Como comparar taxa de juros

Os juros são o valor que pagamos quando tomamos dinheiro emprestado ou fazemos um financiamento. Quem empresta o dinheiro recebe o valor principal acrescido de juros, que correspondem à remuneração por ter disponibilizado os recursos.

Vemos isso acontecer o tempo todo, quando tomamos um crédito pessoal no banco ou fazemos um financiamento para comprar um bem, como um carro ou um imóvel. Agora, você sabia que existem diferentes tipos de taxas de juros?

Elaboramos este artigo para esclarecer esse ponto e mostrar como é possível comparar essas taxas. Confira!

Quais são as principais taxas de juros do mercado?

Entender o que cada uma das taxas de juros representa é muito importante, especialmente quando solicitamos um crédito. Dessa forma, podemos calcular quanto estamos efetivamente pagando de juros e comparar com outras opções, para saber qual é a mais vantajosa.

Veja abaixo as principais.

Taxa nominal

A taxa de juros nominal normalmente é a que aparece na divulgação dos serviços financeiros. Assim, quando você vir um anúncio de financiamento com uma taxa de 2% ao mês, é aos juros nominais que ela se refere. Ela considera o valor do principal e o prazo total, sem descontar a inflação, e normalmente é expressa em porcentagem.

No caso de um empréstimo, por exemplo, isso significa que a taxa de juros nominal vai considerar o valor que você pegou emprestado e o prazo do empréstimo, sem descontar a inflação do período. Assim, se você tomou um crédito de R$ 10 mil e, ao fim de um ano, pagou R$ 12 mil, a taxa de juros nominal pode ser calculada como abaixo.

Juros: R$ 12 mil - R$ 10 mil = R$ 2 mil
Taxa de juros: R$ 2 mil / R$ 10 mil = 0,2 = 20%
Assim, a taxa de juros nominal é 20%.

Taxa real

Já a taxa de juros real leva em consideração a inflação. Para calculá-la, basta subtrair a inflação da taxa nominal. Ela é muito útil para saber quanto, de fato, está rendendo uma aplicação. Se ela tem uma rentabilidade nominal de 6%, mas a inflação de 4%, a taxa de juros real para o investidor é de apenas 2%.

Agora, se a taxa de juros nominal for de 3%, com os mesmos 4% de inflação, a taxa de juros real é de -1%. Isso mesmo, pode ser negativa, o que quer dizer que, com aquela aplicação, o investidor não consegue compensar a inflação.

Taxa efetiva

A taxa de juros efetiva é uma das taxas mais usadas e importantes do mercado financeiro, porque permite obter o real custo de uma transação. Diferentemente do que ocorre com a taxa nominal, aqui a unidade referencial coincide com a unidade de tempo da capitalização. Assim, fala-se, por exemplo, em 2% ao mês com capitalização mensal.

Essa é uma diferença em relação à taxa de juros nominal, em que o prazo de referência é diferente do prazo de capitalização. No exemplo que demos acima, da taxa de juros nominal, ela seria 20% ao ano, com capitalização mensal.

Como comparar taxa de juros

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Como comparar as taxas?

Na hora de tomar um empréstimo ou fazer um financiamento, é importante saber qual é o tipo de taxa e fazer as comparações sempre com outras taxas do mesmo tipo. No entanto, isso não é suficiente para saber qual é a opção mais vantajosa, porque pode haver outros custos além da taxa de juros.

Para saber qual vai ser, de fato, o custo total do empréstimo para você, é preciso checar o CET (Custo Efetivo Total). Ele engloba não apenas os juros, mas também outras taxas, encargos, tributos e seguros. Todas as empresas são obrigadas a informar o CET nos contratos.

Assim, para saber qual é a opção mais vantajosa, é para o CET que você deve olhar. Além disso, as condições têm que ser as mesmas. Assim, por exemplo, só é possível comparar opções com o mesmo prazo de pagamento.

A tecnologia tornou essa busca muito mais fácil.

