Com oque podemos comparar os lisossomos

Revisão por Juliana Diana

Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento

As células vegetais e animais possuem várias diferenças e semelhanças em sua estrutura.

As células animais não têm parede celular ou cloroplastos, que por sua vez existem nas células vegetais. Seu formato também é diferente pois as células animais são redondas e têm forma irregular, enquanto as células vegetais possuem formas fixas e retangulares.

Tanto as células vegetais como as animais são eucarióticas. É por isso elas apresentam várias características em comum, como a presença de uma membrana celular e de organelas como o núcleo, as mitocôndrias e o retículo endoplasmático.

Célula animal Célula vegetal
O que é São as células que formam os tecidos dos animais São as células que formam os tecidos das plantas
Tipo de célula Eucarionte Eucarionte
Parede celular Não possui Formada por celulose
Formato Circular, com formato irregular Retangular, com formato fixo
Tamanho As células animais geralmente são menores que do que as células vegetais, variando entre 10 a 30 micrômetros de comprimento

Variam de 10 a 100 micrômetros de comprimento

Armazenamento de energia Armazenam energia em forma de glicogênio Armazenam energia como amido

Crescimento

As células animais aumentam de tamanho ao multiplicar o número de suas células As células vegetais ficam maiores aumentando o tamanho de suas células
Cloroplasto As células animais não possuem cloroplastos As células vegetais têm cloroplastos porque fabricam seus próprios alimentos
Centríolos Presente em todas as células animais Somente formas inferiores das plantas possuem centríolos
Vacúolo Um ou mais vacúolos pequenos (muito menores que as células vegetais). Um grande vacúolo central ocupando 90% do volume celular
Citoplasma Possui Possui
Ribossomo Possui Possui
Mitocôndria Possui Possui
Plastos Não possui Possui
Glioxissomos Não possui Possui
Retículo Endoplasmático Possui Possui
Complexo de Golgi Possui Possui
Peroxissomos Possui Possui
Membrana plasmática Possui Possui
Lisossomas Os lisossomas ocorrem no citoplasma Raramente possuem lisossomas

Estrutura das células vegetais e das células animais

Todas as células eucarióticas possuem membrana plasmática, que tem como função a separação do meio intracelular e extracelular.

Porém, as células vegetais também possuem uma parede celular que a reveste externamente. Essa parede é formada principalmente por celulose e garante mais resistência a essa célula, além de dar a sua forma retangular.

Organelas que são diferentes entre as células vegetais e animais:

  • Lisossomos: está presente apenas nas células animais;
  • Centríolo: está presente na maioria das células animais. Nos vegetais são encontrados em apenas alguns grupos, como das briófitas e pteridófitas;
  • Plastos: presentes apenas nas células vegetais. Existem os cromoplastos, leucoplastos e o cloroplasto;
  • Glioxissoma: presente apenas nas células vegetais.

Organelas que são comuns entre as células vegetais e animais:

  • Ribossomos;
  • Retículo endoplasmático;
  • Complexo de Golgi;
  • Peroxissomos;
  • Mitocôndrias;
  • Membrana plasmática;
  • Citoplasma.

Célula eucariota animal

Célula eucariota vegetal

Com oque podemos comparar os lisossomos
Com oque podemos comparar os lisossomos

Como células vegetais e animais produzem energia?

As plantas são autótrofas, elas produzem energia a partir da luz solar por meio do processo de fotossíntese, utilizando organelas celulares chamadas cloroplastos.

As células animais não possuem cloroplastos, e elas produzem energia a partir da glicose, através do processo de respiração celular.

A respiração celular das células animais ocorre nas mitocôndrias, que são análogas aos cloroplastos, e também desempenham a função de produzir energia.

Veja também a diferença entre:

Revisão por Juliana Diana

Licenciada em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO) em 2007. Pós-graduada em Informática na Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2010. Doutora em Gestão do Conhecimento pela UFSC em 2019.

Sabemos que as células são as menores unidades vivas. Apesar de pequenas, no interior delas encontramos estruturas menores ainda que trabalham juntas para mantê-las vivas: as organelas celulares.

As organelas celulares estão localizadas no citoplasma e funcionam como os “órgãos” do nosso corpo, cada uma desempenhando um determinado papel para o funcionamento da célula. Algumas fazem a produção de substâncias que serão úteis às células, outras trabalham para realizar um processo conhecido como respiração celular, outras fazem o processo de digestão intracelular, entre tantas outras funções.

Conhecer cada uma das organelas é importante para compreender como uma célula funciona. Sendo assim, observe a seguir o nome de algumas das principais organelas celulares e quais as funções desses compartimentos:

Com oque podemos comparar os lisossomos

Observe a estrutura de uma célula animal e algumas de suas organelas

- Mitocôndria: Essa organela está relacionada com um processo extremamente importante: a respiração celular. Nesse processo, a célula obtém energia para a realização de suas atividades;

- Ribossomos: Sua função principal é realizar a fabricação das proteínas;

- Retículo endoplasmático granuloso: Sua função principal é produzir algumas proteínas, principalmente aquelas que serão jogadas para fora da célula;

- Retículo endoplasmático não granuloso: Uma de suas funções é a síntese de lipídios e carboidratos.

