A importância do método de alfabetização passou a ser relativizada, secundarizada e considerada


Alfabetização ao longo da história 1 Alfabetização ao longo da história Professora Cristhiane de Souza Alfabetização ao longo da história 2 1. ALFABETIZAÇÃO AO LONGO DA HISTÓRIA 3 1.1 A construção da escrita 3 2. OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO 3 2.1 Método Sintético 4 2.1.1 Método da soletração 5 2.1.2 Método da Silabação 5 2.1.3 Método Fônico 6 2.2 Método Analítico 6 2.2.1 Método dos Contos 6 2.2.2 Método ideovisual de Decroly 7 2.2.3 Método Natural - Freinet 7 2.2.4 Método Paulo Freire 7 2.3 Método Eclético 9 2.3.1 Método da Abelhinha 9 2.3.2 Método da Casinha Feliz 9 3. O SURGIMENTO DAS CARTILHAS 10 5. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 13 6. A RESSIGNIFICAÇÃO DO CONCEITO DE ALFABETIZAÇÃO NOS CENSOS 14 7. LETRAMENTO 18 8. ALFABETIZAR EM CONTEXTOS DE LETRAMENTO 19 8.1 Organização do trabalho de alfabetização e letramento 21 8.2 Organização das atividades 22 REFERÊNCIAS 27 SUMÁRIO Alfabetização ao longo da história 3 1.ALFABETIZAÇÃOAOLONGODA HISTÓRIA Como alfabetizar? Qual o método de ensino mais adequado para alfabetizar os alunos? É uma escolha difícil e que exige do professor um conhecimento de como o aluno aprende e de como se dá a relação entre o ensino e a aprendizagem no processo de alfabetização. A partir de agora propomos a você conhecer como os métodos de ensino vêm se transformando ao longo da História. http://www.sempretops.com/diversao/tirinhas-da-mafalda/ 1.1 A construção da escrita A alfabetização é tão antiga quanto os sistemas de escrita. A partir da invenção da escrita surgem regras de alfabetização que permitem ao leitor decifrar o que está escrito, entender o funcionamento e fazer uso do sistema de representação da escrita. Na Antiguidade, os alunos alfabetizavam-se aprendendo a ler algo já escrito e depois copiando. Começavam com palavras, depois estudavam os textos famosos para só depois escreverem seus próprios textos. O segredo da alfabetização era o trabalho de leitura e cópia. Nessa época iam para a escola apenas aqueles que queriam se tornar escribas. Os demais aprendiam a ler fora da escola com objetivos ligados aos negócios e ao comércio. É desta época o surgimento do alfabeto, tal como o conhecemos hoje. Na Idade Média, a aprendizagem da leitura e da escrita ocorria por transmissão assistemática no âmbito privado do lar. As crianças eram educadas por seus pais, por alguém da família ou por preceptores. Assista ao vídeos sobre a História da Escrita e seu desenvolvimento do mundo, para compreender a importância que têm em nossa sociedade saber ler e escrever. Disponível em: http://youtu.be/r7yeiRtc1fA (Parte 1) Disponível em: http://youtu.be/Axx6lvjZdCQ (Parte 2) 2.OSMÉTODOSDEALFABETIZAÇÃO No Brasil, desde o início do século XIX, há uma grande preocupação de teóricos e educadores em buscar explicações para um problema antigo e, ao mesmo tempo, atual — a dificuldade das crianças em aprender a ler e escrever, especialmente na escola pública. Buscando enfrentar esse problema, diferentes métodos de alfabetização foram propostos no decorrer desse período histórico até os dias atuais. Especialmente com a Proclamação da República, a educação ganhou destaque e a Alfabetização ao longo da história 4 escola, por sua vez, consolidou-se como local institucionalizado para o preparo das novas gerações. No cerne dos ideais republicanos, saber ler e escrever era instrumento de aquisição de saberes e ascensão social. A leitura e a escrita — que até então eram práticas culturais restritas a poucos — tornam-se objeto de aprendizagem, submetidas a um ensino organizado, sistemático e intencional, exigindo a formação de professores para esse novo contexto. É importante destacar que uma nova proposta pedagógica para desenvolver a aprendizagem da leitura e produção escrita não nasce do nada, de um diapara outro.Elaé sempre resultado de umatentativa de ruptura com o já estabelecido e, ao mesmo tempo, à procura de uma continuidade, de uma ligação com o passado. Portanto, para entendermos as práticas pedagógicas atuais de alfabetização é necessário adotarmos uma perspectiva histórica e examinar a história das metodologias. Esse percurso permite constatar os avanços realizados e, ao mesmo tempo, explicar as resistências a novos avanços possíveis. Podemos perceber, no interior dos avanços, aquilo que permaneceu inerte e que, até hoje, coloca obstáculos a uma mudança efetiva do modelo de aprendizagem de leitura e escrita. Podemos dividir a história do ensino da leitura e escrita em três períodos principais: - O primeiro, que vai da Antiguidade até meados do século