Como a população lida com os rios

Os rios são as principais fontes de obtenção de água para o abastecimento das sociedades e também dos animais. É deles que retiramos a água que usamos para beber, lavar, irrigar, cozinhar, fazer a higiene pessoal, dentre outras aplicações importantes. A produção de energia elétrica por meio de usinas hidrelétricas é outra importante contribuição dos rios. A utilização dos rios na geração de energia ocorre com a construção de usinas hidrelétricas em determinados trechos de seu curso. Nem todos os rios são propícios a abrigar tais usinas, isso porque é necessária a existência de desníveis, fator que favorece a implantação de quedas artificiais. Por essa razão, os rios escolhidos para serem usados como força hidráulica nas usinas são aqueles que cortam áreas de relevo do tipo planalto, com superfície acidentada. Em relação à geração de energia por meio de usinas hidrelétricas, os maiores produtores são dois países da América do Norte: Estados Unidos e Canadá. Esse destaque se deve ao enorme potencial que os rios desses países possuem, especialmente nas bacias hidrográficas situadas na parte ocidental dos respectivos territórios, como por exemplo, a Bacia do Columbia (Canadá) e do Colorado (Estados Unidos). A França é o país europeu que mais usufrui da força hidráulica de seus rios, por isso existem várias usinas hidrelétricas instaladas ao longo dos cursos de água, com destaque para os mananciais que escoam das montanhas alpinas. A China é o principal destaque na Ásia, a Usina de Três Gargantas (Rio Yang-tse), ainda em construção, se tornará a maior do mundo. Ainda na Ásia, a Rússia aproveita ao máximo a força das águas de seus rios na produção de energia, por isso são diversas usinas construídas, especialmente, nos rios Obi e Lenissei.

O Brasil passou a produzir energia elétrica a partir de usinas hidrelétricas somente na primeira metade do século XX. Desde então foram construídas várias, são delas que vêm grande parte da energia elétrica gerada no país.

Publicado por Eduardo de Freitas

Como a população lida com os rios

Cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu/PR) / Foto de: Mariana Tanaka

Os rios são fontes de um dos recursos naturais indispensáveis aos seres vivos: a água. Além disso, têm grande importância cultural, social, econômica, histórica…

A vazão do rio, em termos de representatividade na renovação dos recursos hídricos, “é o componente mais importante do ciclo hidrológico. Exerce um efeito pronunciado sobre a ecologia da superfície da terra e sobre o desenvolvimento econômico humano. É a vazão do rio que é mais amplamente distribuída sobre a superfície da terra e fornece o maior volume de água para consumo no mundo.” (SHIKLOMANOV, 1998, p. 6, tradução nossa) [1].

Sustentabilidade da vida

Milhares de espécies da flora e fauna, inclusive a espécie humana, consomem água de rios, que precisam ter uma qualidade adequada para os diversos usos.

Dos rios provem grande parte da água consumida pela humanidade para beber, cozinhar, lavar, conservar alimentos, cultivar plantas, criar animais, navegação, dentre outros usos.

A água corresponde a 70% da composição do corpo humano, sendo o principal componente da saliva, do suor, das lágrimas, do sangue… Ela é parte essencial dos fluidos dos sistemas digestivo, respiratório, circulatório, nervoso, muscular, urinário, reprodutor e ósseo. Auxilia, por exemplo: o transporte de oxigênio e alimentos, o controle da pressão sanguínea e da temperatura do corpo, a eliminação de substâncias tóxicas, a lubrificação dos olhos, das narinas, das juntas e da pele, além de ajudar a absorver impactos e proteger os órgãos, dentre outras funções.

“A disponibilidade e uso de água potável, assim como a conservação de recursos hídricos, são chave para o bem estar humano.” (ARTHURTON et al, 2007, p. 116, tradução nossa) [2].

De acordo com o Comentário Geral N. 15 / 2002 do Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas, “O direito humano à água é indispensável para conduzir a vida humana com dignidade”, entendendo-se o direito à água como “o direito de toda pessoa à água suficiente, segura, aceitável, fisicamente acessível e que propicie usos pessoais e domésticos”. (UNITED NATIONS OFFICE, 2012, p. 5, tradução nossa) [3].

