A importância de geografia de população para a geografia economica

circo (geologia)

Depressão rochosa, em forma de bacia, de paredes com grande inclinação, situada a elevada altitude m...

A ciência geográfica tem como principal objeto de estudo o espaço, que é organizado e modificado por meio das relações homem-natureza. Portanto, os elementos humanos e físicos estão diretamente relacionados e se interagem no processo de organização espacial. Visando proporcionar maior praticidade para as pesquisas dos leitores, classificamos os artigos em Geografia Humana e Geografia Física. Entretanto, é importante ressaltar que essas duas vertentes não estão desvinculadas, e que essa divisão não prejudicou a análise crítica da configuração do espaço geográfico resultante das relações sociedade-meio. Portanto, essa seção de Geografia Humana irá abordar artigos relacionados à população, distribuição populacional, composição étnica, globalização, relações econômicas, desigualdades socioeconômicas, transportes, fontes de energia, dentre outros assuntos pertinentes. Diante da diversidade de temas que a Geografia Humana aborda, dividimos os textos em subseções. Sendo assim, os artigos estão classificados em: - Meios de Transporte.

- Fontes de Energia.

- Acordos Internacionais. - População. - Países. - Continentes. - Migração.

Boa leitura!

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia

Publicado por Wagner de Cerqueira e Francisco

As relações socioeconômicas são responsáveis pelas modificações no espaço geográfico, estruturando determinados lugares de acordo com a atividade econômica desenvolvida, alterando o meio, produzindo novos ambientes, criando espaços privilegiados, influenciando os fluxos migratórios, interferindo na geopolítica mundial, entre outros fatores. Diante desse contexto, a Geografia Econômica tem como objeto de estudo as transformações espaciais desencadeadas pelas relações econômicas, a localização e a organização dessas atividades. Outro ponto importante é a análise crítica dos motivos pelos quais determinada atividade econômica é realizada em um local, considerando os elementos da região como o clima, relevo, disponibilidade de recursos naturais, etc. Essa subseção de Geografia Econômica é composta por artigos que abordam a localização industrial, sistemas econômicos, revoluções industriais, agropecuária, globalização, desigualdades socioeconômicas, fluxos e capitais, blocos econômicos, divisão do trabalho, entre tantos outros.

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Wagner de Cerqueira e Francisco Graduado em Geografia

Publicado por Wagner de Cerqueira e Francisco

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A Geografia Econômica faz parte da área chamada de geografia humana. Essa área da geografia estuda a localização, organização e distribuição das atividades econômicas no planeta.

Essa área analisa as atividades econômicas que ocorrem em certo espaço, suas influências produtivas e por consequência as influências na sociedade. Esse estudo auxilia na compreensão do processo de globalização, isto é, uma união social, política, cultural e econômica entre países do globo, além das questões sobre a competitividade nos mais diversos ramos da economia.

A economia de uma região pode variar de acordo com as características físicas dela, como questões climáticas, tipos de solo, formação do relevo, características das rochas, entre outros. Essas características podem afetar a disponibilidade de recursos presentes naquela área, por exemplo, as condições climáticas podem interferir diretamente na produção agrícola de uma região.

Instituições políticas e sociais também são importantes agentes econômicos dentro de um espaço, pois suas decisões afetam os impactos da economia local.

A geografia econômica aborda os aspectos espaciais da produção em diversas escalas, desde as questões logísticas para implementação de indústrias próximas aos recursos de matéria prima para poupar gastos de transporte, até mesmo a busca de um mercado promissor para o desenvolvimento de uma empresa. A relação de escoamento dos produtos também é importante, principalmente pela proximidade com o mar e portos, além da presença de recursos de maior valor em determinados territórios, como o caso do petróleo.

É nesse ramo da geografia que se estudam as formas de estruturas sociais presentes entre campo e cidade. As formas de produção ou sistemas econômicos são basicamente dois atualmente: o capitalismo e o socialismo. É compreendido como capitalismo aquele sistema que se baseia no capital, ou seja, tem como base os bens econômicos, acreditando que a acumulação de capital é o que gerará mais capital, por consequência as riquezas. Por outro lado o socialismo é visto como um sistema que visa um bem comum para a população, onde todos têm os mesmos direitos básicos e recursos mínimos em comum, porém historicamente sua aplicação não obteve bons resultados.

A geografia econômica pode ser definida a partir de três abordagens, sendo elas a histórica, a teórica e a regional. A parte histórica se refere ao desenvolvimento das atividades produtivas em determinada área de acordo com as consequências políticas, sociais e culturais ao longo da história daquela região. A teórica diz respeito às teorias relacionadas às atividades econômicas e a sociedade de determinado espaço. Por fim a abordagem regional compreende a influência de uma produção econômica sobre as áreas ao seu redor.

