Com quem é comparado o preguiçoso proverbios

Com quem é comparado o preguiçoso proverbios

Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o insensato que reitera a sua estultícia. – Provérbios 26:11

Em Provérbios 26, Salomão faz a sua analise sobre as atitudes dos insensatos, dos preguiçosos e dos intrometidos briguentos. Em duas situações ele utiliza o cachorro para comparar a determinadas atitudes de quem é insensato: ele é comparado ao cachorro que volta ao seu vômito; quem se mete em questão alheia é como aquele que toma o cachorro pelas orelhas. Ele era um ótimo observador da natureza, se preocupando com pequenos detalhes que muitas vezes passam desapercebidos aos nossos olhos, e os aplica as mais diferentes situações.

Com relação ao tolo (v.1-12);

  • Como a neve no verão, e como a chuva na sega, assim não fica bem para o tolo a honra. Na Palestina, nevar no verão seria totalmente fora do normal. A chuva durante o período de colheitas seria indesejável. 
  • Como a andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá. A maldição proferida por um inimigo difamador não deve incomodar os inocentes e justos, pois estão sob a proteção de Deus.
  • O açoite é para acelerar o cavalo, o freio é para guiar o jumento no caminho certo, e a vara é para as costas dos tolos. Ele precisa de correção dura para não prejudicar a si mesmo e aos outros.
  • Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia; para que também não te faças semelhante a ele. Não se rebaixe ao nível dele aceitando que sua perspectiva de vida é digna de consideração.
  • Responda ao insensato de uma forma que a tolice de sua ideia seja revelada, como Cristo fez com os fariseus e aos defensores de Herodes (Mateus 22:15-22).
  • O dano de quem manda um insensato como mensageiro será pior do que se nem houvesse tentado enviar a mensagem.
  • Como as pernas do coxo, que pendem flácidas, assim é o provérbio na boca dos tolos. É tão consistente quanto uma macarronada.
  • Como o que arma a funda com pedra preciosa, assim é aquele que concede honra ao tolo. 
  • Como o espinho que entra na mão do bêbado, assim é o provérbio na boca dos tolos. 
  • Quem contrata um insensato ou a um bêbado está dando um tiro no próprio pé.
  • Como o cão torna ao seu vômito, assim o tolo repete a sua estultícia. O insensato, tende a retornar para seus caminhos de insensatez.
  • A pessoa que alega ser sábia se recusa a aprender, mas quem reconhece sua simplicidade está disposto a receber entendimento.

Com relação ao preguiçoso (v.13-16):

  • Diz o preguiçoso: Um leão está nas ruas. Esta é uma das desculpas que o preguiçoso dá para não sair a trabalhar. 
  • Como a porta gira nos seus gonzos, assim é o preguiçoso na cama. Ele se vira para acordar e volta para o sono fugindo dos problemas.
  • O preguiçoso esconde mete a mão no prato, e cansa-se até de torná-la à sua boca. Fica enrolando para comer.
  • Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que respondem bem. Ele se satisfaz com opiniões preconcebidas e adota qualquer ponto de vista que chegar a seus ouvidos. 

Com relação ao violento (v.17-28):

