Leia o seguinte fragmento: (...) e a quem enfim


Governo do Distrito Federal Secretaria de Estado do Distrito Federal Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho Centro Educacional 02 de Sobradinho SEMANA 00 MATERIAL Nº 00 DATA DA TELEAULA PARA RESOLUÇÃO DESTE BLOCO DE ATIVIDADES: DATA DA DEVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES CONCLUÍDAS: CONTEÚDO: LÍNGUA PORTUGUESA – 1º ANO A, B, C, D, E, F, G ALUNO (A): ANO/TURMA: PROFESSOR (A): 1. Assinale a única opção em que a palavra “a” é artigo. a) Obrigou-me a arcar com mais despesas. b) Hoje, ele veio a falar comigo. c) Essa caneta não é a que te emprestei. d) Marquei-te a fronte, mísero poeta. e) Convenci-a com poucas palavras. Disponível em: . Acesso em: 21 set. 2014. Luana Cardoso da Silva Alcione 1 E 2, Tendo em vista a leitura do texto, leia e analise as afirmações abaixo: I. O texto é uma tirinha, veiculada preferencialmente em jornais e revistas; envolve linguagem verbal e não-verbal, e pretende satirizar o homem brasileiro contemporâneo, o qual é representado por Hagar. II. No segundo quadrinho, em “O que um plebeu como…”, se o amigo fizesse a pergunta referindo-se a uma pessoa do gênero feminino, os termos em destaque deveriam ser substituídos por “uma plebeia”. III. Ao pronunciar a palavra “trono” para dizer ao amigo onde Hagar estava, Helga a utiliza em sentido denotativo. IV. No diálogo das personagens, há erro gramatical nas palavras: “cadê” e “tá”, deveriam estar escritos, obrigatoriamente, na norma padrão da língua, devido ao grau de formalidade da situação. V. Na pergunta que o amigo de Hagar faz a Helga, “O que um plebleu como o Hagar tá fazendo no trono?”, os termos em destaque são classificados, respectivamente, como artigo indefinido e locução verbal. Assinale a alternativa CORRETA. a) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras. b) Apenas as afirmações II e V são verdadeiras. c) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras. d) Apenas as afirmações II, III e V são verdadeiras. e) Apenas as afirmações III, IV e V são verdadeiras. 3. Leia o seguinte fragmento: “[…] e a quem enfim cada conhecido ou amigo queria dar um destino que julgava mais conveniente às inclinações que nele descobria […]”. Assinale a alternativa que explica, respectivamente, o não uso de acento indicativo de crase no primeiro caso e o uso desse acento no segundo caso destacado. a) Pronomes indefinidos nunca são acompanhados de preposição, logo, o “a” que antecede o pronome não deve receber acento indicativo de crase; palavra feminina, sempre que antecedida por preposição, deve receber acento indicativo de crase. b) Há apenas presença de preposição, uma vez que antes do pronome relativo “quem” não se usa artigo; há presença de preposição, explicada pela regência nominal do termo “conveniente”, somada ao artigo definido que acompanha o termo “inclinações”. c) Há apenas presença de artigo indefinido, uma vez que pronomes relativos não vêm acompanhados de preposição; há presença de preposição, explicada pela regência nominal do termo inclinações somada ao artigo definido que acompanha o termo conveniente. d) O artigo definido que antecede o pronome indefinido nunca deve receber acento indicativo de crase; artigo definido feminino, sempre que estiver no plural, recebe acento indicativo de crase. e) A preposição que antecede o pronome indefinido nunca deve receber acento indicativo de crase; artigo definido feminino, sempre que estiver no plural, recebe acento indicativo de crase. 4. Complete com os pronomes e indique a opção correta dentre as indicadas abaixo: 1. De repente, deu-lhe um livro para ………. ler. 2. De repente, deu um livro para ………. . 3. Nada mais há entre ………. e você. 4. Sempre houve entendimentos entre ………. e ti. 5. José, espere vou ………. . a) ele, mim, eu, eu, consigo b) ela, eu, mim, eu, contigo c) ela, mim, mim, mim, com você d) ela, mim, eu, eu, consigo e) ela, mim, eu, mim, contigo 5. (Enem) O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos abaixo. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.) “Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (…)”. (CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.) 6. Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode- se afirmar que ambos: a) Condenam essa regra gramatical. b) Acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra. c) Criticam a presença de regras na gramática. d) Afirmam que não há regras para uso de pronomes. e) Relativizam essa regra gramatical 7. Complete as lacunas com os pronomes eu e mim. a) Esse problema será resolvido apenas entre ____ e você. b) Esse problema é para ____ resolver. c) Isso nem é um problema para ____. d)Se você não vai ajudar, o problema será resolvido por ____ e por ele. 8. Corrija as seguintes frases, alterando os pronomes pessoais retos destacados para pronomes pessoais oblíquos. a) O médico mandou eu entrar no consultório. b) O diretor cumprimentou ela com um aceno de cabeça. c) As coisas já estão resolvidas entre eu e ela. d) Vi ele na praia no domingo passado. eu mim eu mim ela ele ela ele

