Importância das bactérias na indústria

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    tem nada Trabalho de Química A Importância da Química nas Indústrias ÍNDICE Introdução-------------------------------------------------- 3Assunto-------------------------------------------------- 4 Conclusão-------------------------------------------------- 7 Bibliografia-------------------------------------------------- 8INTRODUÇÃO A Química é essencial para a indústria, pois em toda a nossa volta existe algo que teve uma reação química, como o petróleo que se transforma em combustivo, e afarmacêutica que nos permite a criar vacinas conta vírus e a descobri-los, ou até gerando energia para a humanidade. A Química nos proporcionou além das vacinas, um alimento saudável onde ficamoslivres de qualquer vírus no alimento, além dos fertilizantes para o nossos alimentos crescerem, também nos permitiu a congelar, e a prolongar a vida de um alimento. Enfim a química nos permite tudo, desdeprolongar o alimento até criar um veiculo totalmente recicláveis, construídos com materiais mais resistentes, porém mais leves do que o aço. A Química vem sempre ajudando a humanidade a quebrar assuas fronteiras. A Importância da química nas indústrias A Importância da química na indústria Alimentícia: A muitos anos atrás os seres humanos precisavam colher, pescar eaté mesmo caçar seus alimentos. E a comida que não fosse consumida estragava em poucos dias se não fosse consumida. Hoje em dia podemos ver alimento estragando quando fica fora…

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    As bactérias são classificadas de acordo com vários critérios: por sua forma, em cocos (esféricas), bacilos (forma de bastão), espiroquetas e espirilos (com forma espiral); segundo a estrutura da parede celular; pelo comportamento que apresentam diante da coloração de Gram; em função da necessidade ou não de oxigênio para sobreviver (aeróbias ou anaeróbias, respectivamente); e segundo suas capacidades metabólicas ou de fermentação. Características Nem todas as bactérias têm capacidade…

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    usos específicos. O uso dessa técnica, é indispensável para o benefício do ser humano e ajuda em muitas descobertas como na saúde, na agricultura, no meio ambiente e na indústria, com o uso de bactérias na fabricação de alimentos e na criação de fontes alternativas de combustivéis. Sendo assim, compreende-se como uma das técnicas mais antigas da humanidade, para a realização de descobertas científicas. As bactérias são microorganismos unicelulares procariontes. Muitas…

  • 590 palavras | 3 páginas

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  • 1062 palavras | 5 páginas

    Reino Protoctista (algas e protozoários) Importância ecológica: nas superfícies das águas dos mares e lagos, vive uma comunidade de seres flutuantes denominada plâncton. Os principais componentes do plâncton são bactérias fotossintetizantes, algas, protozoários, larvas de diversos animais, microcrustáceos etc. A comunidade planctônica costuma ser dividida em duas categorias, o fitoplâncton, constituído por várias espécies de algas e bactérias fotossintetizantes, e o…

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    Bacteriocinas: uma aliada do campo à indústria de alimentos Para aumentar a vida útil e garantir segurança dos alimentos por meio da técnica de biopreservação, há muitos anos vem sendo empregado o uso de microbiota protetora e/ou seus peptídeos antimicrobianos, as chamadas bacteriocinas. Várias espécies de bactérias do gênero Bacillus produzem substâncias com atividade antimicrobiana. As bactérias lácticas utilizadas na fermentação de alimentos são capazes de inibir ou reduzir a…

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    A utilização de microrganismos na Indústria de Alimentos REALEZA 2012 SUMÁRIO 1. Introdução............................................................................................. 3 2. Importância dos microrganismos nos alimentos................................... 4 3. Acetobacter........................................................................................... 5 4.…

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    1. INTRODUÇÃO Microbiologia de alimentos é o estudo dos microrganismos que habitam, crescem e contaminam os alimentos. os de maior importância neste estudo são os que causam a deterioração dos alimentos. Contudo, microrganismos benéficos tais como os probióticos estão a tornar-se importantes na ciência dos alimentos. Além disso, os microrganismos são essenciais para a produção de alimentos como leite, iogurte, coalhada,queijo, picles, pão, cerveja, vinho e um grande número de outros…

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    que pertencem ao grupo dos fungos, e não apresentam clorofila; portanto, são seres heterotróficos, que dependem de alimento proveniente de outros seres vivos. Para se alimentarem, os fungos soltam substâncias capazes de decompor o alimento que está a sua volta. No caso das leveduras, elas decompõem o açúcar que está oa seu redor, produzindo um líquido nutriente que é absorvido por elas. Outros tipos de fungos também estão presentes na alimentação humana. O exemplo mais conhecido é o…

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    procariontes – unicelulares – bactérias e cianobactérias unicelulares – protozoários e algumas algas  eucariontes  pluricelulares – animais, vegetais, etc MICROBIOLOGIA  O corpo humano contém normalmente bilhões de microorganismos, quer na pele, debaixo das unhas, na boca, nariz, intestino e em outras cavidades do nosso corpo; COMPOSIÇÃO DA BIOMASSA TERRESTRE  ANIMAIS ................15%  PLANTAS................35%  MICRORGANISMOS..50% ONDE ENCONTRAMOS…

*Carolini Fraga Coelho Para aumentar a vida útil e garantir segurança dos alimentos por meio da técnica de biopreservação, há muitos anos vem sendo empregado o uso de microbiota protetora e/ou seus peptídeos antimicrobianos, as chamadas bacteriocinas.

