O que é necessário para que uma palavra saia do estado de dicionário e passe a compor um discurso

Isolada, estancada e muda.

c) De acordo com o poema, por que uma palavra em “situação dicionária” é muda?

Porque não se comunica com nenhuma outra.

d) Você concorda que as palavras em estado de dicionário são mudas? Explique.

4. d) Resposta pessoal. Para responder à questão, os alunos devem atentar para o fato de que, no dicionário, as palavras estão dispostas em lista, em ordem alfabética, sem ligação umas com as outras.

5 Dê exemplos da palavra socorro em:

a) situação dicionária.

5. a) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos deem exemplos da palavra socorro descontextualizada, como em um verbete de dicionário: “Socorro. S. m. 1. Ato ou efeito de socorrer. 2. Ajuda ou assistência a alguém em situação difícil. 3. Os meios usados para tal fim. 4. Ajuda material ou financeira”.

b) situação de discurso.

5. b) Resposta pessoal. Espera- -se que os alunos deem exemplos da palavra socorro contextualizada, como nos enunciados a seguir: 1) Ao verificar que se iniciava um incêndio, a mulher gritou por socorro. 2) Os policiais iniciaram os procedimentos para o socorro das vítimas. 3) Então alguém gritou: Socorro!

6 O que é necessário para que uma palavra saia do estado de dicionário e passe a compor um discurso?

Ela precisa ser contextualizada, usada por alguém em uma situação comunicativa específica, com um propósito.

7 Releia os versos:

porque cortou-se a sintaxe desse rio,


o fio de água por que ele discorria.

Considerando que sintaxe é a parte da gramática que estuda as relações entre as palavras de uma oração e entre as orações de um período, explique o que é:

a) a sintaxe dos rios.

O fluxo das águas que formam os rios.

b) a sintaxe das palavras.

O fluxo de palavras e frases que formam os textos.

8 Com base nas suas respostas para a questão anterior, explique que relação existe entre a sintaxe dos rios e a sintaxe das palavras.

Tanto as águas dos rios quanto as palavras e as frases têm de estar interligadas para formar um fluxo, para ter continuidade.

9 Releia:

O curso de um rio, seu discurso-rio,

chega raramente a se reatar de vez; um rio precisa de muito fio de água para refazer o fio antigo que o fez.

a) O que significa “se reatar de vez”?

Reatar-se definitivamente.

b) Por que o curso de um rio raramente chega a “se reatar de vez”?

Porque são necessários muitos fios de água para reatá-lo, o que não ocorre durante as secas.

c) Em que circunstâncias o curso das palavras pode “se cortar”?

Quando a sequência – o “curso” – das palavras deixa de ter sentido, quando não há relação entre elas.

d) Também podemos dizer que o curso das palavras raramente chega a se reatar de vez? O que seria necessário para reatá-lo?

9. d) Resposta pessoal.

Discuta com os alunos os desafios da linguagem oral e escrita: as dificuldades para expressar aquilo que se pensa, os mal-entendidos, as ambiguidades, as inadequações etc.

e) O quinto verso da segunda estrofe apresenta uma exceção para a impossibilidade de se “reatar um rio”. Qual é essa exceção?

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» MARIA DAS GRAÇAS LEÃO SETTE Graduada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Professora de Língua Portuguesa e coautora de livros didáticos e paradidáticos.

» MÁRCIA ANTÔNIA TRAVALHA

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora de Língua Portuguesa e coautora de livros didáticos.

» MARIA DO ROZÁRIO STARLING DE BARROS


Graduada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte (Fafi-BH). Bacharel em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora de Língua Portuguesa e coautora de livros didáticos e paradidáticos. Assessora e consultora na área de avaliação.

Supervisora do portal Devolutivas Pedagógicas das Avaliações de Larga Escala, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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Page 3

CAPÍTULO 17 Orações subordinadas adverbiais 230

Na bagagem 230

Nas trilhas do texto 230 • “Não tire as penas da vida”, cartaz de campanha do Ibama 230 Palavras na lupa 231 Na bagagem 232 Nas trilhas do texto 232

• “Escreva para não travar na prova”, trecho de reportagem da revista Época 232

Palavras na lupa 234 Panorama 234 • Orações subordinadas adverbiais 234 Passos largos 236

CAPÍTULO 18 Orações subordinadas adjetivas 240

Na bagagem 240

Nas trilhas do texto 240 • Cartaz de campanha do Ministério da Saúde 240 Palavras na lupa 241 Na bagagem 241 Nas trilhas do texto 241 • “Museu de Arte Moderna de São Paulo e Pinacoteca ganham visita virtual”, notícia de Daniel Mello 241 Palavras na lupa 243 Panorama 243 • Orações subordinadas adjetivas 243 Passos largos 246

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1 Tomando a expressão “profissão de fé” como declaração pública de princípios políticos, sociais, estéticos ou religiosos, expliquem o título do soneto.