Pergunta 1 de 10

(IBMEC SP/2015)

Folha de S. Paulo: Em “Pecado”, canção de “Rua dos Amores”, você canta “Mesmo que o amor avance /perde-se em nuance/quase um Chile inteiro /quando você fala, fala, fala”. O que é o Chile neste caso?

Djavan: Usei o Chile como advérbio de quantidade. São ousadias, não tenho satisfação a dar a ninguém. O Chile é aquela coisa comprida. É uma metáfora interessante. É preciso que você tenha alma para senti-la ou não. As pessoas da mídia têm que parar de achar que isso me atinge.

Nessa entrevista, ao elucidar o sentido dos versos de sua canção, o músico Djavan refere-se ao advérbio. Do ponto de vista morfológico, essa explicação

a) apresenta falhas, pois, levando em conta o contexto da canção, a palavra representa um adjetivo que caracteriza a relação amorosa mencionada nos versos.

b) está adequada, pois, no contexto em que foi empregado, o termo “Chile” modifica o sentido do verbo “falar”, acrescentando-lhe uma circunstância.

c) contém uma imprecisão, pois, no contexto da canção, ao vir acompanhado pelo artigo indefinido “um”, o vocábulo “Chile” assume a função de substantivo.

d) é pertinente, pois a função dos advérbios e das palavras denotativas é conferir subjetividade ao texto, como ocorre na construção de figuras de linguagem como a metáfora.

e) é inadequada, pois, no contexto da canção, equivale a um numeral, classe gramatical que expressa quantidade.

Pergunta 2 de 10

(UNITAU SP/2015)

Leia o seguinte fragmento: “[…] e quem enfim cada conhecido ou amigo queria dar um destino que julgava mais conveniente às inclinações que nele descobria […]”.

Assinale a alternativa que explica, respectivamente, o não uso de acento indicativo de crase no primeiro caso e o uso desse acento no segundo caso destacado.

a) Pronomes indefinidos nunca são acompanhados de preposição, logo, o “a” que antecede o pronome não deve receber acento indicativo de crase; palavra feminina, sempre que antecedida por preposição, deve receber acento indicativo de crase.

b) Há apenas presença de preposição, uma vez que antes do pronome relativo "quem" não se usa artigo; há presença de preposição, explicada pela regência nominal do termo "conveniente", somada ao artigo definido que acompanha o termo "inclinações".

c) Há apenas presença de artigo indefinido, uma vez que pronomes relativos não vêm acompanhados de preposição; há presença de preposição, explicada pela regência nominal do termo inclinações somada ao artigo definido que acompanha o termo conveniente.

d) O artigo definido que antecede o pronome indefinido nunca deve receber acento indicativo de crase; artigo definido feminino, sempre que estiver no plural, recebe acento indicativo de crase.

e) A preposição que antecede o pronome indefinido nunca deve receber acento indicativo de crase; artigo definido feminino, sempre que estiver no plural, recebe acento indicativo de crase.

