40 semanas são quantos dias

Isso é muito importante esclarecer logo no comecinho do pré-natal. É tanta data daqui e dali e tanta gente falando datas diferentes ao longo de toda gravidez, que na cabeça da grávida fica uma bagunça.

Acontece o seguinte: todas as grávidas contam as semanas da gestação, a partir do dia em que engravidaram, ou seja, em torno de 14 dias depois da última menstruação. Nós obstetras contamos a gestação desde a data da última menstruação, pois se conta o ciclo hormonal inteiro (mesmo sabendo que a paciente não estava grávida e sim menstruada), pois foi nesse ciclo hormonal que a gravidez ocorreu. Outra coisa, a gestação é marcada por 9 luas e o nosso calendário as semanas são solares, ou seja, uma semana é igualzinha a outra. As fases da lua não mudam certinho de 7 em 7 dias. Às vezes levam 7 dias e algumas horas ou 8 dias e isso faz diferença de alguns dias lá na frente chegando a completar então as 40 semanas (mas não são 10 meses). Duas semanas da pré-concepção que já são contadas e diferenças de dias na mudança de uma fase da lua pra outra, que não ocorre certinho de 7 em 7 dias.

Além disso, é preciso entender que o ultrassom (US) cada hora fala uma data diferente. Isso acontece porque o esse método se baseia nas médias das medidas de partes fetais (crânio, fêmur, abdome e outras) e os bebês vão crescendo de acordo com as características genéticas dos pais. Uns são mais compridinhos, mas magrinhos, mais gordinhos, etc… E isso vai mudando as medidas.

PORTANTO ATENÇÃO: enquanto o bebê é um embrião, essas medidas não variam (ele ainda nem tem essas medidas) e o cálculo da idade gestacional é feito pelo comprimento crânio-caudal (da cabecinha ao bumbum) e como ele é muito pequenininho o erro pode ser de três dias pra mais ou pra menos!!! Mais tarde, com o bebê todo dobradinho no útero as medidas podem errar e a variação de data pode ser de três semanas pra mais ou pra menos. É por isso que cada ultrassom dá uma data provável do parto diferente da outra. O ultrassom enquanto o bebê é embrião é importante pra idade gestacional. É o mais confiável. E os ultrassons que se faz quando o bebê já é feto, são mais pra avaliar o desenvolvimento fetal, o líquido amniótico, a placenta, o cordão, o peso fetal, a posição fetal, o colo do útero, etc.

Chamamos o concepto de embrião até 12 semanas. Depois disso é chamado de feto.

CONCLUINDO: A DATA DO PARTO É CALCULADA PELO PRIMEIRO ULTRASSOM, feito num embrião com erro de até seis dias apenas. Não importam as datas que os próximos ultrassons mostrem para o parto. O PRIMEIRO ULTRASSOM É QUE MANDA!!!!!!!!!

Com 40 semanas de gestação, o seu bebé tem o aspecto que terá ao nascer. As consultas são mais frequentes e é provável que comece a sentir alguns dos sinais do início do trabalho de parto. Eis o essencial sobre a sua gravidez com 40 semanas de gestação.

  • Idade da gravidez: 40 semanas (9º mês da gravidez, 3º trimestre)
  • Idade fetal: 38 semanas
  • 40 Semanas de gestação são 280 dias de gravidez
  • Comprimento do feto: 48 – 54 cm (medida da cabeça aos pés)
  • Peso do feto: 3400 gr (aproximadamente)
  • Tamanho: abóbora menina

O seu bebé às 40 semanas de gestação

O seu bebé tem o aspeto que terá ao nascer. Ao nascer, haverá mudanças muito importantes no coração e nos pulmões. Durante toda a gravidez, as trocas de oxigénio e de dióxido de carbono foram asseguradas pela placenta. Assim que o bebé nasce, respira pela primeira vez. O sangue nos pulmões é oxigenado e ele começara a respirar normalmente.

O que se passa no seu corpo às 40 semanas de gestação

No final da gravidez, o seu útero pesa 20 vezes mais do que o normal (pode atingir cerca de 1100 g. no fim da gestação) e o útero tem um tamanho 500 a 1000 vezes superior ao habitual.

Esta semana fará nova consulta. A partir desta data será vista duas vezes por semana ou com um intervalo de tempo menor se o seu médico assim o entender.

Alguns procedimentos ajudam a determinar o bem-estar materno-fetal: avaliação cardíaca fetal (cardiotocografia ou CTG), vigilância do líquido amniótico e do funcionamento da placenta. É possível que o médico faça o exame de toque vaginal para avaliar a posição do bebé.

Caso a sua gravidez se prologue para além da 40 semana (tecnicamente uma gestação ultrapassa o seu termo às 42 semanas – gravidez pós-termo) é aconselhável fazer exames para verificar se a placenta está a funcionar corretamente, se o nível do líquido amniótico é aceitável e o bem-estar do bebé.

Muitos médicos não permitem que a gravidez se prolongue para além das 42 semanas, preferindo induzir o parto quando há certeza de que a gravidez já ultrapassou a 41ª semana e o colo do útero está pronto (mole e pronto a dilatar-se) ou antes dessa data, se houver algum tipo de complicação para a saúde da mãe ou para o bem-estar do bebé.

