Como estudar para o enem e vestibular sozinho

Uma tarefa quase impossível. É assim que muitos estudantes descrevem o desafio da tão sonhada aprovação no vestibular de uma faculdade pública. A situação parece mais desesperadora ainda para aqueles que não contam com nenhum ajuda extra, como aulas de cursinhos ou professores particulares, durante essa preparação.

No entanto, essa realidade parece estar mudando. Apesar de ainda ser um grupo pequeno, o número de aprovados que estudam sozinhos vem aumentando gradualmente nas listas de chamada.

De acordo com dados da Fuvest, em 2009, 29,4% dos candidatos aprovados declararam não ter feito qualquer tipo de curso preparatório, enquanto na edição de 2013 do exame o número aumentou para 37,5%. A tendência aponta para um estudante que, seja por opção própria ou por falta de recursos, acaba montando o próprio plano de estudos e enfrentando sozinho a pressão do ano de vestibular.

Como estudar para o enem e vestibular sozinho

Apesar do aumento, o número ainda baixo de estudantes aprovados nestas condições parece tornar essa perspectiva desanimadora. Porém, a tarefa é bem menos impossível do que se imagina. O carioca Diogo da Silva Duarte, aprovado em Engenharia Química, na UERJ, e em Química Industrial, na UFRJ, aos 18 anos, conta que sua preparação para as provas foi através da resolução de exercícios. “Refiz provas anteriores, reforcei os pontos em que tinha mais dificuldade e tentei esclarecer alguns que eu ainda não tinha visto”, diz.

Segundo Diogo, a boa relação com seus professores do ensino médio também o ajudou na hora da dúvida: “como tenho uma grande amizade com os professores, sempre corria atrás deles nos intervalos das aulas, ou por e-mail, para marcar aulas de resolução de exercícios, aprender os macetes dos vestibulares e conseguir dicas de redação”.

Desafios do estudo em casa

De acordo com o professor Francisco Flávio, coordenador do Cursinho do XI, a maior dificuldade de quem estuda em casa é conseguir se manter antenado com as exigências do vestibular, sem ter um professor que oriente. “No cursinho, o aluno tem o professor ali, entregando o conteúdo ‘mastigado’. Em casa, o estudante tem que se virar para conseguir organizar as horas do dia com os conteúdos e manter a concentração.”

A chave para vencer a dificuldade da preparação em casa, segundo o professor, é encontrar as disciplinas certas para estudar, dividindo-as adequadamente durante as horas. “O ideal é que o aluno estude duas matérias por dia, mesclando uma de exatas ou biológicas com uma de humanas”, indica. Para ele, o tempo de estudo diário deve girar em torno de seis horas, para evitar o desgaste e a falta de concentração. “O aluno que estuda em casa, por não ter as horas obrigatórias do cursinho, acaba não conseguindo manter a concentração pelas oito horas”, completa.

Táticas de estudo

Aprovado em Farmácia, na UFJF, o mineiro Bruno Damasceno Bahia, de 22 anos, também faz parte dos estudantes que conquistaram a aprovação sozinhos. O estudante conta que preferiu estudar em casa por considerar seu curso não muito concorrido e achar que o tempo e o material que tinha seriam suficientes: “eu fazia outra faculdade à noite, mas como não trabalhava, tinha tempo para estudar de dia”, relata.

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Como estudar para o enem e vestibular sozinho
Apesar de dizer que sua rotina de estudos era desorganizada e não seguia um roteiro fixo, Bruno explica que seu foco foi a redação. “Eu fazia dois textos por semana; em algumas raras vezes eu fazia um. Eu procurava fazer a redação no mesmo espaço que temos disponível na prova do Enem e, tanto no rascunho como na hora de passar a limpo, eu usava caneta preta”, conta.

Já para Hudson Bonifácio dos Santos, aprovado em Direito, na Ufal, Engenharia Elétrica, no IFBA, Engenharia Elétrica e Arquitetura na Unit, a rotina rígida de estudos foi a maior aliada durante a preparação. “Mantive uma rotina de estudos pré-programada em uma planilha. Eu estudava das 8h às 11h, retomava às 13h e parava novamente às 17h. Também atualizava diariamente a planilha, preenchendo a coluna do dia correspondente com a matéria e a disciplina estudada, para não correr o risco de cair na repetição”, ressalta.

