O que foi a conferência de potsdam

Em um contexto pós-Segunda Guerra Mundial, o acontecimento de dois eventos foi crucial para a decisão dos rumos que os Estados Unidos e a Europa iriam tomar: a Conferência de Yalta e a Conferência de Potsdam.

Dessa forma, essas duas conferências são cobradas com grande frequência nas principais provas do país, especialmente no ENEM e nos vestibulares.

Assim, é fundamental que você domine os principais tópicos que se inserem dentro desse assunto para atingir um bom desempenho nas suas provas.

Conferência de Yalta e Conferência de Potsdam: Introdução

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os três grandes países da época, Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética, se reuniram em dois grandes encontros: a Conferência de Yalta e a Conferência de Potsdam. Esses dois eventos definiram os rumos que o mundo iria seguir a partir daquele momento. As conferências definiram os moldes territoriais europeus e a ordem internacional do período pós-guerra.

Além disso, as reuniões intensificaram a desconfiança existente entre EUA e URSS, o que consolidaria as bases para a eclosão da Guerra Fria.

Conferência de Yalta: Definição

Em 1945, entre 4 e 11 de fevereiro, Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética se reuniram. Representantes da China e da França também se uniriam ao evento.

Essa reunião tinha como objetivo discutir qual seria a situação do mundo no período pós-guerra. A conferência ocorreu em Yalta. No local, os países presentes estabeleceram os territórios de cada país, em especial dos países que lutaram no Eixo: Alemanha, Itália e Japão.

A conferência estabeleceu também o fim do Nazismo e o fim do Fascismo. Estabeleceu-se também o fim da influência germânica sobre demais países europeus e a divisão do território alemão.

É importante ressaltar também que foi nesse encontro que houve a convocação da conferência para criação da ONU (Organização das Nações Unidas).

Conferência de Potsdam: Definição

A Conferência de Potsdam ocorreu em 1945, de 17 de julho a 2 de agosto. O objetivo central do evento era estabelecer as penalidades que a Alemanha sofreria pelos embates causados na Segunda Guerra Mundial e pelo Nazismo. Além disso, a divisão do território do país, iniciada na Conferência de Yalta, seria consolidada: a Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação e cada uma delas seria controlada por um país – Inglaterra, EUA, URSS e França.

Em Potsdam estavam presentes EUA, Inglaterra e URSS. Os países estabeleceram que os alemães deveriam realizar um pagamento de US$ 20 bilhões e esse valor seria dividido entre os países vencedores: URSS (50%), Inglaterra (14%), EUA (12,5%) e França (10%).

A Conferência de Potsdam pode ser definida como a última reunião entre os lideres dos Países Aliados. O grande encontro ocorreu entre os dias 17 de julho e 2 de agosto de 1945, na cidade de Potsdam, vizinha a Berlim.

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Nela, os Países Aliados, bem como seus líderes, realizaram um encontro com fins políticos sob objetivo ímpar das forças. Na conferência de Potsdam estiveram presentes:

• Joseph Stalin, líder soviético;
• Harry S. Truman, presidente dos EUA;
• Winston Churchill, sob representação de Clement Attlee – sucessor do primeiro ministro;

Os Três Grandes, como eram nominados, tinham como objetivo decidir o que seria feito com os territórios alemães no pós-guerra. No Castelo de Ceclienhof, a decisão ficaria a cargo de Truman, Churchill e Stalin.

Além da própria Alemanha, os territórios ocupados pelo regime nazista também entravam nesse “pacote”. A invasão, e consequente permanência nazista, provocaram uma cisão e, consequentemente, um novo desenho no mapa europeu.

O combate ao fascismo e ao nazismo em união pareceu, à época, aproximar os Aliados. Russos, norte-americanos e ingleses pareciam estreitar sua relação em prol ao fim de regimes que tomavam a Europa.

No entanto, o fim da guerra desenha uma rivalidade e um confronto de interesses, não só distintos, como antagônicos. Foi na Conferência de Potsdam que o desenho do enfrentamento entre comunismo (URSS) e capitalismo (EUA) se deu.