1. O poema declara os princípios de uma poesia que valoriza a mulher real e afasta-se do Romantismo, que pregava a figura feminina idealizada, casta e pura.

2 Identifique os aspectos da estética romântica criticados nestes versos:

a) Belezas de missal que o romantismo / Hidrófobo apregoa em peças góticas

Idealização da pureza feminina e o caráter religioso do Romantismo.

b) Odeio as virgens pálidas, cloróticas [...] / Almas de santa e corpos de alfenim.

Idealização da castidade, da delicadeza e da fragilidade física da mulher.

c) Escritas nuns acessos de histerismo.

Sentimentalismo e o subjetivismo exagerados.

d) Sofismas de mulher, ilusões óticas.

Fuga da realidade.

e) Sonho de carne, complexos eróticos / Desfazem-se perante o realismo.

Negação do corpo e do erotismo.

3 Qual é o ideal feminino proposto pelo soneto? Cite versos que comprovem sua resposta.

3. Uma mulher exuberante, real, saudável, sensual – em oposição ao modelo romântico da mulher frágil, doente e pálida –, o que se comprova pelos versos da última estrofe: “Prefiro a exuberância dos contornos, / As belezas da forma, seus adornos, / A saúde, a matéria, a vida enfim.”.

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Page 5

divo: divino.
poeta de Teos: Anacreonte.
esvazado: esvaziado.
colmado: coberto.
lavor: ornamento, entalhe.
canoro: que canta harmoniosamente.
ignoto: desconhecido.
Anacreonte: poeta grego famoso por suas canções de amor irônicas e melancólicas.

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Marcos Garuti

NÃO ESCREVA NO LIVRO.


Página 22

Antônio Mariano Alberto de Oliveira (1857-1937) nasceu em Palmital de Saquarema (RJ) e morreu em Niterói (RJ). Formado em Farmácia, é um expoente significativo do Parnasianismo brasileiro. Foi secretário estadual de educação, membro honorário da Academia de Ciências de Lisboa e fundador da Academia Brasileira de Letras. Adotou o nome literário Alberto de Oliveira no livro de estreia. Suas principais obras são: Canções românticas (1878), Meridionais (1884), Versos e rimas (1895), Poesias (em quatro séries, de 1900 a 1927) e Poesias escolhidas (1937).

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Daniel Klein

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5. Alternativas a, b e c. Em a: a poesia parnasiana não é marcada pelo subjetivismo. Em b: os poetas parnasianos cultivam a precisão formal e preferem um vocabulário erudito. Em c: os poetas parnasianos não são comprometidos com ideologias nem fazem poesia social.

6 Leia:

O Parnasianismo foi outra vítima da inteligência do século XIX. Foi essa Inteligência que construiu a prisão onde quis encarcerar o poeta. Preso, o poeta era obrigado a esmagar seus sentimentos sublimes, a deformar ideias, cortar, diminuir, fazer o que não queria, porque à porta vigiavam carcereiros terríveis com pencas de chaves de ouro à cintura.

[...]

Não há prisioneiro encarcerado, convicto, arrastando correntes, que não queira romper as cadeias, fugir, bradando um grito de liberdade...


Esse grito foi o verso livre.

MORAES, Rubens. Balanço de fim de século. Klaxon. São Paulo, n. 4, 15 ago. 1922. p. 12.

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Os pintores impressionistas e os poetas simbolistas

Os pintores impressionistas são contemporâneos dos poetas simbolistas. O Simbolismo, que vamos estudar mais adiante, foi uma corrente literária que surgiu na mesma época do Impressionismo.

Tanto os poetas simbolistas como os pintores impressionistas comungavam da paixão pelo efeito estético da arte. Enquanto os poetas buscavam palavras e expressões para revelar os efeitos do instante, do sentimento vivenciado por eles, os pintores buscavam reproduzir, por meio de suas pinceladas, o efeito da luz natural na natureza observada. Para isso, usavam pigmentos puros e pinceladas livres e preferiam pintar a natureza e as cenas do dia a dia.


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Panorama

Simbolismo: melancolia, mistério e música

Como vimos, os movimentos artísticos fazem rupturas e retomadas, rompendo com determinados modelos da estética anterior e recuperando marcas formais e temáticas de outra(s). Os poetas parnasianos, praticamente contemporâneos aos simbolistas, orientavam-se por objetividade, cientificismo e racionalismo, em oposição aos subjetivos poetas românticos. Já os poetas simbolistas aliaram a paixão pela estética e a preocupação formal dos parnasianos à subjetividade e à busca pela totalidade dos românticos.