Pergunta 3 de 10

(UECE/2015)

A garagem de casa

1 Com o portão enguiçado, e num 2 convite a ladrões de livros, a garagem de casa

3 lembra uma biblioteca pública 4 permanentemente aberta para a rua. Mas não 5 são adeptos de literatura os indivíduos que ali 6 se abrigam da chuva ou do sol a pino de 7 verão. Esses desocupados matam o tempo 8 jogando porrinha, ou lendo os jornais velhos 9 que mamãe amontoa num canto, sentados 10 nos degraus do escadote com que ela alcança 11 as prateleiras altas. Já quando fazem o 12 obséquio de me liberar o espaço, de tempos 13 em tempos entro para olhar as estantes onde 14 há de tudo um pouco, em boa parte remessas 15 de editores estrangeiros que têm apreço pelo 16 meu pai. Num reduto de literatura tão sortida, 17 como bem sabem os habitués de sebos, 18 fascina a perspectiva de por puro acaso dar 19 com um livro bom. Ou by serendipity, como 20 dizem os ingleses quando na caça a um 21 tesouro se tem a felicidade de deparar com 22 outro bem, mais precioso ainda. Hoje revejo 23 na mesma prateleira velhos conhecidos, 24 algumas dezenas de livros turcos, ou búlgaros 25 ou húngaros, que papai é capaz de um dia 26 querer destrinchar. Também continua em 27 evidência o livro do poeta romeno Eminescu, 28 que papai ao menos tentou ler, como é fácil 29 inferir das folhas cortadas a espátula. Há uma 30 edição em alfabeto árabe das Mil e Uma 31 Noites que ele não leu, mas cujas ilustrações 32 admirou longamente, como denunciam os 33 filetes de cinzas na junção das suas páginas 34 coloridas. Hoje tenho experiência para saber 35 quantas vezes meu pai leu um mesmo livro, 36 posso quase medir quantos minutos ele se 37 deteve em cada página. E não costumo perder 38 tempo com livros que ele nem sequer abriu, 39 entre os quais uns poucos eleitos que mamãe 40 teve o capricho de empilhar numa ponta de 41 prateleira, confiando numa futura redenção. 42 Muitas vezes a vi de manhãzinha 43 compadecida dos livros estatelados no 44 escritório, com especial carinho pelos que 45 trazem a foto do autor na capa e que papai 46 despreza: parece disco de cantor de rádio.

(Chico Buarque. O irmão alemão. 1 ed. São Paulo.

Companhia das letras. 2014. p. 60-61. Texto adaptado com o acréscimo do título.)

A obra O irmão alemão, último livro de Chico Buarque de Holanda, tem como móvel da narrativa a existência de um desconhecido irmão alemão, fruto de uma aventura amorosa que o pai dele, Sérgio Buarque de Holanda, tivera com uma alemã, lá pelo final da década de 30 do século passado. Exatamente quando Hitler ascende ao poder na Alemanha. Esse fato é real: o jornalista, historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, na época, solteiro, deixou esse filho na Alemanha. Na família, no entanto, não se falava no assunto. Chico teve, por acaso, conhecimento dessa aventura do pai em uma reunião na casa de Manuel Bandeira, por comentário feito pelo próprio Bandeira.

Foi em torno da pretensa busca desse pretenso irmão que Chico Buarque desenvolveu sua narrativa ficcional, o seu romance.

Sobre a obra, diz Fernando de Barros e Silva: “o que o leitor tem em mãos […] não é um relato histórico. Realidade e ficção estão aqui entranhadas numa narrativa que embaralha sem cessar memória biográfica e ficção”.

Considere a expressão “a garagem de casa” (Ref. 2) e o que se diz sobre ela.

I. O emprego do vocábulo casa sem a determinação do artigo definido, como acontece no texto, indica que a casa é da pessoa que fala.

II. A introdução do artigo definido antes do substantivo casa – garagem da casa – indicaria não só que o falante não é o proprietário da casa, ou pelo menos não a habita, mas também que o referente casa, representado no texto pelo vocábulo casa, já aparecera no texto, portanto não seria novo para o leitor.

III. A introdução do artigo indefinido um antes do substantivo casa – garagem de uma casa – indicaria que o referente casa, representado pelo vocábulo casa, ainda não aparecera no texto, portanto seria novo para o leitor.

