Quando a semelhança entre estruturas animais é sinal de parentesco, fala-se em

Não respondam se não souber, Quando a semelhança entre estruturas animais não é sinal de parentesco, mas conseguida pela ação da seleção natural sobre espécies de origens diferent

A convergência evolutiva, também chamada de evolução convergente, é um processo evolutivo em que indivíduos, sem grau de parentesco próximo, mas que vivem em condições ambientais parecidas, apresentam estruturas morfológicas, fisiológicas e até comportamentais semelhantes

Esse processo tem como fator principal as condições ambientais e os nichos ecológicos sobrepostos entre populações diferentes de organismos. Darwin já havia relatado que condições ambientais selecionam indivíduos mais adaptados a sobreviverem em determinado ambiente em detrimento de outros. 

Portanto, essas condições ambientais que são semelhantes para todos os indivíduos de um determinado local, ao selecionar os indivíduos mais aptos a sobreviverem às determinadas características ambientais, acaba selecionando também característica chave para a sobrevivência e, muitas vezes, essas características chave são semelhantes para os indivíduos que possuem o mesmo habitat ou hábitos de vida semelhantes.

Um dos principais exemplos utilizados para mostrar a ação da evolução convergente é o dos golfinhos e tubarões: ambos são animais marinhos que não possuem um ancestral comum muito próximo, porém, por viverem nas mesmas condições aquáticas, eles possuem estruturas corporais semelhantes como as nadadeiras e caudas. Dessa forma, golfinhos e tubarões, embora não sejam parentes próximos, por sobreviverem nas mesmas condições e por possuírem hábitos semelhantes, compartilham também de semelhanças fisiológicas e corporais.

Quando a semelhança entre estruturas animais é sinal de parentesco, fala-se em

Quando a semelhança entre estruturas animais é sinal de parentesco, fala-se em

Tubarão (Carcharias taurus) e um Golfinho (Lagenorhynchus obscurus), mostrando as semelhanças corporais que possuem. 

📚 Você vai prestar o Enem 2020? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚

Os estudos acerca da evolução como se conhece atualmente, reúnem um conjunto de evidências e provas que a fazem ser considerada uma teoria irrefutável. 

Diversos estudos e evidências corroboram com a teoria da evolução, a principal delas é com respeito aos registros fósseis que comprovam que o planeta Terra já serviu de abrigo para diversas espécies diferentes das que existem hoje, além de embasar estudos sobre possíveis parentescos entre espécies atuais e extintas.

🎓 Você ainda não sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓

Esses estudos acerca do grau de parentesco entre as espécies atuais e as extintas se dá por análise de estruturas homólogas presentes nos indivíduos. Essas estruturas homólogas apresentam a mesma origem embrionária quando comparada entre os indivíduos, podendo ou não desempenhar a mesma função, como, por exemplo, os membros locomotores inferiores de dois mamíferos. 

As estruturas homólogas aparecem a partir do evento evolutivo chamado de evolução divergente ou irradiação adaptativa.

É importante utilizar também de conceitos de adaptação justamente para reconhecer órgãos homólogos que desempenham funções diferentes entre dois organismos. Ao considerar os conceitos adaptativos, se reconhece a presença de órgãos análogos entre indivíduos. 

Órgãos análogos são aqueles que, quando comparados, mostram origens embrionárias diferentes, mas apresentam a mesma função em cada organismo como, por exemplo, a asa de um Artrópode e a asa de uma ave, ambas as estruturas possuem a função de garantir capacidade de voo nos organismos, mas possuem origens embrionárias diferentes, já que aves e insetos não possuem um ancestral comum próximo.

Essas estruturas análogas se formam quando ambos os indivíduos compartilham as mesmas condições ambientais e alguns hábitos de vida semelhantes. Quando o ambiente exerce uma força adaptativa em duas populações de indivíduos diferentes, a seleção natural irá selecionar os mais adaptados a sobreviver sob aquelas condições, isso pode selecionar indivíduos diferentes, mas que possuam a mesma característica de sobrevivência.

analogia é uma condição formada a partir da convergência evolutiva.

Principais exemplos de analogias entre organismos:

  • Aves com hábitos detritívoros, como os condores e urubus, apresentam estruturas corporais semelhantes a outras aves carniceiras como os abutres, mas evolutivamente os urubus, por exemplo, são mais próximos das garças e cegonhas e não dos abutres.

Quando a semelhança entre estruturas animais é sinal de parentesco, fala-se em

Quando a semelhança entre estruturas animais é sinal de parentesco, fala-se em
Urubu Rei (Sarcoramphus papa) e Abutre Real (Torgos tracheliotus). 