Os simbolistas buscavam o mundo transcendental, revelando seu desconforto em relação ao mundo exterior, marcado pelo materialismo, pelo Positivismo, pela ciência.

Para os simbolistas, a beleza estava na sugestão, no mistério, no absoluto etéreo, na força do inconsciente. O eu lírico do Simbolismo busca instituir a realidade do sonho, a fantasia e o misticismo por meio da investigação dos sentidos e da maximização das sensações.

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3 A palavra assinalado pode ter o sentido de condenado, estigmatizado ou ilustre, notável.

Baseando-se nessas informações, explique o título do poema.

O assinalado é o poeta ao mesmo tempo ilustre, especial, transcendental, mas também condenado à desventura da vida comum, metaforizada no poema pela terra (“A terra é sempre a tua negra algema / Prende-te nela a extrema Desventura.”).

4 Registre no caderno as alternativas que se referem ao soneto “O Assinalado”.

a) Busca traçar o perfil do poeta por meio da metalinguagem.

b) Refere-se à inadaptação e ao sofrimento do poeta.

c) Apresenta o poeta como um ser inalcançável.

d) Compara o fazer poético à loucura.

e) Explica, de forma objetiva, o ofício do poeta.

Alternativas a, b, c, d. Leve os alunos a inferir que a alternativa e está incorreta, pois a busca da objetividade é característica da poesia parnasiana. A poesia simbolista “sugere”.

Na bagagem

• Em razão da popularidade da poesia parnasiana, os simbolistas tiveram pouca receptividade do público do fim do século XIX. Entretanto, a originalidade e a força do Simbolismo teve influência sobre poetas modernos e contemporâneos. Você já ouviu falar em Pedro Kilkerry?

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Soneto

Camilo Pessanha

Imagens que passais pela retina


Dos meus olhos, por que não vos fixais? Que passais como a água cristalina

Por uma fonte para nunca mais!...

Ou para o lago escuro onde termina

Vosso curso, silente de juncais,

E o vago medo angustioso domina,


– Por que ides sem mim, não me levais?

Sem vós o que são os meus olhos abertos?

– O espelho inútil, meus olhos pagãos!

Aridez de sucessivos desertos...

Fica sequer, sombra das minhas mãos,


Flexão casual de meus dedos incertos,
– Estranha sombra em movimentos vãos.

PESSANHA, Camilo. In: MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. 35. ed. São Paulo: Cultrix, 2009. p. 410.

juncal: local com grande quantidade de juncos; junqueira.

O que é necessário para que uma palavra saia do estado de dicionário e passe a compor um discurso

Slava Gerj

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NÃO ESCREVA NO LIVRO. Página 43

O que é necessário para que uma palavra saia do estado de dicionário e passe a compor um discurso

Fernando Pires

com rapadura), com farinha de milho (quando tinha) e ir para a roça pegar no cabo da enxada. O almoço ele o comia lá mesmo, levado pela mulher; arroz com feijão e farinha de mandioca, às vezes um torresmo ou um pedacinho de carne-seca para enfeitar. Depois, cabo da enxada outra vez até a hora do café do meio-dia. E novamente a enxada, quando não a foice ou o machado. A luta com a terra sempre foi brava. O mato não para nunca de crescer, e é preciso ir derrubando as capoeiras e capoeirões porque não há o que se estrague tão depressa como as terras de plantação.

Na frente da casa, o terreirinho, o mastro de Santo Antônio. Nos fundos, o chiqueirinho com um capadete engordando, a árvore onde dormem as galinhas, e a “horta” – umas latas velhas num jirauzinho, com um pé de cebola, outro de arruda e mais remédios – hortelã, cidreira etc. No jirau, por cau- sa da formiga.

– Ah,estas formigas me matam! – dizia o Zé com cara de desâ- nimo. – Comem tudo que a gente planta.

E se alguém da cidade, desses que não entendem de nada desta vida, vinha com histórias de “matar formiga”, Zé dizia: “Matar formiga!... Elas é que matam a gente. Isso de matar formiga é só para os ricos, e muito ricos. A formicida está pela hora da morte – e cada vez pior, mais falsificada. E que me adianta matar umformigueiro aqui nes- te sítio, se há tantos formi- gueiros nos vizinhos? Formi- ga vem de longe. Já vi um olheiro que ia sair a um quilômetro de distân- cia. Suponha que eu vendo a alma, compro uma lata de formicida e mato aquele formi- gueiro ali do pastinho. Que adianta? As formigas do Chico Vira, que é o meu vizinho deste lado, vêm alegrinhas visitar as minhas plantas”.