(Imagem: Reprodução)

Conferência de Potsdam: rixas, intrigas e bipartição política mundial

Além dos integrantes principais dos Aliados, outros periféricos ainda se uniram durante a Conferência de Potsdam. A participação da China e da França foi importantíssima. Uma vez que estas auxiliaram na elaboração do tratado de paz com países do eixo.

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A maior questão em pauta era, no entanto, o trato dos territórios de posse da Alemanha após o fim da Segunda Guerra Mundial. A rendição dos nazistas na Conferência de Yalta fez com que os soviéticos propusessem uma solução para a conjuntura.

Stalin propôs que a Alemanha fizesse um pagamento em forma de indenização aos países aliados. Metade desta indenização proposta por ele seria destinada aos cofres soviéticos.

A sugestão foi bem aceita por Franklin Roosevelt, então presidente dos Estados Unidos. No entanto, a entrada de Truman nas negociações endureceu e, posteriormente, brecou a sugestão soviética.

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Segundo o presidente Truman, os Países Aliados deveriam dividir a Alemanha em territórios igual. Assim, essa divisão permitiria a exploração do lugar posteriormente ocupado por cada país.

Não obstante, Truman ainda brecou que recursos provindos das regiões ocidentais fossem destinados às regiões orientais. Assim, as áreas delimitadas na Alemanha Ocidental era independente à Oriental.

Acordos na Conferência de Potsdam

• A capital Berlim seria igualmente dividida pelos Aliados, em quatro partes;
• Áustria seria igualmente separada entre as quatro nações;
• Desmilitarização e política desarmamentista na Alemanha;
• Produção bélica alemã tem seu fim decretado;
• Ponto final em todas as leis impostas pelos nazistas, bem como a proibição da propagação do ideal;
• Transformação do modelo nazista imposto nos sistemas educacionais e jurídicos em modelos democráticos;
• Estabelecimento de uma divisão geográfica entre Polônia e Alemanha (linha Oder-Neisse);

Referências

AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa (no Pacífico a guerra continuou por mais alguns meses), os chefes de estado das forças aliadas vencedoras, se reúnem no verão de 1945 para decidir o destino da Alemanha e a reorganização da Europa. Esta reunião é conhecida como a Conferência de Potsdam.

Esta importante conferência foi precedida por duas conferências também importantes que ocorreram ainda no decorrer da guerrra: a Conferência de Teerã, que aconteceu de 28 de novembro a 1 de dezembro de 1943, e a Conferência de Yalta, que aconteceu de 4 a 11 de fevereiro de 1945. Nestas reuniões os principais aliados da “coalizão anti-Hitler”, a União Soviética, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América, discutiram o futuro da Alemanha após a vitória sobre a Alemanha nazista. Com a derrota da Alemanha e sua rendição em 8 de maio de 1945, os aliados assumem o controle do país e voltam a se reunir para decidir as medidas a serem adotadas para a Alemanha derrotada.

Uma vez que Berlim estava muito danificada pela guerra, os líderes se reuniram no Palácio Cecilienhof, que se localiza na cidade de Potsdam e que foi menos afetada pela guerra. Por isto, a reunião ficou conhecida como a “Conferência de Potsdam”.

A Conferência de Potsdam aconteceu de 17 de julho a 02 de agosto de 1945 e dela participaram o líder soviético Josef Stalin, o presidente americano Harry S. Truman e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Após as eleições na Grã-Bretanha, Churchill foi substituído em 28 de julho por seu sucessor Clement Attlee. Além dos chefes de estado, também participaram da conferência os ministros das Relações Exteriores dos países mencionados e alguns assessores.

Neste ano de 2020 quando se completa 75 anos da Conferência de Potsdam o Palácio Cecilienhof apresenta uma exposição especial sobre a conferência. A exposição é intitulada “Conferência de Potsdam 1945 – A reorganização do mundo” e estará em cartaz até o dia 31 de dezembro de 2020.