Fontes alternativas aos livros e apostilhas, para quem está se preparando sozinho, são essenciais. Para Diogo Duarte, por exemplo, a internet foi um grande instrumento de ajuda para solucionar o problema da falta de um cursinho preparatório. “Tendo foco e determinação, cursinhos pré-vestibulares não são necessários. A internet não serve só para manter contato com amigos e jogar. Hoje temos a facilidade de pesquisar uma coisa e em segundos aparecer milhões de respostas”, ressalta.

Assim como Diogo, o estudante Thiago Crepaldi, 25 anos, aprovado em Administração Pública, na Unicamp, também usou a internet, ou melhor, as redes sociais, como aliada aos estudos. “Para me inteirar melhor dos assuntos de conhecimentos gerais e me manter atualizado, resolvi reativar minha conta no Twitter, segui vários perfis informativos e de estudos e sempre lia a respeito de tudo”, comenta.

Descanso e vida social

Estudar o dia inteiro sem parar ou fazer várias pausas? Sair no sábado à noite ou aproveitar o tempo para estudar? Manter contas nas redes sociais ou deletá-las até obter a aprovação, para não atrapalhar os estudos? Estas são algumas das dúvidas às quais praticamente todo vestibulando é submetido no ano do exame. Para Diogo, a falta de descanso e exílio dos amigos pode atrapalhar muito mais do que ajudar. “Não adianta ficar estudando desesperadamente. Se você não descansa, não há absorção de conhecimento, você fica sobrecarregado”, diz.

O estudante Hudson também optou por não se fechar no quarto até ser aprovado. “Não me privei da minha vida social. Fui a festas, saí com amigos, porque eu sabia que tinha que haver uma válvula de escape para todo o nervosismo pré-vestibular”, diz.

Mas, como nem só de baladas é feita as horas de descanso do estudante, o professor Francisco Flávio indica que o aluno use parte do tempo livre para buscar atividades que complementem os estudos, como assistir filmes e documentários relacionados a algum tópico das matérias ou ler jornais e revistas para se manter informado. Mas, atenção, as fontes de atualidades devem ser bem analisadas pelos alunos. “É preciso desconfiar da origem da informação, da orientação ideológica do veículo jornalístico. O estudante que não estiver atento pode fazer uma análise equivocada do acontecimento, por não ter o direcionamento que o professor dá”, alerta.

Confira dicas de como passar no vestibular estudando sozinho
– Faça as provas dos exames anteriores do vestibular que está prestando, para adquirir confiança e se familiarizar com o tipo de questão que a banca costuma cobrar;
– Uma boa relação com os professores do ensino médio sempre pode ser produtiva. Aproveite para tirar possíveis dúvidas com eles;
– Procure estudar duas matérias por dia, divididas em um período de cerca de seis horas. Mesclar uma matéria de humanas com uma de exatas ou biológicas também pode ajudar;
– Foco na redação: o treino semanal é importante para ajudar a formular o texto no dia da prova. Tente escrever o texto no número de linhas permitido pelo exame escolhido;
– Programe uma rotina de estudos, com horários definidos para cada matéria e marque em uma planilha os conteúdos já estudados, para evitar repetição;
– Não se prenda só aos livros. Procure fontes alternativas, como as próprias redes sociais, para estudar e se manter atualizado. Faça da internet sua aliada;
– Não se prive do descanso e da vida social: reserve o número suficiente de horas para dormir e se distrair, para evitar ficar sobrecarregado e tenso durante os estudos;
– No tempo livre, busque fazer atividades que complementem o que já foi estudado, como ir a museus, assistir filmes e documentários relacionados e ler revistas e jornais;
– Na leitura de atualidades, tome cuidado com a fonte das informações e a sua orientação ideológica, que podem levar a uma análise equivocada dos acontecimentos.