  • Morcegos e baleias apresentam um sistema de ecolocalização como o sonar. Estudos mostram que essa característica evoluiu independentemente nos dois grupos.
  • Suínos possuem estrutura do focinho semelhante a alguns tatus. Essas estruturas são utilizadas para farejar e buscar alimento debaixo da terra e evoluir convergentemente nas duas espécies.
  • Plantas carnívoras apresentam diferentes métodos de captura de alimento, mostrando que são estruturas de origens embrionárias diferentes, porém convergiram para uma mesma função: Alimentação.

Quando a semelhança entre estruturas animais é sinal de parentesco, fala-se em
Quando a semelhança entre estruturas animais é sinal de parentesco, fala-se em

Diferentes métodos de captura de alimento por plantas carnívoras.

Quando a semelhança entre estruturas animais é sinal de parentesco, fala-se em

Outras plantas, por se encontrarem no mesmo ambiente e estarem sob as mesmas condições, convergiram para estruturas semelhantes, mesmo que não possuam um parentesco próximo. É o caso das suculentas do gênero Euphorbia e Astrophytum. 

Exercício de fixação

UFU-MG

Quando a semelhança entre estruturas animais não é sinal de parentesco, mas conseguida pela ação da seleção natural sobre espécies de origens diferentes, fala-se em:

A convergência adaptativa.

B isolamento reprodutivo.

Teste seus conhecimentos em Biologia Evolutiva por meio destes exercícios sobre analogia e homologia.

Questão 1

(PUC-SP-2002) As semelhanças encontradas entre dois animais aquáticos como o golfinho e o tubarão indicam evolução

a) convergente, pois esses animais são filogeneticamente distantes e apresentam adaptações semelhantes.

b) divergente, pois esses animais apresentam homologias indicadoras de parentesco.

c) convergente, pois esses animais apresentam homologias indicadoras de parentesco.

d) divergente, pois esses animais apresentam analogias indicadoras de parentesco.

e) convergente, pois esses animais são filogeneticamente próximos e apresentam adaptações semelhantes.

Questão 2

As asas do morcego e as asas de um inseto apresentam a mesma função: garantir o voo desses dois animais. Essas estruturas, apesar de possuírem a mesma função, não possuem mesma origem embrionária, sendo um caso de:

a) órgãos vestigiais.

b) órgãos análogos.

c) órgãos embrionários.

d) órgãos homólogos.

e) órgãos evolutivos.

Questão 3

Alguns organismos possuem estruturas distintas que, no entanto, apresentam a mesma origem embrionária. Esse é o caso, por exemplo, da nadadeira dos golfinhos e das asas dos morcegos. Esses órgãos são chamados de homólogos e podem indicar que:

a) esses organismos foram formados a partir de processos de convergência evolutiva.

b) esses organismos apresentam um ancestral comum.

c) esses organismos não passaram por processos de seleção natural e, por isso, mantiveram a mesma origem embrionária.

d) esses organismos possuem folhetos embrionários distintos.

e) não existe nenhum grau de parentesco entre esses dois grupos.

Questão 4

(Mackenzie) Considere as afirmações abaixo:

I – Órgãos análogos são aqueles que desempenham a mesma função, mas têm origem

embrionária e estruturas anatômicas diferentes.

II – A presença de órgãos homólogos é evidência a favor do parentesco evolutivo entre

duas espécies.

III – As asas dos insetos e das aves são consideradas órgãos homólogos.

Assinale:

a) se apenas I for verdadeira.

b) se apenas II for verdadeira.

c) se apenas III for verdadeira.

d) se apenas I e II forem verdadeiras.

e) se apenas I e III forem verdadeiras.

Resposta - Questão 1

Alternativa “a”. Golfinho e tubarão apresentam semelhanças e resultam de uma pressão evolutiva similar. As nadadeiras desses animais, por exemplo, são um caso de órgãos análogos, pois não possuem mesma origem embrionária. Esses órgãos surgem por convergência evolutiva.

Resposta - Questão 2

Alternativa “b”. Órgãos análogos são aqueles que não possuem mesma origem embrionária e podem ou não ter a mesma função. No caso das asas de morcegos e das asas de insetos, vemos, principalmente, diferenças estruturais. A asa do morcego é dotada de ossos e músculos, e a asa dos insetos apresenta apenas queratina.

Resposta - Questão 3

Alternativa “b”. Organismos com órgãos homólogos, ou seja, que apresentam mesma origem embrionária, provavelmente, em algum momento de sua história evolutiva, tiveram um ancestral comum.

Resposta - Questão 4

Alternativa “d”. Apenas a alternativa III está incorreta, pois asas de insetos e de aves são órgãos análogos.

Analogia e homologia

Versão desktop

Copyright © 2022 Rede Omnia - Todos os direitos reservados Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização (Inciso I do Artigo 29 Lei 9.610/98)