As decisões tomadas na conferência resultaram no “Acordo de Potsdam”. Os aliados decidem que  que a Alemanha é dividida em zonas de ocupação que são administradas pelo respectivo comandante-chefe militar e as questões relacionadas a Alemanha como um todo seriam administradas pelo Conselho de Controle Aliado. O acordo também estabeleceu diversas disposições políticas, econômicas e territoriais que regulamentariam a Alemanha a partir de então.

Os pontos centrais das decisões tomadas pelos aliados foram a desmilitarização, desnazificação, democratização e descentralização da Alemanha. O objetivo é que a Alemanha não deveria mais representar nenhuma ameaça de guerra e deveria ficar livre da ideologia nazista.

Desmilitarização significava a extinção das forças armadas alemãs e o desmantelamento da indústria de armamentos, assim como o desarmamento do país.

A desnazificação buscava a limpeza do estado, da política, da justiça, da imprensa, da cultura e da sociedade alemã das idéias nazistas. O povo alemão deveria ser submetidos à uma reeducação por causa de suas tradições supostamente autoritárias. O partido nazistas e suas sub-organizações, como SS e Gestapo, são proibidos; leis nazistas são revogadas e os sinais cotidianos do “Terceiro Reich”, como placas de rua, livros, uniformes e medalhas são removidos e proibidos. Nazistas deveriam ser demitidos do serviço público, assim como culpados pelos crimes deveriam pagar por seus atos.  Pessoas ligadas ao regime são presas e se iniciam os julgamentos dos crimes de guerra, como o Julgamento de Nuremberg, que começa em 20 de novembro de 1945, onde líderes do regime nazista são julgados e setenciados.

Com o processo de democratização, a sociedade alemã deveria ser transformada em uma democracia, concebida de acordo com valores democráticos básicos . Partidos democráticos e sindicatos deveriam ser permitidos, assim como seu direito à liberdade de reunião seria concedido. A liberdade de expressão e da imprensa, assim como a liberdade religiosa também deveriam ser garantidas.

O objetivo da descentralização era a distribuição das tarefas políticas, responsabilidade e tomada de decisão para o nível regional e local (cidades, municípios)  – durante o regime nazista o poder político estava centralizado em Berlim.

Os aliados também queriam descentralizar a economia alemã, removendo a concentração excessiva de poder. Sendo assim a economia alemã deveria ser desmembrada e desagregada de monopólios e cartéis. No entanto, a unidade econômica da Alemanha deveria ser mantida. 

Os aliados também chegaram a um acordo sobre a questão das indenizações de guerra. Cada aliado deveria receber sua indenização de sua própria zona de ocupação. A União Soviética recebeu pagamentos de compensação adicionais das zonas ocidentais. As indenizações de guerra foram adquiridas principalmente na forma de máquinas e equipamentos que foram retirados das fábricas e indústrias, prática especialmente comum dos soviéticos.

Quanto às questões territoriais, os aliados estabeleceram a fronteira da Alemanha com a Polônia nos rios Oder e Neisse – as áreas anteriormente alemãs a leste da linha Oder-Neisse foram colocadas sob administração russa e polonesa. Com as novas regras estabelecidas após a guerra, a Alemanha perde quase um quarto do seu antigo território.

A população de origem alemã que vivia nesta região, assim como na Tchecoslováquia e Hungria é expulsa e “reassentada” para o resto da Alemanha. Infelizmente, esses ” reassentamentos” não aconteceram “de maneira adequada e humana”, como escrito no acordo. Já antes e mesmo depois do Acordo de Potsdam, milhões de alemães fugiram, foram deportados ou expulsos à força de suas moradias. O resultando foi uma perseguição e expulsão sangrenta – juntamente com as pessoas que fugiram do Exército Vermelho desde 1944, a fuga e expulsão destes países atingiu mais de 12 milhões de alemães, sendo que cerca de 2 milhões perderam a vida.

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