XVIII, é marcado pelo uso exclusivo do chamado “método sintético”. - O segundo, a partir do século XVIII, em que tem início um processo de oposição teórica ao método sintético pelos precursores do chamado “método analítico”. - O terceiro, ultrapassando a batalha entre os defensores do método sintético e analítico, questiona os fundamentos dos dois métodos, a correspondência entre os signos da língua escrita e os sons da língua oral. 2.1 Método Sintético O Método Sintético parte das unidades menores da língua: da relação letra/som ou da sílaba. São eles: método da soletração, método da silabação e método fônico. Considera a língua escrita como objeto de conhecimento externo ao aprendiz, a partir daí realiza uma análise puramente racional de seus elementos. A instrução procede do simples para o complexo, racionalmente estabelecidos: num processo cumulativo, a criança aprende as letras, depois as sílabas, as palavras, frases e, finalmente, o texto completo. Estabelece-se, como regra geral, que a instrução não deve avançar no processo sem que todas as dificuldades da fase precedente estejam dominadas, ou seja: o aprendiz deveria dominar o alfabeto, nomeando cada uma das letras, independentemente do seu valor fonético e da sua grafia. Esse era um método que progredia lentamente. Alfabetização ao longo da história 5 2.1.1 Método da soletração - Apresenta os alfabetos de letras maiúsculas e minúsculas de imprensa e letra cursiva; - Não apresentam frases, só palavras; - O objetivo é ensinar a combinatória de letras e sons; - Leitura propriamente dita fica para outra etapa; - Associação de estímulos visuais e auditivos, valendo-se da memorização como recurso didático – o nome da letra é associado à forma visual, as sílabas são aprendidas de cor e com elas se formam palavras isoladas. 2.1.2 Método da Silabação - Surge com a pretensão de “ensinar ler bem num menor espaço de tempo”; - Neste método já se introduzem as frases; - A princípio são apresentadas as vogais, na sequência, os ditongos, em seguida as consoantes; - As sílabas são apresentadas na ordem (ma, me, mi, mo, mu) e depois embaralhadas para identificação posterior; - Seguem-se palavras formadas por três letras (amo, mia, mau) e, finalmente, onze vocábulos contendo as sílabas estudadas; - Ordem do conteúdo: - cinco letras que representam as vogais; - os ditongos; - as sílabas formadas com as letras v, p, b, f, d, t, j, m, l; - dificuldades ortográficas aparecem do meio para o fim da cartilha: dígrafos, sílabas travadas (terminadas por consoantes), as letras g, c, z, s, x; - leitura Alfabetização ao longo da história 6 2.1.3 Método Fônico - Ressaltam a dimensão sonora da língua, as palavras são formadas por sons, denominados de fonemas; - Ensina-se o aluno a produzir oralmente os sons representados pelas letras e uni-los para formar palavras; - Primeiro, combinam-se entre si as vogais. Ex: ai, eu, ou, aia, ei. Depois as combinações com uma consoante. Ex: fi, fu, fui. - Parte-se de palavras curtas, formadas por apenas dois sons representados por duas letras, para depois estudar palavras de três letras ou mais. - Propõe associações visuais e auditivas com a forma e os sons das letras e tem o mérito de recomendar a utilização de histórias. - Parte-se, de unidades menores da língua e a ênfase recai na decodificação e na codificação. 2.2 Método Analítico O ensino da leitura inicia-se pelo todo, para depois se proceder à análise de suas partes constitutivas. Os modos de processar esse método, no entanto, se diferiram dependendo do que seus defensores consideravam o todo: a palavra, a sentença ou a historieta. A alfabetização deveria começar por unidades amplas como histórias ou frases para chegar em nível de letra e som, mas sem perder de vista o texto original e seu significado. A ênfase da discussão sobre métodos continuou incidindo no ensino inicial da leitura, já que o ensino inicial da escrita era entendido como uma questão de caligrafia (vertical ou horizontal) e de tipo de letra a ser usada (manuscrita ou de imprensa, maiúscula ou minúscula), o que demandava especialmente treino, mediante exercícios de cópia e ditado. Imagem:http://3.bp.blogspot.com/_SEkFybrJ_FE/S8z2pUFnhzI/ AAAAAAAABgw/Jjb9gLcGaYA/s1600/ANALITICA.jpg 2.2.1 Método dos Contos - O pressuposto é explorar o prazer de ouvir histórias para introduzir ao conhecimento da base alfabética. - As cartilhas são recusadas por seu artificialismo e falta de relação com as experiências da criança. - Ensino da leitura por meio de pequenas histórias, adaptadas ou criadas pelo professor, seguindo a ordem abaixo: Alfabetização ao longo da história 7 - fase do conto – apresentam-se os personagens e a história