III

A gente da cidade – como são cegas as gentes das cidades!... Esses doutores, esses escrevedores nos jornais, esses deputados, paravam ali e era só crítica: vadio, indolente, sem ambição, imprestável... não havia o que não dissessem do Zé Brasil. Mas ninguém punha atenção nas doenças que derreavam aquele pobre homem – opilação, sezões, quanta verminose há, malária. E cadê doutor? Cadê remédio? Cadê jeito? O jeito era sempre o mesmo: sofrer sem um gemido e ir trabalhando doente mesmo, até não aguentar mais e cair como cavalo que afrouxa. E morrer na velha esteira – e feliz se houver por ali alguma rede em que o corpo vá para o cemitério, senão vai amarrado com cipó.

– Mas você morre, Zé, e sua alma vai para o céu – disse um dia o padre – e Zé duvidou.

– Está aí uma coisa que só vendo! Minha ideia é que nem deixam minha alma entrar no céu. Tocam ela de lá, como aqui na vida o coronel Tatuíra já me tocou das terras dele.

– Por quê, Zé?

IV

– Eu era “agregado” na fazenda do Taquaral. O coronel me deu lá uma grota, fiz minha casinha, derrubei mato, plantei milho e feijão.

– De meias?

– Sim. Metade para o coronel, metade para mim.

– Mas isso dá, Zé?

– Dá para a gente ir morrendo de fome pelo caminho da vida – a gente que trabalha e planta. Para o dono da terra é o melhor negócio do mundo. Ele não faz nada, de nada, de nada. Não fornece nem uma foice, nem um vidrinho de quina para a sezão – mas leva metade da colheita, e metade bem medida – uma metade gorda; a metade que fica com a gente é magra, minguada... E a gente tem de viver com aquilo um ano inteiro, até que chegue tempo de outra colheita.

– Mas como foi o negócio da fazenda do Taquaral?

– Eu era “agregado” lá e ia labutando na grota. Certo ano tudo correu bem e as plantações ficaram


Página 44

a maior das belezas. O coronel passou por lá, viu aquilo – e eu não gostei da cara dele. No dia seguinte me “tocou” de suas terras como quem toca um cachorro; colheu as roças para ele e naquela casinha que eu havia feito botou o Totó Urumbeva.

– Mas não há uma lei que...

Zé Brasil deu uma risada. “Lei... Isso é coisa para os ricos. Para os pobres, a lei é a cadeia e se resingar um pouquinho é o chanfalho.”

V

– E se você fosse dono das terras, aí dum sítio de 10 ou 20 alqueires?

– Ah, aí tudo mudava. Se eu tivesse um sítio, fazia uma casa boa, plantava árvores de fruta, e uma horta, e até um jardinzinho como o do Giusepe. Mas como fazer casa boa, e plantar árvores, e ter horta em terra dos outros, sem garantia nenhuma? Vi isso com o coronel Tatuíra. Só porque naquele ano as minhas roças estavam uma beleza, ele não resistiu à ambição e me tocou. E que mundo de terras esse homem tem! A fazenda do Taquaral foi medida. Os engenheiros acharam mais de 2 mil alqueires – e ele ainda é dono de mais duas fazendas bem grandes, lá no Oeste. E não vende nem um palmo de terra. Herdou do pai, que já havia herdado do avô. E o gosto do coronel é dizer que vai deixar para o Tatuirinha uma fazenda maior ainda – e anda em negócios com o Mané Labrego para a compra daquele sítio da Grota Funda.

– Então não vende nem dá as terras – só arrenda?

– Isso. Também não planta nada. O que ele quer lá é rendeiro como eu fui, e são hoje mais de cem as famílias que vivem no Taquaral. Desse jeito, o lucro do coronel é certo. Se vem chuva de pedra, se vem geada ou ventania, ele nunca perde nada; quem perde são os rendeiros.

VI

– Mas Zé, se essas terras do Taquaral fossem divididas por essas cento e tantas famílias que já vivem lá, não acha que ficava muito melhor?

– Melhor para quem? Para o coronel?

– Não. Para o mundo em geral, para todos.

– Pois está claro que sim. Em vez de haver só um rico, que é o coronel Tatuíra, haveria mais de cem arranjados, todos vivendo na maior abundância, donos de tudo quanto produzissem, não só da metade. E o melhor de tudo seria a segurança, a certeza de que ninguém dali não saía por vontade dos outros, tocado como um cachorro, como eu fui. Ah, que grande felicidade! Mas quem pensa nisso no mundo? Quem se incomoda com o pobre Zé Brasil? Ele que morra de doenças, ele que seja roubado, e metido na cadeia se abre a boca para se queixar. O mundo é dos ricos e Zé Brasil nasceu pobre. Ninguém no mundo pensa nele, olha para ele, cuida de melhorar a sorte dele...