A Capital Empreendedor é um marketplace de crédito voltado para ajudar empresas a descobrirem as melhores propostas de crédito disponíveis. Nossa plataforma permite comparar as diversas opções, com informações transparentes que facilitam a sua escolha.

Agora você já sabe como funcionam as diversas taxas de juros e tem mais subsídios para tomar uma decisão bem-fundamentada, que ajude o seu negócio a atingir os resultados esperados.

Gostou deste conteúdo? Então, aproveite para continuar sua leitura e descubra como é feita a análise de crédito de uma empresa.

Na hora de buscar crédito, a taxa de juros do empréstimo é uma das principais preocupações. De fato, o tributo tem um papel importante no custo total do empréstimo e das parcelas a serem quitadas. 

Por isso, é preciso entender como funciona a taxa de juros e aprender como calcular juros de empréstimo antes de comparar as opções disponíveis no mercado.

Como funcionam as taxas de juros e por que elas variam?

Por que os empréstimos e as soluções de crédito têm taxa de juros diferentes? E por que as taxas são menores no empréstimo com garantia comparado com o empréstimo pessoal? Confira essa e outras perguntas no "Explica Aí, Creditas!".

Como calcular juros simples e composto?

Diversos fatores podem contribuir para a definição do valor dos juros dos empréstimos. Cada agente financeiro pode cobrar taxas diferentes, de acordo com a sua política de crédito e o perfil financeiro de quem está pedindo o crédito. 

É por isso que é muito importante comparar as condições antes de decidir onde solicitar o crédito. Afinal, quanto menor a taxa de juros, menor será o valor pago no final.

Também é preciso levar em conta o tipo de juros cobrados pelo agente financeiro, que pode ser dividido entre simples e composto. 

Esses dois tipos de juros formam a base de todas as transações financeiras e é importante saber o conceito de cada um para tomar boas decisões. Você pode ler mais sobre como funciona e quais são as diferenças do juros simples e compostos aqui no Exponencial.

Veja a seguir as características principais de cada um desses tipos de juros:

Juros simples

O cálculo de juros simples, como o próprio nome sugere, é bastante fácil de entender. Nesse caso, a taxa definida é aplicada todo mês em cima do valor recebido. 

Por exemplo: ao solicitar um empréstimo de R$ 1 mil com juros de 3% ao mês, você sempre pagará 3% de  R$ 1 mil (R$ 30) até o fim do pagamento de todas as parcelas.

Juros compostos

Enquanto os juros simples baseiam-se no valor total de um empréstimo ou investimento, os juros compostos  se baseiam no valor total, incluindo os juros que se acumulam em cada período. Na prática, trata-se de juro sobre juro.

Nesse caso, a taxa é sempre calculada em cima do valor inicial (aquele que você pegou emprestado) mais o valor dos juros cobrados no mês anterior. 

Por exemplo: você escolheu um empréstimo de R$ 1 mil com 3% de juros ao mês, ou seja, o valor do juros naquele mês é de R$ 30. 

No mês seguinte, você precisará contar com o valor total do empréstimo + a taxa de juros do mês anterior. Assim, o valor a ser calculado para a segunda parcela será 3% de R$ 1.030.

E assim acontecerá nos meses seguintes, com o valor sendo recalculado de acordo com a taxa de juros do mês anterior.

Vejamos como ficaria oito meses de parcelas deste exemplo em uma operação de juros compostos:

Mês

Capital (R$) Juros % Montante (R$) Capital + Juros

1

1.000 3% de 1.000 = 30 1.030

2

1.030 3% de 1.030 = 30,9

1.060,90

3

1.060,90 3% de 1.060,90 = 31,82

1.092,72

4

1.092,72 3% de 1.092,72 = 32,78

1.125,50

5

1.125,50 3% de 1.125,50 = 33,76

1.159,27

6

1.159,27 3% de 1.159,27 = 34,77 

1.194,05

7

1.194,05 3% de 1.194,05 = 35,82

1229,87

8 1229,87 3% de 1229,87 = 36,89

1266,77

* Lembrando que o cálculo considera a aplicação ou empréstimo de R$ 1 mil durante 8 meses, com a incidência de 3% de juro ao mês.

