Quem pode ser padrinho de batismo

Que passos dar para receber o Sacramento do Baptismo?

No caso de uma criança (até cinco anos, um ano antes de iniciar o primeiro ciclo de escolaridade):

1. Marcar data do Baptismo

a) Se não residir na paróquia onde a criança será baptizada necessita de uma transferência de baptismo da paróquia onde reside (excepto no caso da sua paróquia de referência de vida cristã ser aquela onde se realiza o baptismo).

b) A marcação é feita directamente com o pároco.

2. Participar no encontro de preparação para o Baptismo

a) neste encontro participam os pais e os padrinhos da criança.

3. Documentos necessários

a) impresso com todos os dados da criança

Os padrinhos são testemunhas que, pelo exemplo da sua vida cristã, são referência para a vida cristã das crianças.

Não é obrigatório ter padrinhos. Mas se os houver, haja um só padrinho e uma madrinha. A criança não pode ter dois padrinhos ou duas madrinhas.

QUANTO AOS PADRINHOS

Os Padrinhos assumem a responsabilidade de ajudar os pais a cumprir a sua missão de educadores na fé, “acreditando fortemente na presença e na obra do Espírito Santo … Com efeito, é Ele que ilumina a mente, aquecendo o coração do educador a fim de que saiba transmitir o conhecimento e o amor de Jesus”. (Bento XVI, Homilia na Celebração do Batismo do Senhor, 8 de Janeiro de 2012)

Critérios a ter em conta na escolha dos padrinhos

Os pais devem levar muito a sério a escolha de bons padrinhos para os seus filhos. Nesta escolha, os pais não se devem guiar apenas por razões de parentesco, amizade ou prestígio pessoal. A escolha dos padrinhos deve ter em conta o desejo sincero de garantir aos filhos que os padrinhos possam ser capazes de influir, mais tarde, de modo eficaz, na educação cristã do afilhado.

O número dos padrinhos
Cada criança pode ter um só padrinho ou uma só madrinha, ou então um padrinho e uma madrinha.

Requisitos para ser padrinho/madrinha

  1. Ser escolhido pelo batizando ou pelos pais ou por quem as vezes destes fizer.
  2. Ter completado os dezasseis anos de idade.
  3. Ter capacidade para cumprir a missão própria dos padrinhos e o propósito de a realizar.
  4. Ser católico e ter recebido os sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Primeira Comunhão e Crisma.
  5. Se for casado, que o casamento tenha sido realizado na Igreja. Os padrinhos não podem estar em situação ilegal, perante a Igreja, no que diz respeito a situações maritais (por exemplo, união de facto).

Quem pode ser padrinho de batismo
Assim diz o Código de Direito Canônico:

§ 872. Ao batizando, enquanto possível, seja dado um padrinho, a quem cabe acompanhar o batizando adulto na iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao batismo o batizando criança. Cabe também a ele ajudar que o batizado leve uma vida de acordo com o batismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes.

§ 873. Admite-se apenas um padrinho ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha.

§ 874. § 1. Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que:

 Seja designado pelo batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;

Tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exceção por justa causa;

Leia também: Sacramentos: Batismo

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A necessidade do Batismo

Seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir;

Não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada;

 Não seja pai ou mãe do batizando.

Nota:

Fora das condições do §1, que são requeridas pela própria natureza das coisas, não parece que as qualidades expressas neste cânon afetem à validade, mas apenas à liceidade da designação do padrinho.

Quem pode ser padrinho de batismo
Assista também: Como escolher um padrinho de Batismo?

Pais solteiros podem batizar seus filhos, ou serem padrinhos de batismo?

O § 2 é mais restritivo do que o n. 98,

Do Diretório Ecumênico, pois lá se permite que os Orientais que não estão em comunhão plena com a Igreja católica desempenhem o papel de verdadeiros padrinhos (não só de testemunhas), no batizado católico.

§ 874. § 2. O batizado pertencente a uma comunidade eclesial não-católica só seja admitido junto com um padrinho católico, o qual será apenas testemunha do batismo.

§ 875. Se não houver padrinho, aquele que administra o batismo cuide que haja pelo menos uma testemunha, pela qual se possa provar a administração do batismo.

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Por Maria Vanderlane de Araújo

Certa vez, participei de uma Celebração do Batismo e o padre, no diálogo com a assembleia reunida, pediu aos padrinhos que acendessem uma vela no Círio Pascal e, em seguida, perguntou: “O que vocês estão enxergando?”. Eles responderam: “luz”. Depois, o padre pediu para aproximarem a mão diante da chama da vela e lançou outra pergunta: “O que estão sentindo?”. Responderam: “Calor, aquecimento”. 