LOBATO, Monteiro. In: LAJOLO, Marisa (Org.). Literatura comentada. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 123-127.

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Palavras na lupa

1 No texto, há vários substantivos no grau diminutivo. Releia as frases a seguir:

a) A espingardinha, o pote d’água, o caco de sela, o rabo de tatu, a arca, o facão, um santinho na parede.

b) Livros, só folhinhas – para ver as luas e se vai chover ou não [...].

c) A mesma opilação, a mesma maleita, a mesma miséria e até o mesmo cachorrinho.

d) Nos fundos, o chiqueirinho com um capadete engordando [...].

Quais dos substantivos destacados nas frases anteriores não estão no grau diminutivo? Registre-os no caderno e explique o significado de cada um deles.

1. Os substantivos santinho (em b) e folhinhas (em c) não expressam diminuição de tamanho (santinho: imagem de parede; folhinha: calendário).

2 Com que objetivo esses substantivos no grau diminutivo foram utilizados? Indique a(s) alternativa(s) no caderno.

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NÃO ESCREVA NO LIVRO. Página 50

2 Em todos os enunciados a seguir, a palavra destacada funciona como pronome possessivo, exceto em um deles. Registre-o no caderno e justifique sua resposta.

a) Toda gente lhe tinha um vago medo [...]

b) Ousou o escrevente namorar-lhe a filha [...]

c) Anjo adorado! Amo-lhe!

d) – Beijo-lhe as mãos, coronel!

e) Não lhe erravam os pressentimentos.

Na alternativa c, o pronome possessivo lhe funciona como pronome pessoal do caso oblíquo.

3 Considerando o seu uso no texto, o que cada uma das palavras e expressões destacadas a seguir expressa: tempo, quebra de expectativa ou alternância?

a) Aqui se estrepou...

Expressa tempo.

b) Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial [...].

Expressa quebra de expectativa.

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2 Responda:

a) O que motivou a complicação narrada nesse trecho do texto de Monteiro Lobato?

O bilhete enviado pelo escrevente à filha mais nova do coronel Triburtino.

b) Qual foi a consequência da ação do escrevente?

2. b) O coronel aproveitou-se do uso inadequado do pronome lhe e obrigou o escrevente a se casar com sua filha mais velha, e não com Laurinha, a filha mais nova, por quem ele era apaixonado e a quem escrevera o bilhete.

c) Que argumento o coronel utilizou para alcançar seu objetivo?

2. c) Ele alegou que, se o rapaz estivesse declarando amor à destinatária do bilhete, Laurinha, ele teria usado o pronome de segunda pessoa te e não o pronome de terceira pessoa lhe. Nesse caso, segundo o coronel, o jovem estava se declarando à filha mais velha. Quando o escrevente tentou negar, o coronel perguntou se ele se dirigia, então, à sua mulher ou à cozinheira.

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Características do Pré-Modernismo

Entre as características das obras do Pré-Modernismo, destacamos:

o regionalismo: a situação do homem do campo é apresentada sem a idealização característica do Arcadismo e do Romantismo;

a denúncia social: as obras denunciam a realidade brasileira, destacando aspectos como a desigualdade social, a exploração, entre outros;

as personagens: entram em cena o sertanejo, o caipira, os funcionários públicos, os moradores do subúrbio e da periferia;

os cenários: em foco o interior paulista, cenário das narrativas de Monteiro Lobato, o subúrbio carioca, onde circulam as personagens de Lima Barreto, o sertão nordestino, de Os sertões, de Euclides da Cunha;

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c) [...] ou à preta Luzia, cozinheira. Escolha! Expressa alternância.

d) [...] e desd’aí se transformou no tutu da terra.

Expressa tempo.

e) Mal o pilhou portas aquém [...]

Expressa tempo.

Passos largos

Leia alguns trechos do conto “Marabá” (1923), publicado no livro Negrinha, de Monteiro Lobato:

Marabá

Bom tempo houve em que o romance era coisa de aviar com receitas à vista, qual faz o honesto boticário com os seus xaropes. [...]

Receitas para tudo. Para começo (fórmula Herculano): “Era por uma dessas tardes de verão em que o astro-rei, etc. etc.”

E para fim (fórmula Alencar): “E a palmeira desapareceu no horizonte...” [...]