O que define o valor de um empréstimo?

Você já deve ter se questionado como é feito o cálculo do juros do empréstimo que define o valor total e o das taxas de juros usado pelas instituições financeiras.

A taxa de empréstimo funciona como um artifício de segurança da instituição financeira para casos em que a pessoa que pediu o empréstimo e não pagou as parcelas.

São vários os fatores que interferem na definição da taxa de juros de empréstimo e isso muda de uma empresa para outra. Entre os principais estão: a situação econômica do Brasil e a política de crédito interna da instituição financeira. 

Além disso, três valores são normalmente usados pelas instituições na hora de compor a taxa de juros do empréstimo:

  1. O custo de aquisição do cliente;
  2. A taxa de retorno do investidor;
  3. E o custo da venda. 

Dentro deste cálculo, as instituições ainda levam em consideração fatores, como o risco de crédito e de inadimplência. 

Selic - Taxa básica da economia

Uma das variáveis que podem afetar esse custo é a taxa Selic — Sistema Especial de Liquidação e Custódia — uma taxa básica da economia, que é usada como base para determinar as taxas de juros cobradas nos empréstimos de qualquer natureza, incluindo a taxa de juros de empréstimos. 

O cenário econômico do país, como o aumento ou redução da inflação impacta diretamente a mudança da taxa. Empréstimos, investimentos, consumo e até a cotação do dólar são afetados por variações na Selic.

Leia tambémO que é taxa Selic e como afeta a sua vida?

CET - Custo Efetivo Total

É importante reforçar que a taxa de juros não é o único custo envolvido em um empréstimo. Existem outras taxas, seguros e encargos que compõem o CET (Custo Efetivo Total), incluindo:

  • IOF: o Imposto sobre Operações Financeiras é um encargo obrigatório, cobrado de empréstimos, financiamentos, operações de câmbio e títulos imobiliários, que deve ser incluído no valor total do empréstimo;
  • Tarifa de cadastro: essa taxa não é obrigatória, mas ainda é cobrada por muitos agentes financeiros para cobrir custos com pesquisa sobre a situação financeira do cliente;
  • Seguros: alguns agentes financeiros também podem cobrar seguros para garantir o pagamento em caso de desemprego ou morte do titular.

Ainda é possível que os agentes cobrem taxas de manutenção de cadastro e taxas administrativas. Essas cobranças podem variar de acordo com a política de crédito da instituição financeira. 

A instituição financeira deve por lei fornecer o CET mínimo e máximo antes mesmo de você contratar o crédito. Mas é importante saber que nem sempre as taxas de juros mais baixas são sinônimo de um CET menor. 

Sempre vale a pena acompanhar o CET de diferentes tipos de empréstimo para descobrir a melhor oferta. Dessa forma, é possível comparar as taxas de juros, os prazos de pagamento e condições de vários bancos.

Como comparar taxa de juros

Taxa de juros do empréstimo consignado

O empréstimo consignado  é uma das linhas mais atrativas para quem busca economizar nas parcelas. A modalidade de crédito exclusiva para beneficiários do INSS, funcionários públicos e de empresas privadas é considerada uma alternativa de crédito saudável.

Isso porque a taxa de juros do consignado está entre as menores do mercado. Para se ter uma noção, chega a ser até 10 vezes mais barata que outras convencionais, como o cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito. 

Para se ter uma ideia, no consignado a taxa média de juros varia entre 20% e 35% ao ano. Enquanto isso, modalidades de empréstimos mais populares entre os consumidores chegam a bater a exorbitante marca de três dígitos. 