Então, o padre refletiu que a missão dos padrinhos é ser luz para tornar clara a caminhada de fé dos afilhados e calor para aquecer e os envolver amorosamente toda vez que for necessário. Esse fato ilustra muito bem a missão dos padrinhos. Antes de tudo, os padrinhos são chamados a ser e a dar testemunho do seguimento de Jesus Cristo.

Quando os pais escolhem alguém para ser padrinho ou madrinha do seu filho, geralmente há uma receptividade alegre e festiva por quem é convidado. Os padrinhos pensam logo no presente que darão ao afilhado. Alguns escolhem símbolos cristãos, outros optam por presentes diversos, sem relação nenhuma com o rito a ser celebrado e vivido no decorrer da vida.

No entanto, a ideia de dar um presente é para que seja uma lembrança marcante da presença concreta e material dos padrinhos. O Papa Francisco, em uma de suas falas, afirma que “o melhor presente que podemos dar a alguém é a Fé”. A fé é um dom de Deus. Recebemos a fé gratuitamente de Deus, por sua pura bondade e ternura. No entanto, essa fé precisa ser cultivada e educada. Nas mãos dos pais e padrinhos está o cultivo e o cuidado precioso da fé dos afilhados, e, acima de tudo, uma responsabilidade que lhes fora confiada e assumida perante a Igreja. 

Formação cristã

Por isso, é importante escolher padrinhos que testemunhem a fé professada. Atualmente, muitas pessoas que são convidadas a ser padrinhos têm pouca formação cristã, não participam da comunidade e nem sempre vivem os ensinamentos de Cristo. A Igreja, nos últimos anos, vem priorizando e ressaltando como urgência a Iniciação à Vida Cristã de adultos, justamente para que esses fiéis, maduros na sua fé, tenham mais clareza da sua missão e sejam testemunhas autênticas dos valores cristãos. 

Quem pode ser padrinho de batismo
Pixabay.com

No início do cristianismo, no tempo de preparação para os novos cristãos, chamado de catecumenato, a pessoa não poderia ser admitida ao batismo sem a presença de um padrinho. O padrinho deveria ser escolhido dentre os membros da comunidade, ser adulto na fé e zelar pela perseverança na fé e na vida cristã do afilhado. Era um dever do padrinho ensiná-lo a praticar o Evangelho em sua vida particular e social, auxiliá-lo nas dúvidas e inquietações, dar-lhe testemunho cristão e velar pelo progresso de sua vida batismal. Para que o batizado mantenha-se fiel às promessas do batismo, é fundamental o auxílio constante do padrinho. 

Nobre e valiosa missão

Através do sacramento do batismo, os padrinhos se comprometem e se colocam à disposição para colaborar com os pais na missão de educar os filhos na fé cristã, na observação dos mandamentos e na vivência na comunidade como seguidores de Cristo. Uma missão que exige dos padrinhos um processo contínuo de conversão e de adesão à mensagem de Cristo. 

Ao assumir essa preciosa missão, os padrinhos devem conduzir os afilhados ao verdadeiro sentido da vida em Deus. Não basta apenas participar de uma linda celebração ritual, preparar uma reunião festiva com os familiares e guardar fotos memoráveis desse dia. É necessário orientar os afilhados para os valores cristãos, tão urgentes nos dias atuais. No batismo, os batizandos nascem para uma vida nova e se revestem do Cristo. E o Rito para o Batismo ressalta que os padrinhos devem ajudar os afilhados, com suas palavras e exemplo, a conservar a dignidade de filhos e filhas de Deus, até a vida eterna. 

Condições para ser padrinho

Segundo o Código de Direito Canônico, nn. 872-874, admite-se:

  • pessoa que acompanhe o batizando na iniciação cristã e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes;
  • um só padrinho ou uma só madrinha, ou um casal de padrinhos;
  • ter no mínimo 16 anos;
  • ser batizado, ter recebido a Primeira Eucaristia, a Crisma, e estar em comunhão com a Igreja Católica;
  • caso não tenha recebido a Primeira Eucaristia e a Crisma, a pessoa pode ser aceita como testemunha de batismo. No entanto, deve-se colocar, ao menos, uma pessoa que contemple os requisitos exigidos pela Igreja.
  • não ser pai ou mãe do batizando.

Atitudes que devem ser assumidas pelos padrinhos:

  1. Ser presente na vida do afilhado;
  2. Ser testemunha dos ensinamentos de Cristo;
  3. Colaborar com os pais na educação da fé cristã;
  4. Celebrar, com os afilhados, datas importantes: aniversário, data do batismo, datas litúrgicas (Natal, Páscoa…); 
  5. Rezar pelo afilhado;
  6. Acompanhar o afilhado em todos os momentos da vida;
  7. Ajudá-lo a fazer discernimentos que dão sentido à vida. 

Maria Vanderlane de Araújo é religiosa, pertence à congregação das Irmãs Paulinas. Peregrina da fé. Gosta de estar com os catequistas e aprender com eles a vivência da fé cristã.