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– Notícias de vestibular e Enem

Passar no vestibular é o sonho da maioria dos estudantes. Entrar em uma universidade pública e de prestígio abre portas profissionais muito importantes. Nesse post, reuni todas as dicas e meu método de estudo para passar no vestibular estudando sozinha, em casa.

Se o seu sonho é passar na USP, UNESP, UNICAMP, ENEM, Universidades Federais, Estaduais ou até mesmo faculdades privadas que possuem vestibular próprio, então essas dicas são pra você!

Eu passei no vestibular 3 vezes ao longo dos últimos 10 anos, sendo duas vezes na FUVEST / USP (em 2010 para Audiovisual, curso que terminei em 2014, e em 2021 para Obstetrícia) e em 2018 na Universidad de Barcelona, na Espanha, para o curso de Enfermagem.

Fiz um vídeo contando todas essas dicas, caso você prefira o formato audiovisual. Mas ficou bem longo, quase 30 minutos, então se você não têm tanto tempo se liga nas dicas abaixo! Bons estudos! :)

Passar no vestibular estudando sozinho em casa, é possível?

Siiiiiiiiiiiim! :D Eu passei estudando sozinha, na minha casa, e centenas de pessoas também passaram. Mas você tem que ter em mente que a palavra chave vai ser ORGANIZAÇÃO. Você vai ter que desenvolver o seu método de estudos, o seu cronograma e a sua organização diária.

10 dicas para passar no vestibular estudando sozinho

1. Crie o seu cronograma realista e flexível, baseado na sua rotina

Antes de enfiar a cara nos livros, apostilas e vídeo aulas, você precisa sentar, analisar a sua rotina e criar um cronograma de estudos. Esse cronograma tem que ser 100% realista para a sua rotina e é importante que ele seja flexível, para que você faça mudanças sempre que necessário.

Você vai encontrar vários youtubers e influenciadores no instagram vendendo cronogramas de estudos prontos. Eu acho que isso não funciona! Cada pessoa tem uma realidade, não dá para padronizar usando um cronograma pronto.

Por exemplo, eu trabalho além de estudar e por isso tinha mais ou menos 3 horas por dia para me dedicar aos estudos. Teve semanas que não tive tempo de estudar nada. Meu cronograma jamais poderia ser igual ao de uma pessoa que tenha 8 horas por dia para estudar, entende?

Então o primeiro passo é justamente esse: olhar para a sua rotina e ver, mais ou menos, quantas horas por dia você tem para estudar. Seja realista! Não inclua madrugadas ou fins de semanas nessas horas de estudos, pois descansar é muito importante.

No meu caso, separei 3 horas por dia para estudar, de segunda a sexta, colocando duas matérias por dia (ou seja, 1.5h para cada matéria). De sábado, reservei 4 horas para fazer redações ou simulados.

O cronograma deve ser flexível porque, com certeza absoluta, você vai precisar fazer mudanças. Terá dias em que não conseguirá estudar nada, por cansaço ou por imprevistos da vida, e outros dias poderá estudar bem mais que o previsto. Vá ajustando seu cronograma ao longo das semanas.

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2. Escolha sua plataforma para basear os estudos

Mesmo estudando sozinho, você vai precisar de materiais base para estudar a teoria das matérias e fazer os exercícios e simulados. Há diversas opções e você deve escolher a melhor para você dependendo do seu tempo disponível e orçamento.

O mais tradicional são os cursinhos, tipo ETAPA, Objetivo, Anglo, Hexag, Poliedro, etc. Todos eles têm modalidades presenciais, nas quais você vai lá ter aula com o professor, ou opções de ensino a distância. A desvantagem é que eles costumam ser muito caros, especialmente nas capitais.

Outra opção, que também é paga mas é MUITO mais acessível, são as plataformas de estudo online. Eu optei por uma dessas, porque era baratinho e fazia sentido para o meu tipo de estudo sozinha, em casa.