Aproximadamente 97,5% da água da Terra é salgada, e apenas 2,5% é doce. E a água dos rios e lagos correspondem a cerca de 0,3% do volume total de água doce do planeta. (SHIKLOMANOV, 1998, p. 4, tradução nossa). [4]

“A água de rio é de grande importância no ciclo hidrológico global e para o suprimento de água para a humanidade. Isto porque o comportamento de componentes individuais no retorno da água na Terra depende tanto do tamanho do reservatório quanto da dinâmica do movimento da água. As diferentes formas de água na hidrosfera são inteiramente reabastecidas durante o ciclo hidrológico, mas com taxas muito diferentes.” (SHIKLOMANOV, 1998, p. 6, tradução nossa). [5]

Os tempos aproximados de recarga completa de águas são os seguintes (SHIKLOMANOV, 1998, p. 6, tradução nossa) [5]:

- de pergelissolo e gelo: 10.000 anos - oceânicas: 2500 anos - subterrâneas e glaciares montanhosas: 1500 anos - de lagos: 17 anos

- de rios: 16 dias

A quantidade de água efetivamente disponível para uso humano corresponde a aproximadamente 0,007%, uma parcela relativamente pequena. (LIMA, 2001, p.09). [6]

Embora aproximadamente 70% do planeta Terra seja composto de água, há no mundo, atualmente, mais de 780 milhões de pessoas sem acesso à água potável. (UNICEF; WHO, 2012, p.2-5). [7]

Fenômenos como a migração da população de áreas rurais para urbanas, o crescimento demográfico e o processo de industrialização, dentre outros, têm, por um lado, ampliado a demanda de recursos hídricos. E, por outro lado: “Os decréscimos nos suprimentos de água potável estão comprometendo a saúde humana e a atividade econômica.” (ARTHURTON et al, 2007, p. 6, tradução nossa). [8]

Os rios também fornecem alimentos aos seres humanos, com especial destaque aos peixes, de variadas espécies e valores nutricionais. No entanto, “reduções drásticas nos estoques de peixes estão criando tanto perdas econômicas quanto uma perda de suprimento de comida” (ARTHURTON et al, 2007, p. 6, tradução nossa) [8], sendo a poluição das águas uma das principais causas da contaminação e morte de seres aquáticos, o que tem acarretado também a redução de estoques de peixes para o consumo humano.

Salienta-se, assim, a importância dos rios para a sustentabilidade da vida e a necessidade de um conjunto de ações para a sua conservação, melhoria e recuperação, nos casos em que se encontram degradados.

Irrigação

Os rios são muito importantes para a irrigação de terras em atividades agrícolas e para que a sustentabilidade da vegetação natural.

Um exemplo na história é o rio Nilo. Localizado em uma região desértica do continente africano, foi graças a ele que se pôde irrigar as terras para a agricultura no Egito Antigo. Após as cheias do rio, as terras das margens ficavam forradas de húmus, um lodo fértil.

O consumo médio de água no mundo pelo setor agrícola corresponde a cerca de 70%, sendo o restante consumido pelo setor industrial (20%) e pelo abastecimento (10%).

No Brasil, a captação de água doce para irrigação do setor agrícola corresponde a 33,5 Km3/ano, ou seja, 72,5% do volume total. (BRASIL…, 1998). [9]

Consumo pelo setor industrial

Estima-se que, atualmente, “a quantidade total de água, demandada pelo setor industrial, é de 139 m3/s, o que corresponde a um volume de aproximadamente 4,4 km3/ano” (BRASIL…, 1999) [10], o que corresponde a 9,5% da captação total de água doce no Brasil.

De acordo com a UNESCO (2012, p. 4, tradução nossa) [11], “a operação efetiva de uma indústria requer um fornecimento sustentável de água na quantidade certa, com a qualidade certa, no lugar certo, no tempo certo e com um preço correto”.

Cultura e Identidade

Os rios trazem referências culturais muito importantes sobre a sociedade humana, expressando modos de vida e implicações no cuidado e/ou falta de cuidado com o meio ambiente do qual fazem parte, os recursos tecnológicos e tipos de usos de suas águas, significados, dentre outras.

Eles fazem parte da biografia de muitas pessoas, compondo memórias e perspectivas do presente e futuro, que se alinhavam na tessitura de sua cultura e identidade.

Energia

“Energia e água estão intrinsicamente conectadas.” Há diversos tipos de fontes de energia que necessitam da água em processos produtivos. “Por outro lado, a energia é requerida para tornar disponíveis recursos d’água para uso e consumo humanos, por meio de bombeamento, transporte, tratamento, dessalinização e irrigação.” (UNESCO, 2012, p. 4, tradução nossa). [11]

Os rios são importante fonte de energia elétrica. A bacia do rio Paraná, por exemplo, possui um grande potencial de geração de energia elétrica. Nela encontra-se a maior usina do Brasil, a de Itaipú, além da usina Porto Primavera. E no rio Tocantins, um outro exemplo, localiza-se a usina de Tucuruí.