​Provocar o parto: sim ou não?

Sinais do início do trabalho de parto

Perante certos sinais e sintomas, deve preparar-se para ir para o hospital / maternidade:

Contrações regulares, dolorosas e intensas

As contrações são um sinal de que começou a fazer dilatação: contrações ritmadas de 10 em 10 ou de 5 em 5 minutos, acompanhadas de dores, rutura da bolsa de águas ou sangramento no final da gravidez são um dos sinais do início do trabalho de parto.

Rutura da bolsa de águas

A rutura da bolsa de águas provoca a saída de líquido amniótico pela vagina, devido à rutura das membranas que envolvem o bebé. O líquido pode sair aos poucos lentamente ou repentinamente e em grande quantidade. Normalmente, o líquido é claro e transparente.

PARA SABER MAIS

O que deve ter sempre à mão

Fases do trabalho de parto normal

O trabalho de parto divide-se em 3 fases que correspondem à dilatação do colo do útero, expulsão do bebé e expulsão, ou dequitadura da placenta, respetivamente.

1ª Fase do parto

A 1ª fase do trabalho de parto, é subdividida em 3 que correspondem a diferentes momentos de dilatação do colo do útero. Progressivamente, as contrações tornam-se mais frequentes, longas e fortes.

Assim que se tornarem regulares (cerca de 3 contrações em cada 10-15 minutos), entra em trabalho de parto. Está na hora de ir para a maternidade / hospital. No final desta fase, atinge o máximo de dilatação (10 cm) e sentirá uma vontade irresistível de fazer força para expulsar o bebé.

2ª Fase do parto

A 2ª fase do trabalho de parto inicia-se quando atinge os 10 cm de dilatação. Já na sala de partos e com a anestesia epidural, se tiver sido essa a sua opção para controlo da dor. A cada novo “empurrão”, o seu bebé desce mais um pouco pelo canal de parto, aproximando-se cada vez mais do exterior.

O limite máximo de duração deste período é de 2 horas para a nulípara (mãe de primeira viagem) e de 1 hora para a multípara (mãe que já passou por um parto anteriormente). Se a mãe levou analgesia epidural, estes máximos devem ser acrescidos de 1 hora.

3ª Fase do parto

A 3ª fase e última fase do trabalho de parto começa imediatamente após o nascimento do bebé e termina com a expulsão da placenta (dequitação da placenta) e membranas após o seu descolamento.

Poderá haver a necessidade de suturar o períneo, caso tenha sido rasgado pela pressão exercida pelo bebé ou cortado (episiotomia) para alargar o canal vaginal e facilitar a expulsão do bebé.

Puerpério ou pós-parto

As primeiras 6 a 8 semanas pós-parto são consideradas como um período de recuperação (puerpério), durante o qual o seu corpo sofre uma série de alterações para retornar ao estado pré-gravidez.

A consulta do puerpério (ou consulta de revisão do pós-parto) é, geralmente, agendada na última consulta de vigilância da gravidez e realizada entre a 4ª e a 6ª semanas a seguir ao parto.

Primeiros dias pós-parto

Os primeiros dias pós-parto são cheios de emoções. À felicidade de ter o seu bebé nos braços, juntam-se outros sentimentos como o medo de não conseguir dar de mamar, as dúvidas sobre os cuidados a prestar quando forem para casa ou o cansaço e a recuperação física que está a atravessar.

Lembre-se que o seu corpo e mente precisam de tempo para assimilar tudo o que aconteceu nas últimas semanas da gravidez e o nascimento do seu bebé. Saber lidar com todos os acontecimentos recentes exige calma, apoio e, sobretudo, procurar usufruir de tudo o que entrou de novo na sua vida.

Fisicamente

  • Corrimento vaginal semelhante ao período menstrual, designado por lóquios, inicialmente vermelho vivo (nos primeiros 3 – 4 dias após o parto), a seguir rosados ou acastanhados e por fim tornam-se amarelados ou incolores;
  • Fadiga;
  • Dor e desconforto do períneo ou do corte da cesariana;
  • Prisão de ventre e hemorroidas;
  • Perda gradual de peso;
  • Diminuição do inchaço;
  • Mamilos sensíveis e doridos;
  • Dores nas costas e nas articulações;
  • Queda do cabelo.

Psicologicamente

  • Oscilações entre estados de entusiasmo e melancolia;
  • Sensação de estar assoberbada, sentimento de que não consegue responder a todas as solicitações, o que pode causar frustração e ansiedade;
  • Diminuição do interesse pelo sexo;
  • Sintomas como alterações de humor, tristeza constante, pensamentos negativos sobre si e o bebé, irritabilidade e falta de paciência, entre outros, podem ser um alerta para depressão pós-parto e devem ser partilhados com o médico.

consulte a semana anterior

Utilize a nossa calculadora da gravidez para calcular a idade da sua gravidez e descobrir a data provável para o parto.

Durante a gestação, o bebé muda todos os dias e o seu corpo adapta-se a e reage a essa mudança para acomodar e nutrir e o bebé. Lembre-se que cada bebé é único e tem o seu próprio ritmo de desenvolvimento. As fases do desenvolvimento uterino aqui apresentadas correspondem a observações gerais, podendo ocorrer em períodos anteriores ou posteriores às indicadas.

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