Adquiri o plano FUVEST INTENSIVO da plataforma Estratégia Vestibulares e recomendo. Peguei uma promoção na época e paguei R$45 na mensalidade por 12 meses. É muito mais barato que um cursinho tradicional e a plataforma me surpreendeu: lá dentro tem todas as matérias exigidas, cada uma delas dividida por aulas temáticas que tem PDFs com a teoria, vídeo aulas e listas de exercícios.

Além disso, por esse mesmo preço eu tinha direito a enviar redações modelo FUVEST para correção de um professor, o que foi essencial para aprimorar a minha qualidade de escrita e garantir a minha vaga na USP.

Além dessa plataforma, existem muitas outras como Descomplica, Stoodi, Me Salva! (voltado para o ENEM), Gabaritageo (só tem as matérias de humanas), Professor Ferreto (só têm as matérias de exatas). Você vai ter que fazer uma pesquisa na Internet para comparar preços e escolher a que mais se encaixa nos seus estudos.

Há ainda a terceira opção, gratuita, de estudar utilizando vídeos no youtube e textos gratuitos que você encontra pelo Google. É possível sim estudar todo o conteúdo do ensino médio dessa forma, mas você terá que ter organização em dobro.

Como você não terá uma única plataforma concentrando todas as matérias e dividindo os blocos das aulas, você mesmo terá que procurar no edital do seu vestibular qual é o conteúdo programático cobrado em cada matéria, separar as aulas e montar o cronograma certinho, sem deixar nada de lado.

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3. Foque os seus estudos no vestibular específico que vai prestar

Eu sei que, normalmente, aproveitamos e prestamos vários vestibulares no mesmo ano, além do ENEM que serve para várias Universidades. Mas, ainda assim, é essencial que você coloque o foco dos seus estudos no vestibular que você mais deseja.

Isso significa que tanto o seu plano de estudos de teoria, quanto os seus simulados, devem estar voltados pro vestibular desejado. É claro que eu fiz exercícios de outras provas enquanto estudava, mas sempre dei prioridade para os simulados da FUVEST, tanto de primeira quanto de segunda fase.

O conteúdo programático de quase todos os vestibulares do Brasil é o mesmo: toda a matéria do Ensino Médio. Mas cada banca constrói a sua prova de maneira única e você precisa se acostumar com o estilo das provas.

A FUVEST é muito conteudista, enquanto o ENEM é interpretativo. Alguns vestibulares só trabalham com provas tipo teste, outras têm as duas fases ou uma delas totalmente dissertativas… Lembre, vestibular é treino e você precisa saber fazer a prova!

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4. Descubra o melhor método de estudos para você

Cada cérebro é diferente e funciona de um jeito. Ainda bem! Por isso, não existe fórmula mágica: você vai ter que descobrir o melhor método de estudos para você. Nas primeiras semanas de estudo vá testando!

Escolha uma matéria e vá trocando as técnicas nas primeiras aulas dessa matéria, para você ter base de comparação. Primeiro, tente só escutar a aula e fazer exercícios. Depois, na próxima aula, teste a tática de ler os PDFs e fazer anotações em tópicos, e depois exercícios.

As opções são infinitas, quando você perceber que achou a técnica que te deixa com a atenção presa nas aulas e que te traz melhores resultados na resolução de exercícios, fique com ela até o fim!

Eu, por exemplo, só aprendo escrevendo a mão. Por isso eu lia cada aula em PDF e ia fazendo resumo dos pontos mais importantes, e na sequência fazia os exercícios. Quase não assisti a nenhuma vídeo aula, porque para mim não funciona muito.

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5. Lembre que teoria e exercícios têm a mesma importância!

Muita gente diz por aí que, para passar no vestibular, você tem que se acabar de fazer exercícios, porque isso é mais importante do que aprender a teoria. Sinto muito, mas essas pessoas estão erradas!

Teoria e exercícios têm a mesma importância nos seus estudos. Já vimos que cada um estuda de um jeito, mas independentemente do seu método, garanta que você não está deixando de lado nem a parte teórica e nem os exercícios.

Saber teoria é essencial para responder as questões discursivas. Eu fui muito bem na segunda fase da FUVEST, todas as vezes que prestei, exatamente porque estudava teoria com muito cuidado.