completa; - fase da sentenciação – o texto é desmembrado em frases ou orações, leitura compassada pelo professor e os alunos acompanham mentalmente; - fase das porções de sentido – divisão e reconhecimento das frases pela aparência; pelo todo, a criança aprende a reconhecer globalmente; - fase da palavração – reconhecimento das palavras; - fase da silabação ou dos elementos fônicos – divisão de palavras em sílabas e composição de novas palavras e utilização de vários exercícios de fixação; 2.2.2 Método ideovisual de Decroly - Desenvolvido a partir do centro de interesse e não por matérias isoladas; - As primeiras experiências pedagógicas aconteceram com crianças com deficiência visual, auditiva e outras. Depois foi adaptado para escolas regulares; - A criança passa por três fases de pensamento: observação, associação e expressão; - Os alunos reconhecem a forma, o desenho total, a imagem gráfica da frase. Em seguida, aprendem a distinguir as palavras, por meio da observação de semelhanças e diferenças entre elas, em seguida, as sílabas, depois as letras. - Utiliza jogos para alfabetizar. - As frases utilizadas como ponto de partida são retiradas de histórias, canções, parlendas e poesias, ou mesmo produzidas e ilustradas pelas crianças. - Consiste em estimular a reflexão, a criatividade, o trabalho, a cooperação e a solidariedade. - Acredita que a criança se familiariza com a escrita por imersão da escrita, 2.2.3 Método Natural - Freinet - A criança lê e escreve textos relacionados com suas experiências; - Acredita-se que a criança se familiarize com a escrita por imersão na escrita, à medida que interage com textos, ouve histórias, desenha, faz tentativas de escrita. - Ela aprende a ler lendo e a escrever escrevendo. - O material de trabalho são os textos lidos para os colegas, composição impressa pelas próprias crianças, textos relacionados à experiência. - O ensino desenvolve-se em situações de uso da leitura e da escrita. - Valoriza a inteligência, os gestos e a sensibilidade. O desenvolvimento ocorre por meio da livre expressão, do trabalho manual, da experimentação. - Estimula a reflexão, a criatividade, o trabalho, a cooperação e a solidariedade. 2.2.4 Método Paulo Freire Etapas: 1. Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive. Alfabetização ao longo da história 8 2. Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras. 3. Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada. O método - As palavras geradoras: o processo proposto por Paulo Freire inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Por meio de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade, e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de palavras geradoras pode variar entre 18 e 23 palavras, aproximadamente. Depois de composto o universo das palavras geradoras, elas são apresentadas em cartazes com imagens. Então, nos círculos de cultura inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma. - A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. (i.e., BA-BE-BI- BO-BU). - As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas. - A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras. Para Paulo Freire, alfabetizar não pode se restringir aos processos de codificação e decodificação. Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca dos problemas cotidianos, a compreensão do mundo e o conhecimento da realidade social. As fases de aplicação do método Freire propõe a aplicação de seu método nas cinco fases seguintes: - 1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico. - 2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas — numa sequência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade. - 3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais. - 4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem no entanto seguir uma prescrição rígida. - 5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras. Alfabetização ao longo da história 9 Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Method_Paulo_ Freire.jpg 2.3 Método Eclético É aquele que utiliza a análise e logo depois a síntese, método analítico-sintético ou misto, ganha rapidamente adeptos e se estende até nossos dias. Reúne contribuições de vários métodos, é conhecido também como método global, pois os elementos fonéticos são apresentados de maneira significativa, por meio de uma história, mas continuam a apresentar limitações como: - Histórias desvinculadas do conhecimento real da criança, os textos não possuem estrutura linguística, apresentam diálogo artificial; - As atividades são baseadas em leitura e interpretação de textos, exploração de palavras e decomposição das famílias silábicas; - A criança não tem oportunidade de produzir o seu próprio texto, partindo de suas experiências e vivências sociais. A importância do método de alfabetização passou a ser relativizada, secundarizada e considerada tradicional. Observa-se, no entanto, embora com outras bases teóricas, a permanência da função instrumental do ensino e aprendizagem da leitura, enfatizando-se a simultaneidade do ensino de ambas, as quais eram entendidas como habilidades visuais, auditivas e motoras. 