Veja, a seguir, um comparativo entre as taxas de juros do empréstimo consignado privado entre as principais instituições financeiras que oferecem o serviço:

  Taxas de juros
Instituição % a.m. % a.a.
CREDITAS   1,29   16.06
BANCO SAFRA   1,73   22,86
CAIXA ECONOMICA FEDERAL   1,83   24,30
BANCO INTER   1,95   26,06
BANCO DO BRASIL   1,96   26,23
BANCO BRADESCO   2,09   28,23
BANCO AGIBANK   2,43   33,40
BANCO SANTANDER   2,43   33,43
ITAÚ UNIBANCO   2,72   38,00
BV FINANCEIRA   3,48   50,69

*Dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, obtidos em novembro de 2019.

Leia tambémO que é empréstimo consignado? Entenda como esse crédito funciona

Taxa de juros do empréstimo pessoal

As taxas de juros do empréstimo pessoal também variam de acordo com a política do agente financeiro,  valor solicitado, período de pagamento, histórico e perfil financeiro de quem solicita o crédito.

Muitas pessoas recorrem ao empréstimo pessoal devido a facilidade na contratação, já que essa modalidade não exige análises de crédito complexas. No entanto, é justamente essa facilidade que faz com que as taxas de juros sejam altas, visto que a instituição financeira não possui garantias de que a dívida será quitada.

Veja a média dos juros praticados nas principais instituições financeiras na modalidade de empréstimo pessoal sem garantia:

  Taxas de juros
Instituição % a.m. % a.a.
BANCO DO BRASIL   2,84   39,91
CAIXA ECONOMICA FEDERAL   3,29   47,46
ITAÚ UNIBANCO   3,98   59,65
BANCO SANTANDER   4,13   62,43
NUBANK   4,23   64,48
BANCO ORIGINAL   5,10   81,56
BANCO BRADESCO   5,23   84,29
BV FINANCEIRA   6,32   108,54
BANCO AGIBANK     17,15   568,09
CREFISA     21,72   957,89

*Dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, obtidos em novembro de 2019.

Taxa de juros do empréstimo com garantia

Além do empréstimo pessoal convencional, existe a opção de empréstimo com garantia. Nesse caso, é possível conseguir taxas de juros mais baixas e parcelas mais baratas, justamente porque você garante a quitação da dívida oferecendo um bem como garantia, como uma casa ou um veículo.

Essa modalidade tem ganhado espaço e cada vez mais pessoas optam por ela. Isso porque é uma oportunidade de conseguir quantias elevadas com empréstimos com juros baixos e prazos longos.

Para ter acesso às condições diferenciadas, você pode assegurar o pagamento com imóvel ou veículo. A vantagem é que quem contrata continua usando o bem normalmente até quitar a dívida. 

Leia também: Empréstimos com juros baixos: onde e como conseguir?

Qual banco tem a menor taxa de juros para empréstimo?

O mercado de empréstimo online está em expansão no Brasil, principalmente com o crescente avanço das fintechs especializadas em crédito. Essas empresas de tecnologia especializadas em finanças buscam facilitar o acesso ao crédito, oferecendo condições mais saudáveis ao consumidor.

Com essa inovação é possível contar com serviços e atendimento personalizados, além de taxas de juros reduzidas. Isso porque essas empresas não possuem os custos operacionais envolvidos em manter uma agência física. 

Além disso, a automatização dos processos também possibilita a desburocratização e consequente agilidade nas operações. Hoje é possível consultar, simular e contratar empréstimos de forma parcial ou totalmente online, em poucos minutos.

Mas qual banco tem a menor taxa de juros para empréstimo? Bem, para fazer uma boa escolha, é preciso conhecer cada modalidade de crédito disponível no mercado e entender qual acolhe melhor seus objetivos. 

O melhor caminho é comparar a taxa de juros praticadas por cada modalidade de crédito em agentes financeiros diversos. Além de levar em conta a taxa de juros de empréstimos, não deixe de considerar os valores e prazos oferecidos.

E então, percebeu como é importante saber calcular e comparar a taxa de juros de empréstimos? Assim você evita cair em armadilhas e garante um bom negócio. Compartilhe sua opinião com a gente nos comentários.