6. Seja estratégico na hora de eliminar matérias

Ao longo das semanas e meses de estudo você vai ver que o cronograma, mesmo que sendo adaptado, às vezes não está funcionando. Pode ser que, ao longo do tempo, você veja que está muito atrasado em algumas matérias, ou que precisa focar mais em outras.

Use a estratégia nessa hora! Nem sempre vai dar pra você estudar 100% dos conteúdos de todas as matérias, e tudo bem. Decida quais matérias você pode dar menos prioridade ou até mesmo eliminar dos seus estudos, ciente das consequências.

Eu, por exemplo, estava ficando muito atrasada porque tenho dificuldade em física e gastava muitas horas nessa matéria. Porém, eu só teria física na primeira fase, então resolvi parar de estudar física, assumir que provavelmente perderia 10 pontos na prova, por causa dessa matéria, mas valeria a pena porque eu ganharia mais horas para focar nas outras matérias.

Se eu tivesse física na segunda fase, a estratégia seria outra, pois eu não poderia correr o risco de não saber nada. Entende como a coisa é individual e como só você pode tomar as melhores decisões?

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7. Leia todos os livros da lista obrigatória!

Talvez essa seja uma das dicas mais valiosas dessa lista, para conseguir passar no vestibular passando sozinho. Se o seu vestibular tem uma lista de obras literárias obrigatória, LEIA AS OBRAS!

Sim, leia as obras inteiras, mesmo se elas forem chatas. Depois de ter lido, você pode pegar algum resumo ou podcast na internet para refrescar a memória e aprender algumas coisas sobre contexto literário. Mas ler a obra é fundamental!

Quando um vestibular tem uma lista de livros, significa que eles irão cobrar nas provas leitura real, não leitura de resumo. Por exemplo, na última FUVEST que eu prestei, na segunda fase caíram 3 questões sobre livros obrigatórios, e só conseguia responder quem tinha lido. O nível de detalhe das perguntas é muito grande!

Por isso, no seu cronograma, você terá que reservar um tempo para a leitura das obras. Vá atrás dos livros ou PDFs, veja os tamanhos, seja realista e planeje a leitura. A vantagem é que esses livros você consegue ler nas pausas do trabalho, enquanto está no transporte público ou antes de dormir. :)

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8. Faça simulados!

Fazer simulado é o único jeito de se acostumar com a prova e isso vai muito além do conteúdo. Você tem que se acostumar com a quantidade de questões, o tempo para responder, ficar sentado na cadeira por tantas horas…

Você encontra as provas anteriores da maioria dos vestibulares gratuitamente na internet, nos sites das próprias faculdades! As da FUVEST, por exemplo, estão nesse link: acervo da FUVEST. Além disso, o próprio Estratégia Vestibulares tem simulados gratuitos, fique de olho nesse link.

É importante que você tente reproduzir em casa as mesmas condições do dia da prova. Coloque um cronômetro para contar o tempo de prova. Se no dia D a prova terá 5 horas de duração, então não passe das 5 horas. Pegue sua garrafinha de água e lanchinhos parecidos com os que você vai levar no dia da prova real.

Reproduza qualquer situação especial. Eu, por exemplo, tive que fazer simulados em casa usando máscara para me acostumar com essa realidade do meu ano de prova. Foi difícil, mas essencial para eu não achar estranho no dia do vestibular.

Eu fiz 7 simulados de primeira fase em 7 meses, ou seja, 1 por mês. Era isso que dava para a minha realidade. Não são tantos, mas foram suficientes para mim. Mas há pessoas que fazem 1 simulado por semana, depende do seu método.

Já para a segunda fase, eu fiz 6 simulados em 6 semanas, além de 2 redações por semana nesse período final. Isso foi muito importante para chegar preparada, porque a segunda fase da FUVEST é bem mais difícil que a primeira.

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9. Faça redações!

Praticamente todos os vestibulares do Brasil tem uma prova de redação em algum momento, seja na primeira ou segunda fase. O ENEM também tem redação e é uma das partes mais importantes na composição da nota.