2.3.1 Método da Abelhinha - Apresenta uma série de histórias cujos personagens estão associados a letras e sons, sempre ligados ao interesse e à necessidades dos alunos. - A história não deve ser contada, mas lida com graça e expressividade. O alfabeto mural deve permanecer à vista para que a criança se habitue a consultá-lo sempre que tiver dúvidas. - Durante a fase conhecida como Início da Alfabetização (apenas une sons), corresponde à etapa de síntese e na fase seguinte, Completando a Alfabetização (separa os sons das palavras), passa à análise. - Há a associação de três elementos: personagem – forma da letra – som da letra (fonema) Para conhecer toda a história da abelhinha acesse: http://espacoeducar-liza.blogspot.com. br/2009/03/historia-da-abelhinha-original-em-7.html 2.3.2 Método da Casinha Feliz - A base do método está na associação da letra (método de fonação), como personagem de uma história: papai (p), mamãe (m), neném (n) e ratinho (r); - A aprendizagem acontece por meio do jogo, propondo que a sala de aula seja um espaço para Alfabetização ao longo da história 10 a criatividade e a livre expressão das crianças, dispensando o esforço da memorização; 3.OSURGIMENTODASCARTILHAS Imagem: http://1.bp.blogspot.com/QnTslH8TL8/ToMbjDb4xzI/ AAAAAAAAAdk/PAVseBjOPAE/s1600/living.jpg Cartilhas são livros didáticos infantis destinados ao período da alfabetização. Daí seu caráter transitório, limitando-se seu uso à etapa em que, na concepção tradicional da alfabetização, a criança necessita dominar o mecanismo considerado de base na aprendizagem da leitura e escrita. Apresentam um universo de leitura bastante restrito, em função de seu objetivo: trata-se de um pré-livro, destinado a um pré-leitor. A cartilha limita-se então ao ensino de uma técnica de leitura, entendendo-se essa técnica como a decifração de um elemento gráfico em um elemento sonoro. É a iniciação da criança no mundo da escrita e, nessa iniciação, ela deve aprender a identificar os sinais gráficos (letras, sílabas, palavras) e associá- los aos sons correspondentes. Coerente com os postulados das metodologias tradicionais, a cartilha parte da crença de que, ensinando-a a decodificar e codificar, a criança aprende a ler e a escrever. Apesar das diferenças e das divergências entre os autores de cartilhas, existe um ponto que unifica todas elas, transformando-as em uma só: a dependência do sistema de escrita em relação ao sistema oral. Todas as cartilhas partem do pressuposto de que, para aprender a ler, o aprendiz deve transformar o signo em signo oral, para depois chegar à compreensão. O oral é utilizado como mediador da compreensão. Negando o papel dos olhos num sistema gráfico, o acesso à compreensão do texto escrito passa pelos ouvidos. As cartilhas portuguesas marcam o início da literatura didática em nosso idioma. A Cartinha de Aprender a Ler, escrita por João de Barros é uma das mais antigas cartilhas. Ela traz o alfabeto, depois tabelas, com todas as combinações de letras, usadas para escrever todas as sílabas das palavras da língua portuguesa. Em seguida, havia uma lista de palavras, cada uma começando com uma letra diferente do alfabeto e ilustrada com desenhos. Por último, vinham os mandamentos de Deus e da Igreja e algumas orações. Não era um livro para ser usado na escola, uma vez que a escola daquela época não alfabetizava. O livro servia igualmente para alunos e crianças. A Cartilha do ABC, também escrita por João de Barros podia ser comprada até em alguns supermercados ou certas lojas de estações de trem. Imagem:http://www.livrariaresposta.com.br/v2/produto. php?id=5409 Uma outra cartilha muito conhecida, produzida por Antônio Feliciano de Castilho (1850), em Lisboa, também foi utilizada no Brasil, chamada de o Método Castilho para o Ensino Rápido e Aprazível do Ler Alfabetização ao longo da história 11 Impresso, Manuscrito e Numeração do Escrever. Essa obra incluía abecedário, silabário e textos de leitura, sendo arcada por preocupações fonéticas. Apresentava textos narrativos para ensinar o uso das letras, fazendo uma lição para cada uma delas e para os dígrafos. Imagem:http://3.bp.blogspot.com/_IdRKoAd2Byo/ S 1 7 Y H P l G h S I / A A A A A A A ...