Os setores econômicos também são campos de estudo desse ramo da geografia, sendo compreendidos em três setores, onde cada possui uma relação específica com o setor produtivo e econômico, sendo eles:

  • Setor primário: setor que está relacionado diretamente com a produção de matérias primas, tem como atividades econômicas aquelas voltadas a agricultura, pecuária, extração mineral e extração vegetal;
  • Setor secundário: esse setor lida com as atividades industriais e a construção civil, é característico nele a transformação e manipulação da matéria prima;
  • Setor terciário: é o setor que compreende as atividades chamadas de prestações de serviço, isto é, as atividades que dependem das relações humanas onde um indivíduo presta serviço a outro (ou entre empresas). Exemplos de atividades econômicas deste setor estão o comércio, dentistas, médicos, professores, advogados, entre outros.

Em geral a geografia econômica compreende as diversas atividades relacionadas à produção econômica de determinados espaços a fim de compreender seus impactos ambientais, sociais, culturais, políticos e econômicos.

RESUMO

Este estudo procura apresentar uma análise da Geografia Econômica e da Ciência Geográfica, destacando a sua importância nos sistemas econômicos e espaciais. O objetivo é catalogar as principais contribuições teóricas e metodológicas que, no processo histórico, possibilitaram o resultado de um novo campo de estudo do espaço. A metodologia de pesquisa utilizada partiu do estudo dos fatores históricos e da análise conceitual de alguns autores que abordaram a importância da Economia no campo de estudo geográfico.

 Palavras-Chave

Geografia, Economia, Geografia-Econômica.

 ABSTRACT

This study seeks to present an analysis of Economic Geography and Geographical Science, highlighting its importance in economic systems and space. The goal is to catalog the major theoretical and methodological contributions that in the historical process, the result of a possible new field of study space. The research methodology used was based on the study of historical factors and the conceptual analysis of some authors who have addressed the importance of economics in the field of geographical study.

 Keywords

Geography, Economics, Geography Economics.

 

INTRODUÇÃO

Este trabalho é uma análise conceitual da Geografia e da Geografia Econômica, abordando a sua importância no estudo do desenvolvimento social e econômico nos padrões de diferenciações espaciais. O objetivo principal é apresentar as contrariedades e as concepções que, no período de crise, possibilitaram uma mudança significativa nas duas ciências. A metodologia de pesquisa utilizada neste trabalho partiu do estudo detalhado, mas não exaustivo dos conceitos da Geografia, fazendo uma relação entre a Economia e o desenvolvimento social, a partir dos resultados da produção econômica no espaço geográfico.

A CIÊNCIA GEOGRÁFICA E A GEGRAFIA ECONÔMICA

Diversos autores, como Andrade (1998); Torres (2004); Egler (1994); Chorincas (2001); Moreira (1981), na tentativa de buscar um conceito único da Geografia, se depararam com grandes questionamentos. No entanto, não evitou que ela fosse produzida. Para compreendermos a importância da Geografia como Ciência e da Geografia Econômica, é necessário entender os conceitos dessas duas importantes categorias de estudo. Existem várias concepções que dão uma visão ampla do conhecimento da Geografia. As relações sociais, econômicas, políticas, culturais, enfim, os níveis de reprodução do espaço geográfico que movimentam o desenvolvimento e as sociedades, podem definir a evolução epistemológica da Ciência Geográfica e da Ciência Econômica (Moreira, 1981).

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No período de 1978 e 1979, o pensamento geográfico passou por processos de reformulações. Existia ai uma dificuldade de aceitar tais conceitos formulados sobre a Ciência Geográfica, gerando uma dispersão de vários estudiosos. Autores como Ruy Moreira, Milton Santos, Yves Lacoste, entre outros, sistematizaram a Ciência Geográfica no âmbito socio-espacial (Moreira, 1981). Um fenômeno recente, surgido na segunda metade do século XIX na Alemanha, onde a sucessão de fatores do desenvolvimento sócio-espacial fez da Geografia um importante sistema de estudo do espaço. Ao longo desse processo, o Espaço-Tempo torna-se relevantes na configuração da Ciência Geográfica (Rodrigues, 2008).

A Geografia Econômica, nascida da convergência entre a Geografia e a Economia, também passa por mudanças significativas. Essas mudanças são as subdivisões que se sobrepõe de forma individual. A Geografia Econômica esta subdividida em Geografia Agrária, Geografia Industrial, Geografia dos Transportas e Geografia dos Serviços como aponta Andrade (1998).

Os processos econômicos impuseram à Ciência Geográfica uma nova direção, uma nova visão dos aspectos espaciais. Para a Geografia, essa nova categoria de análise espacial, provocou uma reação nos objetivos da Geografia, impondo, portanto, uma organização espacial focalizada no desenvolvimento econômico.

GEOGRAFIA ECONÔMICA

Diz Chorincas (2001) que, a Economia exerce e vai continuar exercendo uma grande influência nas teorias e nas metodologias do desenvolvimento no seio da ciência geográfica.

