mordida cinco vezes mais forte que a do tubarão-branco de hoje. Mas as fêmeas também eram mães especiais. Uma análise de dentes de megalodon encontrados em locais de vários continentes sugere que esses gigantes costumavam usar berçários para melhorar as chances de sobrevivência de seus filhotes, assim como fazem alguns tubarões hoje.

Como o megalodonte atacva comparado ao tubarao branco
Como o megalodonte atacva comparado ao tubarao branco
Ilustração, Enciclopédia Britânica.

Conheça o Megalodon

Seu nome científico é Carcharocles Megalodon que significa ‘dente grande’. Durante seu tempo de vida foi o maior peixe que já existiu. Segundo a britânica.com, ‘os maiores indivíduos mediam até 18 metros, cerca de três vezes o tamanho dos maiores tubarões de hoje’.

Para efeito de comparação, hoje, os maiores peixes do mar são os tubarões-baleia.

O animal precisa comer até 900 kg por dia

‘Pesquisadores estimam que ele necessitava comer cerca de 900 kg por dia. As fêmeas tinham até duas vezes o tamanho dos machos.’

‘Fósseis do animal são da era Miocena, que começou 23 milhões de anos atrás. Com uma boca de quase 3 metros de largura, o megalodon pode ter tido a mordida mais poderosa de todos os tempos. Seus dentes eram do tamanho de bananas’.

Como o megalodonte atacva comparado ao tubarao branco
Imagem, © BROCKEN INAGLORY, WIKIMEDIA COMMONS.

Recentemente, um skipper  da Flórida achou um dente de megalodon. Michael Nastasio estava mergulhando na costa de Veneza, Flórida, quando fez a descoberta que o catapultou para as redes sociais.

Como o megalodonte atacva comparado ao tubarao branco
Imagem, https://abc3340.com/.

Pesava entre 50 até 75 toneladas

O animal foi extinto há 2,5 milhões de anos. E, segundo a National Geographic, pesava entre 50 a 75 toneladas. Sua alimentação era baseada em baleias, golfinhos, focas e, possivelmente, outros tubarões. Habitava todas as partes dos oceanos formados por águas tropicais e subtropicais.

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Megalodon e os atuais tubarões. Ilustração,

Sua mordida podia esmagar um automóvel

Ainda de acordo com a NG, ‘O megalodon é um exemplo de tubarão que não conseguiu se adaptar ao ambiente em mudança. A mordida do animal poderia esmagar um automóvel, diz a NG, e mais: a força da mordida era três vezes mais potente que a do T. Rex’.

Era da família do tubarão-branco?

A Ocean Conservancy, explica: ‘A maioria das representações modernas pintam o megalodonte como se fosse um grande tubarão branco superdimensionado, e muito disso se deve ao fato de que os cientistas pensaram por algum tempo que o grande tubarão branco e o megalodonte compartilhavam um ancestral comum.’

Como o megalodonte atacva comparado ao tubarao branco

‘Hoje, acredita-se que o megalodon foi na verdade a última espécie de uma linhagem separada de tubarão. Em termos de aparência, as diferenças em relação ao seu big white clássico incluem uma mandíbula mais compacta, nadadeiras peitorais mais longas e um nariz mais curto, conhecido como rostro’.

Novo estudo revela novidade sobre as fêmeas

De acordo com matéria do www.science.org/, muitos animais marinhos modernos, de camarões a tubarões, dependem de berçários. Essas áreas mais rasas, como manguezais e gramas marinhas, são ricas em nutrientes, que ajudam os jovens a crescer grandes e fortes o suficiente para sobreviver por conta própria.

Como o megalodonte atacva comparado ao tubarao branco
Ilustração usada pelo site www.science.org, de autoria de Humberto Ferrón.

Em 2010, pesquisadores liderados por Catalina Pimiento, uma paleobióloga da Swansea University, encontraram possíveis evidências de um berçário de megalodontes na costa do Panamá.

Uma série de dentes juvenis de megalodonte – os únicos restos dos tubarões deixados para trás no registro fóssil, já que seus esqueletos eram feitos de cartilagem – no local de 10 milhões de anos sugeriu que jovens podem ter vivido lá.

No novo estudo, uma equipe à parte começou a analisar uma coleção anteriormente não examinada de 25 dentes de megalodonte aparentemente pequenos, todos encontrados nos últimos 20 anos no nordeste da Espanha.

A geologia e outras faunas fossilizadas onde os espécimes foram encontrados sugerem que ela já foi uma área costeira mais rasa, observa o líder do estudo Carlos Martínez-Pérez, paleobiólogo da Universidade de Valência, indicando que este poderia ser um berçário para jovens megalodontes.

Os pesquisadores então reuniram dados sobre 485 dentes de megalodonte de oito outros locais no Oceano Pacífico, Mar do Caribe e Oceano Atlântico. Eles estimaram os tamanhos dos tubarões e a história geográfica e paleoecologia conhecidas da área. Quatro locais adicionais revelaram ser creches potenciais de 16 milhões a 3,6 milhões de anos atrás, relata a equipe hoje na revista Biology Letters. “Isso coloca tudo em um contexto global”, diz Pimiento.

Perda da linha costeira pode explicar extinção

A aparente dependência do megalodonte em viveiros traz novas ideias sobre o que levou o grande tubarão à extinção há mais de 3 milhões de anos, diz Martínez-Pérez.

A perda da linha costeira durante esse período pode ter reduzido a disponibilidade de ambientes mais rasos e protegidos dos quais o bebê megalodon dependia para sobreviver, especula ele, talvez levando a espécie ao limite.

Assista ao vídeo para mais informações

Como o megalodonte atacva comparado ao tubarao branco

Imagem de abertura: Enciclopédia Britânica

Fontes: https://www.britannica.com/story/10-fascinating-facts-about-megalodon; https://kids.nationalgeographic.com/animals/fish/facts/megalodon;https://oceanconservancy.org/blog/2020/08/24/7-mega-wild-facts-megalodon/; https://abc3340.com/news/offbeat/skipper-finds-22-million-year-old-tooth-from-50-foot-megalodon-shark?fbclid=IwAR27gNOhpTT01NOn9-W6jr_Ucco_Dx_4ti32xMXmQq5ApgWgKiqWqW3WunQ; https://www.science.org/content/article/megalodon-was-megalo-mom?utm_campaign=ScienceNow&utm_source=Social&utm_medium=Facebook.

A pesca no Brasil é uma esculhambação total