Está correto o que se diz em

a) I, II e III.

b) I e II apenas.

c) I e III apenas.

d) II apenas.

Pergunta 4 de 10

(UERJ/2015)

O ARRASTÃO

1 Estarrecedor, nefando, inominável, infame. Gasto logo os adjetivos porque eles fracassam em 2 dizer o sentimento que os fatos impõem. Uma trabalhadora brasileira, descendente de escravos, 3 como tantos, que cuida de quatro filhos e quatro sobrinhos, que parte para o trabalho às quatro 4 e meia das manhãs de todas as semanas, que administra com o marido um ganho de mil e 5 seiscentos reais, que paga pontualmente seus carnês, como milhões de trabalhadores brasileiros, 6 é baleada em circunstâncias não esclarecidas no Morro da Congonha e, levada como carga no 7 porta-malas de um carro policial a pretexto de ser atendida, é arrastada à morte, a céu aberto, 8 pelo asfalto do Rio.

9 Não vou me deter nas versões apresentadas pelos advogados dos policiais. Todas as vozes 10 terão que ser ouvidas, e com muita atenção à voz daqueles que nunca são ouvidos. Mas, antes 11 das versões, o fato é que esse porta-malas, ao se abrir fora do script, escancarou um real que 12 está acostumado a existir na sombra.

13 O marido de Cláudia Silva Ferreira disse que, se o porta-malas não se abrisse como abriu (por 14 obra do acaso, dos deuses, do diabo), esse seria apenas “mais um caso”. Ele está dizendo: 15 seria uma morte anônima, aplainada1 pela surdez da praxe2, pela invisibilidade, uma morte não 16 questionada, como tantas outras.

17 É uma imagem verdadeiramente surreal, não porque esteja fora da realidade, mas porque 18 destampa, por um “acaso objetivo” (a expressão era usada pelos surrealistas3), uma cena 19 recalcada4 da consciência nacional, com tudo o que tem de violência naturalizada e corriqueira, 20 tratamento degradante dado aos pobres, estupidez elevada ao cúmulo, ignorância bruta 21 transformada em trapalhada transcendental5, além de um índice grotesco de métodos de 22 camuflagem e desaparição de pessoas. Pois assim como Amarildo6 é aquele que desapareceu 23 das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos 24 soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo.

25 O acaso da queda de Cláudia dá a ver algo do que não pudemos ver no caso do desaparecimento 26 de Amarildo. A sua passagem meteórica pela tela é um desfile do carnaval de horror que 27 escondemos. Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que 28 lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil.

José Miguel Wisnik

Adaptado de oglobo.globo.com, 22/03/2014.

1 aplainada − nivelada

2 praxe − prática, hábito

3 surrealistas − participantes de movimento artístico do século 20 que enfatiza o papel do inconsciente

4 recalcada − fortemente reprimida

5 transcendental − que supera todos os limites

6 Amarildo − pedreiro desaparecido na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em 2013, depois de ser detido por policiais

Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil. (Refs. 27-28)

A sequência do emprego dos artigos em “de um Brasil” e “do Brasil” representa uma relação de sentido entre as duas expressões, intimamente ligada a uma preocupação social por parte do autor do texto.

Essa relação de sentido pode ser definida como:

a) ironia

b) conclusão

c) generalização

d) causalidade

Pergunta 5 de 10

(UEG GO/2006)

CELULARES EXPLOSIVOS, IDÉIAS NEM TANTO

Sou uma nulidade no uso do celular. Mal conheço a senha para tirar as mensagens lá de dentro e, pelo que vejo, meu aparelho é forte candidato a uma dessas explosões que têm acontecido ultimamente.

Pinóquio não primava pela responsabilidade nos compromissos assumidos, mas seu Grilo Falante, de cartola e guarda-chuva, conhecia as virtudes da polidez e da adequação. Não tomava a palavra antes de um minúsculo pigarro de advertência.