E a moça desmaiava, e o leitor chorava e a obra recebia etiqueta de histórica, se passada unicamente entre donos e donas, ou de indianista, se na manipulação entravam ingredientes do empório Gonçalves Dias, Alencar & Cia.

Veio depois Zola com seu naturalismo e veio a psicologia e a preocupação da verdade, tudo por contágio da ciência que Darwin, Spencer e outros demônios derramaram no espírito humano. [...]

Uma coisa me espanta: que haja ainda hoje, nestes nossos atropelados dias modernos, quem escreva romances! E quem os leia!...

Conduzir por trezentas páginas a fio um enredo, que estafa!

Nada disso. Sejamos da época. A época é apressada, automobilística, aviatória, cinematográfica [...]

LOBATO, Monteiro. In: LAJOLO, Marisa (Org.). Literatura comentada. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 40-45.

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3 Qual das alternativas a seguir não apresenta a temática do texto? Registre-a no caderno.

a) Conhecimento da norma padrão da língua como forma de poder.

b) Confronto entre interesses de classes sociais diferentes.

c) Autoritarismo e oportunismo nas relações humanas.

d) Arranjo matrimonial e casamento como solução para a mulher.

e) Submissão da mulher e dos subalternos ao poder patriarcal.

Alternativa b. Não se trata de um confronto entre interesses de classes sociais diferentes, mas da imposição do mais forte sobre o mais fraco.

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NÃO ESCREVA NO LIVRO.
Página 52

os temas: os fatos políticos, a economia, a cultura do povo, os movimentos populares. A obra Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, por exemplo, tematiza o governo de Floriano Peixoto. A obra Os sertões, de Euclides da Cunha, relata a Guerra de Canudos.

Em 1922, com a realização da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, encerra-se esse período conhecido como pré-modernista e inicia-se o período chamado de Modernismo.

Na bagagem

• Você já leu alguma obra de Lima Barreto?

• Sabe que esse autor do Pré-Modernismo brasileiro ainda influencia autores contemporâneos?

• Você já viu algum filme baseado em uma das obras de Lima Barreto?

• Sabe quem foi a personagem Policarpo Quaresma?


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Para entender o texto

Herculano: Alexandre Herculano, escritor português de romances históricos. Autor de Eurico, o presbítero.

Alencar: José de Alencar, escritor brasileiro do Romantismo e introdutor do indianismo, que valorizava os costumes e a linguagem indígenas em romances como Iracema, O guarani e Ubirajara.

Zola: Émile Zola, romancista francês da segunda metade do século XIX. Autor de O germinal.

Darwin: Charles Robert Darwin, famoso naturalista britânico (1809-1882) cuja teoria da evolução, baseada na seleção natural (A origem das espécies), causou uma revolução na ciência biológica.

Spencer: Herbert Spencer, filósofo britânico (1820-1903) que aplicou a ideia de “evolução” (desenvolvimento gradual) à Biologia, assim como a vários outros campos do conhecimento. Escreveu Um sistema de filosofia sintética.

Registre no caderno as proposições que se referem corretamente aos trechos de “Marabá” reproduzidos anteriormente. Justifique sua resposta com trechos do texto.

a) Uso de metalinguagem, paródia e ironia para criticar modelos e clichês do Romantismo.

b) Crítica ao romance naturalista influenciado pelo cientificismo.

c) Reflexão sobre a necessidade de a literatura acompanhar os avanços tecnológicos da modernidade.

Todas as alternativas estão corretas. Veja comentários na Assessoria Pedagógica. AP

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4 Escreva no caderno qual das afirmativas não apresenta uma característica formal do texto.

a) Presença de flashback e de metalinguagem.

b) Descrição caricatural das personagens.

c) Permanência de marcas do Realismo e do Naturalismo, comuns aos textos pré-modernistas.

d) Humor, ironia e intertextualidade.

e) Foco narrativo de terceira pessoa.

Alternativa a. O texto não apresenta flashback (volta ao passado) nem metalinguagem (explicação sobre o processo de construção do texto ou sobre a linguagem utilizada).

5 Qual das alternativas a seguir não apresenta a estratégia empregada pelo coronel Triburtino para alcançar seu objetivo?

a) Coação e violência psicológica.

b) Violência física.

c) Posição hierárquica.

e) Autoridade natural.

d) Honra familiar.

Alternativa b.

6 Em sua opinião, o coronel Triburtino agiu de forma impulsiva ou planejada? Justifique sua resposta.

O coronel planejou o “golpe”, como se pode concluir com base na leitura do seguinte trecho: “[...] depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto [...]”. Parece que ele armou até mesmo um cenário: “Viu também sobre a secretária uma garrucha com espoleta nova ao alcance do maquiavélico pai.”.