- Complexo golgiense: Essa organela participa de um processo chamado de secreção celular, que nada mais é do que a eliminação de substâncias para fora da célula. Ele também modifica, armazena e endereça algumas substâncias.

- Lisossomos: Relacionados principalmente com a digestão de partículas no interior da célula (digestão intracelular).

Existem ainda organelas que são encontradas somente nas células de plantas e de alguns protozoários. Esse é o caso dos chamados cloroplastos, organelas relacionadas com a fotossíntese e com a coloração das plantas.

É importante lembrar-se sempre de que todos os organismos são formados por células e cada uma possui características próprias e desempenha alguma função. Dependendo da função exercida, ela apresenta uma maior quantidade de determinada organela.


Por Ma. Vanessa dos Santos

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Os lisossomos são organelas membranosas, geralmente pequenas e presentes, se não em todas, na grande maior parte das células eucariontes. Essas organelas se tratam de estruturas que surgem a partir do complexo de Golgi, ou seja, algumas vesículas que se destacam do aparelho Golgiense acabam se tornando lisossomos. Eles estão presentes por todo o citoplasma da célula e se relacionam com a degradação de diversos compostos.

Estrutura

Os lisossomos são vesículas delimitadas por uma membrana celular que, assim como as demais membranas das células, é composta pela bicamada lipídica associada a proteínas que acaba por exercer o controle do que entra e sai dessa organela.

O interior dessas vesículas é composto por diversas enzimas, como as que degradam proteínas, lipídeos, entre outras, que realizam a quebra ou a digestão dos compostos que ali entrarem. Essas enzimas, assim como diversas outras, possuem atividade regulada por algumas características do meio, como temperatura, pressão, pH, etc. Isso quer dizer que elas atuam mais efetivamente em uma condição específica. Sabendo dessa característica das enzimas, essas que estão presentes no interior dos lisossomos possuem atividade mais eficaz quando estão em um meio com características ácidas. Assim, é bastante razoável afirmar que o interior dessas organelas possui um caráter ácido, ou seja, com um pH abaixo de 7, que é o pH neutro.

Em relação às enzimas mencionadas no parágrafo anterior, elas têm sua origem nos ribossomos associados ao retículo endoplasmático. Isso é bastante simples de se compreender quando analisamos todo o “caminho” dessas. Veja bem, os ribossomos produzem as proteínas que são transferidas para o retículo endoplasmático rugoso. Lá podem ocorrer transformações ou simplesmente serem transportadas para o complexo de Golgi por vesículas de transporte que transitam entre essas organelas. No aparelho de Golgi, as proteínas podem sofrer algum tipo de processamento e, então, ficam disponíveis para se associarem a alguma vesícula que, ao se destacar da estrutura, se tornará um lisossomo.

Funções

Como citado anteriormente, os lisossomos têm sua função associada à digestão intracelular, ou seja, uma degradação de diversos compostos que ocorre dentro da célula. Entretanto, é importante ressaltar que o lisossomo, em condições normais, não realiza sua atividade de maneira arbitrária ou caótica. As estruturas que devem ser digeridas são devidamente sinalizadas com marcadores celulares, como algumas proteínas citosólicas, por exemplo.

Essa atividade digestiva desempenhada pelos lisossomos pode ser autofágica ou heterofágica. Isso quer dizer que os lisossomos podem destruir tanto estruturas da própria célula quanto alguns compostos que vêm de fora, como nutrientes ou, até mesmo, microrganismos.

Na digestão de estruturas da célula isso ocorre por que elas podem não estar desempenhando seu papel de maneira correta ou eficiente. Assim, elas são sinalizadas e, então, englobadas pelos lisossomos. A partir daí, elas são digeridas para que possa surgir outra, auxiliando na reciclagem do material citoplasmático.

Já com relação à digestão heterofágica, o que ocorre é a entrada de moléculas ou microrganismos na célula por fagocitose ou pinocitose. Após essa internalização, esse material fica contido em um vacúolo que, por sua vez, se funde ao lisossomo. Após isso, as enzimas da organela podem realizar o seu “serviço” e degradar o conteúdo. Após essa digestão, caso existam resíduos, eles são eliminados ou reaproveitados pela célula.

Bibliografia:
Junqueira, L. C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012.
Koeppen, B.M. & Stanton, B.A. Berne & Levi - Fisiologia. 6ª Edição. Editora Elsevier. 864 páginas. 2009.
Guyton, A.C. & Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Edição. Editora Elsevier. 1115 páginas. 2006
Lopes, S. Bio – Volume Único. 1ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva. 606 páginas. 2004.