Inseto mutante, o celular está para o grilo de Pinóquio um pouco como a guitarra elétrica para o antigo violão. Adota os tons mais estridentes, descabelados e imperativos, a que as pessoas obedecem numa coreografia alucinada. A pose mais estudada da grã-fina se estilhaça em aflição e pânico enquanto ela remexe na bolsa à procura do aparelho; o taxista mais inerte e distraído pula ao menor toque, como se tivesse uma aranha dentro do carro. E nem se sabia que aquilo era carregado de dinamite.

COELHO, M. Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 maio 2006, p. E 10. Ilustrada. [Adaptado].

No texto, o artigo definido pode ser identificado em todas as orações abaixo, EXCETO em:

a) “Não tomava a palavra”

b) “ela remexe na bolsa à procura do aparelho”

c) “Mal conheço a senha”

d) “é forte candidato a uma dessas explosões”

Pergunta 6 de 10

(UFAM/2015)

Escolhi a mesinha que estava na calçada e pedi um suco de frutas naturais mas sabendo que viria um suco com sabor de frutas artificiais, as frutas de laboratório, os bebês de laboratório – mas onde estamos? Enfim, já anunciaram que temos usinas nucleares, um dia vai chegar um sergipano (ou um paulistano, não tenho preconceito de região) e vai apertar distraidamente o botão errado. Pronto. O Brasil vira memória. E as pessoas tão inconscientes ouvindo uma musiquinha na porta da loja de discos. Também vejo um homem engraxando o sapato. E, no prédio em frente, passam um filme certamente desinteressante: noto que apenas um casal está na fila do cinema. Vejo também um velho com o netinho jogando migalhas para os pombos. Chovem propagandas de produtos comerciais, poluindo a paisagem. Era bom antes, lembra? Quando as paisagens eram limpas. Mas agora é tarde. É tarde no planeta. (“É tarde no planeta”, de Lygia Fagundes Telles, no livro “A Disciplina do Amor”. Texto adaptado.)

Assinale a opção em que o vocábulo UM funciona como numeral e não como artigo:

a) “as pessoas tão inconscientes ouvindo uma musiquinha”

b) “pedi um suco de frutas naturais”

c) “um casal está na fila do cinema”

d) “um dia vai chegar um sergipano e vai apertar o botão errado”

e) “um velho com o netinho jogando migalhas para os pombos”

Pergunta 7 de 10

(FCM MG/2016)

A MENTE QUE TUDO PODE

O médico me garante que a maioria de nossos males tem origem psicossomática. Talvez a totalidade, ele acrescenta. Do alto de sua longa experiência, garante que pessoas felizes não ficam de cama. Para comprovar a tese, relaciona tipos de personalidade com as doenças: os muito exigentes ficam hipertensos, os nervosos contraem dermatoses, os obsessivos desenvolvem câncer, os estressados sofrem acidentes cardiovasculares. A mente tudo pode. Mente?

O médico não está sozinho. Muita gente acredita que a mecânica newtoniana – a ação e a reação – se aplica à saúde humana com a mesma precisão que às maçãs em queda livre. Li um artigo sobre os males que acometeram pessoas famosas a partir da análise de suas cabeças, do tipo fulano morreu assim porque era assado (assados morreram muitos, porque ousaram pensar). Até parece que nossos miolos são imutáveis e possuem uma característica única, sem direito à tristeza, estresse, euforia, obsessão ou felicidade de vez em quando.

As listas de causa e efeito fazem as previsões de doenças a posteriori. Nunca antes dos sintomas. Que mal contrairá o desempregado que teme voltar para casa à noite e comunicar à família que nem biscate conseguiu? Como será hospitalizado o executivo que adora desafio e viciou em estresse? Posto de outra forma, por que uma senhora sem problemas familiares e financeiros, simpática, segura da vida eterna, contraiu um câncer que a matou com dores terríveis? Por que alguns bebês vêm ao mundo com leucemia? Por que indivíduos assumidamente infelizes chegam aos noventa anos infelizmente (para eles) bem de saúde? A satisfação, o amor e o sucesso vacinam contra o vibrião do cólera? Orgasmos múltiplos evitam a AIDS?

Enquanto o psicotudo se alastra, outros médicos destrinçam o genoma e descobrem relações cada vez mais convincentes entre a herança genética e o futuro da pessoa. Ou desvendam as reações químicas que os parasitas usam para penetrar nas células. Ou fazem cirurgias nos fetos.