7 Em O príncipe, livro escrito em 1513, Maquiavel expõe a tese de que, para atingir determinado fim, os governantes devem empregar todo e qualquer meio. Como você explica o uso do adjetivo maquiavélico no trecho a seguir:

Viu também sobre a secretária uma garrucha com espoleta nova ao alcance do maquiavélico pai.

O coronel usou de astúcia, de violência psicológica, enfim, de métodos antiéticos para forçar o rapaz a se casar com a filha mais velha.

8 Os acontecimentos narrados são simultâneos ou anteriores ao momento da narração? Justifique com uma passagem do texto.

Os acontecimentos são anteriores ao momento em que foram narrados: “[...] nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas.”.

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acróstico: texto em versos em que as letras iniciais de cada verso, quando lidas na vertical, formam uma palavra, um nome ou uma frase.
frechar: o mesmo que flechar, atingir com uma flecha.
tutu da terra: variedade histórico-geográfica de mandachuva, homem poderoso.
Acorda, donzela: com o sentido de “música/cantoria de serenata para acordar a mulher amada”.
pinho: violão, viola.
vassuncê: o mesmo que vossa senhoria ou, atualmente, o senhor, você.
muito lampeira da vida: expressão que tem o sentido de muito alegre, feliz.
secretária: mesa onde se escreve e onde se guardam documentos importantes.
urucaca: mulher considerada feia. No glossário inserimos apenas o significado de algumas palavras e expressões que possivelmente não estão dicionarizadas. Outras palavras provavelmente desconhecidas pelos alunos serão objeto de estudo na atividade 1.

NÃO ESCREVA NO LIVRO.

Página 49

1 Pesquise no dicionário as palavras a seguir. Depois, registre no caderno a(s) acepção(ões) de acordo com o contexto em que aparecem:

definhava (definhar), lacrimogêneos, encalhe, madurota, aluada, sobrecenho, enfarruscado, peão, garrucha, espoleta, maquiavélico

Possibilidades de resposta: definhava (definhar): debilitava(-se), extenuava(-se), perdia as forças; lacrimogêneos: lacrimosos, tristes; encalhe: que encalhou, encalhada; madurota: que já passou da mocidade; aluada: distraída, amalucada; sobrecenho: o conjunto das sobrancelhas; enfarruscado: carrancudo; peão: peça do jogo de xadrez; garrucha: tipo de pistola; espoleta: estopilha, estopim; maquiavélico: ardiloso, pérfido. Incentive os alunos a consultar no dicionário o sentido dessas palavras, assim como o de outras que possam ter-lhes causado dúvida.

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NÃO ESCREVA NO LIVRO. Página 51

Panorama

Pré-Modernismo: das duas primeiras décadas do século XX até a Semana de Arte Moderna (1922)

O processo de urbanização no Brasil teve início no começo do século XX. Após a abolição da escravatura, os ex-escravos espalharam-se pelo país, muitos vivendo marginalizados em diferentes regiões. Também os imigrantes – que chegaram em busca de trabalho durante o processo de substituição da mão de obra escravizada – viviam nos centros urbanos excluídos do restante da população, compondo um emergente proletariado.

A desigualdade social era visível e o cenário político, econômico e social gerou revoltas populares, como a dos jagunços, em Canudos, e estimulou o surgimento de movimentos sociais como os dos operários em São Paulo, entre outros. As obras literárias produzidas nesse período refletem esse cenário conturbado.

O que é necessário para que uma palavra saia do estado de dicionário e passe a compor um discurso

Alinari/Getty Images

Área de produção de fábrica de sapatos em São Paulo, no início do século XX.

As obras pré-modernistas também tiveram grande influência de Machado de Assis: o coloquialismo, o humor e a ironia machadianos estão presentes nas obras produzidas nesse período. A prosa preserva características temáticas do Realismo e do Naturalismo, mas já aponta para as temáticas e as marcas linguísticas do Modernismo. Entre os escritores que mais se destacaram na época, podemos citar, na prosa, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Euclides da Cunha e Graça Aranha.

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Palavras na lupa

1 Com relação ao bilhete escrito pelo escrivão, responda no caderno:

a) A regra gramatical usada pelo coronel para interpretar o bilhete é aplicada na fala coloquial, em todas as regiões do Brasil? Justifique.

Não. Em muitas regiões do Brasil usa-se a terceira pessoa para se referir ao interlocutor.

b) Como o rapaz deveria ter escrito o bilhete para evitar que o coronel o interpretasse daquela forma?