Cabe salientar a importância da abordagem sistêmica na instalação de usinas hidrelétricas, na medida em que estas trazem uma série de implicações ao meio ambiente, em termos de ecossistema e dimensões socioculturais e econômicas.

História

Os rios têm sido marcantes na história da humanidade. Exemplo disto é o rio Nilo, segundo rio do mundo em extensão, que foi determinante para o desenvolvimento do Egito antigo. Localizado em uma região desértica do continente africano, foi graças ao rio Nilo (denominado de Iteru, “o grande rio”, na época do Egito Antigo) que a sociedade egípcia teve acesso à água para beber, irrigar as terras para a agricultura (após as cheias do rio, as terras das margens ficavam forradas de húmus, um lodo fértil), pescar, cultivar peixes (Sarotherodon niloticus, popularmente conhecida como “tilápia-do-nilo”) e transportar mercadorias e pessoas (navegação fluvial).

Ao longo da história, registram-se alterações nas características e na qualidade das águas dos rios, do ecossistema e, em certos casos, de sua configuração e percurso, alguns sendo, inclusive, parcialmente retificados e escondidos pela sua canalização.

Os rios compõem espaços de cidades, que, por sua vez, formam-se “por processos urbanos que tanto se sucedem na história quanto se inter-relacionam em uma mesma época e, com princípios diversos, forjam a cidade múltipla. A cidade é policrônica: seu tempo não é linear, [...]“ (DUARTE, 2006, p. 120) [12].

Lazer

Os rios têm se prestado também ao lazer de muitas pessoas, possibilitando atividades como: nadar, pescar, velejar, dentre outras. Estas atividades também dependem da qualidade das águas dos rios.

Paisagem rural e urbana

Os rios compõem paisagens rurais e urbanas, com seus leitos de larguras, extensões, volumes, movimentos e águas de cores diversas, refletindo e refratando a luz, que varia ao longo dos dias e das noites, e conforme as condições climáticas e outros fatores como tipos de solo, vegetação, dentre outras, as quais influenciam também o movimento de suas águas, sendo umas mais ligeiras e turbulentas, enquanto que outras mais lentas, calmas.

As configurações e movimentos dos rios, fauna e flora que compõem o ecossistema, auxiliam a suavizar a composição geométrica e predominantemente estática das construções humanas, principalmente de contextos urbanos.

Psicultura

A psicultura, ou seja, o cultivo de peixes, é uma das atividades econômicas propiciadas pelos rios.

No rio Parnaíba, por exemplo, que se localiza na região Nordeste do Brasil, entre os estados do Ceará, Maranhão e Piauí, a principal atividade econômica desenvolvida é a psicultura.

Um dos fatores fundamentais para a psicultura é a qualidade das águas, que necessita estar em uma condição adequada para a manutenção da vida saudável dos peixes e em equilíbrio dinâmico com o ecossistema.

Transporte hidroviário 

Os rios foram e têm sido bastante utilizados para a o transporte hidroviário, tanto de mercadoria quanto de pessoas.

Em termos de custo e de capacidade de carga, o transporte hidroviário é cerca de oito vezes mais barato que o rodoviário e três vezes menor que o ferroviário. (GODOY; VIEIRA, 1999). [13]

Há rios que se prestam à navegação, enquanto que outros não. São exemplos de bacias com rios navegáveis: a bacia Amazõnica (composta pelo rio Amazonas e afluentes como o Branco, Japurá, Juruá, Negro, Solimões, Xingu, dentre outros, apresenta cerca de 23 mil km de rios navegáveis); a bacia do rio São Francisco; a bacia do rio Paraná (composta por afluentes como o Grande, Paranapanema, Tietê, e cuja hidrovia Tietê-Paraná é uma importante rota de navegação); dentre outras.

Rio Barigui

O Rio Barigui é um afluente do Rio Iguaçu, situado em sua margem direita. Com 66 km de extensão, é o rio principal da bacia que leva o seu nome. Sua nascente localiza-se no município de Almirante Tamandaré, e sua foz no município de Araucária, junto ao rio Iguaçu. Em seu percurso, atravessa também Curitiba, percorrendo 18 bairros, destacando-se na paisagem urbana, como se pode observar, por exemplo, nos parques Barigui, Tanguá e Tingui.

Seus principais afluentes são: a) da margem direita: Pacotuba, Tanguá, Uvu, RIbeirão dos Muller, Campo Comprido; b) da margem esquerda: Vila Formosa, Passo do França, Arroio do Andrada, Arroio da Ordem e Arroio Pulador.

Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Barigüi

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Legenda Vídeo 1: Banho no rio Barigui: entrevista com Élio Ricardo Cagnato; Figura 1: Parque Barigui / Foto de: Mariana Tanaka; Figura 2: RIo Barigui no Parque Tanguá / Foto de: Maristela Ono

O Rio Belém nasce e deságua no município de Curitiba (Paraná, Brasil). Sua nascente localiza-se no bairro Cachoeira, e sua foz no bairro do Boqueirão. Tem uma extensão de aproximadamente 17,13km e percorre 14 bairros de Curitiba, com distintas características urbanas, sociais, econômicas e culturais.

É o rio principal da bacia que leva o seu nome, que é uma das sub-bacias do Alto Iguaçu. São seus afluentes os rios: Água Verde, Fany, Ivo e Parolin.

A bacia hidrográfica do Rio Belém compreende 37 bairros e abrange 42km2 de extensão. Ela banha uma área intensamente urbanizada, um dos principais motivos pelos quais o Rio Belém foi “quase que totalmente canalizado para dar espaço a construções” (IAP, 2009, p. 51) [14], além de para minimizar problemas com enchentes em algumas áreas urbanas, como no caso da Rua Mariano Torres.

Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Belém

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Legenda Vídeo 1: Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Belém: entrevista com Adelaide A. E. Diniz; Vídeo 2: Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Belém: entrevista com Adelaide A. E. Diniz / Em Libras por: Ana Paula F. de Almeida; Vídeo 3: Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Belém: entrevista com Maclovia C. da Silva; Vídeo 4: Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Belém: entrevista com Maclovia C. da Silva / Em Libras por: Ana Paula F. de Almeida; Vídeo 5: Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Belém: entrevista com Fabiana de N. Andreoli; Vídeo 6: Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Belém: entrevista com Fabiana de N. Andreoli / Em Libras por: Ana Paula F. de Almeida; Vídeo 7: Peixes da bacia do rio Iguaçu e da sub-bacia do rio Belém: passado, presente e perspectiva futura / Por: Vinícius Abilhoa; Vídeo 8: Memórias e perspectivas do presente e futuro do rio Belém: entrevista com Luciano da Silva Messias; Vídeo 9: Memórias e perspectivas do presente e futuro do rio Belém: entrevista com Luciano da Silva Messias / Em Libras por: Ana Paula Ferreira de Almeida; Foto 1: Representação do Rio Belém no presente / Desenho de Luiz Gabriel, 11 anos, morador da Vila das Torres, Curitiba/PR (2010); Foto 2: Representação de como gostaria que fosse o Rio Belém / Desenho de Luiz Gabriel, 11 anos, morador da Vila das Torres, Curitiba/PR (2010): Foto 3: Representação de como gostaria que fosse o Rio Belém / Desenho de Dandara, 8 anos, moradora da Vila das Torres, Curitiba/PR (2010)

O rio Belém sofreu várias alterações em sua hidrodinâmica e configuração ao longo de sua história, sendo exemplos de intervenções urbanas : a retificação e a canalização de trechos, a ocupação irregular de margens, além de lançamentos de lixo e esgoto sem o devido tratamento, o que se reflete da atual condição de degradação da qualidade de suas águas. Em 1972, foi inaugurado o Parque São Lourenço, que foi criado com o objetivo de contenção de cheias do rio Belém e de recuperação de uma enchente ocorrida na área em 1970, que atingiu uma fábrica de cola e um curtume, dentre outros, paralisando suas atividades. As obras de retificação e canalização do rio Belém no bairro Centro Cívico iniciaram-se em 1975 e foram concluídas em julho de 1980. Uma ação importante para a proteção ambiental de sua nascente foi a criação, em 24 de novembro de 2001, do Parque Municipal Nascentes do Rio Belém, localizado no bairro Cachoeira, na cidade de Curitiba/PR.

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Legenda Vídeo 1: Parque Municipal Nascentes do Rio Belém (Curitiba / PR): Foto 1: Inundação na Av. Cândido de Abreu, no bairro Centro Cívico, em 1976 / Fonte: Diário do Paraná, 1976. Disponível no acervo da Casa da Memória (Curitiba/PR); Foto 2: Trecho da canalização do RIo Belém no bairro Centro Cívico, na época de sua conclusão, em 1980 / Fonte: Jornal Gazeta do Povo, 13 jul. 1980. Disponível no acervo da Casa da Memória (Curitiba / PR)