A mente humana é poderosa, porém não pode tudo. Como disse Montaigne há séculos, ela cria milhares de deuses, mas não faz um rato. Com todo o arsenal de hoje, consegue mudar os roedores a partir do código genético existente. Criar mesmo, do nada, neca. Nem inteligência artificial. O mundo é bem maior do que a nossa imaginação.

Olho para o doutor com desconfiança, ele insiste que as gripes surgem através da queda imunológica devida ao estresse dos dias atuais. Pergunto-lhe por que os vírus não padecem do mesmo mal – ou por que derrotam as mentes psicologicamente equilibradas, bem tranquilas.

E mudo de médico.

GIFFONI, Luiz. http://blogdoluisgiffoni.blogspot.com.br/2015/07/

a-mente-que-tudo-pode.html?spref=fb. Acessado em: 22/07/2015.)

Na frase do texto “O médico não está sozinho.”, o uso do artigo definido “o” pode se justificar porque

a) vulgariza esse simples especialista.

b) generaliza essa classe profissional.

c) especifica uma categoria em ascensão.

d) determina um profissional em particular.

Pergunta 8 de 10

(IFSC/2015)

Leia o seguinte fragmento: (...) e a quem enfim

Disponível em: <http://peramblogando2.files.wordpress.com

/2010/08/tirinha-hagartrono.gif>. Acesso em: 21 set. 2014.

Tendo em vista a leitura do texto, leia e analise as afirmações abaixo:

I. O texto é uma tirinha, veiculada preferencialmente em jornais e revistas; envolve linguagem verbal e não-verbal, e pretende satirizar o homem brasileiro contemporâneo, o qual é representado por Hagar.

II. No segundo quadrinho, em “O que um plebeu como…”, se o amigo fizesse a pergunta referindo-se a uma pessoa do gênero feminino, os termos em destaque deveriam ser substituídos por “uma plebeia”.

III. Ao pronunciar a palavra “trono” para dizer ao amigo onde Hagar estava, Helga a utiliza em sentido denotativo.

IV. No diálogo das personagens, há erro gramatical nas palavras: “cadê” e “tá”, deveriam estar escritos, obrigatoriamente, na norma padrão da língua, devido ao grau de formalidade da situação.

V. Na pergunta que o amigo de Hagar faz a Helga, “O que um plebleu como o Hagar tá fazendo no trono?”, os termos em destaque são classificados, respectivamente, como artigo indefinido e locução verbal.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Apenas as afirmações II e V são verdadeiras.

b)  Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras.

c) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras.

d) Apenas as afirmações II, III e V são verdadeiras.

e) Apenas as afirmações III, IV e V são verdadeiras.

Pergunta 9 de 10

(IFSC/2015)

Considere o seguinte trecho:

“[…] a rede Globo importa um programa que pode, a médio e longo prazo, demolir tudo o que os grandes mestres das lutas conseguiram em anos.”

Assinale a alternativa CORRETA.

a) A forma verbal ‘conseguiram’ está na 3ª pessoa do plural para concordar com o sujeito “grandes mestres das lutas”.

b) Na expressão “tudo o que os grandes mestres”, os termos destacados classificam-se como artigos indefinidos.

c) Na expressão “a rede Globo importa um programa”, temos dois sujeitos simultaneamente: rede Globo / um programa.

d) As vírgulas são usadas na expressão “a médio e longo prazo” para separar o sujeito do predicado.

e) As formas verbais “importa” e “pode” indicam o tempo e o modo em que os fatos relatados ocorreram, isto é, no passado, gramaticalmente conhecido como pretérito perfeito do indicativo.

Pergunta 10 de 10

(EsPCEX/2015)

Assinale a única opção em que a palavra “a” é artigo.

a) Hoje, ele veio a falar comigo.

b) Obrigou-me a arcar com mais despesas.

c) Marquei-te a fronte, mísero poeta.

d) Essa caneta não é a que te emprestei.

e) Convenci-a com poucas palavras.

1c  

2b 

 3a 

4c  

5d 

6C

7b 

8a 

9a

10c