Várias espécies de bactérias do gênero Bacillus produzem substâncias com atividade antimicrobiana. As bactérias lácticas utilizadas na fermentação de alimentos são capazes de inibir ou reduzir a contaminação por microrganismos deteriorantes e/ou patogênicos, por meio da produção de vários agentes antimicrobianos. A acidificação é o fator primário na preservação de produtos de fermentação láctica. Entretanto, outros compostos como diacetil, dióxido de carbono, peróxido, etanol e bacteriocinas podem exercer ação inibitória sobre diferentes grupos de microrganismos (HELANDER et al., 1997). Muitas pesquisas vêm sendo realizadas sobre a produção de bacteriocinas das bactérias gram-positivas, em particular das bactérias ácido-láticas. Muitos destes são organismos de grau alimentício, já amplamente utilizados na indústria de alimentos, porém vem se buscando aperfeiçoamento no processo de conservação dos mesmos. Um outro ponto interessante estudado sobre essa substância, é a possivel aplicação sobre a prevenção de doenças infecciosas nos animais (JACK etal., 1995).


Historicamente, Pasteur foi quem, juntamente com Joubert, primeiro registrou uma observação de interações antagônicas entre bactérias. Nas décadas seguintes, as pesquisas se voltaram intensamente na busca por bactérias de baixo potencial “indutor” de doença que poderia ser utlizada na terapia de tratamento.


Não está claro como muitas dessas interações relatadas são atribuídas às atividades antimicrobianas. Na maioria dos casos, eram observações clínicas e não experimentais, não indicando informações sobre o isolamento e caracterização de quaisquer substâncias químicas inibitórias.


O termo “bacteriocina” foi descrito por Jacob et al. em 1953. Bacteriocinas foram especificamente definidas como proteínas antibióticas do tipo colicina, ou seja, moléculas, caracterizada como peptídeos antimicrobianos que destroem ou inibem o crescimento de outras bactérias taxonomicamente relacionadas com a cepa produtora (JACK et al., 1995).


A nisina, foi inicialmente purificada e comercializada na Inglaterra em 1953, sendo considerada segura para uso em alimentos em 1969. Na Europa, em 1983, foi adicionada à lista de aditivos alimentares e, em 1988, nos EUA, o FDA autorizou seu uso em queijos processados. No Brasil, em 1996, foi autorizado seu emprego em queijos na concentração de até 12,5 mg.kg–1 (NASCIMENTO et al., 2008). Esta bacteriocina é produzida por certas linhagens de Lactococcus lactis, cujo nome é derivado do termo "N-inhibitory substances"(NiS) adicionado ao sufixo INA. Foi descrita como uma substância inibidora do crescimento do Lactobacillus bulgaricus.

Posteriormente, chegou-se à conclusão de que a nisina inibe o crescimento de bactérias gram-positivas e o crescimento de esporos de Clostridium e Bacillus (SCHULZ et al., 2003).


De acordo com Fleury et al., 1996, a nisina produzida por Lactococcus lactis, é muito ativa contra a maioria das bactérias gram-positivas, incluindo gêneros Lactococcus, Lactobacillus, Bacillus, Micrococcus, Staphylococcus aureus, Listeria e Clostridium botulinum.


As bacteriocinas estão distribuídas em quatro classes. Em geral, a classe I, ou lantibióticos, representada pela nisina, é constituída por peptídeos termoestáveis de baixo peso molecular, diferenciados dos demais pela presença de lantionina e derivados; a classe II é composta por pequenos peptídeos termoestáveis divididos em três subclasses: IIa (pediocina e enterocina), IIb (lactocina G) e IIc (lactocina B); a classe III é representada por peptídeos termolábeis de alto peso molecular como helveticina J; na classe IV encontram-se grandes complexos peptídicos contendo carboidrato ou lipídio em sua estrutura ( Nascimento et. at.,2008). Em 2006, Drider et al. distribuiram as bacteriocinas em três grandes classes, de acordo com suas características bioquímicas e genéticas. A classe I ou lantabióticos são peptídeos que contêm lantionina ou b-lantionina (ex. nisina). A classe II, heterogênea de pequenos peptídeos termoestáveis (ex. pediocina) e a classe III, grandes peptídeos termolábeis (ex. helveticina).


De um ponto de vista prático, as bacteriocinas para atuarem como biopreservantes, devem competir, inibir bactérias de deterioração e não causar alterações organolépticas indesejáveis no alimento (LEISNER et al., 1996).