  • O que, passando, se põe em questão alheia, é como aquele que pega um cão pelas orelhas e arrumar confusão com o animal. É provável que entre em mais dificuldades do que imaginava.
  • O louco que atira com arma mortal causa tanto estrago quanto quem mente para um amigo e depois diz: “Estava só brincando!” Sérios danos são causados por aqueles que sentem prazer em ver os amigos em apuros resultantes de brincadeiras insensatas.
  • Sem lenha, o fogo se apaga; e não havendo intrigante, cessa a contenda. Seria bom se os mexeriqueiros parassem de colocar lenha na fogueira.
  • Como o carvão é para as brasas, e a lenha para o fogo, assim é o homem contencioso para acender rixas. Sempre inventa novos motivos para as duas partes voltarem a sentir raiva e ódio.
  • Calúnias são como petiscos saborosos que descem até o íntimo de quem ouve. É como se fosse engolida com avidez e guardada na memória para uso posterior.
  • Palavras suaves podem esconder um coração perverso, como uma camada de esmalte cobre o vaso de barro. Beijos que simulam afeição podem mascarar um coração perverso e cheio de segundas intenções. 
  • Aquele que odeia dissimula com seus lábios, mas no seu íntimo encobre o engano, fingindo amizade. Só que o ódio oculto se acumula até surgir oportunidade de demonstrá-lo. Quando te suplicar com voz suave não te fies nele, porque seu coração está cheio de maldade. Mesmo que escondam o ódio dissimuladamente, sua maldade será exposta em público. 
  • O que cava uma cova cairá nela; e o que revolve a pedra, esta voltará sobre ele. Veja o caso de Hamã (Ester 7:9-10).
  • A língua falsa odeia aos que ela fere, e a boca lisonjeira provoca a ruína. A lisonja é perigosa, pois aumenta o orgulho de quem a recebe, afastando-o do auxílio que o Céu anseia dar. 

Estes últimos conselhos, que dizem respeito a pessoas que odeiam ao semelhante, e usam de lisonja para parecer que está tudo bem, nos alerta sobre sempre desconfiar quando a esmola é demais. Em algum momento a pessoa vai descarregar a ira sobre a pessoa odiada. A língua falsa fere e provoca a ruína. Precisamos manter o nosso foco na vida eterna, em Jesus, e buscar sabedoria dos altos céus para lidar com esse tipo de pessoa.

1 Como neve no verão ou chuva na colheita, assim a honra é imprópria para o tolo.

2 Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo não pega.

3 O chicote é para o cavalo, o freio, para o jumento, e a vara, para as costas do tolo!

4 Não responda ao insensato com igual insensatez, do contrário você se igualará a ele.

5 Responda ao insensato como a sua insensatez merece, do contrário ele pensará que é mesmo um sábio.

6 Como cortar o próprio pé ou beber veneno, assim é enviar mensagem pelas mãos do tolo.

7 Como pendem inúteis as pernas do coxo, assim é o provérbio na boca do tolo.

8 Como amarrar uma pedra na atiradeira, assim é prestar honra ao insensato.

9 Como ramo de espinhos nas mãos do bêbado, assim é o provérbio na boca do insensato.

10 Como o arqueiro que atira ao acaso, assim é quem contrata o tolo ou o primeiro que passa.

11 Como o cão volta ao seu vômito, assim o insensato repete a sua insensatez.

12 Você conhece alguém que se julga sábio? Há mais esperança para o insensato do que para ele.

13 O preguiçoso diz: "Lá está um leão no caminho, um leão feroz rugindo nas ruas! "

14 Como a porta gira em suas dobradiças, assim o preguiçoso se revira em sua cama.

15 O preguiçoso coloca a mão no prato, mas acha difícil demais levá-la de volta à boca.

16 O preguiçoso considera-se mais sábio do que sete homens que respondem com bom senso.

17 Como alguém que pega pelas orelhas um cão qualquer, assim é quem se mete em discussão alheia.

18 Como o louco que atira brasas e flechas mortais,

19 assim é o homem que engana o seu próximo e diz: "Eu estava só brincando! "

20 Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda.

21 O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira, o amigo de brigas é para atiçar discórdias.

22 As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem saborosos até o íntimo.

23 Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro, os lábios amistosos podem ocultar um coração mau.

24 Quem odeia, disfarça as suas intenções com os lábios, mas no coração abriga a falsidade.

25 Embora a sua conversa seja mansa, não acredite nele, pois o seu coração está cheio de maldade.

26 Ele pode fingir e esconder o seu ódio, mas a sua maldade será exposta em público.

27 Quem faz uma cova, nela cairá; se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele.

28 A língua mentirosa odeia aqueles a quem fere, e a boca lisonjeira provoca a ruína.