Picadas da aranha-marrom são mais comuns nos EUA. Algumas picadas não são dolorosas no início, mas a dor, que pode ser intensa e acometer toda a extremidade, se desenvolve dentro de 30 a 60 minutos em todos os casos. A área picada torna-se eritematosa e equimótica, podendo ser pruriginosa. O prurido generalizado também pode estar presente. Uma bolha central forma-se no local da picada, sendo frequentemente circundada por área equimótica (lesão em “olho de boi”). A lesão simula pioderma gangrenoso Pioderma gangrenoso O pioderma gangrenoso é uma doença crônica, progressiva, neutrofílica com necrose da pele, de etiologia desconhecida, geralmente associada a doenças sistêmicas... leia mais . A bolha central torna-se maior, é preenchida com sangue e se rompe, resultando em uma úlcera. Forma-se uma escara escura sobre a úlcera, que por fim se desprende.
A maioria das picadas deixa discreta cicatriz residual, mas algumas resultam em grande defeito tecidual, o qual pode acometer o músculo. Loxoscelismo, síndrome sistêmica induzida por veneno, pode não ser detectado até 24 a 72 h após a picada e é incomum, mas mais prevalente em crianças e adolescentes. Efeitos sistêmicos (p. ex., febre, calafrios, náuseas, vômitos, artralgias, mialgias, exantema generalizado, convulsões, hipotensão, coagulação intravascular disseminada, trombocitopenia, hemólise, insuficiência renal) são responsáveis por todas as mortes relatadas.
A picada da viúva-negra produz forte sensação imediata de ferroada. A dor é descrita como entorpecimento e dormência, podendo ser desproporcional aos sinais clínicos. Em 1 hora após o envenenamento, pode haver no local da picada aumento da dor, diaforese, eritema e piloereção. Às vezes, há manifestação de sintomas remotos e/ou sistêmicos.
O envenenamento por viúva negra pode ser leve, moderado ou grave.
Latrodectismo, uma síndrome sistêmica causada pelos componentes neurotóxicos do veneno da aranha-viúva, manifesta-se por agitação, sudorese, cefaleia, tonturas, náuseas, vômitos, hipertensão, salivação, fraqueza, exantema eritematoso difuso, prurido, ptose, edema de pálpebras e membros, dificuldade respiratória, aumento da temperatura na área atingida e dor de cãibra e rigidez muscular em abdome, ombros, tórax e dorso. A dor abdominal pode ser intensa, confundindo-se com abdome agudo cirúrgico, raiva e tétano. Os sintomas tendem a desaparecer em 1 a 3 dias, mas espasmos residuais, parestesias, agitação e fraqueza podem persistir por semanas ou meses.
As picadas de tarântulas são extremamente raras e não venenosas nas tarântulas das América do Norte ou do Sul ("Novo Mundo"). No entanto, a agitação da aranha pode fazer com que ela lance pelos semelhantes a agulhas. Os pelos agem como corpos estranhos na pele ou olhos e podem desencadear degranulação celular e reações anafilactoides (p. ex., urticária, angioedema, broncospasmo, hipotensão) em pessoas sensibilizadas, geralmente nos proprietários de animais de estimação que manipulam as aranhas diariamente. Espécies nativas da tarântula fora dos continentes americanos (tarântulas do "Velho Mundo") são ocasionalmente mantidas como animais de estimação. São mais agressivas do que as tarântulas do "Novo Mundo", não têm pelos semelhantes a agulhas e podem ser venenosas.
Há milhares de espécies de aranhas no mundo todo, mas a grande maioria delas tem presas curtas demais ou muito frágeis para penetrar a pele humana. Sendo assim, picadas de aranha raramente levam ao óbito, dependendo da espécie.[1] X Fonte de pesquisa Ir à fonte No entanto, elas podem machucar bastante e, algumas vezes, podem até provocar uma reação sistêmica causada pelo veneno. As duas espécies mais perigosas e mais preocupantes no Brasil são a armadeira e a aranha marrom.[2] X Fonte Confiável Mayo Clinic Ir à fonte É importante saber identificar se uma picada é de aranha ou de outros insetos para que se possa avaliar a gravidade e a necessidade de buscar atendimento médico ou não.
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