Na indústria de carne suína, de modo geral, as de maior importância são a nisina e a enterocina. A nisina, produzida pela cultura de Lactobacillus lactis lactis é de grande importância na bioconservação da carne. Da mesma forma, a enterocina, produzida pela cultura de Enterococcus faecalis é de extrema importância para a bioconservação da salsicha tendo como microorganismo algo o Staphylococcus aureus (Nattress et al., 2001; Ananou et al.,2005).


Uma outra bactéria estudada para o uso na indústria em 1996 por Leisner et al. é a Leuconostoc gelidum, isolada a partir de carne embalada a vácuo. Ela produz a bacteriocina leucocin A que é bacteriostática e ativa contra um amplo espectro de cepas de Listeria monocytogenes e Enterococcus spp., mas não é ativa contra Brochothrix spp., Staphylococcus spp. ou bactérias gram-negativas.


Atualmente, muitas pesquisas sobre bacteriocinas tem se estendido além do campo da indústria. Sabe-se que genes que codificam peptídeos antimicrobianos de defesa como as bacteriocinas diferem de várias formas dos antibióticos clássicos e podem proporcionar uma abordagem totalmente nova para o combate a doenças infecciosas e infecções nocosomiais no campo.


Alguns autores citam que a grande diferença estaria na forma de atuação. Enquanto os antibióticos inibiriam as enzimas essenciais no processo de combate a bactéria durante dias, estes peptídeos agiriam rapidamente destruindo ou permeando a membrana microbiana e prejudicando a capacidade de realizar processos anabólicos (Boman, 1995; Nicolas e Mor, 1995).


Em um estudo conduzido por Yeon- ok e Ahn, 1997, que trabalhavam com bactérias ácido-láticas fermentadoras de um alimento muito tradicional da Coréia, originou-se a a bacteriocina produzida por Leuconostoc sp. Os pesquisadores descobriram que esta bacteriocina tinha uma ampla atividade antimicrobiana contra patógenos gram-positivos.

Como podemos notar, do campo a indústria as bactérias exercem também uma atividade benéfica. Cabe à pesquisa desenvolver e aperfeiçoar técnicas que venham melhorar tanto o processo de bioconservação do alimento quanto as alternativas de prevenção e tratamento de doenças dos animais no campo. A diminuição do uso de antibiótico vem sendo mencionado há alguns anos e as exigências por parte de mercados externos se estreitando a cada dia. O uso de ferramentas alternativas, que busquem uma suinocultura “limpa”, sem resíduos e que não tenha nenhum impacto na saúde humana e no meio ambiente constitui uma estratégia promissora no campo da biotecnologia.

*Médica veterinária, consultora técnica da Biogenic, mestre em Sanidade Suína ()

Referências 1. Ananous, S. et al. Control of Staphylococcus aureus in sausage by enterocin AS-48. Meat Science. v. 71, n. 3, p. 549-556, 2005. 2. Boman, H. Peptide antibiotics and their role in innate immunity. Annu. Rev. Immunol. v.13, p. 61–92, 1995. 3. Drider, D. et al. The continuing story of class IIa bacteriocins. Microbiology and Molecular Biology Reviews. v. 70, n. 2, p. 564-582, 2006. 4. Fleury, Y. et al. Covalent Structure, Synthesis, and Structure-Function Studies of Mesentericin Y 10537, a Defensive Peptide from Gram-positive Bacteria Leuconostoc mesenteroides. The Journal of Biological Chemistry. vol. 271, n. 24, p. 14421–14429, 1996. 5. Helander, I. et al. Potential of lactic acid bacteria and novel antimicrobials against gram-negative. Trends in Food Science and Technology, Oxford, v. 8, n. 5, p. 146-150, 1997. 6. Jack, R. et al. Bacteriocins of Gram-Positive Bacteria. Microbiological Reviews. v. 59, n. 2, p. 171–200, 1995. 7. Jacob, F. et al. De´finition de quelques termes relatifs a` la lysoge´nie. Ann. Inst. Pasteur. v. 84, p. 222– 224, 1953. 8. Leisner, J. et al. Control of Beef Spoilage by a Sulfide-Producing Lactobacillus sake Strain with Bacteriocinogenic Leuconostoc gelidum UAL187 during Anaerobic Storage at 28C. Applied and Environmental Microbiology. vol. 62, n. 7, p. 2610–2614, 1996 9. Nascimento, M. et al. Bacteriocinas em alimentos: uma revisão. Braz. J. Food Technol. v. 11, n. 2, p. 120-127, 2008. 10. Nattress, F. et al. Evaluation of ability of lysozyme and nisin to control meat spolage bacteria. International Journal of Food Microbiology. v. 70, n. 1-2, p. 111-119, 2001. 11. Nicolas, P., e Mor, A. Annu. Rev. Microbiol. v.49, p. 277–304, 1995.

12. Schutz, D. et AL. Bacteriocinas: mecanismo de ação e uso na conservação de alimentos. Alim. Nutr. v.14, n.2, p. 229-235, 2003.