Pode ser que você ache muito chato treinar redação (eu acho, rs), mas é essencial para a sua aprovação! Coloque também no seu cronograma e vá testando aos poucos. Você precisa aprender a fazer a redação no formato que a sua banca pede e isso nem sempre é intuitivo.

Por isso, uma boa ideia é adquirir pacotes de correção de redação online, onde um professor vai ler a sua redação, corrigir e te mandar um comentário explicando os seus erros e onde você pode melhorar. Quanto mais redações você faz, melhores elas ficam!

Na plataforma do Estratégia Vestibulares, que eu assinei, eu já possuía correções ilimitadas de redação. Não sei como funciona nas outras, você tem que pesquisar isso antes de adquirir. Há um site que se chama Corrija-me, no qual você pode adquirir pacotes de correção separadamente.

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10. Cuide da sua saúde física e mental

Esse é o último item da lista de dicas para passar no vestibular estudando sozinho, mas é o mais importante deles. O vestibular é uma maratona e é muito fácil se sentir desmotivado, cansado, derrotado. E só cuidando da sua saúde física e mental você consegue evitar essa autossabotagem!

Eu sei que a vida é dura e que muitas vezes mal temos tempo de ir ao banheiro. Equilibrar estudos, trabalho e vida pessoal não é fácil. Mas tire pelo menos 15 minutos ao dia para cuidar de você! Parece pouco, mas 15 minutinhos fazem muita diferença na sua felicidade – e também no seu rendimento no vestibular.

Eu tentava separar ao menos 40 minutos por dia para esse autocuidado. Às vezes dava certo, outros dias eu conseguia até mais ou muito menos tempo. Mas o importante é desconectar um pouco! Há várias opções, e você pode misturar algumas delas e achar o que funciona para você.

Exercícios Físicos – correr, caminhar, fazer musculação, treinar um esporte, natação, pular corda em casa, dançar… o que você preferir!

Terapia – Se tem alguém que merece parabéns pela minha aprovação, junto comigo, é a minha psicóloga. Fazer terapia durante o período em que você está estudando para o vestibular vai te ajudar demais a se conhecer, encarar os desafios, aceitar o que não sai como desejado e seguir em frente.

Eu sei que as consultas a um psicólogo podem ser caras, e isso acaba impedindo que muita gente tenha acesso. Uma dica boa é o site ZENKLUB, que reúne centenas de psicólogos para terapia online, com preços bem acessíveis (começa em R$60 a sessão). Usando o meu cupom gabitorrezani você ganha R$50 de desconto na primeira sessão!

Yoga – eu amo, mistura exercícios físicos, respiratórios e mentais. Existem muitos canais no youtube grátis com aulas de yoga, meu favorito é o Canal da Pri Leite.

Meditação – a mente tranquila funciona melhor e traz paz de espírito. Práticas de meditação ajudam a silenciar a mente barulhenta, aceitar a realidade e a dormir melhor. Indico o Canal Youtube do PoetoTerapia para meditações guiadas. Há também apps gratuitos para aprender a meditar.

Exercícios de Respiração – Quando estamos cansados, nervosos ou ansiosos a nossa respiração fica toda descompensada. Do mesmo jeito, aprender a controlar a respiração, de maneira profunda e consciente, é chave! Ajuda muito na hora da prova. Canais de yoga também têm vídeos específicos de respiração (ou Pranayamas no yoga).

Outra alternativa é procurar as faculdades de psicologia de Universidades Públicas próximas da sua casa. Eles costumam ter programas de terapia gratuita, se informe! :)

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Espero que você tenha gostado das minhas dicas e que elas te ajudem a passar no vestibular estudando sozinho. Ver o nome na lista de aprovados é uma das coisas mais incríveis dessa vida!

Por último, queria te dizer que uma prova e uma universidade não definem quem você é. O processo é competitivo, cansativo e cheio de obstáculos. Você é muito mais que o vestibular! ;)

Tem mais dicas para passar no vestibular? Deixe nos comentários! :)

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