O rapaz deveria ter usado o vocativo “Laurinha”, o pronome da segunda pessoa te ou o pronome de tratamento você, que devem ser usados para dirigir-se ao interlocutor.

c) Em “Amo-lhe!”, há uma inadequação, de acordo com a norma padrão da língua. Identifique-a e explique-a.

O verbo amar é transitivo direto e pede objeto direto. O pronome lhe funciona como objeto indireto.

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Triste fim de Policarpo Quaresma

Lima Barreto

Trecho 1

[...] De acordo com a sua paixão dominante, Quaresma estivera muito tempo a meditar qual seria a expressão poética musical característica da alma nacional. Consultou historiadores, cronistas e filósofos e adquiriu certeza que era a modinha acompanhada pelo violão. Seguro dessa verdade, não teve dúvidas: tratou de aprender o instrumento genuinamente brasileiro e entrar nos segredos da modinha. Estava nisso tudo a quo, mas procurou saber quem era o primeiro executor da cidade e tomou lições com ele. O seu fim era disciplinar a modinha e tirar dela um forte motivo original de arte. [...]

Trecho 2

[...] – O Senhor Ricardo há de nos desculpar, disse a velha senhora, a pobreza do nosso jantar. Eu lhe quis fazer um frango com petit-pois, mas Policarpo não deixou. Disse-me que esse tal petit-pois é estrangeiro e que eu o substituísse por guando. Onde é que se viu frango com guando?

Coração dos Outros aventou que talvez fosse bom, seria uma novidade e não fazia mal experimentar.

– É uma mania de seu amigo, Senhor Ricardo, esta de só querer coisas nacionais, e a gente tem que ingerir cada droga, chi! [...]

Trecho 3

[...] Quase todas as tradições e canções eram estrangeiras [...]. Tornava-se, portanto, preciso arranjar alguma coisa própria, original, uma criação da nossa terra e dos nossos ares.

Essa ideia levou-o a estudar os costumes tupinambás; e, como uma ideia traz outra, logo ampliou


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Nas trilhas do texto

Comente com os alunos que o major Policarpo Quaresma era uma personagem idealista, nacionalista, que pregava a reforma da cultura, da agricultura e da política brasileiras. Uma das marcas dessa obra é o coloquialismo, que já antecipava características modernistas.

Triste fim de Policarpo Quaresma, romance mais conhecido de Lima Barreto, foi publicado em folhetins do Jornal do Commercio, no Rio de Janeiro, entre agosto e outubro de 1911. O protagonista é um major perseverante, disciplinado, nacionalista, um estudioso que sonhava com a autonomia do povo brasileiro. O pano de fundo histórico é o governo do marechal Floriano Peixoto e o cenário é o Rio de Janeiro. Defensor da República, Policarpo Quaresma apoia Floriano Peixoto contra um movimento denominado Revolta da Armada, mas acaba se decepcionando com as atitudes ditatoriais do “marechal de ferro”.

Leia alguns trechos desse romance:


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NÃO ESCREVA NO LIVRO.
Página 53

o seu propósito e eis a razão por que estava organizando um código de relações, de cumprimentos, de cerimônias domésticas e festas, calcado nos preceitos tupis.

Desde dez dias que se entregava a essa árdua tarefa, quando (era domingo) lhe bateram à porta, em meio de seu trabalho. Abriu, mas não apertou a mão. Desandou a chorar, a berrar, a arrancar os cabelos, como se tivesse perdido a mulher ou um filho. A irmã correu lá de dentro, o Anastácio também, e o compadre e a filha, pois eram eles, ficaram estupefatos no limiar da porta.

– Mas que é isso, compadre?

– Que é isso, Policarpo?

– Mas, meu padrinho...

Ele ainda chorou um pouco. Enxugou as lágrimas e, depois, explicou com a maior naturalidade:

– Eis aí! Vocês não têm a mínima noção das coisas da nossa terra. Queriam que eu apertasse a mão... Isto não é nosso! Nosso cumprimento é chorar quando encontramos os amigos, era assim que faziam os tupinambás.

O seu compadre Vicente, a filha e Dona Adelaide entreolharam-se, sem saber o que dizer. O homem estaria doido? Que extravagância! [...]

Trecho 4

[...] Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e absorvente. Nada de ambições políticas ou administrativas; o que Quaresma pensou, ou melhor, o que o patriotismo o fez pensar, foi num conhecimento inteiro do Brasil, levando-o a meditações sobre os seus recursos, para depois então apontar os remédios, as medidas progressivas, com pleno conhecimento de causa.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo: Ática, 1999. p. 22; 26; 37.

modinha: depois de 1850, gênero de cantiga popular urbana acompanhada pelo violão.


a quo: expressão do latim que significa “na ignorância”.


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