Diferente do estudo da economia de um país, que se utiliza de cálculos matemáticos para entender o mercado de consumo, a Geografia Econômica dedica-se exclusivamente ao estudo da situação econômica do espaço geográfico. O foco da Geografia Econômica é a indústria, em razão da produção, da distribuição e da organização espacial das atividades econômicas na Terra (Chorincas, 2001)

Segundo Chorincas (2001), a Geografia Econômica é, em poucas palavras, a análise da superfície terrestre em todos os aspectos que interessam do ponto de vista econômico. Os fenômenos econômicos são resultados da dinâmica social, no interesse do desenvolvimento. A esse respeito, notamos a singularidade que compõe as diversas áreas científicas. Entendemos que a Geografia Econômica é uma subdisciplina da Geografia, nascida da amabilidade entre as duas ciências (Chorincas, 2001).

As explicações das relações espaciais do mundo econômico, segundo a autora, são de competência do geógrafo-econômico. Para a ciência econômica, as questões de oferta, de procura e de produção, são do seu interesse no estudo da economia do mundo. Os economistas tinham como alvo os fatores de formação de riqueza. Com o desenvolvimento e o crescimento das indústrias no mundo, surge uma política de produção, tornando-se um alimento para uma sociedade altamente consumista (Chorincas, 2001).

Ainda, segundo Ayllon Torres (2004), a Geografia Econômica é o estudo das relações do meio e das atividades econômicas. Notamos aqui que para esses autores, os fatores econômicos, são as principais causas para atribuir à Geografia Econômica, diversos conceitos, mas, com o mesmo foco – o estudo da estrutura econômica e espacial.

IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA ECONÔMICA

            Distante da teorização, a Geografia Econômica cria um cenário onde os momentos históricos permitiram a existência de grandes acontecimentos, como a influência da distribuição das atividades no espaço, como aponta Chorincas (2001).

            É somente a partir da década de 70 – período da Segunda Guerra Mundial – que a Geografia Econômica começa a firmar os passos na conquista de um corpo científico. A partir de então, a Geografia e a Economia passam a formar um laço de amizade. É através dos processos históricos que a economia do mundo pode ser subentendida como um agente facultativo do comportamento social e econômico (Moreira, 1981).

            Chorincas (2001) ainda descreve que o desenvolvimento econômico floresce em alguns territórios e outros não, apesar de sua mobilidade tecnológica e financeira. Ainda nessa linha de pensamento sobre a importância da Geografia Econômica apontada pela autora, é bom saber que a Geografia como Ciência passa a dar grande atenção ao estudo dos fatores econômicos em escala de análise mundial. É pelo comportamento espacial dos vários agentes econômicos – consumidor, produtor, descisores públicos e empresariais – que a dimensão e a estrutura interna do espaço podem ser distinguidas através da localização das atividades econômicas por todo o território.

            Os fenômenos econômicos e geográficos, ao logo da história, possibilitaram uma ascensão da Nova Geografia Econômica. A análise econômica de um País é de extrema importância para a formação de uma política econômica com o papel de desenvolver métodos eficazes para uma visão de perspectivas globais. No entanto, muita coisa ainda está em jogo (Chorincas, 2001).

CONCLUSÃO

            Pretendeu-se neste trabalho apresentar alguns conceitos sobre a Geografia Econômica, bem como a sua importância para o estudo dos fatores geográficos em escala global. Os padrões sociais e econômicos que dão afetividades aos sistemas globais de desenvolvimento, aplicando assim, constantes transformações no espaço geográfico, transcorrem de forma linear no campo de estudo econômico do território.

            Ao longo deste estudo, utilizamos resultados de uma base de informações que possibilitou a este trabalho uma identificação georeferencial da Nova Geografia Econômica. Os resultados obtidos através deste estudo foram à possibilidade de ter um olhar mais espacial sobre a geografia econômica. Contudo, as constantes transformações ao longo do tempo têm desenvolvido à Geografia a necessidade de tratar as mudanças no espaço de forma profunda e real. Assim, desenvolve os novos meios de estudo como a Geografia Econômica.

BIBLIOGRAFIA

AYLLON TORRES, Maria Teresa. Geografia Econômica. Disponível em: http://books.google.fr/books?id=kSToLQEK3XkC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Econômica. 12 ed. São Paulo: Atlas, 1998

CHORINCAS, Joana. Geografia Econômica: encontros e desencontros de uma ciência de encruzilhada. Infogeo, 16/17. Lisboa, Edição Colibri, 2001/2002, pp. 109-122

EGLER, Claudio A. G. Que fazer com a Geografia Econômica neste final de século XXI? Trabalho apresentado no Simpósio Internacional “Lugar sócio-espacial, mundo” (São Paulo, setembro de 1994), publicado nos textos LAGET 5p. 5-12

FRANCHI, João Luiz. A ciência geográfica em evolução.

MOREIRA, Ruy. Geografia: Teoria e crítica – O saber posto em questão. 1981

RODRIGUES, Auro de Jesus, 1966 – Geografia: introdução à ciência geográfica. São Paulo: Avercamp, 2008

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Carlos Alexandre

Graduando em Geografia

Ao usar este artigo, referencie o autor: SOBREIRA, C. A. B. Conceitos e Importância da Geografia Econômica. 2011. Disponivel em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/conceitos-importancia-geografia-economica*.htm

Publicado por: CARLOS ALEXANDRE B SOBREIRA

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